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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 03 – Cap. 153 – Alquimia (Parte 1)

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Kyle Sichi entrou na oficina alquímica. Quando os aprendizes viram Kyle entrar, eles imediatamente se curvaram e disseram:

— Respeitado Mentor Chefe.

Kyle acenou com a mão.

— Podem continuar.

E os aprendizes continuaram seus trabalhos.

A parte mais distante da oficina era o lavatório, onde os materiais que chegavam de todo o Reino de Castelo Cinza eram limpos, classificados, filtrados e moídos. O design do lavatório era muito inteligente, e havia uma superfície de pedra colocada sobre um fluxo de água, atuando como uma passagem, deixando os acessos de ambos os lados fluindo com água corrente em paralelo. Por cima do afluente menor, você poderia encontrar uma área de limpeza na parte mais distante.

À primeira vista, o lavatório longo e estreito parecia dividido pelas duas correntes de água em três seções. A luz que atravessava as janelas laterais refletia na pedra e na superfície dos fluxos de água, refletindo a luz por toda a sala. A sobreposição de luz e sombra parecia a pele de uma cobra.

Havia quase uma centena de aprendizes encostados nas paredes, lidando com os materiais que lhes eram atribuídos. Se os detritos a serem removidos fossem mais leves do que a água, então eles eram jogados no fluxo de água. Se o material afundava na água, então era colocado em uma cesta e levado para o lavatório para ser descartado. A limpeza com água corrente era muito mais eficaz do que usar a água estagnada em uma tigela de madeira, por exemplo.

Os aprendizes estudariam aqui durante os próximos três a cinco anos. Somente quando eles se tornassem adeptos da classificação e limpeza de todos os tipos de materiais, é que eles teriam a oportunidade de serem escolhidos como discípulos por um instrutor, e depois se mudariam para o quarto ao lado.

Kyle, pisando nas listras claras e escuras, entrou na área central da oficina alquímica, a sala de refinação.

Quando abriu a porta, uma grande sala se abriu diante dele. Doze pilares de madeira gigantes foram trazidos da Floresta das Brumas para suportar esta sala espaçosa. Existiam muitas janelas na parede e havia até uma claraboia no telhado, deixando a sala brilhante. No centro da sala de refinação havia seis largas mesas de madeira. Sobre elas, havia todos os tipos de utensílios alquímicos: balões de fundo redondobéqueresóculos de proteçãobalançasalmofariz e pistilos1Utilizados para moer e triturar., estufas2Kyle não possui uma estufa moderna, e também não encontrei algo semelhante a uma estufa medieval de fácil entendimento. Acredito que seja como uma fornalha, só que menor, com o propósito de secar materiais., cadinhos3Utilizado para aquecer materiais na estufa, por exemplo. e outros equipamentos. Cada instrutor gerenciava e era responsável por sua própria mesa. Quanto a si mesmo, sendo o Alquimista-chefe da Cidade Carmesim, Kyle tinha, naturalmente, a mesa mais longa com a maioria das ferramentas nela contidas.

A sala estava sempre cheia de caos e barulho, assim como o próprio processo de alquimia. Misturando todos os tipos de matérias-primas em conjunto e depois aquecendo, realizando destilação seca, umedecendo ou incinerando, os resultados sempre mudavam e eram fascinantes.

Após a experimentação, se a combinação funcionasse, esse processo específico seria escrito como uma receita. Se alguém pudesse criar sua própria receita bem-sucedida, poderia ser considerado um alquimista. Kyle já havia conduzido dez experimentos de alquimia bem-sucedidos, e cada um deles funcionava como se fosse advindo das próprias divindades. Kyle acreditava que, se sua alquimia fosse aperfeiçoada, além de poder quebrar as coisas em suas partes individuais, ele também poderia combinar estas mesmas coisas após separadas.

— Chávez, até onde você progrediu com sua imitação de pó de neve? — Kyle perguntou.

Um jovem com cerca de 20 anos veio e balançou a cabeça.

— Os malditos alquimistas da capital do Reino definitivamente adicionaram materiais extras. O pó foi triturado demais e é quase impossível extrair qualquer coisa útil.

Ele era o alquimista mais jovem da oficina alquímica. Além disso, a criação de uma receita alquímica exigia um longo acúmulo de conhecimento, provas e às vezes até mesmo um pouco de sorte. Muitas pessoas na oficina permaneceriam como estudantes por toda a sua vida, incapazes de progredir. Chávez, no entanto, tinha um talento inato para a alquimia. Há dois anos, ele concluiu como obter líquido ácido por meio da destilação seca de vitríolo verde4Chávez aqueceu o vitríolo verde, ou seja, o sulfato ferroso heptahidratado, de fórmula FeSO4 . 7H2O.. A partir desse momento, Chávez ganhou o respeito dos cinco alquimistas, reivindicando sua própria longa mesa na sala.

— Fique calmo e seja paciente.

Kyle sorriu e pôs a mão no ombro do jovem, confortando-o. Sendo um instrutor principal por oito anos, Kyle naturalmente entendia a dificuldade de encontrar uma verdadeira lógica através da desordem e do caos.

— Aliás, consegui criar algo de bom ontem à noite. Podemos, pelo menos, mostrar alguma coisa para estas pessoas arrogantes, agora. Venha comigo.

Ele foi até a mesa e pediu a dois estudantes para trazer uma caixa de armazenamento. A caixa tinha cerca da metade da altura de uma pessoa e feita completamente de ferro, tornando quase impossível ser roubada ou destruída. Ele pôs a chave e abriu sua primeira gaveta. No meio da gaveta, colocou um pequeno pedaço de cristal transparente.

— O senhor cortou um cristal? — Ao lado dele, Chávez pegou o cristal cuidadosamente em sua mão para examiná-lo, segurando-o na frente da janela — Não, isso é … vidro de cristal! Céus, o senhor conseguiu!

— Correto. — Kyle sorriu com orgulho — Eu mal posso esperar para ver a expressão em seus rostos quando eles descobrirem que sua descoberta alquímica mais orgulhosa foi duplicada com sucesso por mim.

Chávez, incapaz de controlar seus elogios, chamou a atenção dos outros alquimistas. Todos deixaram seus respectivos trabalhos e vieram para ver por si mesmos.

— É isso que o senhor estava trabalhando até tarde da noite passada? É incrível.

— É tão bonito, como um cristal.

— Parabéns. Com isso, o status de nossa oficina alquímica voltará a aumentar aos olhos do Duque.

— Como o senhor conseguiu alcançar isso? O senhor pode nos dizer?

Kyle assentiu.

— É amplamente conhecido que a composição do vidro se assemelha muito à da areia do rio, mas no final, quando é queimada, a cor do vidro ainda irá variar porque a areia contém impurezas. Portanto, temos que encontrar uma maneira de remover todas as impurezas e obter a areia mais pura. Todo mundo estava tentando usar esses métodos e eu segui pelo mesmo caminho. No entanto, o motivo do sucesso alquímico de agora foi em grande parte atribuído à sorte. Selecionei uma fina areia branca da Vila do Salgueiro e o arenito da Serra do Dragão Caído…

Todos ao seu redor estavam escutando, e quando terminou a explicação, os alquimistas exclamaram juntos.

— Então foi assim, bem, dizer tudo isto para nós foi muito gentil de sua parte, senhor.

Os cristais eram gemas raras e caras, mas um cristal transparente era ainda mais raro. Somente o vidro mais puro de todos poderia ser considerado um cristal. Este era o produto que a Oficina de Alquimistas da Cidade Real de Castelo Cinza utilizava para sobrepujar a Oficina Alquímica da Cidade Carmesim. Além disso, o Duque da Cidade Carmesim invejava a quantidade de peças de ouro que os alquimistas da capital do Reino conseguiam todos os anos com seus cristais.

Agora, tudo mudaria em breve. Se Chávez também pudesse descobrir a composição para criar o pó de neve, além de seu método de criação do ácido, eles finalmente poderiam superar a Oficina de Alquimistas da Cidade Real de Castelo Cinza. Nesse ponto, as pessoas que empinavam seus narizes arrogantemente, teriam que baixar suas cabeças. Só de pensar nisso já melhorava bastante o humor de Kyle Sichi.

Enquanto ele estava se preparando para exibir as matérias-primas necessárias para o segundo lote de cristal, um estudante em pânico correu para o lado dele.

—  Respeitado Mentor Chefe, um mensageiro de Vila Fronteiriça da Região Oeste quer ver o senhor, pois ele trouxe uma carta do 4º Príncipe, Roland Wimbledon.

— Príncipe Roland? — Kyle franziu a testa.

Se ele não estivesse enganado, realmente deveria haver uma pessoa com este nome na família real do Reino de Castelo Cinza. Ele não sabia muito sobre o nobre, mas, no que diz respeito a Kyle, eles eram todos sem instrução e ignorantes, sempre lutando por poder e riqueza.

— Para que ele precisa de mim?

— Não sei, o mensageiro disse que, assim que o senhor ler a carta, naturalmente entenderá o que Sua Alteza deseja.

O alquimista chefe revelou um olhar impaciente, assumindo que o conteúdo da carta seria uma oferta para recrutá-lo por muito dinheiro ou denunciar a alquimia como um truque do diabo. No entanto, como a outra pessoa era um príncipe, ele ainda precisava manter um nível básico de etiqueta.

— Leve-me até ele, e depois de receber a carta, envie-o de volta!

— Sim, respeitado Mentor Chefe.

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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