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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 01 – Cap. 81 – Treinamento da Artilharia

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Todos os dias, o grupo de Van’er precisava treinar entre duas a três horas com a nova arma, e mesmo depois do treinamento acabar, Van’er tinha que retornar à muralha para continuar seu velho e tedioso trabalho. Um dos homens do dormitório de Van’er se inscreveu para o novo Esquadrão de Fuzileiros, e agora que ele tinha uma arma de fogo nova, ele sempre corria atrás de Van’er para mostrar a sua nova pistola. Se a disciplina da milícia não proibisse lutas internas, Van’er já teria costurado a boca detestável deste homem.

No entanto, Van’er também pensou alguma coisa não estava bem.

Meus compatriotas não acabaram de se juntar ao Esquadrão de Fuzileiros uns dias atrás? E eles já foram autorizados a começar seu treinamento de tiro, lutando contra as bestas demoníacas? E nossa equipe de artilharia? Nem estamos autorizados a atirar. Além disso, os canhões são tão pesados que é impossível levá-los até a muralha.

Quando ele olhou para o alto da muralha, Van’er pôde ver que o corredor estava cheio de pessoas lado a lado. Geralmente, todo mundo estava acostumado a correr por ali. Mesmo que fosse íngreme, ainda era melhor do que atrapalhar os companheiros de equipe que estivessem em combate. Quanto aos canhões … as duas rodas eram maiores do que toda a muralha, e usar um canhão para disparar para baixo, não parecia ser muito prático.

Será que … esse canhão não é pra ser usado contra as bestas demoníacas?

O próximo exercício confirmou seu pensamento.

Machado de Ferro trouxe as quatro equipes de artilharia para o rio. Lá, Van’er descobriu, embora ele não soubesse quando ele percebeu, que no rio existia um navio enorme, de verdade! Não … ele não tinha certeza se era certo chamar de navio. A concha parecia ser feita com a mesma pedra cinzenta usada para construir a muralha, e ele era muito grande, mas não era largo. Então, além de dois mastros sem velas, havia alguma outra semelhança com um navio? Sobre este ponto, Van’er e seus colegas de equipe tiveram uma discussão acalorada.

— Isso aí é um flutuante[1] pra fazer uma ponte, um pontão.

O primeiro que chegou a uma conclusão foi Jop. Ele pertencia à equipe que acompanhava os navios que transportavam o minério para Forte Cancioneiro. Por isso, muitas vezes ele se achava bem informado, por isso, continuou:

— Eles construíram o convés assim tão grande para deixar ele mais estável! Durante minhas viagens ao sul, vi muitos deles, e se isso aí fosse um navio, então, como ele pode ser movido pelo vento? Antes, o rio estava muito largo para atravessar e uns 10 anos atrás, a antiga ponte foi levada por uma inundação. Agora, a antiga ponte deve ser substituída por uma ponte feita de pontão. Eles devem colocar um monte deles lado a lado com uma corrente de ferro para deixar a ponte mais estável!

— O lugar mais longe que você foi até hoje foi Forte Cancioneiro e você fica dizendo por aí que sabe muita coisa? — Rodney disse — Se isso aí for um pontão, um flutuante aí como você tá dizendo, por que teria dois mastros? Fazendo esses dois mastros, eles não estão preocupados que um vento muito forte possa levar o navio embora?

— E olha lá na ponta do navio, você não tá vendo um timão? Um pontão não precisa disso aí não. — Nelson entrou de supetão no meio da conversa para ajudar Rodney. Esses dois irmãos gostavam de aproveitar qualquer oportunidade para causar problemas — Além disso, olha lá, no meio dos dois mastros, aquilo ali não parece ser uma cabine? Parece que nem tá terminada ainda. Isso aí não é um pontão, isso aí é um navio, sim, sem sombra de dúvida!

Essa discussão não era do interesse de Van’er, pois ele só estava preocupado em como seria o próximo treinamento. Para sua sorte, ele logo viu sua resposta chegando. Machado de Ferro chegou até o grupo e pediu para eles trazerem os cavalos e carregarem o canhão até Vilazinha — sim, esse nome, Vilazinha, foi o nome dado pessoalmente por Sua Alteza a esse navio. Após ouvir as ordens de Machado de Ferro, o rosto de Jop, de repente, ficou rígido, com uma cara horrível, enquanto os dois irmãos demonstravam uma expressão de triunfo. Depois disso, todos começaram suas tarefas e foram levar o canhão até o convés do navio.

No convés havia dois grupos de postes, cada grupo consistindo de quatro postes. Estes postes estavam localizados no meio do convés, sendo um grupo atrás do outro. Isso aparentemente indicava que um navio poderia armazenar dois canhões.

Bem, com isso, Van’er tinha certeza de que eles não seriam necessários para lidar com as bestas demoníacas. O Rio Vermelho fluía do Norte para o Sul, e aquela floresta infestada de bestas demoníacas não escondia nenhum rio.

Quando embarcaram pela primeira vez, o grupo percebeu a excelente estabilidade do navio. Mesmo que a correnteza do rio fosse forte, com a água fluindo rapidamente do lado do casco, o navio ainda estava imóvel. Era como estar pisando em um terreno sólido. Só quando os cavalos subiram no navio, é que eles sentiram um pequeno balanço.

Van’er também observou que quando uma equipe terminasse sua prática de tiro, Machado de Ferro contava o tempo e anotava tudo em um bloco de anotações. Quando Van’er viu que havia apenas dois lugares para canhões, ficou claro que apenas os esquadrões de artilharia mais rápidos seriam selecionados. Então, Van’er confidenciou secretamente a sua descoberta ao resto de seu grupo, que imediatamente se esforçaram mais do que antes, pondo cerca de 10% a mais de força para fazer tudo muito mais rápido. Se eles não fossem escolhidos para serem uma equipe de artilharia, além de passar vergonha no meio de todo mundo por não terem passado, a vida deles não teria mais tantas emoções. Mas o pior mesmo é que eles não iriam ter um aumento!

Van’er precisou esperar até o sétimo dia, mas ele finalmente recebeu seu primeiro treinamento de tiro ao vivo.

Neste dia, Sua Alteza Real, o Príncipe, também veio presenciar a cena, observando o exercício de artilharia. Todos os quatro grupos caminhavam com passos largos, peito estufado e cabeça erguida.

Por causa do treinamento anterior, o grupo de Van’er ficou bastante familiarizado com os passos para carregar e disparar um canhão, então eles não demoraram muito e foram os primeiros a disparar.

Esta foi a primeira vez que Van’er viu o poder de um canhão. Com um rugido ensurdecedor, a bola de canhão foi disparada e pousou cerca de 500 m de distância na neve, quicando algumas vezes no chão, enquanto explodia neve e lama cada vez que tocava o solo. Van’er percebeu que era impossível para ele ver onde é que a bola de ferro iria parar, até que não conseguiu mais ver a bola.

Ao ver isso, Van’er se perguntou — como o Príncipe conseguiu criar uma arma tão terrível? Se alguém tiver que enfrentar esses canhões, mesmo se tiver uma armadura, eu acho que vai ser inútil.

Após cada tiro, o grupo era alterado e o Príncipe ordenava que alguém marcasse com uma bandeira, a posição em que o projétil do canhão aterrissasse. Depois, ele deixou alguém medir a distância entre a boca do canhão e a bandeira. Após quatro rodadas de tiros, finalmente foi a vez de Van’er novamente, mas então ele ouviu o comando para mudar o ângulo do canhão.

Uma escala com medidas 0, 5, 10, 25 e 30 foi colocada na extremidade do canhão, onde o carrinho estava conectado. Embora Van’er tenha visto a escala, ele não entendeu o que significava, mas, enquanto seguissem as instruções, tudo ficaria bem.

Machado de ferro gritou:

— Atire no ângulo de 5!

Ao ouvir esse comando, Jop, que era o integrante com a maior força na equipe de Van’er, pegou o taco, colocou na boca do canhão, esperou que os outros tirassem o gancho que segurava o tubo até pôr o tubo no ângulo correto, ou seja, levantaram o tubo até chegar na marca 5 da escala para prender o gancho.

Comparado com o ângulo do tubo no início, onde estava um pouco baixo, o tubo agora apontava um pouco mais alto. Isso mostrou que a escala marcava a altura para onde a boca do canhão iria apontar.

Quando tudo estava pronto, cada grupo disparou mais um tiro, agora com o novo ângulo, e depois de cada tiro, a distância também foi medida.

Van’er estava aos poucos entendendo o que o Príncipe queria fazer.

Ele estava registrando a distância de cada tiro, e quanto maior o ângulo do tubo, mais alto ele iria disparar a bola de ferro.

Este era um ponto em que Van’er entendia, por causa da sua experiência com arco e flecha. Quanto mais alto ele apontasse, mais alto a flecha iria voar. Quanto mais baixo for o ângulo de tiro, mais rápido a flecha vai atingir o chão. No entanto, ele não pensou que isso seria o caso do canhão. Porque quanto mais rápido o projétil viajar, maior será a distância que ele vai alcançar. De repente, Van’er pensou em uma ideia louca.

Se a bola de ferro viajasse cada vez mais rápido, será que … seria possível que ela nunca mais vai parar?

No Rio Vermelho, a fase de teste de Vilazinha também estava em andamento.

Como Wendy atuaria como força motriz do navio, utilizando sua habilidade com o vento, a tripulação de Vilazinha precisava ser absolutamente confiável. Pensando nisso, Roland escolheu algumas pessoas que já conheciam as bruxas.

Carter tornou-se o capitão, Brian tornou-se o timoneiro, os marujos que seriam responsáveis pelas velas eram subordinados de Carter, e o trabalho de correspondente ficou para Titus Pinheiro[2], o pai de Nana. Essas pessoas estavam frequentemente em contato com as bruxas, então, juntas com sua própria mudança de mentalidade, pois elas já haviam superado o preconceito contra as bruxas, não deveria haver problema. No caso de Sir Pinheiro, era ainda mais tranquilo, pois sua filha amada também era uma bruxa.

[1] Flutuante, ou pontão, é um tipo de navio que não pode mais navegar, geralmente utilizado como depósito, hospital, escola dentre outros. Também pode ser, nesse caso, um tipo de plataforma flutuante, sem propulsão própria, utilizado em Castelo Cinza para fazer pontes, por exemplo.

[2] O sobrenome da família de Nana será trocado de Payne para Pinheiro. Estava um pouco relutante no início, pois diversos tradutores usaram muitos nomes diferentes, mas em chinês é Pinheiro mesmo. Os outros capítulos também já foram alterados.

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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