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Liberte Aquela Bruxa – Vol. 01 – Cap. 75 – Montanha Sagrada (Parte 1)

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Kara podia ouvir a respiração mais acelerada das outras bruxas.

— Alguém precisa assumir o controle — Kara disse em voz alta —, Ramos, você me carrega depois.

A caminhada pela Cordilheira Intransponível estava especialmente difícil durante o inverno e a nevasca. Todos os dias, as quarenta e duas bruxas precisavam encontrar um lugar adequado para o acampamento, além de prepararem o fogo e reabastecer seus suprimentos para resistirem às temperaturas congeladas à noite.

— Sim, respeitada mentora.

Ramos, que estava na frente de Kara, respondeu enquanto estava agachada. Quando ela chegou ao lado de Kara, Kara convocou uma de suas serpentes mágicas e a fez se enrolar no braço de Ramos. Kara usou isso para se levantar, para que pudesse ficar de pé. Quando a cobra tocou o corpo de Ramos, Kara percebeu que a outra bruxa começou a tremer ligeiramente.

Maldita Rouxinol — Kara pensou amargamente —, se não tivesse rejeitado incessantemente minhas ofertas de misericórdia, eu não me oporia à deixa-la voltar para junto de nós, suas irmãs. Mas agora estamos chegando em um ponto crítico, então não posso tolerar risco algum.

E qual foi o resultado da minha amável oferta? Sem qualquer hesitação, a maldita traidora aproveitou a primeira chance e escapou … e até tentou me matar, me apunhalando pelas costas … isso é o que acontece quando eu sou muito gentil!

Kara estava com o coração cheio de ódio, pois o ataque de Rouxinol tinha passado diretamente pela sua coluna vertebral. Embora Ramos tenha sido capaz de curar rapidamente suas feridas com ervas, os membros inferiores de Kara ainda estavam paralisados e ela não sentia absolutamente nada.

Espere até chegar à Montanha Sagrada! Lá eu vou ganhar o poder para reunir mais bruxas, e com a ajuda delas, um dia eu me vingarei e farei pedacinhos de você!

Ao alimentar sua raiva, Kara de repente ouviu uma voz:

— Mentora, há bestas demoníacas à nossa frente.

A voz pertencia a Rúbea, que era responsável por observar e vigiar. Com os olhos dela, ela conseguiu ver todos os obstáculos e descobrir imediatamente qualquer armadilha na frente dela. Sua habilidade permitia até mesmo que ela enxergasse claramente objetos em movimento rápido, o que foi demonstrado durante um confronto com a Igreja, em que ela conseguiu derrubar um virote de besta somente com suas mãos.

— Me deixe no chão. Ramos, vai lá e ajude elas.

Ramos assentiu enquanto ela se agachava e colocava Kara em uma pedra. A mão dolorida de Kara caiu diretamente na neve, de onde uma sensação de frio se espalhou por todo o seu corpo, fazendo-a pensar tristemente — você não pode nem remover a neve antes de me pôr no chão?

Mas ela não disse isso em voz alta. Afinal, Ramos era uma pessoa insubstituível de sua irmandade. Anteriormente, Wendy, com seu temperamento gentil, havia sido responsável pelo recrutamento de novas bruxas para a Associação Cooperativa das Bruxas, ao passo que, em vez disso, Ramos era responsável por manter a moral e a coragem, visando garantir que as bruxas seguissem as ordens de Kara.

Sem a capacidade de Ramos, receio que já tivéssemos perdido mais de metade das nossas irmãs para a caça às bruxas.

Ao pensar em Wendy, o coração de Kara começou a doer. Ela nunca esperava que Wendy, juntamente com quem criara a Associação Cooperativa das Bruxas para ajudar o maior número possível de bruxas, trairia a todos pelo bem de Rouxinol.

Mesmo depois que Wendy se rebelou, ela não queria matar Wendy. A serpente chamada Sofrimento que ela criou para atacar Wendy tinha um veneno que agia lentamente, mas causaria uma dor insuportável logo após a picada. Kara planejava deixar Wendy sofrer um pouco para depois usar a sua serpente chamada Lhufas, para retirar o veneno. Ela só queria ensinar a Wendy uma lição. Mas, não importa o que, sem a ajuda de sua serpente mágica, o veneno era incurável. Então Rouxinol tomou a decisão errada, levando Wendy consigo. Sem a picada de Lhufas, Wendy não sobreviveria nem um dia sequer.

Isso significava que a antiga freira estava destinada a nunca chegar na Montanha Sagrada com suas irmãs?

Kara não se importava com a outra fugitiva, Raio. Ela só entrou recentemente na Associação Cooperativa das Bruxas e só parecia ter a capacidade de voar. Raio sempre apoiou outra visão sobre como deveriam procurar a Montanha Sagrada, questionando até mesmo o Livro Sagrado. Sempre que ela agia contra a vontade da Associação Cooperativa das Bruxas, Kara queria jogar aquela menina falante na neve e estrangulá-la.

No momento em que as duas bestas demoníacas do tipo lobo surgiram por trás de uma curva no caminho da montanha, as bruxas já estavam preparadas e aguardavam os ataques delas. Todas as irmãs sem habilidades de luta foram colocadas na retaguarda para mantê-las seguras. Ramos foi a primeira a libertar sua magia, visando as ervas daninhas perto dos pés das bestas demoníacas. Logo, várias gavinhas das ervas daninhas surgiram da neve e se enrolaram nas bestas demoníacas. Outra bruxa, com o poder de controlar o ar, começou a drenar o ar em torno das bestas demoníacas. Graças a isso, os dois lobos logo entraram em um estado de asfixia. E logo estavam espumando seus focinhos e começaram a se convulsionar antes de finalmente cair no chão.

Este era o poder das bruxas que Kara estava procurando.

Dentro de um grupo de mortais armados com espadas, esses lobos teriam dado muito problemas, mas diante de nós, as bruxas, eles morreram em segundos. Claramente, somente, nós as bruxas com o poder da magia são amadas por Deus. Se não houvesse tal coisa como a Pedra da Retaliação Divina, ah, para o inferno com essa pedra, — ela cuspiu no chão —, se essa pedra não existisse, como a Igreja poderia nos suprimir?

— Respeitada mentora, vamos continuar em frente. — Ramos disse quando ela voltou para Kara.

— Deixe que outra me carregue. — Kara suspirou — Você está muito cansada da luta.

Após a batalha, elas continuaram pelo caminho. Ao meio dia, as mulheres responsáveis ​​por encontrar o próximo terreno de acampamento descobriram um lugar com menos neve, graças ao seu arranjo de sota-vento. Depois de chegar ao lugar, elas decidiram fazer uma pausa e comer para recarregar as energias.

Uma bruxa com a habilidade de trabalhar com pedra começou a usar sua magia. Quando o solo e o cascalho começaram a se mover e afastaram a neve, parecia que o solo ganhava vida. Logo, o chão estava limpo e seco. Uma após a outra, as bruxas começaram a cumprir seus deveres, como fazer uma fogueira e colocar seu pote para cozinhar um pouco de mingau. Elas começaram a aquecer um pouco de neve até começar a ferver e depois adicionaram ervas, que foram reforçadas por Ramos, juntas na água. Imediatamente as bruxas sentiram uma fragrância suculenta no ar.

— Irmãs, por favor, passem os seus emblemas para mim.

Uma garotinha com um cabelo de cor rara, um vermelho-fogo, falou alto para todas as irmãs ouvirem. Ela realmente correspondia à sua habilidade, já que seu poder também tinha a ver com fogo. Ela tinha a habilidade de aquecer os objetos com os quais ela estivesse em contato. Os emblemas que proporcionaram tantos alívios para a Associação Cooperativa das Bruxas foram criados por ela.

Mesmo que à primeira vista sua habilidade parecesse insignificante, a verdade era que ela era de grande ajuda para a Associação Cooperativa das Bruxas. Especialmente durante a sua empreitada pela Cordilheira Intransponível, onde não conseguiriam encontrar nada para se aquecer. Na neve fria, era muito fácil perder calor de seus corpos até cair eventualmente inconsciente.

Depois que todas comeram mingau de trigo, as bruxas empacotaram seus pertences e começaram a se mover. De acordo com a conjectura de Kara, os chamados Portões do Inferno, na verdade, eram a porta de entrada para a Montanha Sagrada. A Igreja mudou deliberadamente o nome para Inferno, visando evitar que as bruxas encontrassem a Montanha Sagrada. De acordo com os Livros Antigos, elas precisavam atravessar um total de três portões de pedra, e o último ficava nas Terras Selvagens. Normalmente, os portões ficavam escondidos debaixo do chão, e apenas durante a Lua Sangrenta é que os portões de pedra chegariam à superfície.

Depois de saírem do acampamento, as bruxas tiveram que caminhar por cerca de meio mês por entre a Cordilheira Intransponível, mas logo elas deixariam a cordilheira, colocando o pé no meio do nada. Durante esses últimos dias, as bestas demoníacas apareciam cada vez mais frequentemente.

— Irmãs, rápido, olhem aquilo lá! O que é aquilo? — De repente, alguém gritou com horror.

Kara olhou surpresa naquela direção, ficando imediatamente paralisada de horror.

Havia uma cidade voando no céu!

O céu ainda estava cinza e a neve ainda estava caindo das nuvens muito baixas. Mas dentro das nuvens, havia uma cidade, parcialmente escondida e parcialmente visível.

Esses edifícios foram construídos em um padrão que eu nunca vi antes, eles se parecem com pináculos em pé lado a lado. Se os pontos pretos são janelas dentro das torres com um tamanho médio, o pináculo deve ter uma altura de centenas de metros! Isso não é algo que um ser humano possa construir! Até mesmo o edifício mais orgulhoso da Igreja, a Catedral de Hermes, que eles chamam de Torre que atingiu o Céu, está a apenas cinquenta metros de altura!

Isso não pode ter sido construído por humanos, então só há uma resposta: esta cidade foi construída pela mão de Deus!

Kara teve dificuldade em reprimir sua excitação, durante todo o tempo que a voz dentro de seu coração gritava:

Eu encontrei a Montanha Sagrada!

 


 

Tradução: JZanin

Revisão: Kabum

 

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