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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 04 – Cap. 598 – O Fim do Seu Sonho

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No dia seguinte, Roland contou tudo para Tilly e companhia.

— Como ela se atreve a usar as bruxas como recompensas para aqueles nobres imundos?! — Incapaz de conter o ódio, Cinzas vociferou antes mesmo que Tilly pudesse falar algo. Se Andrea não a tivesse parado, provavelmente ela teria ido direto para a área prisional, na masmorra.

— A Senhorita Rouxinol checou a veracidade do testemunho dela? — Tilly perguntou placidamente.

— Ela desembuchou tudo após algumas perguntas iniciais. — Roland contou a elas tudo o que havia acontecido na cela em detalhe. — Eu pensei que levaria mais tempo para fazê-la se render, mas ela é mais fraca do que eu imaginava. — Ele não esperava obter uma confissão completa de Heidi ontem, já que os questionamentos iniciais eram simplesmente um tipo de intimidação comumente praticado antes do interrogatório oficial. Por causa disso, ele nem havia precisado retirar as Argolas da Retaliação Divina1Gente, fiz uma modificação no termo que Zanin usava. É mais por opção minha mesmo. O termo antigo era Medalhão da Retaliação Divina, mas eu troquei para Argolas da Retaliação Divina, visto que são objetos circulares que podem ser colocados nos pés, mãos e pescoço. de Heidi, pois Heidi não sabia que Rouxinol na verdade detectava mentiras por meio do poder mágico e não pela voz.

— Entendi. — Tilly assentiu com a cabeça. — Obrigada por fazer isso por mim.

— Não seja bobinha. Eu sou seu irmão. — Roland imediatamente agarrou essa oportunidade, tentando soar íntimo. — Além disso, Heidi Morgan também é, em nome, uma bruxa de Ilha Adormecida. Portanto, o destino dela está em suas mãos.

— É justo… — Tilly ficou em silêncio por um momento. — O que você faria se ela fosse da Cidade de Primavera Eterna?

Roland olhou nos olhos cristalinos de Tilly e notou que, naquelas pupilas acinzentadas, havia mais fúria silenciosa do que dúvida e pesar. Ela já havia se decidido.

— Eu faria o mesmo que você. — Roland a confortou.

Com esse comentário, Heidi Morgan foi sentenciada à morte.

Tilly não mais hesitou. Ela sussurrou algo no ouvido de Cinzas, que assentiu com a cabeça e saiu do escritório.

— Estarei de saída agora, irmão. Com licença.

Roland pôde notar que Tilly havia ficado bastante deprimida com este incidente, mas ele não sabia o que dizer para confortá-la nesta situação. Quando ele estava prestes a levantar para acompanhá-la em direção à Casa das Bruxas, um grito animado quebrou o silêncio. Era a voz de Raio saindo do Sigilo do Ouvir, que estava nos peitos de Rouxinol.

— É Raio. Aqui quem fala é Raio. Vera descobriu o que aconteceu com os demônios. Câmbio.

O informe da garotinha chamou a atenção de todos.

— Hum, o que ela viu? — Roland perguntou.

— Dois monstros, boca grande e tentáculos. Eu não sei como descrevê-los. — Da voz dela, Roland pôde perceber que ela estava extremamente animada. — É algo que a gente nunca viu antes. Céus… Vossa Majestade, é melhor que você venha pra cá e veja você mesmo.

— O que… — Tilly estava perdida.

— Elas estão explorando a Comunidade de Demônios que fica atrás das montanhas nevadas. A Névoa Vermelha de lá desapareceu completamente há uma semana. — Roland explicou. — Eu queria te contar isso hoje, mas…

— Eu quase esqueci dos demônios. — Tilly respirou profundamente. – Você pode me deixar a par do assunto durante a viagem.

— Viagem? — Roland perguntou, um pouco surpreso.

— Eu não posso ir com você? — Ela piscou.

A princesa Tilly havia sido uma mulher forte desde a infância. Ela sabia ajustar-se e conseguir ser impessoal quando encarava uma questão de grande importância. Roland ficou impressionado secretamente com o quão rápido ela conseguia recompor sua tranquilidade em meio a uma crise; uma qualidade essencial de um(a) governante, que ele, infelizmente, ainda tinha muito o que aprender.

Ao levar Tilly com ele, Andrea e Cinzas certamente iriam com ela. A viagem se tornaria, portanto, muito segura. Ele não tinha motivos para rejeitá-la.

— Sim, claro que você pode. — Roland concordou com um aceno de cabeça.

Heidi estava recostada nas barras de ferro da cela, esperando por Roland para retirá-la dali.

A Associação Presas de Sangue estava acabada. Tilly definitivamente não permitiria que ela retornasse a Ilha Adormecida. Contudo, como uma integrante da família real Morgan, ela havia encontrado um novo caminho para conquistar o trono, que era usar o poder e influência do Reino de Castelo Cinza.

Heidi tinha altas expectativas nas recompensas que ela havia oferecido a Roland. Provavelmente Roland não havia prometido nada a ela antes por causa de Tilly. Ele só viera para buscar explicações sobre as bruxas desaparecidas.

Heidi acreditava firmemente que nenhum nobre seria capaz de resistir a tamanha tentação. Metade do território de Coração de Lobo certamente traria a Roland enorme fama e fortuna, e seu nome também seria lembrado na história.

Quanto a si mesma? Sua notoriedade seria lembrada pelos nobres das futuras gerações. Contudo, isso pouco importava para ela. Contanto que ela pudesse se tornar a rainha de Coração de Lobo, nada mais importava.

Somente desse jeito ela poderia oficialmente dar início à sua vingança.

Ela se vingaria, e também vingaria seu pai, daqueles nobres pela traição que cometeram.

Ela jurou que iria enforcar aqueles traidores um por um e pendurar suas cabeças acima do portão da cidade, mostrando ao público o destino daqueles que conspiravam contra o Arquiduque Morgan.

O portão de ferro da masmorra de repente foi aberto. O chiado que o portão fez ao abrir soou bem alto no silêncio mortal da masmorra.

Heidi imediatamente ficou de pé e olhou para o fim do corredor através das barras de ferro.

A pessoa que ela viu, contudo, não era Roland Wimbledon, mas sim Cinzas, com um semblante sombrio.

Heidi sentiu um forte arrepio percorrer todo o seu corpo naquele exato momento.

— O-O que você está fazendo aqui? Onde está Sua Majestade?

— Você sabe exatamente por que eu estou aqui. — Cinzas lentamente se aproximou da cela. Heidi recuava com cada passo que Cinzas dava, mas logo ela percebeu que não havia lugar para fugir. — Você devia ter previsto isso quando enganou aquelas bruxas inocentes e as entregou para os nobres.

— Não! — Heidi gritou. — Sua Majestade me prometeu que não me puniria por isso! Ele já me perdoou! Você não pode desobedecer às ordens do rei! Cadê ele?! Solicito vê-lo!

Cinzas segurou as barras de ferro e as entortou com pura força, criando uma abertura na grade. Em seguida, ela entrou na cela enquanto dizia:

— Aquelas bruxas queriam apenas a sua ajuda, na esperança de encontrar uma cama pra dormir e um pão pra comer. Ainda assim, você preferiu enganá-las e as mandar para o inferno com suas próprias mãos. Essas bruxas escaparam da perseguição da Igreja, mas foram traídas por aquelas que as deviam proteger. Mesmo que Roland tivesse te perdoado, eu ainda não deixaria você sair impune.

Será que ela… escutou a conversa entre eu e Roland? Ou será que Roland contou tudo pra Tilly e pras outras bruxas? — Heidi pensou. Apavorada, ela agarrou a Argola da Retaliação Divina em seu pescoço e tentou quebrá-la, mas não obteve sucesso, pois a argola era feita de ferro. Ela não tinha força pra isso.

— Deixe que eu te ajudo. — Cinzas agarrou Heidi pelo pescoço e a suspendeu no ar.

A argola de ferro começou a apertar o pescoço de Heidi, fazendo com que ela se sentisse sufocada. Ela se contorcia e se debatia como peixe fora d’água, tentando conseguir um ponto de apoio no chão, mas em vão. Gradualmente, sua visão foi ficando mais turva, e o rosto de Cinzas pareceu ficar cada vez mais distante.

Por que eu terminei assim? Eu não quero morrer aqui. Eu sou a única sucessora do trono, a futura rainha do Reino de Coração de Lobo. — O trono pareceu estar se afastando dela. Ela podia ouvir novamente as risadas de zombaria dos nobres ressoando em seus ouvidos.

Com um som de “crack”, a argola de ferro afundou em sua garganta e deu um fim à sua vida.

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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