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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 04 – Cap. 498 – O Navio de Guerra Roland

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Demorou um dia inteiro para Roland retornar à Região Fronteiriça, e suas costas doíam de cansaço. Depois de lavar o rosto e escovar os dentes, ele foi para a cama cedo e não se sentiu renovado até o meio-dia do dia seguinte.

Preciso ter uma cabine à prova de som, uma poltrona macia e uma cama grande no meu navio particular. — Roland pensou — Caso contrário, vou ter que sentar em um tamborete tremendo e ouvir o rugido do motor a vapor, que vai torturar meu corpo e minha alma.

A primeira coisa que Roland fez quando entrou em seu escritório foi chamar seu Primeiro-Ministro, Barov Mons, e o Ministro da Agricultura, Sirius Daly. Embora houvesse apenas uma semana antes da data planejada para o ataque da primavera, ele não precisava se preocupar, já que Machado de Ferro estava cuidando muito bem dos militares. O mais importante no momento era administrar bem a produção agrícola, a saber, o plantio da primavera. Afinal, ele ficaria muito menos preocupado quando tivesse suprimento de grãos o suficiente.

— Vi as sementes sendo transportadas no cais da Região Cancioneiro, portanto, com Dourados suficiente, as colheitas não serão tão ruins este ano. Mas devemos nos concentrar na Região Fronteiriça, já que somos modelo e o exemplo para todos os outros! — Roland disse com uma mão batendo em sua mesa — Então como está o plantio da primavera? Quem pode me dizer?

— Vossa Alteza, a situação está assim. — Barov começou — Entre o primeiro grupo de servos promovidos, apenas trinta por cento deles estão dispostos a continuar na agricultura. Se contarmos com os recém-empregados, a população agrícola é de cerca de dez mil pessoas. De acordo com o rendimento médio do ano passado, os grãos que esses dez mil trabalhadores são capazes de colher, podem alimentar entre quarenta a cinquenta mil pessoas. — Ele fez uma pausa e depois acrescentou — E esse número é calculado de acordo com a cota do cidadão oficial para comprar grãos, que é muito mais do que o consumo diário dos cidadãos de outras cidades. Se calcularmos de acordo com a quantidade mínima de grãos, o necessário para alguém sobreviver, esse número pode aumentar em vinte mil pessoas.

— Sim, Alteza. — Sirius acrescentou — Entretanto, estas conclusões foram feitas pelo Ministério da Agricultura de acordo com as estatísticas de um ano atrás. Este ano, metade dos servos, principalmente os recém-contratados, usarão os Dourados nº 2 modificados por Lady Ramos. Honestamente, se eu não tivesse visto com meus próprios olhos, eu não teria acreditado que um pé de trigo poderia produzir tantas espigas. Além disso, mais de dois mil servos começarão a plantar batatas e milho este ano, o que torna difícil prever o rendimento real.

— Quanto ao processo de plantio, as fazendas estão sendo aradas. De acordo com a Cartilha de Cultivo de Grãos, as terras agrícolas precisam ser aradas três vezes e o composto gerado deve ser misturado no solo. Geralmente, esse processo leva de três a quatro semanas, dependendo o número de trabalhadores e as ferramentas agrícolas que eles estiverem usando. Os servos empregados no ano passado alugaram ferramentas de ferro este ano, o que deve encurtar bastante este tempo.

— Quanto à profundidade da cova e distância entre as sementes, eu organizei aprendizes para ensinar os servos a cultivar com os excelentes métodos introduzidos na cartilha.

Era fácil ver que o antigo cavaleiro da Família Lobo havia feito muitas pesquisas sobre semeadura e colheita. Ele obviamente considerou todos os aspectos e fez observações que Roland não pôde deixar de concordar.

A dependência excessiva da própria terra levou ao subdesenvolvimento agrícola nesta era. Ou seja, as pessoas acreditavam que possuir terras era o suficiente para o plantio. Às vezes, para proteger suas fazendas, eles deixavam a terra descansar por alguns anos, o que era muito ineficiente. Agora que Primavera Eterna possuía irrigação controlada, fertilizantes naturais e métodos científicos de plantio, além das sementes modificadas de Ramos, o rendimento da terra surpreendeu todos os moradores. No entanto, um terço da população total de trinta mil pessoas estava envolvida na produção agrícola, o que Roland ainda achava excessivo. Ele queria reduzir eficientemente a população agrícola, melhorando as ferramentas agrícolas, como a fabricação de equipamentos agrícolas que usavam energia animal ou mecânica.

— Ótimo, mantenham esse ritmo. — Roland disse com satisfação — E as pessoas que foram designadas para a Região Cancioneiro devem manter tudo bem documentado, caso queiramos estender esse modelo para outras cidades.

Depois de lidar com assuntos agrícolas, Roland deixou o castelo. Acompanhado por Rouxinol e seus guardas, ele foi ao cais do Rio Vermelho.

O navio construído por Anna entrou na fase de instalação de armas há dois dias. Agora, com o seu casco pintado com um revestimento anticorrosivo cinza e vermelho, o navio permanecia silencioso em cima dos apoios de aço. Seu tamanho era cerca de três navios de concreto e parecia extremamente poderoso. Ao contrário do navio a vapor feito de cimento, que não tinha cabine, o bombordo deste navio tinha quase três metros de largura e acomodava a caldeira e o motor a vapor sem problemas. O navio também não possuía rodas de pás nos dois lados. Outra característica era uma ponte de comando no centro do casco. Embora a ponte de comando tivesse apenas seis metros de altura, parecia muito proeminente.

Claro, como um navio de guerra, seu equipamento mais importante era o canhão gigante de 152 mm. A fim de economizar tempo de fabricação, Roland não deixou que Anna produzisse a artilharia naval, mas tirou a que estava na muralha da vila e planejou instalá-la no navio.

Agora, o navio estava lá,  parado no cais, esperando pelo içamento, que era o último passo.

— Vossa Alteza. — Anna acenou para Roland quando o viu — Por aqui!

O Príncipe se aproximou com um sorriso no rosto.

— Como está? A construção está indo bem?

Durante sua ausência em Vila Fronteiriça, Anna cuidou de todo o trabalho de fabricação. Embora ela tivesse trial as plantas de suas partes principais, o navio inteiro era um enorme projeto sem precedentes, então era natural encontrar todos os tipos de problemas.

— Não muito bem. — Anna balançou a cabeça — Tivemos alguns problemas complicados, como a deformação na lateral do casco, vazamento no propulsor, inclinação do casco após soldar a ponte de comando, e a plataforma das armas que não conseguia girar o canhão corretamente, mas resolvi todos eles.

—… todos? — Roland perguntou surpreso.

— Sim. — Com um grande sorriso, Anna explicou enquanto contava os dedos — Houve uma deformação no casco porque a chapa de aço da placa era muito fina, então eu fixei uma chapa de suporte. O vazamento no propulsor foi causado pelo espaço entre a cobertura e a alavanca da engrenagem, então eu envolvi a abertura com um dissipador para que a água não fluísse por toda parte e pudesse ser bombeada por um motor a vapor. A inclinação do casco ao soldar a ponte de comando foi causada por pesos desiguais, que foram corrigidos com uma pequena modificação. O problema da plataforma foi o mais difícil, mas eu me inspirei no projeto do revólver. Primeiro fiz vários entalhes na parte interior do anel, transformando-o em um anel dentado, depois coloquei um gancho, que poderia ser inserido entre as engrenagens. Assim o canhão poderia ser girado e posicionado facilmente.

Roland piscou os olhos e falou depois de uma longa pausa.

— Você é um gênio!

Para ele, esses problemas não eram difíceis de lidar, mas ele havia desenhado inúmeros projetos mecânicos. Especialmente para o último problema, provavelmente apenas alguém tão observador quanto Anna poderia associar um revólver ao método de fixação da plataforma de armas.

— A propósito, Vossa Alteza, o navio tem um nome?

— Ainda não. — Roland disse, levantando a sobrancelha — E por que a pergunta?

— Os soldados do Primeiro Exército vieram quase todos os dias e lutaram ansiosamente para poder esculpir seus próprios nomes na ponte de comando. — Anna disse com um sorriso — Eles disseram que você prometeu que o melhor artilheiro poderia dar o seu próprio a um navio de guerra.

— Ah… entendi. — Roland pensou em Rodney e Nelson do Batalhão de Artilharia — Mas não para este navio, porque o nome do primeiro navio de guerra não representa apenas o navio em si, mas também representa o modelo e o número para todos os outros. — Roland sorriu — Eu não posso dar essa honra a ninguém, então eu vou nomeá-lo Roland. Este navio será o Roland nº 1.

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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