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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 04 – Cap. 500 – Corpo de aço (Parte I)

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Roland estava na sacada no alto da ponte de comando de seu navio e sentiu o coração acelerar, orgulhoso, enquanto observava sua frota de navios alinhados atrás dele.

Além do navio-chefe, o navio de guerra Roland nº 1, todos os outros navios eram lentos e desajeitados navios de concreto. No entanto, com mais de dez deles em uma frota, eles ainda pareciam magníficos. A enorme frota soprava longas trilhas de fumaça branca para fora de suas chaminés e separava o rio enquanto eles se chocavam contra as ondas, parecendo ser completamente impossíveis de parar.

O navio de guerra Roland nº 1 era aparentemente a principal atração da frota. A ponte de comando imponente e a aparência elegante o separavam dos navios comuns e dos navios de concreto. Dominava os rios do interior com suas armas, incluindo um canhão principal de 152 mm e duas metralhadoras pesadas Mark 1, um motor a vapor de alta pressão feito sob medida e um sistema de propulsão a hélice que permitia atingir uma velocidade de 12 km/h.

— Você parece estar de bom humor. — Rouxinol observou enquanto arrumava seu cabelo balançando ao vento — É por que você vai voltar para casa em breve?

— Para o palácio? De jeito nenhum, eu nunca vou voltar para lá. — Roland disse, balançando a cabeça — A Região Oeste é minha verdadeira casa. Fico feliz porque esse conflito vai acabar em breve.

— Hum… metade disso é mentira.

Roland lembrou com um susto que ela poderia dizer quando as pessoas estavam mentindo e tossiu, ao dizer:

— Tudo bem, estou realmente orgulhoso de mim mesmo por ter conseguido produzir tantos navios durante os Meses dos Demônios.

— Você está dizendo a verdade desta vez. — Rouxinol piscou — Mas você parece um pouco cheio de si.

— É por isso que eu menti.

— Isso é compreensível. — Rouxinol riu e foi até Roland — Eu não culpo você. Eu não me importaria se você dissesse uma pequena mentira, contanto que não tenha nada a ver comigo.

É mesmo? Então não aponte minhas mentiras! — Roland pensou, ansioso.

— A propósito, nunca lhe agradeci. — Rouxinol sussurrou enquanto olhava ao longe.

— Agradecer pelo quê?

— Por acabar com o conflito e trazer a paz para o Reino de Castelo Cinza. Plebeus e bruxas viverão felizes sob o seu governo. — Rouxinol disse lentamente — Eu sempre soube que você conseguiria isso, mas não achei que aconteceria tão cedo.

— Não será assim tão rápido. Mesmo depois de destronar Timothy, os nobres resistirão com toda a força. Unir todo o Reino de Castelo Cinza pode levar mais alguns anos. — Roland suspirou — O progresso nunca é fácil, então ainda temos um longo caminho a percorrer para alcançar nosso objetivo.

— Isso já é muito melhor do que eu imaginava. Antes disso, eu estava preocupada que nunca viveria para ver esse dia.

— Ah, não diga algo assim, tudo bem? — Roland olhou para ela — Você acha que eu iria pôr você em perigo?

— Espera-se que uma bruxa de combate como eu esteja sempre em batalha, e quebrar essa convenção exige sacrifício. — Rouxinol virou o rosto — Eu me preparei para isso no momento em que jurei lealdade a você.

— Sinto muito por ter decepcionado você. — Roland disse dando de ombros — Definitivamente haverá sacrifícios, mas nossos inimigos é que os farão. De qualquer forma, eu deveria agradecer a você.

— Por quê? — Rouxinol perguntou surpresa.

— Porque se eu nunca tivesse encontrado uma bruxa, não teria confiança para fazer o que estou fazendo agora.

Se não fosse por Anna, ele não teria decidido salvar essas bruxas, e se não houvesse poder mágico neste mundo, ele ainda estaria cautelosamente vivendo sua vida primitiva em uma Vila Fronteiriça decadente.

— Você está… dizendo a verdade. — Rouxinol olhou para ele.

— Claro que estou. — Roland disse com um sorriso.

De repente, uma silhueta dourada desceu do céu e pousou ao lado deles.

— Vossa Alteza, quatro navios pequenos com remos de ambos os lados estão se aproximando de nós, aproximadamente a vinte quilômetros de distância, e eles se parecem com os navios cabeça de falcão descritos no relatório. — Raio disse — Mas não vi nenhuma estátua de falcão nos navios.

— Cabeça do falcão provavelmente se refere aos aríetes sob a água. — Roland deu um tapinha na cabeça dela — Bom trabalho, continue assim.

— Então… posso deixar algumas perguntas do castigo para lá? — A garotinha olhou para o Príncipe com olhos de clemência.

Roland riu e respondeu:

— Tudo bem. Se você prometer que irá obedecer daqui pra frente, você só precisará fazer um conjunto de questões.

— Sim, senhor! — Os olhos de Raio se iluminaram, e ela imediatamente saltou e voou para o leste num piscar de olhos.

— Você não deveria dar essa colher de chá para ela. — Rouxinol reclamou.

— Ela aprenderá a lição se for recompensada. — Roland descartou sua crítica com um aceno e virou-se para caminhar até as escadas — Vamos voltar para a sala de comando. Temos trabalho a fazer.

A sala de comando pequena e quadrada continha apenas uma mesa de madeira e quatro bancos. O comandante do Primeiro Exército, Machado de Ferro, o líder do Batalhão de Fuzileiros, Brian, o líder do Batalhão de Artilharia, Van’er, e o capitão do Vitória, Cacusim, estavam ao lado da mesa para esboçar o plano de batalha para a sua primeira batalha no rio.

— De acordo com o relatório de Theo, os quatro navios de guerra de Timothy são galés de águas rasas. Eles não são tão rápidos quanto nossos navios de concreto, mas são mais ágeis. — Roland disse, apontando para o mapa na mesa — Normalmente, esses navios se aproximam de navios inimigos, para que suas equipes possam pular neles e lutar. Eles também podem ser preenchidos com materiais inflamáveis como pólvora ou enxofre e atingir seu alvo, destruindo ambos os navios. No entanto, como o objetivo de nossos inimigos é bloquear o rio e saquear nossos navios, eles provavelmente não usarão o segundo método. Esta é a nossa primeira vez batalhando em um rio, então, por favor, sintam-se à vontade para compartilhar qualquer ideia que tiverem.

— Vossa Alteza, vai ser difícil acertar um alvo em movimento com um canhão que também está em movimento, então eu sugiro que nós disparamos quando estivermos mais perto dos navios inimigos. — Van’er sugeriu — Enquanto estivermos a cerca de cinquenta metros de distância, prometo que cada munição de canhão afundará um navio inimigo!

— Mas ouvi dizer que as munições de canhão gastam muita pólvora e também exige que a senhorita Anna faça os projéteis. — Brian disse, balançando a cabeça — Acho melhor esperar que o inimigo suba a bordo de nossos navios e depois acertá-los com nossas metralhadoras pesadas.

Roland virou-se para Cacusim e disse:

— O que você acha? — Roland convocou esse velho para a sala de comando porque ele era a única pessoa na Cidade de Primavera Eterna que havia lutado em navios antes. Segundo Cacusim, ele já se deparou com piratas muitas vezes quando era comerciante, e até mesmo foi saqueado, e tudo isso ainda contava como uma espécie de experiência.

— Hum, Alteza… — Cacusim hesitou por um tempo — Na minha opinião, devemos apenas avançar sobre eles.

— O quê? — Os outros dois homens exclamaram, chocados.

— Seu navio é grande, rápido e feito de aço, então aqueles navios de madeira provavelmente irão se despedaçar se os atingirmos. Mesmo que o senhor não os destrua, qualquer vazamento impedirá que eles se movam mais. — Cacusim então encarou a todos — Claro, isso esta é apenas a minha opinião pessoal.

Essa tática fez Roland lembrar-se de um poema que dizia “Com as ondas altas e o sol brilhando, no mastro uma bandeira D está balançando”1Bandeira D, ou bandeira Delta, é o sinal na marinha que significa “mantenha-se afastado, pois estou manobrando com dificuldade”. Irônico, não? Fiz pequenas alterações no poema para rimar..

— Tudo bem, vamos seguir este plano. — Roland finalmente decidiu — Mesmo que não tenhamos uma bandeira D, a bandeira com uma torre e quatro estrelas terá o mesmo efeito. Eu ordeno ao Roland nº 1 que levante a bandeira da Cidade de Primavera Eterna, soe o chifre e prossiga a toda a velocidade!

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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