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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 03 – Cap. 418 – Batalha

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As bruxas já estavam há uma semana no cume de Serra do Dragão Caído quando Raio detectou o movimento do pelotão da Igreja ao norte.

Como Rouxinol esperava, a delegação de emissários da Igreja era composta de 25 guerreiros do Exército do Julgamento, vestindo armaduras de batalha, que montavam cavalos de guerra à frente do pelotão. Havia um grupo responsável pelo transporte de cerca de 100 mercenários combatentes e crentes andando atrás do Exército do Julgamento.

Entre eles, havia duas carruagens. Rouxinol assumiu que Santa estaria em uma delas.

As cinco bruxas secretamente seguiram o pelotão, que estava indo em direção a Cidade Carmesim.

De acordo com o plano, elas iniciariam o ataque quando o pelotão estivesse fora da área de monitoramento e, portanto, seria incapaz de pedir alguma ajuda rapidamente.

Rouxinol observava discretamente uma das carruagens de dentro de sua névoa e vagamente via uma luz prateada de poder mágico saindo pela silhueta distorcida da carruagem.

Se Rouxinol agisse sozinha, ela provavelmente poderia matar Santa, mas não podia garantir a morte de todos os outros inimigos. Mas agora, com a ajuda das bruxas de Ilha Adormecida, era possível que elas conseguissem impedir que a notícia do ataque chegasse à Região Sul.

Se este pelotão fosse assassinado, Hermes não saberia do ocorrido, pelo menos até a próxima primavera. E então seria muito difícil para eles investigarem o que aconteceu com a delegação de emissários.

Rouxinol não gostava de matar, mas desta vez foi uma decisão intencional. Isso aliviaria o fardo de Sua Alteza e ajudaria a defender a Montanha Sagrada das bruxas.

Ela não iria se arrepender.

Quando a delegação de emissários entrou na floresta, Rouxinol viu uma sombra escura se aproximando.

Era Maggie. Ela dobrou as asas e desceu, rugindo. De repente, os cavalos relinchavam de medo e saíram de controle. Todas as pessoas ficaram chocadas, e só conseguiam fitar o céu com os olhos arregalados.

Mas a besta gigante não caiu no meio da multidão para morder e pisar neles como esperavam. Em vez disso, abriu as asas quando estava poucos metros acima de suas cabeças e voou para longe, pairando próximo ao chão, deixando uma tempestade de poeira para trás. O vento forte fez com que todos ali cerrassem os olhos. De repente, uma pessoa pulou das costas da besta e caiu no chão.

— Ataque inimigo! — Os guerreiros do Exército do Julgamento gritaram para a delegação de emissários.

Ouvindo isso, os crentes começaram a voltar a si, tiraram suas armas e atacaram o inimigo desconhecido no centro do pelotão.

A visão de Rouxinol se encheu de linhas pretas e brancas. Os inimigos estavam totalmente cobertos de buracos negros sem luz que poderiam protegê-los de bruxas comuns, mas não de Cinzas, a Extraordinária.

Ela cortou todos os crentes dentro de seu alcance em dois, pela cintura, como se estivesse colhendo trigo. Todas as pessoas ao redor dela caíram rapidamente. Ela usava uma espada de ferro comum em vez de sua espada pesada dada por Sua Alteza, para que Maggie pudesse carregar mais uma bruxa além dela. A espada de ferro rapidamente perdia lascas durante os golpes e acabou quebrando-se. Então, Cinzas pegou as armas derrubadas dos inimigos, como uma alabarda, um bastão, às vezes um martelo de ferro ou um sabre. Qualquer coisa em sua mão se tornava uma arma letal.

O sangue jorrava e os corpos eram dilacerados. No meio do pelotão, Cinzas, sozinha, acabava com todos eles, cortando-os ao meio.

Na parte de trás do pelotão, os mercenários dificilmente poderiam oferecer ajuda à seção intermediária porque enfrentavam sua própria batalha.

Andrea continuava pulando pela floresta como uma fada. Ela usava os galhos e troncos das árvores como cobertura e atirava flechas toda vez que mudava de posição. Cada uma de suas flechas acertaria alguém entre as sobrancelhas e cada uma delas era fatal.

Em menos de dez minutos, todo o pelotão estava uma bagunça. Gritos, berros e ruídos de luta ressoaram na floresta.

Rouxinol se juntou à luta imediatamente. Ela correu através de sua névoa, seguindo de perto seu alvo, que era seu único alvo nessa luta, Santa, a bruxa da Igreja e caçadora de bruxas. As carruagens eram levadas pelos cavalos assustados. Eles correram loucamente por um longo caminho antes que finalmente se acalmassem, mas depois não retornaram ao pelotão. Em vez disso, os cavalos saíram da estrada principal e entraram na floresta em duas direções diferentes.

Parecia que Santa já havia notado que entre seus inimigos havia um adversário difícil, uma Extraordinária. Para a maioria das bruxas, uma Extraordinária com a Pedra da Retaliação Divina era imbatível.

Infelizmente, ela não conseguiu escapar do controle de Rouxinol.

Rouxinol já trial identificado sua posição mais cedo. A outra carruagem provavelmente levava alguma sacerdotisa ou alguém de alta patente.

Rouxinol deixou a outra carruagem para Raio e Maggie.

Apesar da carruagem de Santa correr pela estrada acidentada na floresta em alta velocidade, o cocheiro continuou chicoteando os cavalos, parecendo que ele foi instigado por alguém a acelerar.

Rouxinol se aproximou. Para atirar fatalmente todas as vezes, ela só atirava quando estivesse a menos de dez metros do alvo e com a mira certeira. Ela apontou para os quatro guerreiros do Exército do Julgamento seguindo a carruagem e apertou o gatilho para matá-los um por um. Os guerreiros imediatamente se separaram ao ouvir o som da arma, mas a distância agora era apenas alguns passos para Rouxinol em sua névoa. Além disso, suas armaduras de batalha estavam fazendo mais mal do que bem em uma luta contra munições de grande calibre. As munições tornaram-se mais prejudiciais aos seus corpos humanos depois de passarem por essas armaduras deformadas e rachadas.

Depois de se livrar dos quatro guerreiros do Exército do Julgamento, Rouxinol apontou a arma para os cavalos.

Quando os dois cavalos caíram, a frágil carruagem de madeira prontamente capotou. Em seguida, atingiu um tronco de árvore e desmoronou imediatamente.

Por meio das peças que voavam, uma pessoa envolta em luz prateada emergiu. Rouxinol mirou e atirou sem hesitação, mas a luz formada pelo poder mágico parecia ter consciência e bloqueava os projéteis um a um.

Rouxinol se afastou para recarregar.

— Traidora! — Santa gritou com raiva, indo até onde Rouxinol se escondia.

Desta vez, a situação era diferente.

Elas não estavam lutando em uma pequena sala. Trial, cada passo de Rouxinol custaria a Santa mais de dez passos para alcançar e o alcance efetivo de um revólver, que era de cerca de 50 metros, era muito maior do que a área que uma bruxa poderia atingir com sua habilidade. O chicote de prata de Santa dificilmente poderia chegar a Rouxinol enquanto um projétil poderia matar Santa a qualquer momento.

À essa distância, apenas um ou dois de cinco tiros disparados poderiam atingir o alvo, mas, felizmente, Rouxinol tinha tempo suficiente para recarregar suas armas e continuar mirando e atirando.

Depois de cinco cartuchos, a luz prateada diminuiu. Um tiro atingiu o ombro esquerdo de Santa e outro atravessou seu estômago. Ela não podia mais ficar de pé. Ela cambaleou alguns passos e caiu no chão.

Rouxinol não estava com pressa para se aproximar dela. Ela voltou para o local onde a carruagem se desmontou para pegar uma Pedra da Retaliação Divina antes de caminhar até Santa. Durante a luta, ela continuou se movimentando ao redor da carruagem, para procurar os espólios mais facilmente depois.

No momento em que Rouxinol apareceu ao lado da bruxa coberta de sangue, Santa de repente estendeu a mão direita, a única parte que podia se mover agora, apenas para descobrir que sua luz prateada não podia perfurar seu inimigo como ela queria.

— Você, sua maldita, demônio! Os deuses vão julgar você, maldita! — Santa disse, rangendo os dentes, enquanto sangue saía de sua boca.

Rouxinol apontou a arma para o peito sem expressão e respondeu:

— É mesmo? Estarei esperando por esse dia.

Então ela apertou o gatilho.

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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