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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 04 – Cap. 497 – Uma Partida Difícil

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No porto da Região Cancioneiro, Cidade de Primavera Eterna.

Dois navios de concreto estavam ancorados enquanto os trabalhadores subiam e desciam carregavam sacos em suas costas, e os recém-nomeados funcionários do Ministério da Agricultura os contavam. O porto inteiro estava cheio de energia, o que era uma visão rara na antiga cidade de Forte Cancioneiro, um lugar ainda vivenciando as consequências dos Meses dos Demônios. Depois de inspecionados e contados, as sementes desses sacos seriam distribuídas diretamente para todos os agricultores.

— Vossa Alteza, as sementes douradas podem realmente triplicar a produção de trigo? — Petrov ainda estava um pouco cético — Isso não significa que a colheita poderia alimentar a todos nesta cidade?

Barov havia dito algo parecido a Roland antes. Para a maioria dos nobres, a fome constante era bastante comum entre os civis.

— Alimentar a todos é a responsabilidade básica de um lorde. Estamos apenas dando o primeiro passo. Além disso, não é só por causa da minha benevolência. Um povo faminto não conseguirá se dedicar cem por cento na construção da cidade.

— Mas… isso é sem dúvida uma conquista incrível. Eu não conheço nenhuma outra cidade neste reino que possa alcançá-la.

— É realmente uma conquista, mas eu contribuí muito pouco com isso. Isso é fruto do trabalho árduo das bruxas. Sem as modificações de Ramos, não teríamos o trigo Dourado.

Petrov ficou em silêncio por um tempo e disse:

— Talvez nós realmente estivéssemos errados antes.

— O que você quer dizer?

— Nós tivemos a atitude errada em relação às bruxas. — Petrov suspirou profundamente — A maioria dos nobres não se importava com a propaganda da Igreja, mas nós ainda desprezávamos e desconfiávamos das bruxas, então não foi difícil para nós estarmos junto com toda essa violência da Igreja. Mesmo quando usávamos as bruxas, nós as tratávamos como escravas. Apenas Sua Alteza viu o seu verdadeiro valor e as tratou como seres humanos. Esta é a parte mais incrível, pois elas realmente são especiais.

Você ignorou o valor das bruxas, mas também ignorou o poder das pessoas comuns, que na verdade é ainda mais forte. As bruxas são como um catalisador e quando trabalham em conjunto com as pessoas comuns, pode haver grandes melhorias na civilização. — Roland pensou, mas não disse seus pensamentos em voz alta.

— Ainda podemos compensar o tempo perdido. Afinal, somos todos iguais.

— Vossa Alteza, a caldeira está pronta e o Vitória está pronto para navegar. — Um guarda relatou.

— Diga a todos para embarcarem. Eu estarei lá em breve. — O Príncipe virou-se para Petrov — A equipe de instrução do Ministério da Agricultura deve chegar esta tarde. Eles vão mostrar como plantar os Dourados. Quanto à construção na área das minas, o aumento da população, a educação universal e as fábricas de construção, nós já discutimos o suficiente na reunião. Basta seguir o plano e tentar resolver quaisquer problemas que você encontrar antes de me perguntar. — Roland então deu um tapinha no ombro do filho mais velho dos Madressilva — Estou deixando este lugar em suas mãos. Se você me servir bem, ser o governante da Região Cancioneiro será apenas o começo.

— Não vou desapontá-lo, Vossa Alteza. — Petrov fez uma reverência.

Roland subiu no navio de concreto e mandou zarpar. Após o longo som de um chifre, o Vitória saiu lentamente da costa e rumou para a Região Fronteiriça.

— Olha quanto navio careca ainda tá lá! — Joe disse com um assovio — Uau, e é tudo de Vila Fronteiriça!

— Não, agora é Região Fronteiriça. Nosso lorde não acabou de dizer que a gente faz parte da mesma cidade que a vila agora? — Dente de Cobra fez uma careta.

Joe apelidou os estranhos navios sem vela de “navio careca”, mas ele preferia chamá-los de navio de concreto. Seus largos cascos cinzentos pareciam alicerces gigantescos, e não se mexiam nem um centímetro enquanto os carregadores corriam sobre eles.

— Como é o nome mesmo? — Dente de Cobra perguntou.

— Cidade de Primavera Eterna. — Garra de Tigre respondeu.

— E daí? Quem se importa? Não tem nada a ver com a gente. — Joe exclamou animado — Você vai pra Vila Fronteiriça num navio desses, né? Então fica esperto e tenta ver como que o navio consegue andar na água sem os remos! Ah, e o que aquela névoa branca e a névoa negra é também!

Isso realmente não tem nada a ver com a gente. — Dente de Cobra pensou — Pelo menos a construção da cidade vai dar um emprego pra todo mundo.

— Você tá realmente pensando em ir embora? — Girassol parecia chateada — Se você quer ser mesmo o pau-pra-toda-obra, você trabalha em qualquer lugar, então por que tem que ir pra vila?

— Porque lá a gente pode ganhar mais peças de prata! — Garra de Tigre disse, rindo — Podemos ganhar seis peças de prata se a gente ficar aqui, mas se a gente for pra lá a gente ganha sete! Se a gente pode trabalhar em qualquer lugar, então é claro que a gente vai escolher o que dá mais dinheiro!

— Eu não estava perguntando pra você. — Girassol revirou os olhos para ele e voltou sua atenção para Dente de Cobra.

Por alguma razão, Dente de Cobra de repente se sentiu um pouco culpado. Após estabelecer a Cidade de Primavera Eterna, o Lorde cumpriu sua promessa, e incontáveis avisos de recrutamento apareceram de repente na praça. No entanto, os ratos tinham poucas opções de trabalho, que eram em sua maioria trabalhos manuais e vaga para ajudante de pedreiro, e recebiam um salário mais baixo do que todos os outros também. Claro, isso ainda era melhor do que a vida ruim de antes, quando viviam sem comida… Se ele recebesse o salário sempre em dia, nunca mais ia passar fome.

Então, Dente de Cobra disse aos seus amigos que ele estava indo para Vila Fronteiriça por causa do salário maior, mas o que ele realmente queria era estar mais perto de Papel. Diante do intenso olhar inquisidor de Girassol, ele decidiu não dizer a verdade.

— Minhas razões… são as mesmas de Garra de Tigre.

— Você nunca mais vai voltar?

De repente, um chifre começou a soar no porto, e uma bandeira vermelha foi hasteada.

— É pra gente ir, vamos! — Garra de Tigre agarrou a mão de Dente de Cobra e arrastou-o para o porto.

A multidão atrás deles também começou a se mover enquanto a sirene tocava. Quando entraram na área de inspeção de segurança, Dente de Cobra sentiu como se estivesse sendo levado pela multidão. Ele segurou sua mala no peito e ficou olhando para trás, mas não conseguia ver Girassol ou Joe porque havia muita gente ali.

Alguns oficiais de uniforme preto estavam conferindo os bilhetes no final da fila.

— Qual é o seu nome? Seu grupo? Mostre seu documento!

Dente de Cobra seguiu imediatamente depois de Garra de Tigre. Ele tirou um pedaço de papel amassado do bolso e entregou-o cuidadosamente ao oficial.

— Dente de Cobra, quinta equipe de construção do grupo da bandeira vermelha…

O policial ignorou a introdução, examinou o bilhete e colocou-o no peito.

— Navio à esquerda. Próximo!

Garra de Tigre já estava esperando por ele na entrada.

— Eles não pediram dinheiro pra gente entrar. Sem suborno? Isso é incrível.

— É mesmo… eles não pediram. — Dente de Cobra, todo borocochô, dobrou seu documento, colocou-o no bolso e olhou por todo porto tentando encontrar seus amigos.

Quando o navio de concreto soou o chifre e partiu lentamente do porto, ele finalmente os viu numa escada de pedra. Girassol balançava no alto a jaqueta de Joe, enquanto Joe corria atrás dela esfregando os cotovelos.

Dente de Cobra também tirou a jaqueta e levantou ela o mais alto que pôde acenando furiosamente, ignorando os olhares dos outros passageiros.

Os olhos de Dente de Cobra e de Girassol finalmente se encontraram mais uma vez.

— Se cuidem! — Ele gritou. Seus amigos também pareciam dizer alguma coisa, mas o som do motor do navio abafou suas vozes.

Girassol seguiu o navio ao longo da costa por um tempo, mas o navio de concreto logo ficou muito longe e desapareceu de sua vista.

E mesmo assim, Dente de Cobra não conseguiu dizer a verdade.

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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