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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 04 – Cap. 596 – Casa da Liberdade

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Imensamente surpresa, Cinzas respondeu:

— O que você disse? Eu nunca te abandonaria.

— Não foi o que eu quis dizer. Para falar a verdade, este lugar não é ruim… e você também gosta, não é? — Tilly explicou ao notar que Cinzas havia entendido mal.

Após um momento de hesitação, Cinzas assentiu com a cabeça e disse:

— A Associação Cooperativa das Bruxas deve ter um motivo para ficar aqui e trabalhar para Roland, mas nós somos diferentes. Nós temos nosso próprio lar…

Tilly interrompeu Cinzas, dizendo:

— Há somente três finais possíveis para nós nesta guerra. A primeira é sermos derrotadas pelo Exército da Punição Divina e morrermos numa vala da Região Norte. Sob tais circunstâncias, tanto Ilha Adormecida quanto a Cidade de Primavera Eterna não terão mais import…

— Eu juro por minha vida, minha Lady. Você nunca morrerá num lugar como aquele. — Cinzas disse e apressadamente cobriu a boca de Tilly com sua mão.

Tilly continuou olhando para Cinzas com um sorriso até que a mesma retirasse a mão. Em seguida, ela disse:

— É somente uma hipótese. Eu também não acho que serei morta pela Igreja.

Preocupada, Cinzas disse:

— Então não fique dizendo isso. Se ficar se agourando repetidamente…

— …criará uma profecia sobre si mesma. Eu sei. — Tilly completou Cinzas. Ela caminhou em direção à janela da cozinha e olhou para o quintal do castelo, que estava repleto de energia e vitalidade. Então continuou: — Foi por isso que eu te falei dessa hipótese primeiro. A segunda possibilidade é que Roland perca a guerra, mas que nós consigamos sobreviver. Se isso acontecer, o Reino de Castelo Cinza não mais conseguirá resistir ao poder da Igreja; a Cidade de Primavera Eterna será consumida pelas chamas e Roland terá apenas um lugar para ir.

— Ilha Adormecida?

— Sim, nós continuaremos a lutar contra a Igreja na ilha até que a Batalha da Vontade Divina comece. Talvez a espécie humana seja extinta centenas de anos depois, e não haveria nada que pudéssemos fazer para evitar isso.

— E quanto à terceira possibilidade…

— Se nós derrotarmos a Igreja e tomarmos a Cidade Sagrada de Hermes, todas as bruxas estarão livres do abuso e da perseguição, e a missão de Ilha Adormecida estará concluída.

— Con… Concluída?

— Sim, a ilha é apenas um esconderijo das bruxas por enquanto. Se a Igreja for destruída, não precisaremos mais ficar confinadas numa ilha dos Fiordes. Os Fiordes não podem nos oferecer um ambiente agradável para viver, pois os recursos de lá são limitados e o clima também é bastante imprevisível… Mas, claro, não iremos abandonar Ilha Adormecida e continuaremos com nossa Adormagia. A única coisa que vai mudar é que poderemos escolher o lugar que mais gostamos de viver, certo?

— Eu sempre estarei ao seu lado, até mesmo no inferno cercada por numerosos demônios.

— E em um mundo cheio de peixes secos e sopa de peixe?

— Uhm… — Cinzas de repente não sabia o que responder.

Tilly não pôde deixar de rir. Ela disse:

— Relaxe, comer bastante deles me faz sentir enjoada também. Seria legal, de vez em quando, eu vir visitar a Cidade de Primavera Eterna e passar um tempo aqui. É sempre bom variar o cardápio.

— Ei, o que vocês estão conversando? — Andrea abriu a porta e, ao entrar, perguntou. Ela estava vestida com um roupão de banho e carregava uma bacia de madeira.

— O que você vai fazer? — Cinzas perguntou, franzindo as sobrancelhas.

— Trial banho. — Andrea contorceu os lábios e disse. – Eu passei mais de dez dias naquele navio nojento; é claro que eu preciso de um banho. Mas é normal que uma certa alguém aí não consiga notar um cheiro tão forte de peixe. Lady Tilly, quer vir comigo?

— Sim, espere por mim. Vou colocar o roupão. — Tilly respondeu.

— Também vou. — Cinzas fingiu não ouvir a piada de Andrea e expressou sua intenção de se juntar ao banho.

— Eu não te convidei. — Andrea revirou os olhos para Cinzas e disse.

— Eu vou acompanhar Tilly, não você. Não entenda errado.

Olhando para as duas que não paravam de brigar, Tilly relaxou e começou a imaginar em como todas seriam capazes de viver tranquila e alegremente, como agora, após derrotarem a Igreja de uma vez por todas.

Roland ainda estava atordoado em seu escritório e só voltou a si quando Rouxinol se aproximou dele com um peixe seco na mão.

Longe de suas expectativas, Tilly, que não havia reconhecido ele como irmão da última vez, de repente o chamou de “maninho”. Roland estava se sentindo muito alegre e também um tanto confuso, pois não sabia o motivo que fez Tilly mudar sua atitude em relação a ele.

— Sim, ela te chamou de maninho. Mas não é grande coisa. Eu posso te chamar de maninho também, se você quiser. — Rouxinol disse.

Seria interessante ser chamado de… Pera, no que eu tô pensando? — Roland baniu esses pensamentos e perguntou:

— O que você acha que mudou a atitude dela em relação a mim?

— Quem sabe? Talvez ela finalmente notou sua sinceridade, já que você cooperou com ela pra suprimir Heidi Morgan, e também declarou guerra rapidamente à Igreja. Comparadas com promessas vazias, essas ações são mais convincentes. Mas isso é apenas meu palpite. Talvez ela tenha até falado sem querer. — Rouxinol deu de ombros e disse.

Sim, a razão não é tão importante quanto os fatos. Não importa o que fez Tilly mudar, o fato é que ela está mais próxima de mim. Isso também significa que eu obtive um maior reconhecimento entre as bruxas de Ilha Adormecida. — Roland pensou.

Em seguida, ele disse para Rouxinol:

— Bem, chegou a hora de nos encontrarmos com Heidi Morgan.

Roland entrou na área prisional, que ficava na masmorra do castelo, e viu Heidi deitada, inconsciente, numa cama de palha. O ferimento em sua perna já havia sarado perfeitamente.

— Eu fiz ela desmaiar antes de Nana curá-la, só por questão de segurança mesmo. Senão seria muito perigoso quando eu retirasse a Pedra da Retaliação Divina dela. Ouvi dizer que ela tentou usar Andrea como refém quando foi cercada por Cinzas. — Rouxinol sussurrou no ouvido de Roland.

— Entendi. Você agiu bem.

Havia argolas de ferro incrustradas com Pedras da Retaliação Divina no pescoço e nos pulsos de Heidi, e era impossível retirá-las sem ferramentas especiais. Eles tiveram que fazer isso porque ela era uma bruxa combatente muito poderosa.

Ela poderia causar danos fatais a qualquer objeto a cinco metros dela, esmagando-os por dentro. De acordo com Tilly, esse tipo de esmagamento não seria afetado por nenhum fator, já que não importava que tipo de material fosse, contanto que tivesse um espaço vazio dentro dele, como uma cavidade ou parte oca, seria esmagado internamente. Madeira seria amassada; metal seria achatado1Aí está a visão de Roland mais acertada sobre a habilidade de Heidi. O que ela faz mesmo é esmagar as coisas por dentro. Tipo, se você esmagar uma latinha com a mão, você a estará esmagando por fora. O que Heidi faz é com que a latinha entre numa espécie de “vácuo interno”, fazendo com que ela se amasse por dentro. Por exemplo, o resto do Todinho que você puxa pelo canudo faz com que a caixinha seja amassada por dentro devido ao vácuo. Por isso acho que o poder dela é algo que simule um espaço com vácuo poderoso..

A cavidade abdominal e a cavidade torácica de um ser vivo seriam esmagados e seus órgãos seriam espremidos para fora do corpo, o que fez Roland lembrar de uma pasta de dente, que ao espremê-la, a pasta sai pelo tubinho.

Da perspectiva de Roland, Heidi deveria trabalhar na fábrica ao invés de ser uma bruxa combatente.

Ela poderia fazer o trabalho de uma prensa de estampagem, dando forma às matérias-primas por meio de moldes. Por exemplo, uma chapa de ferro poderia ser colocada acima de um molde, e o espaço vazio criado entre eles permitiria que Heidi usasse suas habilidades, fazendo com que a parede da chapa fosse esmagada em direção ao molde, dando a forma desejada. Roland acreditava que o potencial dela seria imenso se ela descobrisse que havia espaços entre as moléculas e entre os átomos durante seus estudos.

Mas infelizmente, ele também sabia que já era tarde demais para ela.

— Acorde ela. — Roland disse.

Rouxinol assentiu com a cabeça, desapareceu e imediatamente reapareceu dentro da cela. Em seguida, ela agarrou Heidi pela roupa e a trouxe arrastada até as barras de ferro.

Roland olhou para Heidi, que estava no chão, e disse:

— Eu sou Roland Wimbledon, Rei de Castelo Cinza. Soube que você queria conversar comigo a sós. Então comece a falar.

 

Aviso: Aparentemente, um passo em LAB equivale a 0.5 metros. Essa é a medida de comprimento que os cidadãos desse universo de LAB usam. Então quando falarmos de metros, será mais na visão de Roland ou das bruxas que estão aprendendo. Quando vermos “passos”, saibam que é 0.5m e que é a visão das pessoas comuns sobre distância.

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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