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Império Tearmoon – Vol. 01 – Cap. 18 – Uma Promessa de um Dia de Inverno

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O inverno no império Tearmoon era frio. A neve era comum, fazendo com que lareiras fossem instalações desejadas em todas as residências.

— Mmmfff… está tão frio…

Era o último dia do ano e Anne estava descendo sentido ao salão do palácio, sua respiração deixava pequenas nuvens brancas no ar. Do lado de fora, a neve descia vagarosamente sobre a paisagem congelada. Muitas, se não todas as lojas estavam fechadas, mas o trabalho dentro do castelo não podia parar. Suas colegas empregadas estavam ocupadas cuidando de suas tarefas habituais, e ela as cumprimentava com um breve “Olá” enquanto passava. Finalmente, chegou ao quarto pessoal de Mia

— Com licença, Milady. Posso entrar?

— Ah, Anne. Por favor, entre. — Vendo a silhueta de sua empregada no corredor, Mia colocou seu livro e sua rosa em sua poltrona. — Você parece estar com muito frio. Venha aqui e se aqueça.

— Sim, fico agradecida por isso — disse Anne enquanto se aproximava e se abaixava próxima ao fogo.

— Ah, isso é ótimo. Muito obrigada.

No passado, preocupações para com propriedades e normas a teriam feito hesitar diante tal oferta. No entanto, depois de ter sido repreendida por Mia, que achava suas reservas impróprias para com ela e para consigo mesma, aprendeu a apenas obedecer com gratidão. Em troca, prometeu a si mesma que iria pagar a boa vontade de sua mestra com lealdade.

Um silêncio confortável se estendeu sob o par enquanto se aqueciam sob a luz da lareira.

Ela ficou um pouco mais alta? Me pergunto…

Um sorriso afetuoso surgiu nos lábios de Anne enquanto observava a jovem princesa. Às vezes, não conseguia não enxergar Mia como outra pequena e doce irmãzinha.

— Ei, Anne…. Você tem um momento? — perguntou Mia de repente.

Anne, franziu a testa diante a pergunta estranha. Então notou que os olhos de Mia vagavam em direção ao teto enquanto se mexia em sua cadeira. Baseado na sua própria experiência, ela sabia que Mia tinha esse tipo de comportamento recorrente quando precisava pedir algum favor difícil.

— Sim? O que é, Princesa Mia? — respondeu em um tom curioso.

— Bem, sabe… Na próxima primavera, devo começar a ir para a escola.

— Estou ciente disso. Parabéns. Lhe desejo o melhor para seus estudos.

Entre as crianças da nobreza, a regra era que a escola deveria começar na primavera em que a criança completasse treze anos. Elas deveriam ingressar em instituições especializadas onde iriam receber o conhecimento e também a competência necessária para governar de maneira efetiva sobre seus domínios.

Anne já considerava Mia como sendo uma santa. E só conseguia imaginar que magnífica jovem dama sua princesa poderia se tornar com uma educação formal. Mesmo que Mia ainda nem tivesse ido, Anne já aguardava seu retorno.

— Obrigada, Anne. É que… — Mia sorriu por um breve momento antes de sua expressão ficar séria. Ela ficou em silêncio por um tempo. Então, como se finalmente tivesse conseguido juntar a coragem, respirou fundo e olhou para Anne. — Eu gostaria que você viesse comigo. Como minha assistente pessoal.

— Huh? — Anne ficou em choque diante da pergunta. — Você… me quer com você?

Ela tinha bons motivos para estar chocada. Escolas eram lugares para a nobreza, onde futuros duques, condes e barões se reuniam e formavam laços. Lá, crianças nobres desenvolviam amizades e conexões que um dia os ajudariam a governar. Qualquer um que pisasse nessas instituições sagradas que gerariam os líderes do futuro, deveria apresentar o melhor de seu comportamento. A incompetência não era admitida.

Além disso, a escola a qual Mia iria se matricular não era dentro do império. Por alguns anos, Mia deixaria o conforto do castelo e passaria seus dias nos dormitórios de sua escola. Durante esse período lá, ela tinha a permissão de levar consigo um acompanhante, que não teria a permissão de solicitar a ajuda a nenhuma empregada veterana.

— Um, Princesa Mia. E-eu… estou extremamente contente com sua oferta, mas você tem certeza disso? Sobre… ser eu.

O principal motivo disso era que Anne não era particularmente a mais capaz das empregadas. Na melhor das hipóteses, ela pendia mais para o lado desastrado. Apesar de saber bem que Mia a tinha na mais alta estima e confiava muito nela, o que lhe causava muita gratidão, no entanto, sempre a entristeceu saber que nada disso vinha de suas habilidades como empregada. Portanto, não conseguia não se sentir assim.

Mia deveria escolher alguém mais capaz e experiente do que ela.

Só então, sentiu algo quente envolver suas frias mãos. Olhando para baixo, se surpreendeu ao encontrar as pequenas mãos de Mia a segurar firmemente.

— Um, Milady, você não deveria…. Minhas mãos estão frias… então…

— Me escute, Anne. Eu disse que quero você.

— Princesa… Mia!

Anne sentiu uma enxurrada de emoções a aquecer por dentro. Mia acreditou nela, oferecendo sua confiança incondicional, gentileza e amizade. Ela já havia lhe dado tanto. Era uma dívida que deveria, e seria, paga. Movida ao íntimo, Anne se ajoelhou bem ali naquela hora.

— Eu farei o meu melhor, Princesa Mia. Te servirei com todo meu coração e alma.

Phew. Bem, fico feliz que consegui ajeitar isso. Agora não preciso me preocupar.

Mia soltou um suspiro aliviado.

Esperando ela na escola onde estudou anteriormente estariam dois de seus maiores inimigos da vida passada. Uma era Tiona Rudolvon, uma nobre do exterior que liderou a revolução contra o Império e que mais tarde seria reverenciada como uma santa. E ajudando ela em cada passo estava Sion Sol Sunkland, príncipe do formidável Reino de Sunkland. Essas duas pessoas, que estavam diretamente ligadas a seu terrível destino na guilhotina, também seriam seus colegas de classe.

Estar perto de pessoas como elas sem uma assistente a qual possa confiar… Só de pensar nisso já é o suficiente para me deixar acordada a noite!

Feliz em saber que conseguiu uma forma de evitar tal cena aterrorizante, Mia deu boas-vindas ao Ano Novo com um coração consideravelmente mais leve que antes.

 


 

Tradução: Vinyell

Revisão: Nero_SL

 

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