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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 02 – Cap. 90 – Celebração da Vitória (Parte 2)

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Seis bois marinados com mel foram transportados junto à fogueira por carrinhos. Se não estivessem sendo escoltados pela milícia, Roland suspeitava que, no caminho para a fogueira, toda a carne já teria sido despedaçada pela multidão.

Esta era todas as reservas de comida que o castelo tinha deixado estocado. Então, eles não teriam comida até a chegada do próximo navio mercante. Pensando nisso, o coração de Roland começou a doer. Para realizar esta celebração, ele até mesmo esgotou todas as reservas que tinha.

Os chefs de cozinha que vieram de Castelo Cinza foram responsáveis ​​por cortar a carne e controlar o fogo. Por fim, seis pessoas da milícia ficaram responsáveis por assar a carne. Uma barra de ferro foi inserida no corpo do boi pela boca, e depois posta em frente à uma churrasqueira improvisada feita de tijolos, como um boi no rolete. As chamas estavam altas de modo que, mesmo afastadas há dois ou três metros, as pessoas ainda poderiam sentir o forte calor vindo da fogueira. Logo, toda a pele dos bois emitia um som estridente, e a gordura começou a emergir de seus poros, com um aroma sedutor.

Claro, o churrasco não poderia ser a única atração, então ao sinal de Roland, Machado de Ferro junto com uma equipe da milícia entrou no palco.

Roland sabia que aquelas danças lindas e complexas dos bailes nas cidades não se aplicavam a tal ocasião, e também não havia muito tempo para treinar. Eles nem conseguiram se lembrar de todos os passos essenciais, quanto mais apresentar uma dança tão bonita e cheio de movimentos. Para garantir que a dança fosse fácil de entender e agradável, a dança do povo da areia estava mais de acordo com os interesses dos civis.

A dança começou com Machado de Ferro e os outros colocando as duas mãos nos quadris, sempre com o braço direito passando pelo braço esquerdo do parceiro ao lado, formando dois anéis em volta da fogueira. Eles foram acompanhados pelos sons dos chifres e começaram a se mover no sentido horário e em cada passo, eles jogariam o outro pé para retroceder enquanto gritavam — Há!

— Essa é a tal dança que você falou? — Carter perguntou, assustado — Você consegue chamar isso de dança?

— Claro, é muito fácil de lembrar e a milícia só precisou de meia hora de ensaio na noite passada para dominar o ritmo. — Roland respondeu — Você não quer tentar?

Carter balançou a cabeça e recusou a oferta. Ele sentiu como se alguma coisa em seu coração estivesse a ponto de sair.

Não, ela é somente uma garota com um rosto que faz o coração de qualquer homem bater mais rápido. Não, esquece … ela é somente uma memória triste da minha juventude. — Carter lamentou em seu coração.

Os outros membros da milícia estavam batendo palmas no mesmo ritmo dos passos dos dançarinos, acompanhando cada rodada com palmas cada vez mais rápidas. O ritmo extremamente rápido moveu o povo. Um após o outro começaram a erguer seus braços e a bater palmas no mesmo ritmo. À medida que as palmas ficavam mais rápidas, Machado de Ferro e sua equipe aumentavam a velocidade de sua dança, tornando tudo cada vez mais e mais rápido. Não demorou muito e o anel de pessoas entrelaçadas começou a mostrar sinais de rompimento. Pouco tempo depois, um dos dançarinos caiu acidentalmente, levando mais dançarinos com ele. Ao ver isso, a multidão ficou chocada, mas a milícia não interrompeu as palmas, em vez disso, ficou mais selvagem e se transformou em uma tempestade.

Machado de Ferro apoiou-se em um membro da milícia e enquanto se levantava, ele virou e gritou para a multidão:

— Conseguiram entender os passos? Quem gostaria de vir aqui e tentar? Vem e dance com a gente até cair, como agorinha a gente caiu! Se você vir dançar conosco, depois, você pode se deliciar com esse suculento churrasco e quanto mais você dançar, mais carne você vai ganhar!

Se a nobreza ou as famílias ricas fossem convidar o povo para participar de algo assim, ninguém jamais teria aceitado, pois, subconscientemente, a aristocracia sempre deu a impressão de ser superior às pessoas comuns. Também era normal para a aristocracia voltar atrás com suas promessas. Mas quando viram os membros da milícia, que eram do povo, das pessoas comuns, chamando-os para dançar com eles, o povo não conseguiu se segurar mais.

Após o primeiro grupo de pessoas se juntaram, logo foram seguidos por um segundo grupo e depois um terceiro. Tão logo, uma nova dança começou, mas desta vez a maioria dos dançarinos eram do povo. Embora esta seja uma interação muito simples, ainda os deixou muito felizes, pois, além da recompensa do churrasco marinado com mel à vista deles, todos se esforçaram para dançar direitinho.

Esta era exatamente a cena que Roland queria ver.

Além do churrasco, também havia pão, petiscos e cerveja que foram distribuídos ao povo. A celebração foi planejada para continuar até a noite, mas Roland não planejava ficar até mais tarde. Ele providenciou para que Carter se encarregasse da segurança da praça da vila, e o ministro adjunto responsável pelo discurso de encerramento. Por isso, ele deixou tudo na mão de seus subordinados e saiu.

Roland iria participar de uma festa privada no jardim posterior do castelo.

Quando a noite chegou, o jardim ainda estava iluminado.

Assim como na praça da vila, eles também acenderam uma fogueira. A diferença era que eles usavam frango que foi cortado em pedaços para o churrasco. O tempero e o gordura foram preparados de forma única, imitando completamente a atmosfera de um churrasco no meio da natureza. Esse tipo de novidade em que as pessoas podiam se servir à vontade foi muito apreciado pelas bruxas que, dantes, jamais poderiam imaginar participar de algo assim. Claro que, aos olhos de Roland, este era um espetáculo raro. Por exemplo, Anna envolveu diretamente o frango em sua chama verde depois de temperar, o que logo produziu uma deliciosa fragrância. Rouxinol mostrou sua incrível habilidade com facas; em um momento as facas estavam escondidas e segundo depois, o frango já estava pendurado de cabeça para baixo, completamente desossado e com todos os seus ossos no chão.

E, claro, o vinho veio de Vila do Salgueiro e era muito mais adequado para o gosto das mulheres do que a cerveja. Na verdade, Roland queria dizer que as menores de idade estavam proibidas de beber, mas Raio já havia esvaziado a metade de uma garrafa e, como ela estava flutuando no ar, era difícil para Roland convencer ela a parar.

Depois de cerca de uma hora dentro do churrasco no jardim, Roland ficou um pouco embriagado. Ele se inclinou em uma cadeira e observou o grupo de mulheres felizes. Vendo isso, Roland sentiu-se muito satisfeito.

Esta é a vida perfeita para um príncipe — Roland pensou —, e também para as bruxas. Com suas habilidades e aparência extraordinárias, elas não deveriam ser caçadas. Se elas tivessem nascido na minha vida pregressa, temo que elas se tornariam o foco deslumbrante de muitas pessoas. Mas agora, aqui no meu território, elas podem viver uma vida normal.

Neste momento, Raio começou a descer rapidamente e pousou diretamente no colo de Roland, e mesmo antes de ter a possibilidade de reagir, ela já havia dado um beijo em sua bochecha.

Embora tudo isso tenha acontecido muito rapidamente, muitas bruxas ainda viram o ocorrido.

Quando Raio voltou a voar, viu que Anna, Rouxinol e Wendy estavam muito surpresas, então ela acenou com a mão:

— De acordo com as regras dos Fiordes[1] quando eles realizam um banquete para celebrar uma vitória, a mulher pode beijar o líder. Papai sempre deixava eu beijar ele. Isso não é um hábito em Castelo Cinza?

— Claro que não — Roland acordou instantaneamente de seu estado ‘de fogo’[2] — uh … coff, coff, Raio você está bêbada, pode voltar pro castelo e ir dormir agora!

— Ah não! — Raio protestou — Quando eu estava navegando, eu apostava com a tripulação quem bebia mais e eu nunca perdi.

Roland reconheceu que precisaria da ajuda de Wendy para convencê-la, pois se ela desse a ordem, Raio obedeceria. Wendy assentiu e depois usou seu poder para gentilmente trazer Raio para o chão. Quando Raio estava pousando, Wendy deu dois passos, aproximando-se da menina e pegando ela em seus braços. Desconsiderando as luzes, enquanto gritava e lutava, Raio foi caminhando em linha reta na direção do castelo.

— Não se preocupe com ela, ela só bebeu um pouco demais. Por favor, vamos continuar a comemoração, pois logo a sobremesa será servida.

Roland de repente sentiu que a atmosfera se tornou um pouco estranha, especialmente quando olhou nos olhos de Anna. Ele sentiu um arrepio dos pés à cabeça. A única que não foi afetada pelo que aconteceu foi Nana, que ainda estava concentrada em comer suas asinhas de frango, como se nada tivesse acontecido.

Depois que a fogueira foi apagando gradualmente, Roland pediu para Rouxinol escoltar Nana até a sua casa. Então ele foi ao poço e lavou o rosto com água fria, pronto para ir dormir. Roland não deu muita bola para o episódio anterior, pois, na sua opinião, Raio ainda era uma criança.

Mas quando chegou no terceiro andar, seu coração começou a palpitar rapidamente.

Ele viu Anna encostada em sua porta.

[1] Em alguns lugares durante a novel, nós usamos Fjord e até mesmo fiorde. A partir de agora, o local de onde Raio veio se chama Fiordes. Um Fiorde é uma grande entrada de mar no meio de montanhas rochosas. Imagine um local cheio de fiordes e você imaginará de onde Raio e seu pai, Trovão, vieram. Você pode, também, conferir aqui.

[2] Ele não está bêbado, está ‘de fogo’, ou ‘alegre’.

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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