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Império Tearmoon – Vol. 01 – Cap. 48 – A Engenhosa Ideia de Anne

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— P-pelas luas, qual é o significado disso? 

Quando a questão veio à tona, restavam apenas quatro dias até o torneio de esgrima. Depois de ir até a melhor loja de marmitas da cidade, Mia se deparou com a dura realidade de sua situação. 

— Desculpe, mas nesse dia não é possível. Todas as lojas por aqui já estão sobrecarregadas com pedidos. Duvido que haja algum lugar que possa receber mais um. 

Ela amaldiçoou sua própria negligência. Depois de ouvir de sua comitiva que, quando se tratava de marmitas, “o toque pessoal é fundamental”, decidiu tentar fazer o pedido sozinha sem consultar Anne. Ela já havia lidado com comerciantes quando estava em Tearmoon e tinha observado Ludwig fazer pedidos com fornecedores antes. Tendo visto isso ser feito, achou que seria fácil fazer por si mesma. Sua confiança, no entanto, acabou por traí-la. 

Oh, piedosas luas, o que devo fazer?! 

Ouvir que as lojas haviam parado de receber pedidos fez com que começasse a suar frio. 

T-Talvez se pagá-los mais… Sim, se eu trouxer ouro suficiente… 

Jogar dinheiro num problema era de fato a solução mais simples. Mostre a alguém dinheiro suficiente e provavelmente poderiam ser convencidos a priorizar o pedido dela. No entanto… 

Não, não posso fazer isso. 

Mia imediatamente descartou a ideia. Depois de jantar juntas algumas vezes, percebeu que a autoridade reinante na academia, Rafina Belluga, era uma pessoa escrupulosa. 

Em teoria, poderia forçar uma loja a atendê-la apenas pelo puro poder do dinheiro. Embora isso fosse egoísta, poderia escapar impune se os funcionários da loja simplesmente trabalhassem mais horas. No entanto, se a loja acabasse cancelando o pedido de outra pessoa para dar lugar ao seu… isso arruinaria a opinião de Rafina sobre ela. Já conseguia até ver o desprezo nos olhos de Rafina ao jurar nunca mais falar consigo. 

— Que… que pensamento aterrorizante! 

Numa tentativa de evitar tal destino, ela pensou e pensou, mas nenhuma boa ideia veio. No final… 

— A-Anne! 

…Não teve outra opção senão correr de volta para seu quarto e pedir ajuda à sua leal empregada. Ver sua mestra irromper pela porta quase aos prantos deu à Anne um susto. 

— Milady, por favor, se acalme. 

Após ser informada da situação, Anne entrou em ação imediatamente. 

Certo, a prioridade deve ser perguntar no mercado e conseguir alguma informação… 

Enquanto Mia se divertia na escola, Anne estava constantemente expandindo sua rede de conexões. Começou com a equipe da academia. Através deles, conheceu os comerciantes que faziam negócios com a academia. Em seguida, pediu a esses comerciantes que a apresentassem a ainda mais comerciantes. Ela fazia visitas frequentes à cidade e as pessoas no mercado a conheciam pelo nome. Utilizando sua vasta rede de conexões, obteve compreensão completa da situação. 

— Entendo. Este é, de fato, um problema complicado. 

O tipo de marmita extravagantemente embalada que Mia tinha em mente era, para começo de conversa, muito difícil de encontrar nas lojas da região. As marmitas eram embaladas com a intenção de serem levadas para outro lugar e consumidas lá. 

Eram frequentemente necessárias ao viajar longas distâncias, por isso eram geralmente compostas por alimentos que se conservavam bem. Para a população em geral, marmitas eram coisas como charque e pão seco que abdicavam do sabor pela conservabilidade. Na verdade, seu conteúdo não mudava muito nem mesmo entre as classes nobres. Mais uma vez a preocupação principal era garantir que a comida não causasse problemas intestinais. Segurança e nutrição eram prioridades, o sabor era secundário. Como consequência, o mercado simplesmente não tinha produtos como “marmitas cheias de comidas deliciosas para conquistar o coração do garoto que você gosta”. Tal demanda era rara. Pessoas comuns não pagariam por coisas assim e os estudantes da academia também não precisavam disso com frequência. Apenas algumas poucas lojas realmente as preparavam e, agora, nenhuma delas estava em posição de aceitar novos pedidos. 

— Então, basicamente, o que nos falta é mão de obra. — Anne suspirou aliviada. Pelo menos não era o pior cenário. O que ela mais temia era a falta de ingredientes. Se não pudesse obter os ingredientes físicos para fazer a comida, seria melhor desistir naquele momento. 

— Nesse caso… 

Após percorrer o mercado e fazer pedidos de ingredientes, ela voltou para Mia. 

— C-Como foi, Anne? Descobriu alguma coisa? — perguntou Mia ansiosa enquanto se agarrava aos braços de Anne. 

— Acho que sim —, respondeu Anne com um aceno de cabeça. — Apesar de tudo, as coisas podem funcionar. 

A preocupação no rosto de Mia deu lugar ao alívio. 

— Oh, graças às luas! Sabia que podia contar com você, Anne! Presumo que encontrou uma loja que fará isso por nós? 

— Não, milady. Nenhuma delas pode. 

Mia empalideceu novamente. 

— E-Então o que fazemos? 

— Nós faremos —, disse Anne virando-se para Mia com um olhar de determinação. — Faremos nós mesmas. 

— … Huh? 

A boca de Mia ficou aberta por um momento antes de Anne segurar suas mãos nas dela. 

— Vamos, vou te ajudar. Faremos com que você prepare pessoalmente uma marmita para o príncipe Abel. 

— P-Preparar… eu mesma? 

Nem é preciso dizer que Mia nunca havia cozinhado em sua vida. 

— Sim. Você pode não saber mas, entre o povo comum, as pessoas geralmente ficam animadas quando um marido traz uma marmita especialmente bonita feita pela esposa. É como uma demonstração de amor. A culinária das mulheres, como você pode ver, é uma fonte de felicidade para os homens —, disse Anne, concordando consigo mesma com ares de quem acabou de dizer algo muito sábio. 

— E-É assim que funciona? Entendo… A propósito, Anne, por acaso você é bem versada na arte de cozinhar? 

— … Já fiz pão. 

A implicação daquelas palavras não passou despercebida por Mia. Ela podia sentir o cheiro do perigo iminente. 

Gaaah! Estamos condenadas! 

 


 

Tradução: Leo

Revisão: Matface

 

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