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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 04 – Cap. 599 – Uma Retrospecção de Poder Mágico

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À tarde, Roland já estava preparado para ir às montanhas nevadas.

Ele usaria um navio a vapor para a viagem. Já que a Comunidade de Demônios era uma zona litoral, o navio partiria da Praia Rasa em direção ao local. Roland também estava levando uma tenda e comida adequada.

Quem transportou o navio de concreto para a Praia Rasa foi, claramente, Beija-Flor.

Para Roland, foi bastante esquisito ver Beija-Flor, que era tão pequenina quanto Nana, carregando um navio de concreto inteiro sobre sua cabeça. A cena lembrava Roland daquelas formigas que carregavam coisas bem maiores que elas. Vendo de longe, pareceria que o navio estava flutuando por terra, como um “navio fantasma”.

Contanto que Beija-Flor mantivesse as mãos em contato com o navio, ela poderia ajudar com o transporte continuamente. Era um modo muito mais eficiente de mover as coisas comparado com o antigo método dela, que consistia em gastar uma enorme quantidade de tempo reduzindo o peso de cada item. Esse novo método também fazia com que ela economizasse bastante poder mágico. A única desvantagem, contudo, era que ela sempre precisava estar em contato com os itens, e como ela tinha duas mãos, isso significava que ela só poderia mover dois itens por vez.

Durante a viagem, eles viram incontáveis montanhas e serras aparecerem ao horizonte da costa. Depois de dois dias, eles chegaram à Praia Rochosa.

Na última vez, quando veio a balão, Roland havia dado apenas uma pequena olhada de longe. Mas agora que ele havia finalmente colocado os pés na praia, ele pôde ver que este lugar não passava de uma área vasta e selvagem.

A Praia Rochosa, que não estava muito distante da Praia Rasa, era como se fosse um mundo completamente diferente.

Havia restos de animais em meio aos pedregulhos na areia da praia, e também pedaços de rocha de todos os tamanhos por toda parte, alguns deles já desgastados pelo tempo. Alguns dos ossos, que Roland não conseguiu determinar de qual animal era, eram bem grandes, quase do tamanho de um humano adulto.

Também não havia sinais de vida na longa praia. Nenhuma gaivota poderia ser vista voando nas proximidades; nem mesmo algas marinhas ou amêijoas1Amêijoa é a designação comum dada a várias espécies de moluscos bivalves da ordem Veneroida, nomeadamente os pertencentes às famílias Lucinidae, Cardiidae e Veneridae. Muitos são utilizados na alimentação humana. Para ficar mais fácil de entender, são aquelas conchinhas que você encontra na areia da praia. Marisco; Lambreta; etc. poderiam ser avistadas no local. Era como se a Névoa Vermelha tivesse recolhido todo tipo de vida em seus arredores.

Roland olhou para cima e viu a gigantesca e íngreme parede rochosa, um paredão natural que separava a Praia Rochosa do lar dos demônios. Para chegar à Comunidade de Demônios, eles primeiro precisariam atravessar uma caverna que levaria ao topo dessa parede rochosa. E após chegar ao topo, eles deveriam encontrar a passagem de descida construída por Lotus. Essa passagem os levaria direto para o local.

Ao entrar na caverna, Roland logo notou algo muito estranho: havia estalagmites pelas paredes da caverna. Elas saíam horizontalmente das paredes e depois curvavam-se para cima, na forma de um gancho, como se a lei da gravidade não fizesse sentido ali2Estalagmites são formações rochosas que crescem do chão em direção ao teto, sendo criadas por goteiras. O fato de crescerem das paredes em direção ao teto é impossível considerando a lei da gravidade, uma vez que ela é uma força em direção ao centro da terra. Ou seja, é como se a gota tivesse mudado a trajetória ao cair e ido em direção à parede, criando essas estalagmites estranhas.. Vendo tal cena perturbadora, Roland sentiu um arrepio correr sua espinha.

Chegando ao topo da parede rochosa, Roland e companhia rapidamente encontraram a passagem estreita, feita por Lotus, que levava à Comunidade de Demônios. Vendo de longe, essa passagem se pareceria com uma grande fratura, já que quase partia a parede rochosa em duas partes. Lotus havia feito essa passagem com uma largura de um metro e meio, e para facilitar a descida, havia construído uma escadaria.

Assim que começaram a descer as escadas, Rouxinol exclamou involuntariamente.

— O que foi? — Roland perguntou.

— Olhe ali. — Ela apontou escadaria abaixo. — Aqueles buracos ali na rocha.

Todos pararam e olharam na direção que Rouxinol apontou. Mais abaixo na escadaria, onde quase os olhos não conseguiam ver por causa da falta de luminosidade, havia vários buracos redondos espalhados pelas laterais. Esses buracos pareciam ter sido perfurados a mão.

— O que são aqueles buracos? — Roland perguntou.

— Eu não sei. Mas eu vi buracos similares na Cordilheira Intransponível, só que os de lá eram um pouco maiores. — Rouxinol hesitou por um momento e então disse. — Eu sinto que algo está olhando pra mim de lá do fundo. Quanto mais eu olho, mais forte a sensação fica.

— …Algo? — Roland ficou um pouco surpreso.

— É como se vários olhos estivessem me observando. — Rouxinol assentiu com a cabeça. — Tem uma trilha na Cordilheira Intransponível que leva ao antigo acampamento da Associação Cooperativa das Bruxas. Chegando ao fim dessa trilha, tem duas passagens, uma que conduz pra cima, indo direto pro antigo acampamento, e outra que conduz pra baixo, na direção de uma escuridão sem fim. Eu nunca desci lá porque sentia como se estivesse sendo observada, como se vários olhos estivessem apontados para mim3Você pode lembrar disso lá no capítulo 56..

— Quando Sylvie voltar, leve ela até o local pra investigar. — Roland disse, suprimindo seu desejo de explorar. Em seguida, ele ordenou que o grupo continuasse a avançar.

Apesar de terem vivido por mais de mil anos nas Terras do Amanhecer4É o nome que eles dão ao continente., os seres humanos nada sabiam sobre este planeta, como se tivessem deliberadamente se esquecido de explorar mundo afora. Roland uma vez disse a Agatha que ele queria desenhar um mapa completo e detalhado de todo o continente. Ao ouvir isso, Agatha o informou que a Aliança, há muito tempo, havia conseguido criar um mapa, mas que tal mapa esboçava apenas um contorno estimado das Terras do Amanhecer. Quanto ao que havia além disso, ainda permanecia um mistério.

Era por isso que Roland apoiava Trovão completamente em suas explorações marítimas. Ele havia pensado que seria uma questão de tempo até entender o mundo por completo, mas agora ele havia percebido que não entendia nem mesmo o que estava acontecendo em seu próprio território.

Assim que atravessaram a passagem, eles logo chegaram a um campo aberto. Os cinquenta membros do Primeiro Exército, que haviam montado acampamento ali, os guiaram para onde as bruxas estavam. Chegando lá, Roland viu Agatha e Soraya.

— Onde está Raio e as outras?

— Raio tá voando por aí com Vera. — Agatha suspirou. — Ela tem energia ilimitada e não consegue ficar quieta por um segundo. Essa Comunidade de Demônios já virou o brinquedinho dela.

— Um brinquedinho que muitos no mundo moderno pagariam fortunas para visitar. — Roland exclamou.

— O que você disse?

— Não… Nada. — Roland tossiu para esconder seu constrangimento. — Eu vou usar o Sigilo do Ouvir pra chamar ela aqui. Agora me leve pra onde está o grande buraco.

Quando o grupo de pessoas chegou no local, Raio, Maggie e Vera chegaram na mesma hora.

— Raio pousando!

A garotinha veio voando em direção ao chão e pousou suavemente com os braços abertos. Em seguida, ela se virou para Roland e deu um grande abraço nele.

Roland não sabia se ria ou chorava.

— Awww…! — Maggie, tentando imitar o jeito que Raio pousou, esticou as asas da mesma maneira. Ela pousou bruscamente no chão; e Vera, que estava em suas costas, quase foi açoitada para fora.

Roland entendia porque Raio era tão moleca e cheia de energia, já que ela era a bruxa mais jovem da União das Bruxas. Maggie, contudo, já era uma bruxa adulta. Não fazia sentido ela agir como uma criança. Só havia uma explicação plausível: o jeitinho de Raio contagiava as pessoas à sua volta.

— Já que todos estão aqui, vamos começar. — Roland olhou para Vera, cujas pernas ainda estavam trêmulas5Kabum: Provavelmente devido ao susto que levou com o pouso de Maggie..

— Sim… Vossa Majestade. — Vera se aproximou do grande buraco no chão e fechou os olhos.

Num instante, o grande buraco no chão foi substituído por uma torre negra gigante, e o ar ao redor foi invadido pela Névoa Vermelha.

Roland deu um passo para trás inconscientemente enquanto segurava o fôlego.

— O que vocês estão vendo agora é como este lugar se parecia vinte e seis dias atrás, momentos antes do incidente. — Agatha explicou. — Vera consegue manter a ilusão por aproximadamente uma hora. Isso nos permite ver exatamente o que aconteceu do início ao fim.

— Onde está o Demônio Multi-Olhos que você falou antes? Aquele com vários olhos espalhados pelo corpo que alerta os demônios assim que te vê… — Tilly perguntou, curiosa.

— No topo desta torre de pedra. — Agatha apontou para o alto da torre. — Só que a torre de pedra é muito alta e excede os limites da habilidade de Vera. Mas espere, logo, logo você verá.

Roland olhou para cima e logo notou um espaço vazio numa determinada altura da torre, como se tivesse sido cortada. Parecia que Vera podia apenas reconstruir uma área num raio de cinco metros, e como a torre era muito alta, excedia os limites de sua habilidade.

De repente, o chão começou a tremer.

— Está vindo! — Agatha falou em voz baixa.

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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