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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 03 – Cap. 226 – Operação no Centro da Cidade

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— Você conseguiu um pouco do Elixir Sagrado? — Martelo Negro perguntou um pouco animado.

— Elixir Sagrado? — Theo parou de sorrir enquanto zombava — Ninguém precisa tomar essa droga da Igreja, existem outros medicamentos que também podem curar esta praga demoníaca. — Dizendo isso, ele tirou duas bolsas pequenas de sua cintura e as colocou na mesa — Colocar a culpa nas bruxas é apenas o truque usualmente usado para obter alguns benefícios, afinal, uma pessoa morta não fala.

Martelo Negro, perplexo, pegou uma das bolsas, colocou-a perto da orelha e agitou. Depois, ele desamarrou a corda e cheirou o que estava dentro.

— Não tem cheiro?

— Basta entregar para Anel de Prata e Barroso que você vai testemunhar a eficácia do medicamento. — Theo disse — Eles devem estar em algum lugar aqui da taverna, não?

— Estão no porão. Quando eles ficaram doentes, eu os coloquei lá e não permiti que saíssem. Tudo isso porque os doentes com manchas negras estão sendo facilmente atacados lá fora, e nós, como um grupo, não deixaríamos isso acontecer de modo algum. — Martelo Negro pegou a segunda bolsa e falou — Senhor Theo, estou indo entregar este remédio a eles.

Quando Martelo Negro se levantou e saiu, Hill ainda estava olhando para a mesa, sem dizer uma única palavra, o que fez Theo secretamente balançar a cabeça.

Como uma pessoa pode ficar tão calma, sabendo que o medicamento que cura tamanha praga mortal está bem na sua frente? — Theo pensou — Mesmo que você não queira se mostrar interessado exteriormente, pelo menos arranje um jeito de dar uma olhada ou saber de alguma coisa. Com essa performance, Hill, você prova que não possui as qualificações para se tornar um verdadeiro espião.

— Este medicamento pode realmente curar a praga demoníaca? — Mindinho gritou de repente — Senhor, de onde você conseguiu isso?

Até essa menina consegue ser melhor que ele. — Theo pensou enquanto tomava um gole de seu vinho.

— Sem dúvida, afinal, foi-me dado pelo meu Lorde no Palácio Real. Além dele, quem mais se atreveria a ir contra a Igreja?

Em pouco tempo, Martelo Negro voltou e trouxe consigo Anel de Prata e Barroso.

— Oh meu Deus, este medicamento é incrível! Poucos momentos depois de beberem, as manchas negras de seus corpos já haviam começado a desaparecer.

Ao ver Theo, ambos imediatamente se ajoelharam, apesar de algumas feridas ainda abertas e sangrando, juntos disseram:

— Senhor, muito obrigado pelo seu remédio, você salvou nossas vidas!

— Primeiro vão e enfaixem essas feridas. — Theo sinalizou para irem.

Mesmo que a água purificada cure a doença, ela não cura os ferimentos sofridos no processo. Tais lesões seriam como quaisquer outras, e precisariam de pelo menos uma semana para melhorar.

— Em vez de me agradecer, você deveria agradecer ao meu empregador. Se vocês puderem cumprir esta nova missão, pode até ser possível que vocês consigam se livrar dessa identidade de ratos do submundo.

— O empregador realmente quer que a gente venda esse remédio? — Martelo Negro perguntou animado. Aparentemente, ele já percebeu o quanto ele lucraria vendendo estes ‘elixires’.

— Sim. A Igreja está usando este medicamento para enganar as pessoas, o que deixou meu empregador furioso. Se ele permitir que esses canalhas sem escrúpulos continuem a fazer isso, temo que a Cidade Real de Castelo Cinza se tornará uma grande catedral, e não mais o território dos Wimbledon. — Theo baixou a voz — Além do mais, ele não quer que o número de mortos continue a aumentar, por isso, o preço do medicamento não pode ser tão alto, mas sim de modo que possibilite o acesso da população mais pobre. — Ele tirou outras duas bolsas de couro de sua cintura e atirou sobre a mesa — Cada bolsa dessa deve ser vendida por no máximo dez peças de prata.

— De-dez peças de prata? — Martelo Negro exclamou com olhos arregalados.

— Sim, seis pertencem ao meu empregador, o resto pertence a vocês — Ele estendeu a palma da mão — Além disso, a quantidade de medicamento que tenho disponível deve ser suficiente para umas cinco ou seis mil pessoas. Portanto, vocês irão lucrar centenas de peças de ouro. Mesmo depois de dividir entre vocês, ainda não será uma pequena quantidade. Deve ser suficiente para vocês passarem o resto de suas vidas com conforto.

Martelo Negro queria falar algo, mas não conseguia encontrar as palavras corretas. O grupo olhou fixamente por um bom tempo em direção às bolsas de água, aparentemente pensando em como obter maiores benefícios.

Dentro de seu coração, Theo sabia claramente o que estava passando na mente destes ratos.

O medicamento em si não tinha custo, e para Theo não importava se o mesmo fosse vendido de graça. No entanto, ele não poderia confiar em si mesmo para realizar esta operação, pois seria ineficiente e muito perceptível. Logo, ele precisaria de uma equipe especializada, e ninguém trabalharia de graça. Assim, ao permitir que os ratos vendessem o medicamento, ele aumentaria a segurança, e dez peças de prata era um preço que a maioria das pessoas poderia pagar. Claro, honestamente, ele não tinha como saber se os ratos venderiam o medicamento por este preço, quer roubassem uma parte para vender no centro da cidade, ou transferissem para o mercado negro, eles sempre lucrariam mais.

Sabendo disso, é bem provável que menos da metade do medicamento seja realmente vendido por um preço baixo aos cidadãos, mas Theo não estava tão preocupado com isso. Sua tarefa era frustrar os planos da Igreja o máximo possível para que todos pudessem entender que o Elixir Sagrado não era o único antídoto capaz de dissipar os espíritos malignos, e que nem era tão raro ou caro assim. Como resultado, a propaganda da Igreja seria questionada publicamente, especialmente por aqueles fiéis que haviam pagado muito caro para ter o antídoto, e então, começariam a desconfiar cada vez mais da integridade do porta-voz de deus. Eles saberiam que a Igreja, nesse tempo todo, enganara seus fiéis.

— Eu sei exatamente o que vocês estão pensando. — Theo começou a falar — Vocês querem esconder alguns dos medicamentos e secretamente vendê-los por um preço mais alto para a aristocracia. Sabe, eu até posso fingir que não estou vendo isso, contudo, quero que saibam de uma coisa. — Então Theo começou a falar de forma mais séria e sombria — Meu empregador não é dos mais gentis, se vocês não quiserem se afogar no fosso, seria melhor demonstrarem um pouco de moderação, afinal, somente estando vivo é que vocês poderão sentir os prazeres da vida.

— Mas o que devemos fazer se alguém começar a revender? — Anel de Prata perguntou.

— Isso é muito fácil de ser resolvido. Cada pessoa só poderá comprar uma unidade e deverá beber ali mesmo no local. — Depois de terminar de dar seu conselho, Theo olhou para Martelo Negro e perguntou — E então, você está interessado neste negócio?

— Olha, sinceramente, acredito que a Toca do Trompetista não deve ser capaz de lidar com tanto remédio assim…

Theo o interrompeu imediatamente.

— Organizar as pessoas que irão vender o medicamento, bem como o local de venda, tudo isso estará sob sua responsabilidade. Eu sou apenas alguém que meu empregador enviou para manter um olho em você.

Martelo Negro rangeu os dentes. Enquanto olhava para os seus quatro subordinados, ele viu que nenhum deles levantou qualquer objeção, então ele deu um murro na mesa e proclamou:

— Eu aceito! Eu aceito o negócio.

— Muito bem. — Theo assentiu — No pôr do sol, depois de amanhã, uma carruagem cheia deste medicamento estará na entrada da taverna. Organize sua mão-de-obra e espalhe as notícias que envolve este novo medicamento. Trabalhe duro! Meu empregador não tolera falhas.

O dia depois de amanhã é o último dia da estada do Primeiro Exército. — Theo pensou — Depois que eles deixarem a cidade, não importa no que a cidade se converta, não será nenhuma ameaça para Sua Alteza Real.

Depois de sair da taverna, não demorou muito até que Hill o alcançasse.

— Você não se encontrará com meus companheiros? Todos estão ansiosos para se vingar de Timothy.

— Eu estou confiando em você temporariamente porque você provou estar falando a verdade por meio do teste feito ontem. — Theo balançou a cabeça e continuou — Se você não tivesse sido descoberto hoje, quais seriam seus próximos passos?

— Provavelmente eu teria voltado para a trupe e contado tudo o que vi, e lá eu ouviria as considerações de todos, se nós deveríamos continuar observando um pouco mais ou se procuraríamos Sua Alteza Roland para servi-lo diretamente. —  Fawkes respondeu.

— É mesmo? — O interesse de Theo foi atiçado, então ele perguntou — E qual é a sua opinião sobre Sua Alteza?

Por um momento, Hill hesitou, depois declarou o que estava em sua mente:

— Não acho que Sua Alteza Real se pareça com a maioria dos outros nobres. Pouquíssimos aristocratas despenderiam o mínimo de força para ajudar a salvar os fugitivos, e… ele também trata as bruxas da mesma forma que trata as outras pessoas, com igualdade. Se Timothy agisse da mesma forma, seria improvável que minha esposa tivesse mor… — Ele ficou em silêncio por um tempo — Então eu preferiria servir a Sua Alteza, Roland, diretamente.

— Se for esse o caso, você deve voltar e não dizer nada, agir como se nunca tivesse ido no cais.

— Por que? — Hill levantou a cabeça chocado.

— Um bom espião deve ter o hábito de ocultar seus segredos dentro de seu coração, e não compartilhar tudo com os outros, especialmente em um momento tão crítico como este. — Theo declarou uma razão após a outra — Se você quer mesmo trabalhar para Sua Alteza, ainda existem muitas coisas que você precisará aprender.

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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