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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 04 – Cap. 586 – A Batalha da Cidade Carmesim

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Após dois dias de navegação, pequenas casinhas e terras de cultivo começaram a aparecer nos desolados campos verdes, e a muralha da Cidade Carmesim gradualmente foi ficando visível.

Como a maior cidade pela qual o Rio Vermelho passava, sua população e recursos poderiam ser comparados favoravelmente com a Cidade Real de Castelo Cinza. Se não fosse pela vantagem trazida pelos minerais na Cidade da Prata, os antepassados da família Wimbledom teriam feito da Cidade Carmesim a sua Cidade Real, ao invés da atual Cidade do Amanhecer.

Brian observou pela luneta por um momento e perguntou:

— O que faremos quando chegarmos ao cais? Que tal chocá-los primeiro com a força da artilharia naval?

— Isso pode provocar a hostilidade do lorde local. — Machado de Ferro balançou a cabeça. — Nosso alvo principal é a Igreja. Outras coisas podem ser deixadas de lado. De acordo com o processo diplomático, nós devemos apresentar os documentos primeiro.

Quando a frota chegou ao cais, um grande alvoroço começou. O portão fechou rapidamente, e a ponte levadiça do fosso foi levantada enquanto os guardas se concentravam ordenadamente próximo ao cais.

Brian entregou os documentos aos guardas e, após um breve momento, recebeu a resposta.

— Ele disse que o exército de Sua Majestade é bem-vindo pelo Lorde, mas espera que mandemos um enviado para a cidade primeiramente, para que lhe seja explicado as condições. Disse também que não abrirá o portão até que tudo esteja em pratos limpos. — O soldado reportou.

— Quais condições? Nós já explicamos o motivo detalhadamente nos documentos. — Brian disse irritado. — Nosso alvo é a Igreja. Ele por acaso quer ajudar aqueles patifes a escaparem?

— Essa é outra regra da nobreza? — Machado de Ferro olhou para os membros do Grupo de Conselho e perguntou.

— É… Sim. Faz parte do procedimento executado pela nobreza. — Trevor respondeu. — É normal que eles estejam desconfiados, afinal Sua Majestade Roland não veio pessoalmente. Só precisamos mandar um enviado com status apropriado para explicar tudo claramente.

— Status apropriado?

— Alguém proveniente de uma grande família, no qual o Lorde possa depositar a confiança dele. — Trevor continuou a explicar. — Como por exemplo alguém da família Madressilva da Região Oeste.

Machado de Ferro, Brian e Van’er se entreolharam em constrangimento. Antes de se tornarem comandantes do Primeiro Exército, um deles era da Nação da Areia e os outros dois eram plebeus. Eles não sabiam como conversar da forma correta com os nobres, nem possuíam “status apropriados” que os permitissem falar de igual a igual com um castelão.

— Por que não destruímos logo esse portão com canhões? — Brian ficou mais enfuriado e disse. — Eles não querem um enviado? Vamos enviar uma bola de canhão pra eles!

— Permita-me. — Edith disse. — A família Kant é uma família aristocrática na Região Norte e, além disso, meu pai é um duque. Eu estou qualificada.

— E se for uma armadilha? — Van’er hesitou e disse. — Se o Lorde da Cidade Carmesim estiver em conluio com a Igreja, eles provavelmente te prenderão assim que você entrar e a usarão para forçar-nos a recuar.

— Isso não seria vantajoso pra ele. E vocês também não iriam recuar, não é? — Edith sorriu e disse. — Contanto que ele não esteja louco, ele não fará tal coisa, já que poderia despertar a antipatia dos outros nobres. É só um mero procedimento, caso contrário, se ele de fato estivesse conspirando com a Igreja, a cidade já estaria em total estado de batalha. Mas se você olhar para o topo da muralha, não verá nenhum barril de óleo fervente ou fogueira preparados, então está tudo bem.

— Eu irei com ela. — Sir Eltek disse. — Eu já fui cavaleiro e posso protegê-la se houver algum perigo.

— Eu aprecio sua preocupação, mas eu não preciso de proteção. — Edith disse com confiança.

— Leve um grupo de soldados com você. — Machado de Ferro decidiu. — Se ouvirmos um tiro, começaremos o ataque.

Uma hora depois, o portão abriu lentamente e a ponte levadiça desceu.

Eles ficaram aturdidos quando a Senhorita Edith e um homem gordo de meia-idade saíram pelo portão sob a escolta de um pequeno grupo do Primeiro Exército e um grupo de Cavaleiros de Armadura Prateada. O homem estava bem vestido, mas agia como um cachorro apaixonado ao lado de Edith.

— Esse é o Lorde da Cidade Carmesim, Conde Delta. — Edith apresentou o lorde e continuou. — Eu pedi que ele mandasse uma patrulha para cercar a igreja local e impedir que o padre ou fiéis escapassem. — Em seguida ela virou a cabeça e disse. — Esse é o Comandante do Primeiro Exército de Sua Majestade, Lorde Machado de Ferro, o Líder do Batalhão de Fuzileiros, Sr. Brian, e o Líder do Batalhão de Artilharia, Sr. Van’er.

— Batalhão de Art… o quê? — O conde ficou aturdido por um momento ao ouvir tal terminologia pela primeira vez.

— Esqueça. — Edith riu. — Essa é a terminologia usada por Sua Majestade.

— Ah, entendo. — Delta tossicou e disse: — Eu ouvi que o Príncipe Roland… digo, Sua Majestade Roland age de um jeito diferente, de um modo bem único. Então… bem-vindos à Cidade Carmesim. Desculpem-me por tocar no assunto novamente, mas Sua Majestade de fato só quer eliminar aqueles rebeldes da Igreja?

Esse é o Lorde da Cidade Carmesim? — Brian se perguntou, perplexo. Esse Lorde era bem diferente do que ele imaginava.

— Sim. — Machado de Ferro respondeu com seriedade, assentindo com a cabeça. — Acho que ficou claro nos documentos enviados por Sua Majestade que a Igreja está tentando ocupar os Quatro Reinos e que a rebelião deles se tornou um fato. Você deve ter ouvido da calamidade que aconteceu nos Reinos de Inverno Eterno e Coração de Lobo. Nós iremos embora assim que eliminarmos a igreja local e os fiéis.

— Bem, não precisam ter pressa. — Delta esfregou as mãos e disse. — Hoje realizarei um grande banquete no castelo. Espero que todos vocês possam comparecer.

Embora estivesse convidando a todos, seus olhos estavam focados na Pérola da Região Norte.

Brian estava prestes a recusar, mas Edith aceitou sem hesitar.

— Obrigada pelo convite. Será uma honra comparecer, mas temos que concluir a missão dada por Sua Majestade primeiro.

— Claro. — O conde sorriu libidinosamente. Sua expressão facial claramente demonstrava suas intenções imorais.

O Primeiro Exército entrou na cidade ordenadamente sob a guia dos cavaleiros. Evitando ser visto pelo conde, Brian se aproximou de Edith e a repreendeu em voz baixa:

— Por que você aceitou o convite? Você não notou aquela expressão no rosto dele? Está claro que as intenções dele são outras, e das bem indecentes.

— Essa é a comunicação habitual entre os nobres. Seria muito rude se recusássemos. — Edith respondeu de modo indiferente. — Eu não sei por que Sua Majestade excluiu a nobreza do exército dele, mas você representa Sua Majestade Roland agora, então você não pode recusar essas coisas inteiramente. E será mais fácil reconquistar a Cidade Carmesim por meio do bom relacionamento. Quanto às intenções indecentes… — Ela torceu os lábios e continuou -, tem alguma outra expressão facial que um nobre consiga fazer?

— Err… — Brian engoliu em seco com dificuldade e suspirou após um momento. — Então você já está acostumada com esse tipo de vida?

— Não é ruim, só um pouco chato. — Edith disse com sarcasmo. — Bem, não era você quem admirava a vida de um nobre?

— Eu… — Brian abriu a boca, mas não pôde encontrar palavras.

De repente, houve um tumulto à frente. Parecia que alguém estava gritando, e eles puderam ouvir o barulho de algo caindo no chão.

— O que aconteceu? — O Conde vozeou.

Machado de Ferro firmou sua mão direita em um punho e bradou:

— Soldados, estejam a postos! Em alerta!

As tropas pararam de marchar imediatamente. Os soldados retiraram habilmente seus rifles de suas costas e entraram rapidamente em posição de batalha.

Neste momento, Sylvie, que estava no meio dos soldados, alertou em voz alta:

— Tomem cuidado! Há uma reação mágica à frente!

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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