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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 03 – Cap. 285 – Respostas

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O clima em Ilha Adormecida estava ficando melhor a cada dia. Quando Tilly voava, ela podia ver do alto a multidão andando para lá e para cá e o mercado bastante animado.

Ilha Adormecida não era mais um lugar onde costumava haver 300 bruxas que viviam isoladas. Agora, a ilha já havia estabelecido uma relação comercial, por meio de negociações e acordos, com diversas outras ilhas como Baía Lua-crescente, Ilhas Dragões Gêmeos, Porto do Poente e Cidade Água Rasa. Além disso, Tilly também orientou alguns civis de aldeias próximas, que já estavam abarrotadas de pessoas, a viverem aqui.

Embora, por enquanto, estivessem reunidos na parte mais próxima da costa longe das bruxas, Tilly acreditava que um dia, Ilha Adormecida se tornaria uma cidade sem preconceitos. A fusão seria um processo lento, mas ela estava cheia de esperança do porvir. Não importava se as bruxas despertas das outras ilhas se juntassem a elas em Ilha Adormecida ou se decidissem ficar em suas cidades natais e fossem aceitas pelos civis. Seja como for, isso seria uma ótima notícia, pois significava que Tilly e as bruxas que imigraram para a ilha receberiam mais adeptos.

— Está ventando muito, pode descer. — Cinzas, que estava em terra, gritou — Cuidado para não cair!

— Eu estou bem! — Tilly acenou, caindo rapidamente por um momento, mas estabilizando o voo novamente — Oh… ainda é um pouco difícil de controlar.

— E ainda assim você fica voando tão alto! — Cinzas disse pisando no chão com força — Você pode voar a uma altura mais baixa ou praticar acima do mar. Se você não descer agora, eu vou subir no telhado e pegar você eu mesma!

— Tudo bem, tudo bem, eu entendi. — Tilly podia sentir que o vento estava ficando mais forte e ela não queria continuar ali. Então, ela retirou o poder mágico que havia liberado e pousou lentamente no jardim de sua residência.

— Por favor, da próxima vez que você for fazer isso, chame a Molly para acompanhar você. — Cinzas disse — Pelo menos, o Servo Mágico dela pode te pegar.

— Eu não vou cair enquanto continuar a fornecer poder mágico. O pior que pode acontecer é eu não ser capaz de controlar a direção. — Ela tirou a luva que tinha uma pedra mágica azul e entregou a Cinzas — Você deveria tentar. Voar é tão maravilhoso. Quando você olha de cima para Ilha Adormecida, você vê o mundo de uma forma totalmente diferente.

— Não, nem quero tentar. — Cinzas recusou — Se eu fui incapaz de ativar a pedra mágica do relâmpago no início, imagina essa pedra que precisa continuamente de poder mágico. Além disso, temos somente essa pedra. Mesmo eu aprendendo a usá-la, eu ainda não seria capaz de voar com você.

— É, você está certa. — Tilly, um pouco triste, pegou a luva de volta — Muitas vezes penso que seria tão bom se eu conseguisse descobrir o princípio por trás dessa pedra e criar outras semelhantes.

— Você acha que foi feita por humanos?

— Claro. — Ela assentiu sem hesitar — Quando nós observamos sua superfície polida e sua finalidade, é altamente improvável que a pedra tenha sido formada naturalmente. As pessoas que construíram as ruínas devem ter uma profunda compreensão do poder mágico, e é uma pena que eles não tenham deixado nada para trás, além de alguns documentos difíceis de entender.

Nesse momento, uma enorme figura branca caiu de repente do céu. Devido a sua rápida velocidade de pouso, quase atingiu o chão com tudo, levantando poeira.

— Maggie? — Cinzas ergueu as sobrancelhas.

— Ah… isso doeu, pruu. — De fato era a menina, que voltou à sua forma humana e ao levantar, esfregou a cabeça dizendo — Será que estou vendo coisas? Eu realmente estava vendo a Lady Tilly voando no céu? Se não fosse pela cor do cabelo, eu teria pensado que era Raio!

— Sim, você não estava vendo coisas. Era realmente eu quem estava voando agora há pouco. — Tilly sorriu e esfregou as bochechas de Maggie — Então… as bruxas de Ilha Adormecida estão indo bem em Vila Fronteiriça?

— Bem, muito bem, pruu. Elas me pediram para entregar uma carta para você. — Maggie abriu a bolsa para pegar as cartas e disse — Essa é de Lotus, essa é de Evelyn, e essa… é de Sua Alteza.

Tilly ficou surpresa. A carta do Príncipe era muita extensa, sendo tão grossa quanto três dedos e estava bem embrulhada como se fosse um pacote. Parecia um pouco pesada quando ela segurou em suas mãos. Obviamente, não continha apenas uma carta.

— Você deve estar cansada.

Cinzas pegou metade de uma torta de trigo e deu um pequeno pedaço para Maggie. Mas Maggie balançou a cabeça, colocou um peixe seco na boca e disse:

— Vou brincar com Molly. — Então, ela se transformou mais uma vez em um enorme pombo branco e voou para fora do jardim de flores.

— Por que eu sinto que ela parece ter crescido um pouco, mesmo que tenha se passado pouco mais de um mês?

— Sabe que eu senti a mesma coisa. — Tilly riu — Parece que a vida em Vila Fronteiriça é muito boa.

Quando Tilly retornou ao seu quarto, ela abriu a carta de Roland Wimbledon e descobriu que, além de uma carta cheia de palavras, o resto eram pinturas bem realistas.

— O que é isso?

A pergunta de Cinzas também refletia a própria perplexidade de Tilly. Ela balançou a cabeça e desdobrou as fotos uma por uma. Seu conteúdo era um pouco difícil de acreditar: o fundo parecia uma noite na floresta, onde sob a luz vermelha do sol poente, dois monstros de aparência assustadora estavam envolvidos em uma luta mortal com um grupo de bruxas. As bruxas estavam obviamente perdendo, suas habilidades pareciam ser inúteis e ambas as serpentes e bolas de fogo não podiam parar os monstros. Na última foto, várias bruxas estavam mortas em uma poça de sangue.

Tilly franziu a testa. As cenas na frente dela foram claramente pintadas por uma bruxa. Somente o poder mágico poderia criar pinturas tão vivas e reais. Mas… eram meras pinturas ou representavam um evento que realmente aconteceu?

Com uma sensação de desconforto, ela pegou a carta e leu rapidamente. Logo, Tilly sentiu um aperto no peito e suas mãos começaram a tremer quando ela se deparou com muitas vezes a mesma palavra: “demônio”.

— Alguma coisa errada? — Cinzas segurou as mãos de Tilly e disse — O que há na carta?

— O passado da Associação Cooperativa das Bruxas. — Tilly deu um tapinha nas costas de Cinzas para relaxá-la e continuou a dizer — Elas estavam procurando pela Montanha Sagrada nas Terras Selvagens… você deve ter ouvido falar da Montanha Sagrada, certo?

— Sim, é o lendário destino de todas as bruxas. Somente na Montanha Sagrada elas podem obter paz e serenidade verdadeiras, mas isso é apenas um boato. — Cinzas disse sem dar muita atenção — Aqui na ilha nós também podemos viver em paz, e a tortura do diabo nada mais é do que uma mentira inventada pela Igreja.

— Mas Kara estava convencida de que a Montanha Sagrada realmente existia. Além disso, ela encontrou um livro antigo nas ruínas da floresta ao leste da Cidade Real de Castelo Cinza, acreditando que os portões da Montanha Sagrada estavam naquela área proibida que ninguém jamais havia pisado antes. Então, ela liderou a Associação Cooperativa das Bruxas pela Cordilheira Intransponível, em direção ao deserto, no entanto, o que elas encontraram não foi a Montanha Sagrada, mas sim uma espécie de monstro terrível. — Tilly disse baixinho.

— Esses dos desenhos? — Cinzas respirou profundamente.

— Exatamente. — Sua expressão se tornou um tanto sombria — De acordo com a carta, eles possuem uma força inimaginável e são extremamente ágeis. Eles também podem controlar bestas demoníacas e um deles pode até mesmo lançar raios de sua mão… assim como a habilidade de uma bruxa. Entre mais de quarenta bruxas, apenas seis decidiram procurar a ajuda do Lorde de Vila Fronteiriça, pois não restou mais nenhuma e elas também não tinham mais para onde ir.

— Entendi… então foi isso o que aconteceu.

— Mais uma coisa que me deixa confusa é que, no final desse livro antigo, há um relato rápido e inacabado escrito na Língua do Reino. — Tilly verificou a parte de trás da carta — Ele menciona a Cidade Sagrada, a luta contra os demônios, assim como os experimentos de Alice sobre o Exército da Punição Divina. Tudo isso deveria ter acontecido quatrocentos anos atrás, mas se eles estavam familiarizados com a Língua do Reino, por que eles usariam um idioma diferente para registrar a literatura e os livros?

A Princesa Tilly pensou nisso por muito tempo, mas não chegou a lugar algum, então deixou tudo de lado e pegou a carta de Sylvie para ver o resultado de seu escrutínio.

No momento em que viu a primeira frase da carta, Tilly ficou atordoada e ainda mais chocada do que quando leu sobre os demônios.

“Lady Tilly, eu não encontrei nenhum sinal de disfarce, camuflagem ou poder mágico em Roland Wimbledon. Além da União das Bruxas, também não há outras bruxas escondidas na vila. Então eu acho que… ele pode realmente ser seu irmão mais velho.”

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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