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Como um Herói Realista Reconstruiu o Reino – Vol. 07 – Prólogo – Reunião

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— Na metade do quinto mês, ano 1547, Calendário Continental —

Tomoe, que foi deixada em uma cidade próxima à fronteira do Estado Papal Ortodoxo de Lunarian, veio ao mercado do meio dia junto de seu guarda-costas, Inugami. Um mensageiro já havia informado que Souma e o resto estavam seguros e iriam levar Tomoe com eles para a próxima parada, a República de Turgis, então ela deveria esperá-los aqui. Entretanto, parecia vergonhoso apenas ficar sentada aguardando, então ela e Inugami decidiram dar uma olhada no agitado mercado.

Por ser próximo da fronteira, vários comerciantes que transitavam entre os dois países se juntavam aqui, e produtos de ambas as nações estavam à venda.

— E aí, mocinha — disse um deles. — O que acha de cê pedi pro seu pai comprar este grampo de cabelo?

— Tenho umas fruta sequinha no capricho, tá ligado? — gritou outro. — Cheguem mais, deem uma olhada, o que cês acham?

        Enquanto Tomoe e Inugami caminhavam pelo mercado, os comerciantes ao seu redor chamavam eles usando gírias de comerciante. Aparentemente estavam sendo confundidos com pai e filha. Seus rostos não eram nada parecidos, mas era comum os homens e mulheres possuírem aparências diferentes nas raças homem-fera, talvez esse fosse o motivo de serem confundidos com pai e filha.

Tomoe olhou para cima e riu. — Senhor Inugami, eles pensam que você é o meu pai.

— Sim, senhora — disse ele. — É rude da minha parte dizer isso, Irmãzinha, mas é conveniente ter nossa relação confundida dessa forma. Se um homem é visto andando com uma garota que é jovem o suficiente para ser sua filha, mas não é, isso faria com que as pessoas tivessem pensamento indesejados por nós.

Em outras palavras, se a opção era ser confundido com um sequestrador, era bem melhor serem vistos como pai e filha.

Tomoe olhou para ele. — Um… Então seria melhor se você conversasse comigo de uma forma mais informal e mais como um pai faria?

— Não… Eu não posso fazer isso…

— Não pode?

— N-Não é que eu… não possa. Você provavelmente está certa, Tomoe. — Depois de ceder, Inugami deixou seu tom formal.

Tomoe riu. — Tudo certo então, “Pai”.

— O que foi, “minha filha”?

— Eu quero ver os tipos de lojas que os comerciantes de outros países abriram aqui hoje.

— Hm… Nesse caso, ali provavelmente é um deles. — Inugami apontou para uma banca onde havia um homem gordo tomando de conta. Ele aparentava vender frutas secas que levariam um bom tempo para estragar.

Tomoe balançou a cabeça. — Como você sabe?

— Consegue ver o acessório com o símbolo do Ortodóxo de Lunarian que ele está usando sobre seu peito?

Depois de Inugami apontar, ela pode ver que o homem gordo estava usando um acessório com um símbolo que era similar à combinação de uma lua cheia e uma lua crescente sobre a parte esquerda de seu peito.

Não havia nenhuma chance de Tomoe saber disso, mas Mary, a emissária que foi enviada pelo Estado Papal Ortodoxo de Lunarian, usou um colar com o mesmo símbolo.

— Os devotos do Ortodóxo de Lunarian sempre carregam um símbolo como esse. Explicou Inugami. — Consegue ver que a cor dele também é bonita, certo? É a marca de alguém que contribuiu significativamente para a igreja principal.

— Oh, entendi. Foi assim que você descobriu que ele era do Estado Papal Ortodóxo, huh.

— Exato. Quer dar uma olhada?

— Sim! — Exclamou ela.

Os dois caminharam até a banca. Haviam frutas secas e nozes na frente, e nos fundos tinham barris, onde o homem mantinha as frutas secas em conserva no mel.

— Ei garotinha, tenho umas frutas deliciosas em conserva no mel — disse o vendedor com um sorriso. — Por que cê não compra umas?

Em resposta, Tomoe perguntou — Você é de outro país, certo, senhor? Tem alguma história interessante sobre seu país?

— Huh? — O vendedor estava confuso com a pergunta repentina.

— Ei, é rude perguntar isso a ele de repente! — Repreendeu Inugami.

Enquanto ela se enrijecia por ter sido repreendida, ele a levantou pela traseira de seu capuz. Tomoe estava tão desamparada quanto um gatinho suspenso no ar.

Inugami forjou um sorriso e reverenciou o vendedor diversas vezes. — Sinto muito senhor. Temos assuntos a tratar na República de Turgis, mas é a primeira vez para minha filha, então ela acabou se empolgando demais. Sempre que ela vê algo, é “o que é isso?”, “o que é aquilo?”, ela simplesmente não fica quieta.

— Oh… Hahaha, é bom ver uma criança cheia de curiosidade.

— Acha mesmo? Bem, de qualquer forma, levarei algumas dessas frutas em conserva.

— Obrigado! Volte sempre!

Com Tomoe ainda no ar, Inugami pagou pelos produtos e recebeu um melão em conserva no mel cortado perfeitamente, o que o fez deixar a barraca para trás com um sorriso.

Assim que chegaram a um local fora da vista do vendedor, Inugami colocou Tomoe no chão, cruzou os braços e olhou diretamente em seus olhos. — Peço perdão por gritar com você. Mas irmãzinha…

— S-Sim…

— Por que você perguntou algo como aquilo?

Inugami manteve seu tom de voz o mais calmo possível para não assustá-la.

Tomoe olhou de baixo para ele, e então confessou de maneira hesitante — Pensei que se eu quisesse ajudar o irmãozão e os outros, teria que estudar outros países. Por isso…um… Eu quis perguntar a ele.

A voz de Tomoe diminuiu gradualmente enquanto falava.

Inugami suspirou. — Existem espiões que se disfarçam de comerciantes. Se ele fosse um deles, por causa da sua pergunta, você seria tratada com atenção especial. Isso é muito perigoso.

— D-Desculpa… — Tomoe parecia genuinamente arrependida, e suas orelhas de lobo baixaram.

Vendo ela tão desencorajada, Inugami colocou a mão em seu ombro — Se você quiser saber sobre outros países, me diga. Eu ensinarei tudo que puder, embora não possa te contar nada confidencial.

Então Inugami estendeu o pote com frutas em conserva no mel a Tomoe.

Ela aceitou uma, deu uma mordida, e sorriu.

— Isso é tão doce, “Pai”.

— Não posso fazer nada menos que ser doce. Especialmente para minha “filha”.

Após essa troca, estando eles na mesma página ou não, ambos sorriram. Para qualquer um que olhasse, eles pareceriam exatamente como um pai e uma filha próximos.

Foi no outro dia que Souma e o resto se juntaram a eles.

 


 

Tradução: Flash

Revisão: Akira & アキラC-137

 

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Vol. 07 – Pról.