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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 04 – Cap. 558 – Beleza

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Depois de chegar à essas conclusão, Roland sentiu-se um pouco aliviado.

A capacidade básica de combate dos demônios não excedia a eficiência de combate das armas de fogo convencionais, pois a metralhadora e o canhão eram suficientes para esmagar todos os inimigos a uma distância entre 500 a 1.000 metros, enquanto um ataque de lança era obviamente inadequado para uma guerra de trincheiras. Um Demônio Frenético não teria chance, desde que a produção de munição continuasse em ritmo acelerado, pois levaria de três a cinco segundos para a pedra mágica carregar e o demônio atirar a lança.

Isso implicava que, pelo menos, os humanos seriam competitivos nas linhas de frente do campo de batalha.

— Seria bom se você tivesse nascido em Taquila. — Agatha suspirou enquanto olhava para a arma na mão de Roland — O número de pessoas comuns nas planícies férteis era cem vezes superior ao do Reino de Castelo Cinza, assim como o número de bruxas. Se cada um deles tivesse uma arma dessas em mãos, os demônios provavelmente teriam voltado de onde vieram.

Roland sorriu, mas ele não concordou com isso.

Afinal, era um império dominado por bruxas há 400 anos.

Se realmente houvesse uma arma que desse às pessoas comuns poder além do das bruxas, as bruxas seniores da Aliança aceitariam de bom grado essa existência? — Roland pensou — As bruxas sempre estiveram em minoria, em torno de milhares, enquanto havia milhões de pessoas comuns. Este tem sido o caso desde as Terras do Amanhecer até as Planícies Férteis. As pessoas comuns há muito oprimidas colocariam os pés no campo de batalha de boa vontade? Uma vez revertida a força real, a desintegração da hierarquia de domínio levaria inevitavelmente a conflitos civis. A ideia de lutar pela sobrevivência da humanidade ainda era um ideal extremamente vago, mesmo após o despertar do nacionalismo, sem levar em consideração um grupo de humanos que vivia como escravos para defender esses valores ideais.

É claro que Roland não falaria sobre essas conclusões em público e Agatha era simplesmente uma pesquisadora da Sociedade Expedicionária, portanto, seria melhor não a envolver nestes assuntos políticos.

Após o teste de ataque, Anna amputou o demônio novamente e o colocou em uma gaiola de aço.

— É só isso? — Agatha perguntou.

Roland balançou a cabeça e respondeu:

— Isso é tudo por hoje. O teste de dano1O capítulo anterior foi alterado para Teste de ataque, para ter mais sentido à ideia de Roland. deve começar amanhã de manhã.

— E como seria esse teste?

— Vamos testar a capacidade de resistência das várias partes do demônio ao tiro de arma de fogo, bem como os efeitos dos produtos químicos como a Água-dos-sonhos e a Pílula da Loucura. — Roland respondeu — Ah, sim, e peça a Lucia para decompor a Névoa Vermelha e ver o que podemos obter com isso.

Infelizmente — Roland pensou —, o demônio não pode ser mantido vivo a longo prazo. Caso contrário, dados mais abrangentes poderiam ser coletados usando o poder de cura de Nana no demônio.

Agatha bocejou e disse:

— Por sua conta e risco. No entanto, precisarei de duas bruxas para me auxiliar na fabricação do Sigilo e os materiais devem ser preparados com antecedência, pois o sangue não dura muito depois que o demônio estiver morto. É melhor começar a derreter a Pedra da Retaliação Divina quando o demônio ainda estiver vivo. — Agatha fez uma pausa e continuou — A propósito, que tipo de Sigilo você quer fazer?

— Nós podemos fazer qualquer um deles, desde que tenhamos pedras mágicas suficientes, certo?

— É claro. — Agatha assentiu — O fracasso não consome a pedra em si, mas eu… Oh não, nada.

Roland ergueu as sobrancelhas e perguntou:

— O que há com você?

— Vamos esquecer isso, eu falei sem pensar. — Agatha esboçou um sorriso sem graça e continuou — No máximo, você perderá apenas algumas matérias-primas.

Roland não continuou pressionando, pois Agatha não queria continuar.

— Depois de verificar a coleção de pedras mágicas obtidas, eu vou até o laboratório para dar minha resposta a você.

Estava destinado a ser uma noite sem um pingo de sono.

Edith Kant estava parada junto à janela, com vista para a cidade sob o céu noturno.

Os comerciantes sempre se referem à luz de velas como riqueza, quanto mais brilhante é um lugar durante a noite, mais rico é. — Edith pensou que no centro da nova capital, a cena de uma noite bem iluminada só existiria perto das tabernas e teatros.

No entanto, à primeira vista, ela não conseguiu entender o verdadeiro significado por trás dessa noite bem iluminada aqui, ao sul do Rio Vermelho.

Olhando de longe, a margem do rio estava tão brilhante como se fosse dia. No entanto, não era o brilho laranja de fogueiras, mas uma luz amarela suave, brilhante, mas estável, como se fosse uma luz solar coberta de fios.

Toda a área das fábricas produzia continuamente uma variedade de mercadorias à noite, mercadorias que os moradores locais chamavam de produtos industriais.

O motor a vapor era um deles.

A visita da tarde deixou Edith com um choque indescritível. Um choque que estava além do choque de estar em um campo de batalha ou qualquer outra coisa… Estava além da comparação com a notícia da perda dos títulos e terras mencionada por Sua Majestade.

Quando Edith entrou na fábrica, ela viu alguns lingotes de ferro bruto que estavam sendo girados e perfurados um a um. Sua atenção foi instantaneamente capturada, especialmente quando as barras de ferro sujas, cheias de graxa e arranhões, se transformaram em componentes brilhantes que davam uma sensação de beleza recém-nascida.

Os materiais duros eram processados em diferentes formas pelas máquinas que rugiam sem parar… que podiam funcionar sozinhas depois de montadas de uma maneira única.

Que visão maravilhosa! — Edith pensou.

A fábrica não era lá um lugar tão maravilhoso, pois possuía esgotos e restos de metais espalhados pelo chão, além do barulho e do ar úmido, mas Edith ficou ali por uma tarde inteira.

Ela conseguia se lembrar claramente que o policial da Prefeitura que trouxera a delegação de emissários estava impaciente e queria deixar o local barulhento o quanto antes. O policial sentiu-se aliviado quando o grupo de pessoas finalmente pretendeu sair e fez uma declaração que ela conseguia lembrar claramente:

— O que há de tão interessante nessa máquina? Somente Sua Majestade Roland pensa que há uma beleza oculta nessas coisas pretas.

Beleza oculta? — Edith de repente sentiu uma forte ressonância.

E isso estava certo. Era a beleza trazida pelo poder puro e que podia amassar e transformar o metal sem qualquer restrição. Havia um tipo de beleza com a ajuda de uma tendência natural, especialmente depois que ela entendeu o princípio operacional do motor a vapor.

A beleza estava muito além da beleza de joias coloridas e roupas de luxo requintadas.

Ela só podia sentir que algo havia tocado levemente seu coração.

Como Sua Majestade possui todo esse conhecimento? O que mais ele sabe? — De repente, um som de batida do lado de fora interrompeu os pensamentos de Edith.

— Irmã, eu terminei de tomar banho. — Cole perguntou, mas só esticou a cabeça para dentro do quarto — E a água ainda está quente. Você quer tomar banho também?

— Peça ao criado que ferva uma nova bacia de água. — Edith pediu — Você já sabe como a água chega até o quarto?

— Enviei alguém para perguntar. A água dos canos parece fluir daquela torre de ferro. — Cole tocou a cabeça enquanto entrava no quarto — Quanto à forma como a água flui do poço para cima, eles realmente não disseram nada sobre isso. Ah, sim, tem algo no banheiro que você precisa experimentar. Parece uma gordura especial, mas cheira muito bem depois de mergulhar na água. É fantástico limpar o corpo com aquilo. Posso garantir que nem o banho de leite e rosas é tão confortável!

Tudo isso foi deliberadamente arranjado por Sua Majestade? — Edith não pôde deixar de refletir. A residência da delegação de emissários estava localizada perto do distrito do castelo. Era um edifício de três andares com cobertura. Além de poder apreciar a vista noturna da Cidade de Primavera Eterna dali de cima, até o design e as instalações dos quartos eram bastante engenhosos. Embora não fosse grande, seria bastante confortável morar ali. Um oficial de recepção da Prefeitura mencionou que era o hotel que Sua Majestade preparava especificamente para emissários de outros lugares, e o nome do prédio era Edifício de Relações Exteriores.

Pelo que ela podia ver, era intenção de Roland Wimbledon se exibir tanto com a água limpa que saía da válvula, quando alguém a “abria”, quanto com as coisas de banho que Cole estava elogiando.

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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