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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 04 – Cap. 569 – Poder Ameaçado

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Enquanto a primavera anunciava o seu fim, o verão já dava sinais de seu início. A taxa de crescimento populacional da Cidade de Primavera Eterna teve seu primeiro pico.

A missão de atrair refugiados nas Regiões Sul e Leste começou a entrar em vigor. Com a experiência do ano anterior, a eficiência de trabalho das equipes de emissários aumentou bastante. Todos os dias, centenas de refugiados se reuniam na Cidade Carmesim e Vila do Salgueiro, esperando os navios da Região Oeste para transferi-los à Cidade de Primavera Eterna, que se dizia rica e estável.

Para acomodar adequadamente essas pessoas, a Prefeitura também contratou comerciantes para alugar tendas temporárias nos locais próximos do embarque e oferecia mingau e água, para evitar acidentes antes que os refugiados chegassem à Região Oeste.

O píer da Região Fronteiriça havia se tornado o local mais movimentado da cidade. Noventa por cento da polícia foi despachada para manter a ordem e registrar a população. Sempre havia uma longa fila de pessoas em frente à barreira para inspeções médicas. Os oficiais responsáveis pelo controle residencial dividiram os refugiados em várias categorias e os mudaram para as salas de reuniões às margens dos rios, as casas de barro da cidade ao oeste e as residências formais.

Por esse motivo, a Prefeitura se transformou em um local movimentado todos os dias.

— Três navios da Cidade Carmesim acabaram de chegar ao píer, cento e vinte e seis pessoas estão a bordo, uma bandeira azul pendurada no mastro e Bob está no comando.

— De novo? Quantos grupos chegaram hoje?

— Quatro ou cinco? Pare de reclamar. Vá logo e receba-os.

— Bem, quem assumirá o trabalho de Bob e ir para a Cidade Carmesim?

— Eu farei isso. Espere só um momento que já estarei pronto.

— Leve um pouco de sabão com você. Você não vai encontrar lá.

Ouvindo as conversas barulhentas do lado de fora de seu escritório, Barov sentiu-se angustiado, mas não porque estivesse muito ocupado. Geralmente, quando ele trabalhava na Prefeitura, mais trabalho lhe trazia mais prazer.

Mas, recentemente, a situação se tornou complicada. O motivo de sua preocupação tinha nome e sobrenome: Edith Kant.

— Primeiro-Ministro, o Ministério da Justiça está nos pedindo mais pessoas de novo. — Um assistente disse em seu escritório — Sua Excelência Carter nos pediu para recrutar outras cem pessoas como policiais de apoio. Ele disse que, se não conseguir mais mãos, a cidade pode cair no caos. Se algo acontecer e Sua Majestade perguntar, deveríamos assumir a culpa também.

Agora que ele é o Cavaleiro-Chefe, ele poderia falar diretamente com Sua Majestade. — Barov pensou consigo mesmo, mas para demandas pequenas como essa, Roland não teria tempo. Ao redigir um documento, Barov disse sem levantar a cabeça:

— Coloque-o sobre a mesa. Eu cuido disso mais tarde.

— Sim, senhor!

Quando o assistente saiu da sala, a voz de Edith soou em seus ouvidos.

— Esta é a ordem de recrutamento? Como você está muito ocupado, deixe-me ajudá-lo.

Aí está ela. — Barov gemeu em pensamento — Nem sequer me chama de senhor. É claro que, como Edith é filha do Duque da Região Norte, seu status é muito superior ao meu. Antes de me tornar a verdadeira Mão do Rei, ela até poderia me dirigir pelo nome sem usar nenhuma forma respeitosa. Seja como for, agora sou um tipo de mentor para ela, pois Sua Majestade providenciou para que ela fosse minha assistente e aprendesse a estrutura departamental e o processo governamental da Prefeitura em meu escritório. No entanto, parece que ela não pensa assim.

— Hum… ok, tudo bem. — Barov disse involuntariamente.

Por mais relutante que se sentisse, não conseguia encontrar nenhum erro no comportamento da Senhorita Kant. Se ele a rejeitasse repetidamente, seria algo desrespeitoso e até mesmo errado. Especialmente neste momento crucial, ele não poderia arriscar deixar nenhuma má impressão em Sua Majestade.

Ele nunca deve esquecer que Roland Wimbledon era um homem com grande discernimento.

— Obrigada.

Logo, sons farfalhantes de escrita vieram da mesa oposta.

Alguns minutos depois, Edith devolveu o pedido de recrutamento à mesa de Barov.

— A julgar pelos rascunhos que fiz recentemente, essas ordens de recrutamento geralmente exigem que o pessoal seja confiável e tenha bons antecedentes, mas não existem muitos candidatos na Região Fronteiriça com essas qualificações. Comparado com a publicação de boletins de recrutamento na praça e a solicitação dos candidatos para trabalhar na Prefeitura, seria melhor extrairmos os arquivos dos residentes que já foram registrados e selecionar cem moradores desempregados. O Ministério da Justiça é um grande departamento da Prefeitura que oferece salário e bem-estar relativamente bons. Acredito que ninguém recusaria essa oferta de emprego. Dessa forma, economizaremos cerca de uma semana em relação ao recrutamento por meio de procedimentos normais e, por sua vez, diminuirão as reclamações do Cavaleiro-Chefe. Se você aprovar, eu responderei nesta ordem de recrutamento e entregarei nos arquivos.

Sua voz era clara e sensata. Era difícil imaginar que ela ingressou na Prefeitura apenas duas semanas atrás.

No começo, Edith era quieta e observava Barov revisar documentos com atenção, raramente falando alguma coisa. Mas agora, ela podia lidar com todos os tipos de assuntos na Prefeitura com alta proficiência.

— Hum… faça do seu jeito então.

No momento, Barov não conseguiu encontrar uma solução melhor do que a sugestão de Edith. Com sua agenda apertada, seria possível que ele ignorasse essas coisas mesquinhas e apenas lidasse com isso da maneira usual.

É assim que é um sucessor depois de crescer na mansão de um Duque e ser educado pelos nobres de nível superior? — Barov sentiu-se muito ameaçado. De fato, honoríficos e respeito eram apenas pequenos detalhes. O que ele realmente se importava era com o poder em suas mãos — Agora, a propaganda que exige submissão está em toda a Região Norte. Se Edith for enviada por Sua Majestade como assistente para ajudar a criar uma Prefeitura secundária na Região Norte no futuro, não seria grande coisa. Mas e se ela ficar? Sua Majestade ainda não se casou, e Edith é filha de um Duque!

Com esse pensamento, Barov não pôde deixar de se sentir angustiado.

Isso não vai funcionar. Devo fazê-la saber que o trabalho administrativo na Prefeitura não pode ser dominado tão facilmente. Sua Majestade precisa de um Primeiro-Ministro capaz de levar toda a situação em consideração.

Quando Edith voltou ao escritório, Barov pigarreou e entregou a ela um formulário estatístico.

— O que é…

— Estamos com problemas. — Barov disse em voz baixa — O estoque de grãos na Cidade de Primavera Eterna pode não durar até o dia da colheita de trigo.

— Hum… e isso é devido ao excesso de população? — Edith olhou para o formulário — De acordo com a taxa de consumo, os grãos restante devem durar até o final do verão. Podemos colher o trigo da primavera no meio de julho. Deveria ser suficiente se pararmos de aceitar novos refugiados.

— Mas a Prefeitura não para de aceitar novos refugiados.

— Por causa da meta de cem mil habitantes estabelecida por Sua Majestade?

— Não, não é esse o ponto. — Barov disse, balançando a cabeça — Ainda existe um fluxo constante de refugiados da Região Leste e Sul para os locais de embarque. Se os abandonarmos, Cidade Carmesim e Vila do Salgueiro enfrentarão o risco de um grande tumulto e a imagem que trabalhamos duro para construir seria destruída da noite para o dia. Se quisermos recrutar refugiados novamente após essa calamidade, seria muito difícil. Sua Majestade uma vez me revelou que a realização de seu plano de desenvolvimento precisa de muitas pessoas. Por isso, creio que cem mil é apenas o começo, então a Prefeitura não interromperá o plano de Sua Majestade por causa do problema dos grãos. Temos que resolver esse problema, além de ser minha responsabilidade como Primeiro-Ministro. — Barov fez uma pausa e depois olhou para Edith Kant — Você tem alguma boa ideia?

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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