Ao longe, oeste da muralha da Região Fronteiriça, Cidade de Primavera Eterna.
Um grande rugido atraiu os civis a subirem a muralha da cidade para tentar dar uma espiadinha. O Primeiro Exército havia fechado as entradas da Floresta das Brumas, caso alguém invadisse o campo do experimento.
Embora a localização não estivesse perto da muralha da cidade, era possível ver claramente o que estava acontecendo com uma luneta.
Parece que precisamos procurar um local remoto como base especial para testar armas de fogo. — Roland pensou consigo mesmo.
— Vossa Majestade, a segunda rodada de disparo está pronta! — Um soldado de artilharia informou.
— Todo mundo para dentro do bunker. — Roland acenou com a mão — Comece a contagem regressiva depois de confirmar que ninguém está no chão.
Este era o teste de fogo do obus de 152 mm. Enquanto pesquisava sobre o Sigilo das Pedras Mágicas, Roland incluiu o avanço das armas de fogo. Agora, com Timothy morto e a Região Norte anunciando sua submissão, a situação no Reino de Castelo Cinza estava boa e estável. Agora, Roland teve tempo de se concentrar em promover ainda mais suas munições de artilharia.
Mas ele precisava admitir que as dificuldades técnicas de desenvolver um obus com um detonador de impacto eram muito maiores do que as de desenvolver projéteis sólidos. Anna fazia quatro projéteis de obus todos os dias. No entanto, três dias consecutivos depois, nenhum projétil havia explodido com sucesso. O pior é que, no segundo dia, um projétil explodiu logo após sair da câmara, o que danificou severamente o novo cano de artilharia para testes de tiro. Felizmente, Roland tomou precauções cavando várias trincheiras no terreno do experimento, o que impediu com êxito as baixas. Os tímpanos de alguns soldados que ficaram perto da artilharia foram danificados pelo rugido, mas Nana os curou a tempo.
— Isso acontecerá mesmo como você disse? Explodirá ao entrar em contato com o inimigo? — Agatha não pôde deixar de esticar o pescoço para observar o teste — Eu perguntei a Anna. Nada mais são do que alguns pedaços de chapa juntos. Não está vivo, então como ele pode saber que está tocando no inimigo?
Agatha deveria ser a bruxa mais entusiasmada com o teste de armas na União. Ao ouvir sobre o teste, ela deixou de lado seu trabalho de produção na fábrica de produtos químicos e passou a observar pessoalmente o desenvolvimento da pesquisa das novas munições explosivas.
— Não explode quando toca o inimigo, mas quando cai na posição do inimigo. — Roland a corrigiu — É um requisito básico que o obus precisa cumprir, se não houver segurança para garantir isso, a munição poderá disparar acidentalmente a qualquer momento. Isso trial muito perigoso.
A segurança do gatilho era a tecnologia mais básica para o novo invólucro, ao mesmo tempo o ponto focal do teste. Para evitar explosões desencadeadas por colisão prematura ou queda acidental, Roland fez grandes esforços para instalar três sistemas de segurança.
O primeiro foi separar, armazenar e transportar as espoletas e os invólucros e instalá-los somente quando necessário. A espoleta parecia um cone com uma alça e tinha o tamanho de um punho. Com as roscas na parte inferior, a espoleta poderia ser facilmente parafusada no entalhe na parte superior do invólucro. A carcaça estava cheia de pólvora química de base dupla1Pólvora sem fumaça de base dupla é a mistura de nitrocelulose e nitroglicerina., um tipo de material difícil de inflamar sem um detonador, o que essencialmente garantia o trabalho de logística.
O segundo foi a segurança de inércia na espoleta. O dispositivo de segurança parecia uma trava de portão. Desarmado, ele não podia se mover, pois estava fixado no lugar por uma mola rígida. Quando o projétil fosse disparado, a tremenda inércia retrocederia o cilindro de trava, superando a resistência da mola, abrindo a trava e removendo o dispositivo de segurança.
Na teoria era fácil, mas muito difícil de colocar em prática. Roland e as bruxas passaram a maior parte dos dois primeiros dias nesse dispositivo. Se a mola fosse muito dura, o cilindro de trava não conseguiria uma distância suficiente de recuo, e se fosse macio demais, não poderia garantir a segurança. Anna teve que ajustá-lo gradualmente com base nos resultados dos testes. Após oito rodadas de testes, eles finalmente alcançaram estatísticas relativamente confiáveis sobre a compressibilidade da mola.
O último foi o iniciador-detonador centrífugo. Foi também o dispositivo com mais tecnologia na espoleta. Simplificando, Roland encaixou o detonador em uma placa de ferro em semicírculo do tamanho de uma moeda. Normalmente, enquanto era fixado por uma mola, o detonador ficava no meio da espoleta em um determinado ângulo. Com uma configuração como essa, o pino de disparo, o detonador e o pó explosivo não ficavam alinhados. Dessa forma, mesmo que o projétil caísse de uma grande altura, o pino de disparo não tocaria o detonador, para evitar explosões acidentais. Somente quando o pino fosse separado da trava de segurança é que a chapa de ferro poderia ser mobilizada.
Assim que fosse disparada, a nova munição explosiva, ou seja, a granada, giraria a uma velocidade drasticamente alta por causa do estrondo no cano. Sob a força centrífuga, o detonador basculante ficaria ereto gradualmente, como uma pião cujo centro de gravidade se fechou em seu próprio eixo. Esse processo seria concluído depois que a munição deixasse a boca do obus e percorresse de 200 a 300 metros. Portanto, mesmo que a boca estivesse obstruída ou a munição colidisse com galhos de árvores, a detonação não ocorreria precocemente.
Quando o detonador voltasse à posição vertical, ficaria alinhado com o pino de disparo e o pó explosivo. Sob essa circunstância, uma vez que a espoleta tocasse o chão, o pino de disparo instantaneamente se inseriria no detonador e, em seguida, o pó explosivo empurraria a pólvora superquente na ponta ogival, que por sua vez explodiria os inimigos ao redor.
A vantagem da segurança centrífuga residia no fato de que, se a munição não explodisse, sem a força centrífuga, o detonador retornaria à sua posição original de inclinação pela mola, o que tornava a recuperação muito mais segura.
Além disso, se a granada inteira fosse agarrada ou acidentalmente encontrada pelo inimigo, ela só poderia ser usada como uma concha sólida normal quando não pudesse obter força centrífuga suficiente por não ser disparada de maneira convencional. Quanto a abrir ou tentar replicá-la, isso seria simplesmente impossível.
— Preparar para atirar. Comece a contagem regressiva em cinco.
Um observador deu a ordem.
O cordão repetidamente alongado foi gradualmente puxado enquanto o artilheiro na trincheira recuperava a corda pouco a pouco.
— Fogo!
Quando o artilheiro puxou a corda, o chão tremeu instantaneamente.
Um rugido e um vento feroz da boca do cano passaram pela cabeça dos espectadores. Roland sentiu numerosas partículas de solo correndo pelo colarinho. Mesmo com os ouvidos solidamente cobertos, ele podia sentir tremores passando por seus pés.
— Encontrou o ponto de queda. Falha na explosão. Repito. A explosão falhou.
A voz de Raio veio do Sigilo do Ouvir na mão de Rouxinol.
— Entendi. Iremos verificar. — Rouxinol disse, guardando a pedra mágica.
—… nós falhamos de novo? — Agatha disse, decepcionada.
— Falha é muito comum durante as experiências. — Anna a consolou — Assim que encontrarmos a direção correta, podemos garantir o sucesso na produção em massa.
— Muito bem-dito. — Roland a elogiou enquanto acariciava sua cabeça — Além disso, agora com a ajuda de Vera e Sylvie, a velocidade de pesquisa e desenvolvimento será surpreendentemente mais rápida.
Mesmo nos tempos modernos, era comum se milhares de projéteis fossem disparados durante o teste de granadas, então, acertar após somente dois ou três disparos era como missão impossível.
Chegando ao ponto de queda, Anna cortou a espoleta com Chama-negra para garantir a segurança da carga útil. Os soldados então coletaram a munição que falhou. A pólvora e o invólucro de metal poderiam ser reciclados, então seria um desperdício jogá-las fora.
— Vera, é a sua vez. — Roland disse com um gesto.
— Sim, Vossa Majestade. — Vera assentiu.
Ao ativar sua habilidade, a imagem fantasmagórica da munição que estava prestes a cair no chão instantaneamente apareceu na frente de todos.
Mesmo após estes quatro meses de prática, o poder mágico de Vera ainda estava classificado como de nível baixo, pois ela só podia usá-lo em torno de quatro vezes ao dia. Entretanto, como seu controle muito mais preciso, agora Vera podia fixar a imagem de reprodução no momento exato.
Tal capacidade era reproduzir perfeitamente a cena. Em outras palavras, Sylvie podia ver o interior da imagem fantasmagórica e, exceto por ser intangível, não tinha diferença da cena real.
Com a ajuda de Vera e Sylvie, Roland conseguiu determinar a tensão necessária da mola após apenas oito rodadas de teste.
Tradução: JZanin
Revisão: Kabum
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