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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 03 – Cap. 145 – A Procura (Parte 1)

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Theo entrou em um pub, onde ele podia sentir o forte cheiro do ar quente e úmido que estava misturado com cheiro de cerveja.

Sob a luz fraca, os homens estavam sem camisa, com suas costas suadas. Eles estavam sentados na mesa de centro no bar, bebendo litros e litros de cerveja barata, enquanto conversavam ruidosamente com seus companheiros. As garçonetes, vestidas com pouquíssimas roupas, estavam indo e vindo entre as mesas enchendo os copos de cerveja dos convidados.

Theo olhou em volta e encontrou seu alvo: era um homem baixinho, sentado no canto, com uma rosa selvagem murcha em cima da mesa. Theo caminhou em direção ao bar e pediu um copo de cerveja. Lentamente, ele saboreava a amargura ao olhar ao redor para ver se havia mais alguém secretamente observando aquele homem baixinho. Theo estava muito satisfeito com o que viu. Embora os fregueses ocasionalmente olhassem para aquele canto, a maioria olhava por acaso. Apenas uma pessoa na mesa de centro fez um esforço para disfarçar a sua observação com o copo de cerveja.

Uma pessoa para chegar junto, uma outra pessoa para vigiar o movimento. Essa era a prática dos Ratos na Rua Negra, e tudo isso batia exatamente com o conhecimento que Theo tinha.

— Mais um! — Theo gritou ao garçom — Gelada!

— Senhor, o preço da cerveja gelada é o dobro. — O garçom lembrou.

Theo jogou uma peça de prata no balcão e disse:

— Quanto mais gelada, melhor!

Theo foi em direção ao homem baixinho, com a caneca cheia de espuma de cerveja e pôs em cima da rosa murcha. A cerveja gelada escorria nas pétalas onduladas. O homem levantou a cabeça e disse, impaciente:

— Como você pode desperdiçar uma boa cerveja em cima da mesa, homem, está louco?

— Estou honrando a rosa. — Theo sorriu e sentou-se de frente para o baixinho — Estive procurando por você.

— Isso é a prova de que você não estava olhando para a direção certa. — O homem disse grosseiramente — Mas já que você é um cliente… vá em frente, como posso ajudá-lo? Uma pista para roubar, para redimir uma propriedade perdida, ou seria bens roubados?

— Nada disso, eu espero que você possa me ajudar a espalhar um boato.

— Isso não está dentro do escopo de negócios da Rosa Selvagem. — O baixinho disse balançando a cabeça.

— Não, não, não. Eu sei que você se interessa por qualquer coisa quando é pago com peças de ouro. — Theo balançou o dedo para o baixinho — Meu jovem, eu não sou um novato. Para obter a presa viciada, às vezes precisamos criar uma isca e, neste caso, um boato é a melhor isca, pois ninguém sabe de onde veio e não tem a quem culpar. É mais seguro do que roubar.

— Isso soa muito razoável. — O baixinho se endireitou, quase demonstrando um sorriso — Você já encomendou algo da Rosa Selvagem antes?

— Uma vez negociei com um competidor seu de um lugar pequeno. O nome não é tão elegante quanto o seu, e eles não podem fazer muita coisa, de qualquer maneira.

— O escopo de negócios é muito pequeno e é difícil encontrar o negócio certo aqui na Cidade da Prata, além da concorrência ser feroz. — O baixinho pegou a rosa selvagem e sacudiu-a um pouco antes de colocá-la no bolso — Então, que tipo de rumores você precisa espalhar?

— Notícias sobre bruxas. — Theo sorriu — Uma organização chamada Associação Cooperativa das Bruxas encontrou a Montanha Sagrada na Região Oeste, e elas conseguiram superar a tortura do diabo, encontrando a paz eterna.

— Cara, esta notícia é realmente… — O baixinho estalou a língua —… realmente, nostálgica. Embora eu raramente incite os clientes a mentirem, você precisa, pelo menos, pensar em alguma coisa que faça mais sentido. Deixe-me adivinhar, ou você está tentando raptar uma bruxa ou está querendo agir contra a Igreja. No caso, se estivesse agindo contra a Igreja, você sabe muito bem que é questão de tempo até que o Exército do Julgamento encontre você e te pendure por aí por traição, então, eu acho que é a primeira opção… — O baixinho mostrou um sorriso desagradável — Infelizmente, até onde eu saiba, quase todos aqueles que quiseram pegar bruxas e vendê-las por dinheiro estão mortos. Mesmo que todos eles estivessem em posse de uma Pedra da Retaliação Divina, essas mulheres não são idiotas.

— Por que não faz sentido? — Theo perguntou curiosamente.

— Uma união organizada pelas bruxas é como a lua no céu escuro da noite. Se fosse verdade, a Igreja certamente iria em peso até lá, e se eu fosse uma bruxa, eu não iria para esse tipo de lugar. Se for falso, então eu não teria nenhuma razão para ir. Quanto à tortura do diabo, irmão, você está falando sério? Bruxas são a personificação do diabo, e isso é uma mentira tão grande que até mesmo as bruxas iriam zombar.

— Só espalhe a notícia desse jeito. — Theo disse sem levar o baixinho muito a sério.

— O cliente sempre tem a palavra final. — O baixinho deu de ombros — De qualquer forma, eu preciso lembrar que isto custa vinte peças de ouro.

— Pago de uma vez?

— Sim, Rosa Selvagem não aceita qualquer depósito ou pagamento final. — O baixinho disse — E o comércio é inteiramente voluntário.

Theo suspirou. Ele pegou um saco do bolso e colocou dezenove peças de ouro sobre a mesa, e então ele agarrou um punhado de peças de prata, que eram apenas do tamanho de uma unha, e contou cem delas antes de empurrar o dinheiro para o homem em sua frente. Após verificar a autenticidade das peças de ouro e de prata, o baixinho guardou em sua algibeira.

Depois de receber o dinheiro, o baixinho ficou muito mais relaxado.

— É raro que Rosa Selvagem não entregue o que foi combinado. Como eu disse antes, a competição em Cidade da Prata é muito feroz, e nossa reputação seria arruinada se enganássemos nossos clientes. Se você não estiver com pressa para retornar para a Região Oeste, você poderia ficar aqui por mais alguns dias. Você vai ouvir a notícia em todos os lugares daqui a pouco tempo.

— E os boatos irão chegar até o ouvido das bruxas?

— Claro, mas isso depende se elas estiverem dispostas a ouvir. Em suma, te desejo sucesso. Você será capaz de cobrir o custo se vender uma delas para a Igreja, ou você pode ganhar mais se vendê-las para algum nobre. Claro, se você não conseguir encontrar uma maneira de sair da cidade e estiver com medo de ser capturado pela Igreja, você sempre pode vir até nós, que só iremos cobrar 10% da taxa.

O baixinho foi embora com a algibeira cheia. O homem responsável pela vigia também se levantou e saiu logo depois dele. Depois de esperar 15 minutos, Theo terminou o resto de sua cerveja com um gole e soluçou antes de sair do pub.

A tarefa de Sua Alteza foi concluída. — Ele pensou.

Theo tinha viajado bastante, primeiro a partir da Serra do Dragão Caído, em seguida, para Cidade Carmesim e finalmente, ele chegou em Cidade da Prata para encontrar os Ratos da Rua Negra e espalhar a notícia. Cada cidade tinha um grupo deles no Submundo. Eles formavam uma organização ordenada e escondida, mesmo sob a aquiescência do Lorde, incluindo a Cidade Real de Castelo Cinza. O que eles poderiam fazer era muito mais do que os boatos diziam. Entretanto, seu alcance era proporcional à quantidade de peças de ouro que os clientes tinham para investir.

A única dificuldade estava em encontrar a pessoa certa para fazer contato com os Ratos. Além de ser bastante difícil encontrar a pessoa certa, o fato de Theo ser um estrangeiro dificultava muito mais as coisas, principalmente para conseguir a confiança dessa pessoa. Só para falar com esse baixinho, Theo tinha investido cinco peças de ouro. Se não fosse por sua experiência semelhante na Cidade Real de Castelo Cinza, ele provavelmente ainda estaria na Serra do Dragão Caído agora.

Andando no caminho de volta para o hotel, ele estava consciente de uma atmosfera estranha.

Ele estava sendo seguido.

Mesmo que a outra parte estivesse agindo muito sutilmente, Theo conseguia sentir sua presença, devido à sua experiência como guarda profissional. Ele calmamente puxou a adaga da cintura e virou em um beco na esquina.

Será que é alguém da Rosa Selvagem? — Ele tinha propositadamente esvaziado a bolsa para encontrar as 19 peças de ouro para evitar a cobiça dos outros. Em geral, eles não iriam roubar alguém por míseras peças de prata.

Theo se encostou na parede, contando os passos que estavam ficando cada vez mais perto. Ele saiu rapidamente de onde estava para pegar a outra pessoa no susto, enquanto estivesse virando a esquina. Uma adaga apareceu de repente no pescoço da outra parte.

— Não se mexa! — Theo gritou.

A outra parte, de repente se transformou em uma massa de neblina e desapareceu.

Uma bruxa! — Theo percebeu e antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, a parte de trás de sua cabeça foi atingida fortemente. De repente, ele sentiu uma sensação de tontura e perdeu toda a sua força, caindo no chão.

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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