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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 03 – Cap. 281 – Emboscada (Parte 2)

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Ao contrário de Lotus, que estava testemunhando de longe, Sylvie podia ver tudo claramente.

Através das paredes das casas de terra camufladas, Sylvie podia ver que os soldados estavam ocupados repetindo suas ações individuais em uma certa ordem. Quando um grupo de sete ou oito pessoas trabalhavam juntas, formavam um corpo inteiro. Bolsas e bolas de ferro empilhadas atrás de cada compartimento foram sucessivamente postas em um tubo de ferro grosso e depois foram lançadas para fora como um trovão.

Olhando atentamente, Sylvie percebeu que os soldados acendiam cordas presas atrás dos canos de ferro e, em seguida, faíscas saltavam e acendiam as bolsas dentro dos canos. O brilho resultante era tão intenso que Sylvie precisava piscar os olhos. As luzes se expandiam instantaneamente para bolas de fogo laranjas que se estendiam pelos canos. O brilho se expandia tanto que as bolas de ferro eram jogadas violentamente para fora, como se uma mão gigante e invisível estivesse atirando-as.

Em um piscar de olhos, a bola de ferro se transformou em uma sombra escura e voou diretamente e acertou o veleiro no rio. Seu poder era tão forte que fez um buraco enorme naquela estrutura de madeira. Mesmo que a bola de ferro tenha desacelerado enquanto passava, seu poder não diminuiu muito. Um inimigo que estava prestes a rastejar para fora da cabine, foi atingido em sua cintura e instantaneamente partido em dois.

Foi a primeira vez que Sylvie viu tal cena. Sem o uso de facas ou espadas afiadas, uma pessoa foi separada em dois apenas por uma pequena bola de ferro.

Devido ao fato de que Sylvie podia ver tudo como se estivesse lá, ela sentiu como se estivesse sendo salpicada de sangue e entranhas dos inimigos. Muitas pessoas tinham seus membros despedaçados e até mesmo suas cabeças estilhaçadas. A cabine estava coberta de sangue e órgãos.

Sylvie sentiu-se mal de repente e sentiu que algo estava vindo por sua garganta. A cena na cabine desapareceu abruptamente quando Sylvie foi forçada a interromper seu Olho da Verdade, pois seus pensamentos estavam tão distraídos que ela não podia mais manter sua habilidade.

Então, ela vomitou.

— Você está bem? — Lotus ficou chocada e se aproximou para ajudá-la — O que foi?

Sua Alteza também notou seu desconforto e lhe entregou um lenço.

— Se for muito sangrento, não precisa usar sua habilidade para observar tão de perto. É melhor descansar agora.

— Obrigada, Alteza… — Sylvie pegou o lenço para limpar a boca e disse — Eu estou bem.

Então esta é a “incrível invenção” que Maggie e Raio falavam o tempo todo? — Ela pensou — Naquela época, ninguém realmente prestou muita atenção ou levou a sério o que as meninas estavam falando, mas também, quem conseguiria imaginar uma arma tão poderosa?

Olhando novamente para o campo de batalha, Sylvie viu veleiros da tropa de Timothy navegando próximos das duas margens. Os inimigos obviamente sabiam que esta rodada de ataques intensos vinha de trás da parede de barro camuflada na margem. No entanto, eles não sabiam que Sua Alteza havia estabelecido mais de uma fortificação.

Longe da linha de defesa em forma de V, havia bunkers escondidos, cobertos de grama selvagem e trepadeiras. A distância entre eles era equivalente a três vezes o comprimento de um navio. A menos que os inimigos não hesitassem em se virar para se retirar, onde quer que aterrissassem, seriam atacados pela frente e pelas costas.

Os soldados nos bunkers estavam todos segurando armas de ferro longas e cilíndricas idênticas que não atiravam bolas de ferro redondas como os canhões, mas sim “pontas de flechas” afiadas, sem o virote. Essas pontas não tinham o mesmo poder incomensurável daquelas bolas de ferro, mas quando atingia o alvo, ainda tornava inútil qualquer armadura e perfurava profundamente a carne de uma pessoa.

Sylvie percebeu que os inimigos estavam planejando lançar um contra-ataque depois de desembarcarem e agruparem, no entanto, os soldados dentro dos bunkers nunca lhes dariam essa oportunidade. Assim como no ataque anterior, eles ainda não mostravam seus rostos, em vez disso, somente apontavam para o alvo com suas armas, puxavam o gatilho com facilidade e depois soltavam uma chuva de pontas de flechas, semelhante a uma tempestade de verão caindo sobre o inimigo.

Confrontado com esse tipo de fogo rápido, sem sequer serem capazes de balançar suas próprias armas, os inimigos foram incapazes de resistir por muito tempo e sua linha de frente foi rapidamente desfeita. As pessoas que já haviam deixado o navio se viraram, querendo retornar a bordo, enquanto as pessoas ainda a bordo estavam esperando que os outros retornassem e, assim, fugirem. Os veleiros começaram a balançar, pois os cascos estavam cheios de buracos, chegando a um ponto que já não eram mais capazes de flutuar, começando a afundar. Os que estavam no navio se afogaram, sendo puxados para baixo ou sendo atingidos por pedaços de madeira. A cena estava um caos total.

Neste momento, Roland baixou o telescópio e ordenou a Machado de Ferro:

— É hora de você ir com a tropa limpar o campo de batalha. Se os líderes deles não morreram no campo, faça o possível para prendê-los ainda vivos, pois quero fazer algumas perguntas a eles.

— Sim, Vossa Alteza. — Machado de Ferro saudou e saiu.

Então Roland olhou para Sylvie e disse:

— Sylvie, vá junto com Machado de Ferro para certificar-se de que ninguém escape.

Sylvie assentiu e seguiu Machado de Ferro, saindo da torre de observação. De repente, ela entendeu por que o Príncipe Roland se atrevia a proteger as bruxas em seu domínio com tanto afinco.

Com armas tão poderosas, o Exército da Punição Divina da Igreja não poderá derrubar Roland tão facilmente. — Ela pensou — Se Lady Tilly também tivesse essas armas, um dia as bruxas poderiam realmente voltar para casa.

Vendo os navios quebrados afundando no rio, Roland ficou um pouco aliviado.

O inimigo estava fadado a perder a batalha no momento em que decidiu atracar e lançar um contra-ataque em terra. Depender apenas dos remos e do timão para virar a proa era um processo muito lento, ainda mais sob ataque constante. Na verdade, talvez foi esse mesmo ataque constante que os forçou a tomar uma posição e ir para a margem. Eles poderiam ter pensado que, em vez de sofrer uma surra sem a menor chance de contra-atacar no rio, seria melhor chegar rapidamente à margem para que pudessem organizar sua equipe para uma contraofensiva.

No entanto, seria difícil afundar completamente um navio de madeira somente com os projéteis sólidos de ferro dos canhões que pesavam apenas 5,5 kg. Mesmo se o casco estivesse cheio de buracos, ainda assim não haveria dano suficiente e o navio continuaria flutuando. Então, se eles tivessem dado meia volta, talvez ainda pudessem salvar algumas vidas, mas ao escolher pisarem em terra firme, toda a sua frota foi condenada à destruição.

Comparado com o último ataque surpresa na batalha entre Vila Fronteiriça e Forte Cancioneiro, o inimigo nem sequer foi capaz de iniciar um ataque em todo esse tempo. As pílulas eram geralmente controladas e mantidas pelo comandante até a hora de atacar, portanto, eles foram incapazes de responder com rapidez suficiente quando a emboscada começou. A limpeza do campo de batalha durou até o anoitecer.

Machado de Ferro e os guardas escoltaram dois prisioneiros até o acampamento.

Antes que Roland pudesse falar, um deles já começou a gritar:

— Vossa Alteza, eu sou o Cavaleiro Sznak. Por favor, permita-me escrever para minha família, e eles definitivamente pagarão um belo resgate.

O outro também apressadamente gritou:

— Vossa Alteza, eu sou Elvin Escudo, o segundo filho da Família Escudo da Região Norte, também estou disposto a pagar o resgate.

— Então foram vocês quem lideraram esse ataque? — Roland ergueu as sobrancelhas.

— Hãn, não senhor, o capitão era o Sir Vincent. Infelizmente, ele já está morto. — Sznak contorceu seu corpo por um tempo e continuou a dizer — Vossa Alteza, o senhor poderia me desamarrar? Espero ser tratado de acordo às tradições durante o período de resgate.

Roland balançou a cabeça, dizendo:

— Eu não quero resgates. Conte-me tudo que você sabe, os alvos, propósito, bem como os planos de Timothy para a Região Oeste e depois darei o que você merece.

Sznak hesitou por um momento e disse:

— Sobre essas coisas, Vossa Alteza, receio não poder lhe contar.

O jovem cavaleiro da Família Escudo também se recusou, dizendo:

— Eu jurei a minha lealdade a Majestade Timothy, não posso violar meu juramento.

Roland disse descuidadamente:

— Bem, leve-os embora.

Depois que os guardas saíram, Roland olhou para Machado de Ferro e disse:

— Ouvi dizer que você serviu como guarda do Patriarca durante sua estada na Cidade da Areia de Ferro e que você é excepcional em coletar informações por meio de interrogatórios. É isso mesmo?

— Sim, Alteza. — Machado de Ferro respondeu com confiança — Poucas pessoas podem guardar segredos de mim.

Roland se virou, dizendo:

— Muito bem, não importa quais métodos e habilidades você use, interrogue os dois e obtenha o máximo de informações.

Machado de Ferro ficou chocado e perguntou:

— E quanto aos resgates, Alteza?

— Eu disse desde o começo que não quero resgates. — Roland disse friamente — Depois de terminar o interrogatório, mate-os.

Este é o castigo legítimo para quem ousa oprimir as pessoas comuns e atacar a Região Oeste. — Roland pensou.

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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