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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 03 – Cap. 132 – O Cavaleiro da Família Alce (Parte 1)

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Prius já estava preso por cinco dias.

Após a transformação para acomodar os presos, esta residência já era praticamente uma prisão. As portas de madeira originais foram substituídas por balaustradas de madeira e os móveis foram removidos. Apenas alguns cobertores permaneceram. A única vantagem era que a sala ainda estava limpa, protegida do vento e da chuva.

Além dele, haviam outras quatro pessoas na prisão. Um pertencia à Família do Lobo, enquanto os outros três eram da Família Ryan. E ele próprio era o Cavaleiro do Conde da Família Alce.

— Diabos! Quando poderemos sair? — O mais velho Cavaleiro da Família Ryan gritou — O trigo na minha propriedade ainda não foi semeado! Minha esposa não sabe lidar com essas coisas.

— Sua propriedade? — O jovem Cavaleiro da Família do Lobo fez uma careta para ele — Você acha que Sua Alteza irá deixar você voltar para reunir cavalos, armas e armaduras? Você acha que ele vai lhe dar uma chance de vingança? Para dizer a verdade, você deve considerá-lo misericordioso por não estar pendurado!

— O que você disse?! — O Cavaleiro mais velho olhou para ele.

— É verdade. — O jovem Cavaleiro disse com uma voz despreocupada — O Duque foi a mente por trás da rebelião. Por que ele não ordenou aos seus Cavaleiros de elite para cuidar de seus filhos? Quanto a nós, não tivemos escolha senão ir ao campo de batalha sob as ameaças do Duque.

— Eu acho que você é um suicida! — Ele caminhou e levantou o jovem, com a mão direita cerrada. Quando ele estava prestes a bater no rosto do rapaz, uma mão esticada por trás o segurou firmemente.

— Pare! Halon. Você quer atrair os guardas? — Um Cavaleiro extremamente bonito puxou seu punho — Ele está certo. Nós somos os Cavaleiros do Duque. Quando condenados, a sentença será severa. Neste momento, a única coisa que podemos fazer é aguardar o resultado. Olhe para o Cavaleiro da Família Alce e olhe para você, onde é que está seu comportamento como um nobre?

Prius o conhecia. Ele era Ferlin Eltek, o Cavaleiro destaque de Forte Cancioneiro. Seu apelido era Luz da Manhã. Ele atraia muitas jovens nobres. Mas, no fim, casou-se com uma mulher civil, o que causou grande clamor no momento. Ouvindo Ferlin Eltek mencionando-o, Prius não podia mais ficar em silêncio. Ele disse às três pessoas que estavam brigando:

— Não tenho certeza se a sua propriedade será devolvida. Mas pelo menos eu sei que Sua Alteza não o matará.

— Oh, por que?

— Matar você na fortaleza teria sido mais eficaz, então, por que ele o mataria aqui depois de todos os problemas que ele teve para trazê-lo aqui? Por capricho? — Prius balançou a cabeça — Os Cavaleiros nem foram capazes de entrar em Vila Fronteiriça.

Eles não haviam queimado, matado ou saqueado a vila, então as pessoas da vila não iriam nutrir um ódio extremo contra eles. Portanto, para o Príncipe, matá-los na vila seria pior do que matá-los na fortaleza. Como não foram mortos na fortaleza, eles deveriam estar bem.

Ferlin pensou um pouco e assentiu.

— O que você disse parece ser razoável. E como se chama…

— Prius Dessau.

— Obrigado pelas palavras de conforto, Sir Dessau. — Ferlin olhou para ele com gratidão e levou Halon de volta para o canto.

Ferlin Eltek sentou-se e cantarolou contra a parede. Prius pensou que Ferlin Eltek não tinha muito medo, mas sua própria calma era apenas uma fachada.

Prius sabia que ele não era capaz de ser um Cavaleiro. Ele não herdou a bravura de seu pai ou a sabedoria de sua mãe. Já com relação a espadas, ele gostava mesmo era de cuidar dos campos. Por exemplo, criar galinhas e patos, pescando na lagoa. Ele tinha sido forçado a lutar pelo Conde da Família Alce. Ele nem gostava de caçar, e jamais quis matar alguém. Sempre quando fora convocado para lutas e batalhas, Prius sempre andou atrás de outras pessoas. Ele ainda estava surpreso por estar vivo.

Espere… — De repente, Prius sentiu-se um pouco estranho — Sendo o Cavaleiro destaque de todo o Forte, por que Ferlin Eltek sobreviveu também? Não deveria ser estar entre os primeiros Cavaleiros a ser abatidos?

— Sua Alteza quer vê-lo. — Os guardas gritaram na porta — Sirius Daly! Saia primeiro.

O jovem Cavaleiro saltou, acenou para os outros e saiu da cela.

— Ei, e quanto a nós?

Halon correu para a porta, mas foi forçado de volta por um soco rápido do guarda. Depois de fechar a porta, o guarda disse:

— Não se preocupe, você será chamado mais tarde.

Sabendo que o julgamento estava por vir, Prius estava ficando mais nervoso. Droga! Ele estava esperando por esse dia, mas agora que estava aqui, ele ficou assustado. Ele estava com raiva. Seu corpo não conseguia parar de tremer. Ele olhava para porta de vez em quando. Era como esperar o nascimento de seu primeiro filho, com a esperança e o pânico coexistindo.

Felizmente, a espera não demorou muito. Cerca de trinta minutos depois, o guarda voltou.

— Prius Dessau, é a sua vez.

Ele se levantou em pânico e tropeçou no cobertor no chão. Por sorte, Ferlin foi rápido para ajudá-lo.

— Obrigado. — Sua garganta estava seca.

— Não seja por isso. — Ferlin respondeu suavemente, o que fez Prius se sentir bastante aliviado.

Ele assentiu com a cabeça para Ferlin e seguiu o guarda para fora da cela.

O guarda era um garoto jovem, com cerca de 17 anos, vestindo couro e botas marrom escuro, ele carregava alguns espinhos e hastes em sua mão.

— Você não vai amarrar minhas mãos? — Prius perguntou.

— Já revistaram você antes de ser preso, então, o que você poderia fazer sem armas?

— Onde você vai me levar?

— Ao castelo de Sua Alteza.

— O que aconteceu com o homem antes de mim? O Cavaleiro chamou Sirius. O que aconteceu com ele?

O guarda deu de ombros e não respondeu.

Bem, talvez ele não soubesse, talvez ele não quisesse contar. Prius parou de perguntar.

Ele sentiu-se estranho com essa guarda. Ele parecia um civil comum tanto em sua forma de vestir quanto em sua aparência, mas ele não tinha medo dos Cavaleiros e, quando falava, nem usava os honoríficos mais básicos. Parecia que ele não estava ciente de que essas pessoas podiam facilmente determinar sua vida e morte em tempos normais.

Tinha algo estranho nos olhos do guarda. Prius tinha visto muitos civis que já estiveram entre a vida e a morte, com olhos rígidos e indiferentes, assim como um cadáver sem alma. Mas, nos olhos desse homem, Prius enxergou orgulho. Ele era obviamente um civil, mas ele tinha a mesma maneira orgulhosa que os Cavaleiros. Prius estava muito confuso.

Que tipo de ambiente poderia criar essa pessoa?

Ele olhou ao redor. Embora ele nunca estivesse em Vila Fronteiriça antes, ele já tinha ouvido falar desse lugar estéril e desolado. Mas a vila à sua frente estava prosperando, muito diferente do que ele imaginara. As ruas estavam cheias de gente ocupada e se movendo rapidamente. De tempos em tempos, alguém cumprimentava o guarda. Todos os rostos estavam corados e cheios de energia, como se não houvesse sofrimento nos Meses dos Demônios.

Perto do castelo, Prius viu um espaço aberto com mais de cem pessoas. Parecia que eles estavam construindo casas, mas olhando o tamanho, parecia mais do que uma. Os materiais empilhados nas proximidades eram tijolos de barro. Em geral, apenas os nobres podiam escolher este material caro, mas, novamente, essas casas eram muito pequenas para os nobres. Algumas das casas já estavam construídas no espaço aberto e eram apenas um pouco maiores do que a sua própria sala de estar. Além disso, os quartos eram muito semelhantes, como se fossem cópias. Que tipo de nobre gostaria desse tipo de sala?

Com sua mente cheia de perguntas, Prius entrou no castelo.

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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