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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 03 – Cap. 304 – Grande Surpresa

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May nunca imaginou que quando pisasse os pés novamente em Vila Fronteiriça, seu coração estaria cheio de expectativas.

A floresta ao longo do Rio Vermelho começou a ficar amarela e a brisa já dava indícios de que o frio estava chegando. A água do rio com sua luz ondulante fluía abaixo dela e, de tempos em tempos, podia-se ver folhas caídas deslizando pelo corrimão.

Sem toda aquela ansiedade e inquietação da última vez, a paisagem de outono em torno dela parecia sair de um poema ou pintura.

— Senhorita May. — Uma voz cheia de admiração soou por trás — A peça que você interpretou, o Diário de uma Bruxa, foi realmente escrita para você pessoalmente por Sua Alteza?

Quando May se virou, ela viu um grupo de atrizes se reunindo atrás dela, e na frente das atrizes, uma mulher olhava para ela bastante nervosa. May lembrou que o nome dela era “Andorinha”.

— Ahaha, desculpe. — Irene acenou para ela da proa do barco e sorriu — Eu não pude responder à pergunta delas, então eu disse para irem perguntar a você.

Idiota… — May revirou os olhos.

No passado, ela teria respondido com um sorriso de escárnio. Mas depois de passar mais tempo com Irene, ela estava se tornando mais e mais paciente, e disse:

— Sua Alteza não escreveu para mim. Foi a Ministra da Educação da Prefeitura, Lady Pergaminho, quem escreveu o Diário de uma Bruxa.

— Hã, é mesmo? — Andorinha piscou — Nós pensamos que era verdade, depois que vimos você brigar com Bella.

“Sua Alteza escreveu pessoalmente” e “Sua Alteza escreveu pessoalmente para mim” são duas frases tão diferentes, mas ainda assim essas pessoas conseguem confundir as duas coisas. — May pensou e respondeu:

— Sua Alteza aprovou tanto o roteiro quanto a performance teatral, então zombar do roteiro de fato significa zombar de Sua Alteza. Nesse aspecto, eu não menti para ela.

— Você conheceu Sua Alteza?

— Ouvi dizer que ele tem o cabelo icônico da família real, longo e cinza, e que ele é extremamente bonito, é verdade?

— Eu também ouvi dizer que ele é romântico e tem muitas amantes!

— É mesmo?

Olhando para este animado grupo de garotas, May não pôde deixar de franzir a testa.

Droga! Eu nunca deveria ter respondido. — May pensou.

— Tudo bem, parem de incomodar a senhorita May. — Rosia aproximou-se e todo mundo foi embora, dando a May um olhar de desculpas.

— Está tudo bem. — May deu de ombros e continuou a apreciar a paisagem ao longo da costa — Afinal, eu mesma respondi às perguntas delas.

— Mas… senhorita May, eu não entendo. — Rosia coçou a cabeça — Por que você trouxe todas essas trinta e cinco pessoas conosco, sendo que somente duas delas já se apresentaram anteriormente, e vinte e seis nem sequer completaram todas as suas aulas de teatro? Eu lembro que você costumava dizer que elas nem poderiam ser consideradas crianças na arte da atuação, como se tivessem ainda no ventre materno. Mesmo que as exigências do Lorde para a peça não sejam tão altas, eu tenho medo que ainda seja difícil para elas serem aceitas. Se você está querendo se vingar de Bella, talvez tivesse sido melhor ter persuadido alguns atores de apoio mais experientes.

— Eu nunca planejei deixar todas essas pessoas se apresentarem.

— Hã? — Rosia disse chocada.

— Todas elas podem ler os roteiros, não é mesmo? — May sorriu — Embora ainda seja um longo caminho para se apresentarem no palco, elas pelo menos podem ler e escrever. Você não percebeu que esse tipo de pessoa é exatamente o que Sua Alteza precisa? — Ela parou por um momento — Você realmente acredita que o Príncipe Roland Wimbledon nos pediu para apresentar uma peça porque ele ama tanto o drama?

— Isso…

— Se fosse Lorde Petrov, então a resposta seria sim. Antes de começar a administrar Forte Cancioneiro, ele costumava ir ao teatro todas as semanas. Mas Sua Alteza Roland… bem, exceto pela primeira vez que apresentamos uma nova peça, ele nunca aparece na praça da vila, então a razão pela qual ele está promovendo o drama não é por prazer, mas para transmitir suas ideias ao público com a nossa performance. — May continuou — Em comparação com as primeiras peças, que enfatizavam a resistência à opressão e que as bruxas não são más, as novas peças Alvorecer e Nova Cidade visam o recrutamento de pessoas e a mensagem de obter riquezas com muito trabalho. Estou meramente seguindo os desejos de Sua Alteza e faço o possível para ajudar.

— Então é assim, eu nunca pensei nisso… — Rosia disse.

— Para entender um roteiro, além de se colocar na posição do personagem, também é necessário perceber e contemplar o verdadeiro significado que o autor quer que as pessoas reflitam. Essa também é uma qualidade que um bom ator precisa possuir.

— Sim, obrigada pela sua orientação! — Rosia disse, curvando-se em reverência.

— Além disso, lembre-se que, caso você não queira mais se apresentar, ainda pode encontrar um bom emprego em Vila Fronteiriça. — May sorriu — Você pode até entrar na Prefeitura e se tornar uma funcionária administrativa. Afinal, Sua Alteza não se importa com status ou família, e uma carreira como essa é muito mais fácil do que a de um artista.

Quando o navio chegou à vila, May imediatamente percebeu que Ferlin Eltek estava no cais.

Obviamente, ele estava lá por Irene.

Ela não pôde deixar de suspirar ao ver a garota se jogando em seus braços.

— Ah, não é o Luz da Manhã, Ferlin Eltek?

— Então ele não foi exilado por Sua Alteza?

— Céus, o cavaleiro número um da Região Oeste, ele é tão legal. — Andorinha disse admirada — Eu pensei que ele estaria com a Estrela do…

— Pare de falar bobagem. — Todos pararam de falar ao ouvir o tom frio de May — Recolham rapidamente suas bagagens e desembarquem. Gaite e Rosia vão levar vocês até a Prefeitura para o registro. Todo o resto será providenciado por eles.

— Sim. — Todas responderam respeitosamente.

Quando desceu às docas, Ferlin, com o braço ao redor da cintura de sua esposa, aproximou-se e disse respeitosamente:

— Senhorita May, Irene acabou de me contar sobre o confronto no teatro. Obrigado por ficar de olho nela.

— Não precisa me agradecer. — May respondeu — Na verdade, embora eles fingirem estar atacando Irene, na verdade eles queriam me atingir.

— Mesmo assim, eu ainda tenho que te agradecer. — O cavaleiro sorriu — Se não fosse por você, ela definitivamente teria chorado naquele momento.

Quando o casal saiu, May franziu os lábios, carregou a bagagem sozinha e caminhou em direção ao bairro residencial.

Mesmo que ela tivesse desistido de Ferlin, ela ainda se sentia um pouco triste ao ver o casal andando juntos. Além disso, aquele homem familiar também não apareceu, embora ele tivesse prometido em sua carta que lhe faria uma surpresa.

Bem, afinal de contas, ele é alguém importante para Sua Alteza. Ele deve ser mais ocupado e não pode sair livremente como o Luz da Manhã, certo? — May pensou.

Chegando em casa, May largou a bagagem e sentiu-se relaxada como há muito tempo ela não se sentia. Respirando fundo, ela foi até o armário para pegar um frasco de licor branco. Assim que estava prestes a se servir, ela ouviu alguém batendo na porta.

Ao abrir a porta, ela viu Carter Lannis de pé em sua frente.

— Eu não esperava que você chegasse uma hora mais cedo. — Ele limpou o suor da testa — Eu vim direto do quartel quando soube que o navio de Forte Cancioneiro havia chegado.

Curiosamente, mesmo que ele não estivera lá no cais esperando por sua chegada, o humor de May ficou melhor assim que ela viu Carter.

— Você gostaria de um pouco de bebida?

— Não, obrigado, eu estou de plantão esta tarde. — Carter acenou com a mão.

— Tudo bem. — Ela assentiu — O trabalho de Sua Alteza é realmente mais importante.

— Eu queria te dar um presente. — O Cavaleiro-chefe tirou uma caixinha de madeira branca do bolso e entregou a ela.

— Este é o mais novo produto do Mercado de Conveniências? — May perguntou curiosamente quando pegou a caixa.

Quando ela abriu, viu um anel amarelo-alaranjado. No topo, havia uma pedra transparente, que refletia várias cores da luz do sol de outono que brilhava pela janela.

Sem dúvida, o anel era de valor inestimável, algo que provavelmente jamais seria vendido no mercado de conveniência. E quando os nobres davam um anel, isso significava que… ela instantaneamente pôs a mão na boca.

— Senhorita May, você quer casar comigo? — Carter perguntou seriamente.

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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