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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 03 – Cap. 146 – A Procura (Parte 2)

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Theo acordou com a parte de trás de sua cabeça formigando de dor.

Droga, essas mulheres são cruéis. — Ele abriu os olhos e tentou se mover, mas percebeu que suas mãos estavam firmemente amarradas atrás dele e que seus pés estavam amarrados à cadeira.

— Ele está acordado.

Theo ouviu a voz de uma mulher.

— Seu nome? — Uma delas veio até ele e ergueu seu queixo — Eu sugiro que você não minta para nós, ou o seu cadáver será encontrado amanhã no fosso da cidade.

Theo piscou. A mulher estava usando um véu sobre a sua cabeça e seu corpo estava coberto com um manto. Ela, obviamente, não queria revelar sua aparência.

— Theo. — Ele respondeu com sinceridade olhando ao redor.

Era uma sala estreita cercada por estátuas de gesso empoeiradas. Algumas das estátuas estavam terminadas, enquanto outras ainda estavam pela metade, como se alguém as tivesse abandonado. A quantidade de pó por cima das estátuas de gesso dava a impressão que este lugar estava abandonado há muito tempo. Não havia janela no quarto, por isso, era impossível especular o tempo e a única fonte de luz era de uma lâmpada a óleo na parede.

— Você esteve procurando por nós de forma implacável desde a Serra do Dragão Caído até a Cidade da Prata. — A mulher disse friamente — Por que você está nos procurando?

— Não sou eu quem está procurando por vocês, mas sim a Associação Cooperativa das Bruxas.

— E o que é essa Associação Cooperativa das Bruxas?

— É uma organização de bruxas como a sua. Eu fui enviado por elas para espalhar a notícia.

— Ridículo! — Ela bateu na mesa — Eu não sei onde você ouviu esse nome, mas a Associação Cooperativa das Bruxas está bem longe no Condado de Ventomar ao Leste. Você acha que nós iríamos acreditar em você só porque você usou este nome?

A mulher tirou uma adaga da cintura. Theo percebeu que era exatamente a adaga que ele usou anteriormente.

— Eu vou te dar uma última chance. Não queira testar minha paciência!

— Eu estou dizendo a verdade! — Theo disse com uma voz baixinha, como se quisesse gritar, mas ainda assim não se atrevia — Elas pretendiam ir para a Cordilheira Intransponível e procurar pela Montanha Sagrada. Após elas encontrarem a Montanha Sagrada, elas se estabeleceram em Vila Fronteiriça. A tortura do diabo também desapareceu e, portanto, elas querem salvar mais bruxas. Eu juro que não estou mentindo!

— E por que elas confiaram essa missão a você?

— É porque eu já ajudei elas antes. Uma das bruxas da Cooperativa estava sendo caçada pelo Exército do Julgamento da Igreja e eu ajudei a distrair os soldados. A mentora delas se chama Kara e foi Wendy quem pediu para que eu viesse até aqui.

A mulher mascarada manteve-se em silêncio por um momento, e ouviu Theo com atenção. Em seguida, ela colocou a adaga de volta em sua cintura e caminhou atrás dele. Logo, Theo ouviu o som de duas pessoas sussurrando atrás dele.

Novatas. — Theo pensou — Essas duas mulheres foram certeiras no ataque furtivo, mas a forma de condução do interrogatório e o julgamento da veracidade demonstram que são completas novatas.

A principal característica de um interrogatório era fornecer apenas uma chance para o interrogado escolher. Se a pessoa não desse a resposta certa, ela daria o necessário para o interrogador prosseguir para onde quisesse. Matar ou não matar? Se fosse para matar, a possibilidade de obter a informação seria perdida. Se não era para matar, era equivalente a não atingir o efeito ameaçador do interrogatório. Isso iria prejudicar seriamente a majestade do interrogador, e a eficácia da próxima ameaça também seria significativamente reduzida.

Se fosse para Theo conduzir um interrogatório, ele começaria com uma leve tortura, geralmente pelos dedos. Um dedo seria cortado para cada mentira, por isso, mesmo se houve um erro, não seria um grande problema. A ameaça posta em prática rapidamente faria a vontade do inimigo se dissolver e entrar em colapso. Entretanto, fazer esse tipo de interrogatório com pessoas treinadas profissionalmente era muito difícil.

Theo conseguiu fazer com que a bruxa duvidasse, bastando apenas agir com medo, o que expôs o fato de que elas simplesmente não conseguiam identificar se ele estivesse mentindo ou não.

As informações de Kara, Montanha Sagrada e da Associação Cooperativa das Bruxas eram todas verdadeiras e confiáveis, que podiam muito bem reforçar suas palavras.

Depois de um tempo, a mulher mascarada apareceu diante dele.

— Quando elas foram para a Região Oeste?

— Dois ou três meses antes dos Meses dos Demônios. Após o inverno, eles voltaram para a vila e anunciaram que tinham encontrado a Montanha Sagrada.

— Quantos delas?

— Cerca de… quarenta? Eu não tenho certeza, exceto Kara, as outras bruxas não aparecem com muita frequência. — Theo decidiu acrescentar um pouco mais de barganha — Kara, a bruxa da serpente, você já ouviu sobre ela, não? Sua habilidade é invocar uma Serpente Mágica, e uma delas se chama Lhufas. Ela pode rapidamente remover todas as toxinas. Eu mesmo já vi isso acontecer e foi assim: mágico.

— Você não tem medo das bruxas? — A mulher parecia um pouco confusa.

— Por que eu deveria ter medo? As bruxas na Associação Cooperativa das Bruxas são todas… lindas! Elas não são as bestas demoníacas com presas e garras que as pessoas disseram, muito menos que elas estão dispostas a machucar as pessoas comuns. Se tivesse medo delas, eu não teria chegado tão longe para ajudá-los a espalhar esta notícia.

— Se alguém for para Vila Fronteiriça, como entraria em contato?

— Uma delas pode sentir o poder mágico, então elas conseguem encontrar uma bruxa assim que ela aparecer lá.

— Sombra, o que você acha? — A mulher mascarada olhou para trás.

— Eu não sei. — A bruxa chamada Sombra disse —Vamos esperar até a irmã voltar e daí ela tomará a decisão. Ela com certeza saberá o que fazer.

— …sim. — Ela assentiu.

Ela encontrou uma cadeira que poderia ser considerada limpa e sentou-se na frente de Theo.

— Quem é a sua irmã?

— A guia. — A atitude da mulher mascarada tinha suavizado muito desde o início do interrogatório, e provavelmente foi porque Theo disse que ele não tinha medo de bruxas — Ela vai nos tirar daqui.

— Tirar? Para onde vocês estão indo?

A outra parte balançou a cabeça e não respondeu.

— Você não é uma bruxa de Cidade da Prata, certo? — Theo continuou — Seu sotaque não soa como as pessoas da Cidade Real de Castelo Cinza. Cidade da Prata não é muito longe de lá, por isso as pessoas daqui se sentem orgulhosas imitando o sotaque da capital do Reino.

Ela hesitou por um momento.

— Eu… sou da Região Sul.

As bruxas de todo o Reino se reuniram aqui e estão prestes a ser conduzidas por um guia para ir para outro lugar… — Theo pensou consigo mesmo — Eu não tenho mais nenhuma dúvida de que elas são uma organização de bruxas e estão recrutando companheiras, assim como a Associação Cooperativa das Bruxas. Mas, para onde estão indo?

Em meio a estes pensamentos, Theo, de repente, ouviu passos vindo de fora do galpão.

— A irmã chegou!

Sombra bateu palmas quando a porta de madeira rangeu ao ser aberta. Theo prendeu a respiração aflito.

— Ele é o único que utilizou os Ratos do submundo para espalhar aquele boato? — A voz do recém-chegada era madura e estável — Quais são as informações que vocês conseguiram a partir do interrogatório?

— Ele parece estar dizendo a verdade. — A mulher mascarada repetiu o teor investigado e afirmou seus pensamentos — Não é possível para ele saber tão claramente se não tivesse muito contato com a Associação Cooperativa das Bruxas.

— Bem, isso é verdade. — A recém-chegada passou por Theo e ficou na frente dele.

Diferente da garota mascarada, esta não cobria o rosto. Seus longos cabelos negros quase alcançavam a cintura dela e ela parecia ter 25 ou 26 anos de idade. A parte mais interessante dela eram os olhos. Theo olhava para seus olhos e suas íris1Só um pequeno detalhe que a nossa equipe vem conversando há algum tempo, mas nós não sabemos se é proposital, se é falta de conhecimento mesmo ou o que é exatamente, mas em muitas novels chinesas, e já fomos olhar em algumas delas no original em chinês, os autores e tradutores insistem em falar da cor da pupila. Só que, o que tem cor no olho é a íris. A pupila é o orifício no centro da íris, responsável por controlar a quantidade de luz que entra nos olhos. eram douradas. Theo podia ver que os olhos dessa mulher eram claros como as estrelas e podiam ser vistos de forma tão clara que, mesmo quando ela estava de pé no escuro, eram visíveis.

Theo pensou que tinha visto muitas bruxas ao redor de Sua Alteza, mas esta mulher poderia ser considerada como uma das mais belas. Havia uma cicatriz profunda que atravessava a sobrancelha e se estendia até sua bochecha. A cicatriz não destruía sua beleza, mas dava um toque de seriedade em sua aparência. Assim que Theo viu seu rosto, ele entendeu que essa mulher era uma guerreira.

— Se a Associação Cooperativa das Bruxas realmente encontrou a Montanha Sagrada, elas não deveriam enviar pessoas para espalhar esta notícia. — Ela balançou a cabeça — Isto só fará com que a Igreja se mobilize e vá para lá. Se elas não deixarem Vila Fronteiriça o mais rápido possível, eu tenho medo que o desastre logo logo chegará até elas.

— Então … o que devemos fazer? — Sombra perguntou.

— O navio vai chegar à meia-noite. Haverá outras bruxas a bordo e por isso vocês vão embora junto com elas. — Ela disse sem hesitação — Vou escoltar vocês até o navio. Quanto à Associação… — A mulher de cabelos negros olhou para Theo amarrado à cadeira e disse — Por favor, me deem este recado para Tilly. Diga a ela que eu vou chegar daqui há alguns dias. Talvez eu possa trazer mais companheiras.

— Você vai para Vila Fronteiriça com ele? —Sombra disse em choque — E se isso for uma emboscada…

— Então, ele só vai estar cavando a própria cova. — Ela sorriu, dizendo estas palavras cheias de confiança.


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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