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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 03 – Cap. 217 – A Causa da Doença

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Quando Roland estava prestes a tirar uma soneca em seu quarto após almoçar com as bruxas, Carter entrou apressadamente no salão do castelo.

— Sua Alteza Real, os navios responsáveis pelo transporte dos refugiados da Região Leste e da Cidade Real de Castelo Cinza acabaram de chegar no cais!

— Tão rápido?

Parece que Theo é realmente muito eficiente. — Roland pensou, satisfeito — Ter contatos com o submundo e com os oficiais do reino na capital não é de todo ruim.

Contudo, Roland notou que algo ia mal pelo semblante de Carter. Ele estava todo suado e suas sobrancelhas estavam cerradas.

— O que aconteceu? — Roland perguntou.

— As pessoas a bordo pegaram uma doença estranha. — Carter, resumidamente, descreveu os sintomas e características. — No início, haviam poucas pessoas infectadas, mas agora a doença se espalhou entre todos os passageiros dos navios que temos, incluindo os soldados do Primeiro Exército!

Uma doença que causa manchas negras em todo o corpo, que também se espalha no contato? — Roland pensou — Isso me lembra muito a famosa Peste Negra. No entanto, o bacilo bubônico da peste não alterava a cor do sangue infectado, muito menos fazia a pele se abrir.

Roland ficou intrigado.

A primeira pessoa em quem Roland pensou foi Lily, mas ele ainda não compreendia completamente o alcance da nova habilidade dela e fazê-la lidar com doenças infecciosas que nunca antes tinham sido vistas, seria muito perigoso. Se ela não pudesse curá-los, seria bem provável que ela também ficasse infectada. Então, ele teve que tomar sua decisão com muito cuidado. De acordo com a descrição de Carter, parecia que essas pessoas não podiam aguentar por mais tempo.

De qualquer forma, a primeira coisa que preciso fazer é estabelecer um perímetro de quarentena. — Roland pensou, enquanto emitia uma ordem a Carter:

— Faça com que o Primeiro Exército demarque uma zona restrita ao redor do cais, proibindo qualquer um de entrar ou sair. Além disso, diga a eles que eu e a senhorita Nana estamos a caminho.

— Sim senhor.

— Problemas? — Rouxinol perguntou.

— Ainda não está claro, tudo depende da habilidade de Lily. — Roland disse — Chame todas as bruxas da União. Não teremos nenhuma soneca hoje à tarde.

Durante toda a viagem ao cais, Roland pensou em como verificar a eficácia da habilidade de Lily, mantendo-a isolada dos pacientes.

Felizmente, a habilidade de Lily pertencia ao tipo evocação, o que significa que ela não precisaria tocar nas coisas para que sua habilidade tivesse efeito. Como a maioria das bruxas, seu poder mágico era efetivo dentro de um raio de cinco metros.

Com isso, Roland arranjou dois carpinteiros que, com a ajuda de Ana, construíram um espaço retangular de madeira. O espaço estava dividido em duas partes, sendo possível ver o lado oposto através de uma vidraça embutida na divisória. Na parte de baixo da divisória, foram cortados dois furos simétricos, posteriormente selados com um tecido flexível fabricado por Soraya, de modo que, quando Lily esticasse as mãos pelos buracos, as mesmas estariam envolvidas perfeitamente pelo revestimento. Além disso, o tecido azul-celeste também impediria a circulação de ar entre as duas partes. Após isso, se Lily apenas higienizasse suas mãos com álcool, ela não seria infectada.

Durante todo o processo, aproximadamente 100 soldados do Primeiro Exército mantiveram a ordem no cais. Eles conseguiram manter a ordem, não pela força de vontade do grupo, mas pela fé no ser angelical deles, senhorita Nana, que certamente os salvariam mais uma vez, como sempre.

Assim que a sala foi preparada, um dos soldados infectados pela doença, mas que ainda podia andar, foi selecionado. De acordo com as instruções, ele entrou no quarto e ficou parado no local designado, ao mesmo tempo em que Lily estendia as mãos pela barreira e aplicava sua habilidade nele. Ao seu lado estava Roland, observando a situação do soldado pela vidraça.

O poder mágico agia silenciosamente, e logo depois que a garota acenou com a cabeça notificando o término da operação, Roland perguntou ao soldado:

— Como você está se sentindo agora?

— Vossa Alteza! — Quando o soldado ouviu a voz de Roland, ele ergueu a mão para fazer uma saudação com entusiasmo e depois ficou parado no local em posição de sentido — Eu… eu sinto que a minha força foi restaurada. Meu Deus! Vossa Alteza, eu já me sinto muito melhor agora!

Roland também viu que as manchas escuras na mão do soldado estavam desaparecendo rapidamente.

Isso definitivamente não é um sintoma de praga. — Roland pensou — Se eu me lembro corretamente, as manchas negras eram causadas por uma infecção generalizada e um alto grau de cianose. Mesmo depois de matar o bacilo da peste bubônica, essas manchas demorariam muito tempo para desaparecer. Afinal, Lily não possui a habilidade de curar.

No entanto, sua nova habilidade teve um efeito rápido e pungente sobre a infecção desconhecida, o que fez Roland se sentir um pouco aliviado.

— Bem, já que você se recuperou completamente, vá e faça os soldados entrarem de dez em dez, estando doentes ou não. Todos deverão ser tratados.

— Sim, Vossa Alteza. — O soldado gritou, parou por um momento e depois saudou novamente — Obrigado, senhorita Nana.

— Esta não é a senhorita Nana, desta vez quem salvou sua vida foi a senhorita Lily. — Roland corrigiu o soldado enquanto sorria — Somente em estado avançado da doença é que precisaremos da senhorita Nana em ação.

— Ve-verdade? — O soldado coçou a cabeça — Bem, obrigado senhorita Lily.

No momento em que o soldado partiu, Lily olhou para o Príncipe:

— Eu não me importo em ser confundida com a Nana. Também não preciso de agradecimentos.

É mesmo? Então porque você ficou tão ereta assim, de repente? Parecendo orgulhosa de si mesma. — Roland pensou enquanto olhava para Lily e, quando viu sua maria-chiquinha, ele não resistiu e gentilmente acariciou a cabeça dela. Inesperadamente, Lily não demonstrou nenhum descontentamento, somente fez um “humpf” abafado.

Roland saiu da sala improvisada pensando no que poderia ter causado esta doença, quando Rouxinol apareceu ao seu lado e disse:

— Vossa Alteza Real, acabei de ver um fenômeno estranho, o sangue saindo das feridas dos soldados… contém sinais de poder mágico.

— O quê? — Roland parou chocado.

— Dentro da névoa, parece que estou olhando as estrelas na noite. — Rouxinol explicou — Até agora, nunca vi um brilho mágico tão minúsculo.

Isso é realmente inesperado. — Roland pensou — Se há magia envolvida, isso significa que essa doença deve ter sido causada por uma bruxa ou pela própria Igreja. Pelo menos, agora tenho certeza de uma coisa: esta doença não foi causada por bactérias ou vírus naturais.

— Entendi. — Depois de pensar por um momento, o Príncipe continuou — Já que é assim, preciso pegar algumas gotas de sangue para observar.

— Não, o senhor pode se infectar! — Rouxinol interrompeu nervosamente.

— Não se preocupe. — Roland sorriu para ela — A nova habilidade de Lily reprimiu completamente a doença.

As amostras de sangue foram retiradas de um paciente em coma, então, ele cobriu a lâmina de vidro com o sangue e colocou-a na base do microscópio, logo depois ajustando a distância. Roland já sabia da possibilidade de não achar o causador da doença, pois poderia ser uma bactéria, e o microscópio ainda não dispunha da tecnologia necessária para detectá-la, mas a cena que apareceu a seguir o fez duvidar de sua sanidade mental.

Dentro da estreita linha de visão, ele viu uma série de microrganismos gordos com tentáculos, lentamente passeando pelo soro sanguíneo e, de vez em quando, pulverizavam um tipo de muco de sua parte traseira, que se parecia com cabelos finos. Seu tamanho era quase da mesma dimensão que as algas unicelulares, mas, semelhante às mães da nova habilidade de Lily, seu corpo não era transparente, tornando difícil distinguir se eram organismos unicelulares ou não.

Felizmente, o brilho mágico destes microrganismos não afetou a habilidade de Lily, deixando a mãe desempenhar o seu papel. Quando uma cópia era misturada em uma amostra de sangue, ela mesmo daria prioridade a atacar aqueles microrganismos estranhos, e transformá-los em uma cópia de si mesma.

Sabendo que a influência da Igreja ainda era forte na mente de alguns refugiados, Roland ordenou que os soldados do Primeiro Exército vendassem os fugitivos com uma máscara, direcionando-os aos locais designados. Para pacientes gravemente feridos, foi construído um outro espaço no local, e Nana tinha a responsabilidade de lidar com esses pacientes, que se encontravam com rachaduras por toda a pele.

O tratamento continuou desde o meio-dia até a noite, e quando as mais de quinhentas pessoas dos dez navios se recuperaram completamente, a multidão não parava mais de gritar, aplaudir e festejar. Muitas pessoas se ajoelharam no chão, gritando uma onda de “Viva Sua Alteza Real” e demorou muito para que todas as vozes gradualmente diminuíssem.

— Por que o senhor não parece estar feliz? — Rouxinol piscou para ele.

— Quem curou essas pessoas não fui eu, mas Lily e Nana, que são bruxas. — Roland balançou a cabeça — As pessoas deveriam agradecer a elas e não a mim.

Claramente, o 4º Príncipe sabia que esse não era o momento certo de contar a verdade, pois estas pessoas ainda não haviam aceitado completamente as bruxas. Então ele só poderia suspirar e ansiar pelo dia em que as bruxas pudessem aparecer em multidões e receber a gratidão do povo.

Parecia que Rouxinol podia entender os sentimentos de Roland, então ela gentilmente acariciou seu ombro e disse:

— A gente não liga pra isso, sabemos que você já faz um ótimo trabalho. Além disso, este dia virá mais cedo ou mais tarde, não é? — Ela parou por um momento — Bem, esqueci de lhe contar uma notícia.

— Qual?

— Provavelmente, a União das Bruxas ganhará um novo membro. — Rouxinol sorriu.

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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