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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 03 – Cap. 196 – Caos na Igreja

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Lehmann e os outros cavalgaram pelas ruas de Forte Cancioneiro. Os moradores da cidade se esconderam em suas casas com as portas fechadas. Não havia ninguém na rua e tudo se tornou um pouco abandonado após a guerra.

— Sir Lehmann, como está o seu braço? — O Cavaleiro “Escudo” Levin perguntou.

— Não é tão sério. — Lehmann Hawes deu de ombros — Pelo menos ainda posso me mover. — Entretanto, bastava o menor movimento para fazer Lehman cerrar as sobrancelhas.

O ataque na noite passada foi muito bem-sucedida. Havia apenas vinte soldados que guardavam o portão leste do forte, e eles não esperavam que o inimigo os atacassem de dentro da cidade.

Embora o chifre tenha sido soprado, os reforços demoraram ao menos quinze minutos para chegar. Os mercenários, que tinham tomado as pílulas, saltaram sobre o muro da cidade e mataram os soldados que estavam de vigia, um por um, e Lehmann abriu a porta da cidade, juntamente com os cavaleiros. Ele não percebeu que havia uma porta lateral ao lado da parede da cidade no escuro, e dois soldados saíram pela porta, um dos quais saltou por cima de Lehmann com um martelo de ferro na mão.

A fim de diminuir o poder de ataque do martelo, Lehman tinha que interromper o ataque antes que o martelo chegasse à sua cintura e, sob tais circunstâncias, ele mal foi capaz de resistir ao ataque, colocando seu próprio braço direito na frente, e, ao mesmo tempo usou seu braço esquerdo, o qual estava segurando sua espada, para perfurar a cintura do inimigo. A força do impacto do martelo foi drasticamente diminuída quando Lehmann acertou o soldado inimigo, mas ainda assim foi forte o suficiente para amassar, visivelmente, a armadura que protegia seu braço.

Lehmann não sentiu muita dor naquele momento, somente após conquistar o portão da cidade que ele percebeu que ele mal conseguia levantar o braço direito. Ele viu que seu antebraço estava bastante inchado depois de retirar a armadura.

— Eu espero que haja alguma erva que ajude a diminuir a dor na Igreja. — Levin disse — Eles sempre possuem materiais estranhos e excêntricos.

— Tal como a pílula. — Outro cavaleiro, Duane, aproximou-se e disse com um sorriso.

Entre os treze cavaleiros, durante o ataque à noite, duas pessoas foram mortas e uma ficou gravemente ferida no acampamento. Atualmente ele está deitado em uma cama e gemendo de dor. Provavelmente não vai durar até a próxima manhã. No geral, esta perda é aceitável. — Lehmann pensou — Agora que a milícia entrou na cidade, Forte Cancioneiro deve cair inteiramente em minhas mãos.

Depois de um tempo, eles chegaram à entrada da Igreja e já havia uma equipe de mais de cem pessoas da milícia esperando seu comando. Todos olharam esperançosos quando viram Lehmann.

— Distribuam as pílulas para eles. — Lehmann, logo depois que todos receberam suas pílulas, virou-se para desmontar do seu cavalo e caminhou, com a equipe, até as escadas em direção ao salão principal.

— Pare! — Dois fiéis que estavam de prontidão vigiando o local gritaram — Armas não são permitidas no local sagrado!

Levin puxou sua arma e a entregou com as duas mãos.

— Tudo bem. Vou lhe entregar agora, ok? — De repente, no momento em que o fiel estava prestes a pegá-la, ele segurou o punho da espada e desferiu um golpe para cima. Ambos os braços do fiel caíram no chão.

— Ah… — Antes que o crente pudesse gritar, o cavaleiro já tinha perfurado sua garganta com a ponta da espada.

O apelido de Levin era “Escudo”, no entanto, esse apelido não fazia jus às suas habilidades rápidas com a espada.

A garganta do outro fiel também foi cortada por Duane. Lehmann chutou a porta aberta e entrou na sala sem qualquer expressão.

— Quem é você? — Um homem de meia-idade vestindo um robe cerimonial azul e branco, caminhou em direção a eles. Vendo o sangue na borda da espada, seu rosto não demonstrava medo algum — Como ousam invadir a igreja! Meus filhos, peguem eles!

Lehmann zombou. A maioria das pessoas agora estavam se escondendo em suas casas e havia de vinte a trinta fiéis na igreja. Havia apenas um beco sem saída para eles ao encarar cavaleiros que já tinham lutado em centenas de guerras.

Duane não esperou pela ordem de Lehmann. Ele sacou a espada com um sorriso furtivo e correu em direção aos fiéis. Os outros rapidamente se juntaram à guerra e a Igreja de repente se tornou um caos. Olhando para a situação, o sacerdote em voz alta gritou:

— Meus filhos, tomem as pílulas e deixem que os deuses lhe deem o poder para derrotar a plebe!

Timothy, Sua Majestade, estava certo e Lehmann ficou satisfeito. Haviam realmente pílulas ali! Os olhos dos fiéis ficaram vermelhos e veias azuis apareceram em seus rostos. Um ser humano comum poderia superar as limitações do corpo humano, tanto na força quanto na velocidade, e, quando o efeito das pílulas tomassem conta, eles se tornariam mais difíceis de lidar em lugares pequenos.

Infelizmente, vocês não são os únicos que possuem estas pílulas. — Lehmann pensou — Vocês provarão do próprio poder.

— Milícia, avançar! — Ele gritou — Enfrentem os inimigos!

A milícia atrás dele tomou rapidamente as pílulas de duas cores e, depois de ouvir a ordem, foram em direção aos fiéis fanáticos. O sacerdote finalmente empalideceu e disse:

— Por que você tem…

— O Medicamento Sagrado? — Lehmann andou em torno do grupo de pessoas de ambas as partes e se aproximou do sacerdote com uma espada na mão — Este é um presente da Igreja. Se vocês não estivessem no caminho, Sua Majestade, Timothy, já estaria governando todo o Reino de Castelo Cinza.

— Sua Majestade? — O sacerdote olhou assustado para ele e disse — Você é um enviado de Tim…

Sua voz parou abruptamente e a espada na mão do cavaleiro já estava perfurando o coração em seu peito.

Esta batalha, completamente desequilibrada, acabou e vinte fiéis foram mortos, com seus corpos deitados por todo o chão. Após a eficácia da pílula desaparecer, todos da milícia ficaram ofegantes e se sentaram ao lado dos cadáveres, satisfeitos e sem se preocupar com o sangue que continuava a fluir.

Lehmann começou a notar que seu braço estava ficando cada vez mais pesado e seu último ataque foi o suficiente para ele sentir uma dor taciturna. Às vezes, ele também queria engolir a pílula de cor preta para ignorar a exaustão e a dor, mas ele sempre abandonava essa ideia quando contemplava a aparência das pessoas que tomavam estas pílulas.

Lehmann conhecia profundamente os efeitos das duas pílulas vendidas pela Igreja. Para uma pessoa saudável, as pílulas só tinham eficácia até a terceira vez. A primeira vez durava cerca de 15 minutos, e, em seguida, a duração iria tornar-se cada vez menor, causando dependência da mesma. Se nenhum medicamento fosse tomado por um longo período de tempo, o corpo iria enfraquecer, gradualmente, até a pessoa morrer.

Sabendo disso, ele tinha “unificado” a milícia, fazendo-os tomar uma pílula, cada um, antes de partirem, para, consequentemente, seguirem seus comandos. O desejo das drogas iria transformar o agricultor mais fraco em uma besta sanguinária. Essa foi a segunda vez que as cem pessoas tomaram as pílulas e elas tinham, apenas, um uso restante.

No entanto… após tomá-las em três ocasiões, a única solução seria aliviar a dor, mas o destino final não poderia ser revertido. Em outras palavras, tomar a primeira pílula era o equivalente a colocar um pé no caixão. Claro, Lehmann não iria compartilhar isso com o grupo de pessoas.

Não havia dúvida de que as pílulas de duas cores eram uma conspiração da Igreja. Timothy, Sua Majestade, reconheceu claramente este ponto e proibiu os cavaleiros de tomá-las. No entanto, as pílulas também eram uma arma que iria unificar o Reino, ou talvez… uma necessidade. Sua Majestade não seria capaz de derrotar Garcia Wimbledon sem as pílulas, pois ela mesma as possuía.

Quando Sua Majestade mencionou pela primeira vez este assunto, Lehmann achou inacreditável, pois ele não foi capaz de entender o porquê da Igreja apoiar ambos, os de sangue real, para lutar pelo trono. No entanto, uma série de infortúnios o fez ficar cada vez mais de acordo com o julgamento de Sua Majestade. Ele não tinha mais dúvidas sobre isso depois de, agora mesmo, ver as pílulas na Igreja da Região Oeste. A Igreja não pretende ajudar ninguém de sangue real a ascender ao trono, ao contrário, eles queriam conquistar todo o Reino de Castelo Cinza.

— Encontramos as pílulas no porão, quatro caixas grandes e havia milhares delas no total. — Após procurarem minuciosamente por toda a Igreja, Levin relatou bastante animado — Havia também um monte de peças de ouro, jóias e seda que foram supostamente doados pelos fiéis.

— Peguem o que puder e queimem o resto. — Lehmann ordenou — Afinal de contas, tudo isso foi feito por Roland Wimbledon, estávamos apenas ajudando a Igreja a reprimir a rebelião.

Como somente a Igreja poderia fornecer estas drogas, ainda não era o momento certo de arruinar o relacionamento entre o Reino e a Igreja. Empurrar a culpa para o Príncipe Roland era uma atitude certeira, pois não havia ninguém que pudesse testemunhar a favor dele. Sua Majestade estava estacionado no Norte, a fim de evitar que a Igreja suspeitasse de suas ações, ao mesmo tempo com a intenção de criar uma ilusão de complacência, e decidiu enviar apenas alguns cavaleiros para recrutar um grande número de pessoas para milícia, a fim de derrubar a Região Oeste.

Agora, a Igreja tinha focado todas as suas energias no Reino de Coração de Lobo, ignorando a situação na Região Oeste. Portanto, era necessário unificar o Reino de Castelo Cinza o mais rápido possível a fim de estabelecer a força necessária para possibilitar o ataque final de Timothy contra a Igreja. Sua Majestade acreditava que em breve a Igreja iria atacar o Reino de Castelo Cinza e era necessário armazenar e pilhar o máximo de pílulas que fosse possível, antes disso acontecer. Ao mesmo tempo, ele ordenou a Oficina Alquímica da Cidade Real de Castelo Cinza para estudar a composição das drogas e imitá-la o mais rápido possível.

Agora que eles tinham as pílulas na mão, o passo final da tarefa era eliminar completamente Roland Wimbledon.

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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