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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 03 – Cap. 316 – Explorando a Torre de Pedra

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Raio estava acompanhando o Príncipe de soslaio e quando percebeu que ele saiu do salão, agarrou Maggie pelo braço e a puxou para um canto.

— Pruu?

Maggie estava com seus cabelos lisos soltos, longos cabelos brancos que quase tocavam o chão. De longe, ela parecia uma fantasminha quando estava se movendo. Ela tirou o cabelo do rosto e abriu um sorriso sem graça, pois ainda estava com metade de um pernil de porco na boca.

Raio sussurrou:

— Hein, Floresta das Brumas é um lugar bastante interessante, né? Eu encontrei um lugar bem legal para explorar e tô querendo ir amanhã. Você quer vir comigo?

— Pruu. — Maggie engoliu a comida na boca e assentiu repetidamente — Sim, o que eu preciso preparar?

— Para explorar você precisa de um conjunto de três peças. — Percebendo que ela tinha usado algumas palavras estranhas, como Roland sempre faz, ela corrigiu dizendo — Não, quero dizer, as três coisas mais usadas na exploração são: pederneira, comida e adaga. Não é muito longe, então a gente precisa trazer comida suficiente para um dia. Não encha toda a sua bolsa com comida como da última vez.

— Entendi, pruu. — Maggie disse dando um tapinha no peito. Quando ela estava prestes a sair, Raio a parou novamente.

— Lembre-se que essa exploração é o nosso segredo. Não conte a mais ninguém. Partiremos amanhã de manhã.

Ao ver Maggie ir com pressa até a mesa de jantar, Raio fez um beicinho e começou a pensar sobre o plano para a exploração de amanhã. Entretanto, ela estava um pouco preocupada.

Recentemente, ela conseguiu com sucesso lançar a bomba para Sua Alteza, mas ela descobriu que havia algo que parecia diminuir sua velocidade e agilidade enquanto voava. Toda vez que ela acelerava, Raio sentia que um demônio a perseguia.

Ela percebeu que a causa desse impedimento era o medo. Tudo começou quando ela teve aquela terrível experiência de sua preciosa exploração na torre de pedra. Naquele tempo, ela entrou em pânico e tentou fugir o mais rápido possível quando ouviu aquela voz abafada. Esse medo a deixou apavorada e também afetou sua confiança como exploradora.

— Você não deve temer o medo, mas sim temer o desconhecido. Se você quiser sobrepujar o medo, você precisa primeiro se aproximar do desconhecido. — Ela murmurou para si mesmo as palavras de seu pai, Trovão.

Sabendo que amanhã ela poderia enfrentar perigos reais, ela ainda se decidiu a ser corajosa e seguir em frente. Ela sabia que, se não conseguisse superar o medo dessa vez, ela não conseguiria mais voar livremente.

Foi por isso que ela decidiu agir sem a autorização de Roland. De acordo com o plano do Príncipe, a exploração da torre de pedra seria realizada depois dos Meses dos Demônios. Só que a equipe não seria formada somente por Raio e Maggie, mas também por outras bruxas e o Primeiro Exército. Raio acreditava que, se fosse para uma exploração com uma equipe tão grande, dificilmente conseguiria superar seu medo. Como ela poderia se considerar a líder de um grupo de exploração se só conseguia se aproximar do desconhecido com esse tanto de gente?

Ela estava decidida e já esperava uma repreensão de Sua Alteza, punindo-a por essa atitude não autorizada.

Céus, posso até mesmo ficar sem sorvete! E as irmãs vão ficar bastante preocupadas. — Ela pensou, mas ainda assim estava determinada a ir.

Como a filha do maior explorador dos Fiordes, Raio não poderia agir como uma covarde.

Ela precisava estar bem preparada dessa vez. Quando ela explorou a Torre de Pedra pela primeira vez, ela não tinha nada para se proteger, mas agora ela tinha um revólver, que era um presente do Príncipe, além de uma melhor compreensão dos demônios e a ajuda de sua amiga Maggie.

Estou tão feliz que Maggie concordou em ir comigo. Mesmo se o pior acontecer, que seria a gente encontrar demônios na torre, e Maggie não conseguir assustá-los ao transformar-se em uma besta demoníaca híbrida, a gente ainda poderia fugir voando. Uma exploradora não precisa de uma grande tropa para ter coragem, mas não tem problema se eu explorar com amigos confiáveis. — Ela pensou.

Quando o banquete terminou, Raio embrulhou todo o presunto fatiado e marinado no mel, que ela trial pego escondido, e colocou em um saco de pano, junto com sua arma, sua tocha e sua bolsa de água.

Ela recuperou um pouco da confiança após o sucesso da missão de bombardeio, e se sentiu mais corajosa depois de receber o incentivo do Príncipe e beijar sua bochecha, que ainda estava áspera, com a barba por fazer. Como dizia um ditado, ela precisava bater no ferro enquanto estivesse quente. Depois de um dia tão bom, o dia de amanhã seria o melhor momento para ela iniciar sua exploração.

No início da manhã seguinte, quando Raio voou para o topo do castelo, Maggie, em forma de pombo, já estava lá esperando por ela.

— Verifique sua mochila.

— Eu peguei todas as coisas que você pediu. — Maggie se transformou de novo em uma garota e abriu sua mochila para Raio verificar. Desta vez, Maggie só encheu metade da mochila com comida, mas tinha também uma adaga e uma pederneira.

— Bem, parece que desta vez está tudo certo… vamos indo.

E assim, Raio voou ao lado de um pombo e juntas foram em direção à Floresta das Brumas.

Como Raio havia feito o trajeto diversas vezes em sua mente, ela conseguia voar na direção certa, mesmo com os olhos fechados. Estava um pouco nublado hoje, mas estava bem melhor do que o dia escuro e sombrio de quando ela havia explorado a Torre pela primeira vez. Ela viu o solo sem árvores ficar cada vez mais para trás enquanto voava por cima da floresta. Enquanto se aproximava da área onde a torre de pedra se encontrava, Raio ficava cada vez mais nervosa.

Enquanto voava, Maggie perguntou:

— O lugar bem legal que você mencionou na noite passada é um ninho de águia que você encontrou?

Raio balançou a cabeça e respondeu:

— Não, é muito mais interessante do que isso. Nosso destino hoje é um monumento antigo, uma torre de pedra com mais de quatrocentos anos. Como o porão ainda não desmoronou, eu acho que a gente pode encontrar alguns livros antigos com as informações daquela época.

— Livros antigos? — Maggie bateu as asas — Não parece tão divertido quanto roubar ovos de águia, pruu.

Raio explicou:

— Um ninho de águia tem no máximo dois ou três ovos. Depois de umas mordidas você já acabou com tudo. No entanto, se pudermos encontrar esses livros antigos valiosos e trazê-los de volta para Sua Alteza, eu tenho certeza que ele vai recompensar você com um cesto cheio de ovos, e você vai poder pedir eles fritos, cozidos, como quiser. Mesmo você comendo três ovos por dia, esse cesto vai durar por um bom tempo.

Ouvindo isso, Maggie imediatamente se animou.

— Sério? Então vamos rápido encontrar esses livros! Pruu, pruu!

Elas finalmente viram a torre quando era quase meio-dia.

Era uma torre de pedra em ruínas que estava coberta com trepadeiras e musgo no meio da floresta. Tudo ao redor parecia o mesmo de vários meses atrás. Raio se aproximou e começou a voar ao redor para verificar se estava seguro. Após ter certeza, ela pousou.

— É aqui o lugar? — Maggie, em forma de pombo, disse enquanto pousava na cabeça de Raio.

— Xiiiu. — Raio colocou um dedo na frente de seus lábios para sugerir que Maggie ficasse quieta. Neste bosque silencioso, até mesmo sussurrar parecia um som muito alto — Fale baixinho, pois pode ter demônios por aqui.

— Demônios? — Maggie ficou chocada, e sua cauda se ergueu.

— Espere por mim lá no alto. Eu vou entrar e verificar primeiro. — Raio apontou para o topo da torre quebrada, dizendo com uma voz muito baixa.

Pisando na grama, ela podia ouvir claramente o farfalhar sob seus pés. Ela descobriu que as plantas ainda não tinham crescido para cobrir a entrada da torre, e viu até mesmo as vinhas que ela havia cortado da última vez que esteve ali. Raio prendeu a respiração e entrou na torre, seguindo o caminho que se lembrava. Passo a passo, ela se aproximava das escadas que levavam ao porão no centro da torre. Agora ela podia até mesmo ouvir seus próprios batimentos cardíacos.

— A ignorância dá luz ao medo. Para superar o medo, eu tenho que me aproximar do desconhecido… — A garotinha murmurava para si mesmo para criar coragem. Ela acendeu uma tocha e começou a descer as escadas.

De pé no canto da escada, ela esticou o pescoço para espiar. Ela viu que a porta de madeira estava toda estilhaçada, e nenhum demônio estava na entrada do porão como da última vez. A escuridão profunda parecia uma boca aberta e sem fundo de um monstro devorador de almas.

Neste momento, ela ouviu uma voz feminina bastante fraca, mas familiar, vindo da escuridão.

Raio, inconscientemente, se abaixou, e todos os cabelos em seu corpo se arrepiaram. Sentindo um desejo desesperado de escapar, ela cerrou os dentes para reprimir seu medo e cobriu a boca com as mãos para evitar gritar. Ela se concentrou para ouvir novamente, só que desta vez, ela ouviu claramente uma voz repetindo:

— Ajude-me…

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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