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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 03 – Cap. 458 – Canção de Ressonância

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Roland não pôde acreditar no que estava ouvindo.

— Você disse que viu um vasto deserto enquanto Eco cantava e trouxe de volta um grão de areia? — Roland perguntou, com seus pensamentos a mil por hora.

Se isso fosse simplesmente uma ilusão causada pela canção de Eco, como ele poderia explicar o grão de areia que Machado de Ferro trouxe?

— Eu não trouxe de volta, Alteza. — Machado de Ferro colocou o grão de areia sobre a mesa solenemente — Naquele momento, eu não saí do lugar e não pensei em verificar se tudo aquilo era real. Esse grão de areia apareceu na minha mão de repente. Talvez tenha sido soprado pelo vento?

Assim dificulta ainda mais a compreensão de todo o ocorrido. — Roland pensou por um momento e perguntou:

— Ela só cantou uma música?

— Não, ela cantou outras músicas também, mas eu não consegui entender. — Absorto em sua memória, Machado de Ferro continuou — Foi como um milagre… de volta ao Extremo Sul … se Lady Lua Argêntea afirmasse ser a Emissária dos Três Deuses, eu acreditaria firmemente nela. Vossa Alteza, será que ela evoluiu?

Esse homem da Nação da Areia, do Clã Mojin, havia seguido Roland por mais de um ano e agora tinha uma compreensão muito melhor das bruxas.

— Eu acho que sim, mas é a primeira vez que vejo uma situação dessas. — Roland respondeu. Depois de pensar um pouco, ele decidiu chamar Eco e perguntar pessoalmente.

Quando Machado de Ferro partiu, Roland pegou o grão de areia e olhou cuidadosamente.

— Foi criado pelo poder mágico?

— Eu não tenho certeza. — A voz de Rouxinol soou de trás — Não há nenhum traço de poder mágico nele.

Isso não significa necessariamente que não foi feito pelo poder mágico. Era uma coisa real no mundo real, como as pinturas de Soraya. Uma vez criada, as pinturas não mais teriam poder mágico e não poderiam ser afetadas pela Pedra da Retaliação Divina.

Pouco tempo depois, Eco entrou no escritório. Rouxinol imediatamente saiu de sua névoa para ficar ao lado de Roland. Com um sorriso no rosto, ela disse:

— Parabéns.

Eco ficou surpresa:

— Para mim?

— O poder mágico em você se consolidou. Você não está sentindo? — Rouxinol assentiu.

— É… é mesmo? — Eco balançou a cabeça, maravilhada — Você quer dizer que minha habilidade evoluiu?

Descobrindo que as coisas acabaram do jeito que esperava, Roland perguntou a Rouxinol:

— E como se parece?

— É como uma pedra azul transparente, límpida como a água. — Rouxinol respondeu — Ela tem quase tanto poder mágico quanto Maggie.

A evolução de Eco parecia não estar relacionada com uma compreensão súbita, advinda da inspiração. Ela havia condensado seu poder mágico antes mesmo de perceber. Quando Roland contou a ela o que Machado de Ferro havia experimentado, ela ficou surpresa.

— Ele realmente sentiu como se tivesse voltado ao Extremo Sul e estivesse no mar de areia?

— Acredito que “sentiu” não é a palavra correta, pois ele trouxe consigo um grão de areia de verdade. — Roland disse com um sorriso — Areia pode ser encontrada em todos os lugares, mas não acredito que ele tenha ido tão longe a ponto de cavar a neve ou a lama só para me enganar. — Roland parou um pouco e perguntou — O que você viu na hora?

— Eu realmente não vi nada de diferente. — Eco respondeu com um pouco de vergonha — Eu estava com os olhos fechados e não estava prestando atenção ao meu redor.

— Então, que tal nos mostrar? — Roland sugeriu, apoiando as mãos no queixo com interesse — Cante a música que você criou, aquela sobre sua cidade natal.

— Agora?

— Sim. O jantar ainda vai levar meia hora para ficar pronto. Não vai incomodar ninguém.

— Eu também quero experimentar pessoalmente essa canção. — Rouxinol encorajou.

— Ah, tudo bem.

Eco respirou fundo e logo uma sonata mista de um tempo distante ressoou no escritório. Era uma doce voz feminina, ligeiramente contida no início. Talvez fosse porque ela nunca havia cantado dentro do castelo. Conforme a melodia avançava, Eco ficava completamente absorvida na música.

Enquanto cantava, Roland ouvia os ventos quentes soprando através dos bosques verdes. Ele até sentiu a temperatura aumentar. Ele cheirava a areia ardente sob um sol escaldante. Quando a música terminou, Roland ainda estava saboreando essa experiência. Sem dúvida, essa era uma música lírica maravilhosa e exótica, na qual um sujeito sem conhecimento técnico como ele, jamais encontraria falhas. No entanto, ele não viu nem o deserto nem o oásis com cachoeiras. Ele estava lá, parado em seu escritório o tempo todo.

Ele olhou para Rouxinol, que balançou a cabeça. Era evidente que ela também não vira nenhuma cena milagrosa.

Foi porque sua habilidade não foi eficaz desta vez? — Roland contemplou e perguntou a Eco:

— Você quem escreveu essa música?

— Sim. — Eco assentiu.

— Então cante as músicas que eu ensinei a você. — Roland ponderou por um momento e continuou — Vamos todos ouvir.

Logo, o escritório ficou lotado de bruxas. As três bruxas de Ilha Adormecida também vieram. Elas ainda estavam segurando suas cartas na mão. Eco estava um pouco nervosa, mas com o encorajamento de Rouxinol, ela se acalmou. Ela cantou todas as músicas, incluindo a Canção dos Guerrilheiros.

Eco recebeu aplausos calorosos de todos, sem exceção.

Depois de ouvir as bruxas descreverem seus sentimentos, Roland tinha uma compreensão aproximada da nova habilidade de Eco.

O quanto alguém poderia ser afetado pela canção, dependia de suas respectivas experiências. Se a pessoa tivesse experimentado a mesma experiência narrada na música, seria influenciada com mais intensidade. Roland chegou a essa conclusão com base nas novas músicas que ele ensinou a Eco. A Canção dos Guerrilheiros era a mais popular, porque as bruxas tinham visto o Primeiro Exército marchando ao ritmo da música. Portanto, elas poderiam compreender melhor essa música. Isso também poderia explicar porque a canção que Eco fez do Extremo Sul teve uma ressonância tão forte com Machado de Ferro.

Infelizmente, Roland não pôde dizer com esse único teste o quanto Eco poderia influenciar seu público. Ele estava se perguntando se as cenas em sua música poderiam se tornar reais quando um ouvinte estivesse totalmente absorvido nela.

A nova habilidade de Eco o encheu de expectativas. A capacidade de elevar o ânimo nunca deve ser subestimada. Ela poderia encorajar soldados, pacificar as massas e cantar música de fundo para as peças de teatro…

Na tarde seguinte, Roland convocou Vader, de Vila Fronteiriça, em seu escritório.

— Vo…Vossa Al… Alteza… ao… ao seu dispor! — Vader disse batendo os dentes. Obviamente, ele não havia se recuperado do voo de alta velocidade.

A maneira mais rápida de viajar entre Vila Fronteiriça e Forte Cancioneiro agora era o serviço expresso de Maggie. No entanto, mesmo envolto em um cobertor grosso, voando a uma velocidade de 60 quilômetros por hora sob as garras de um animal grande, Roland poderia dizer que não era uma experiência de voo confortável.

— Bom trabalho. — Roland acariciou a pomba gorducha em seu ombro.

— Pruu! — Maggie orgulhosamente levantou a cabeça.

— Eu preciso de você aqui para ajudar a Família Alce com o treinamento. — Roland olhou para Vader e continuou — A situação aqui é diferente da de Vila Fronteiriça, mas semelhante à de Valência. Aqui há ratos, refugiados e criminosos violentos.

— O senhor quer que eu treine patrulheiros? — Vader perguntou. Ele finalmente parou de tremer depois de se aquecer junto à lareira.

— Não, treinar a polícia. — Roland explicou seu plano para tomar medidas severas contra atividades ilegais e criminosas — O Primeiro Exército vai cuidar disso no começo, mas o trabalho de segurança pública tem que ser entregue à polícia local. A coisa mais importante no treinamento da polícia é infundir-lhes o conceito de “protetor do povo”.

— Trate as pessoas calorosamente, como uma brisa de primavera. E castigue os criminosos impiedosamente, como o trovão. — Vader repetiu o que Roland havia dito.

— Sim, isso mesmo. — O Príncipe disse com um sorriso — Espero que você possa treiná-los bem.

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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