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Como um Herói Realista Reconstruiu o Reino – Vol. 07 – Epílogo – Uma Presença Inquietante

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Concluído com sucesso o acordo tripartido para fundar uma aliança médica entre o reino, a república e o Império, foi realizada uma festa para celebrar essa noite na hospedaria que serviu de local ao encontro.

Desde a chegada a este país, sempre existiam desculpas para haver uma festa, mas desta vez, havia um grande número de pessoas presentes, por isso foi a maior de todas.

Era uma pena que uma das três líderes, Maria, que havia participado da Transmissão de Voz da Joia, não pôde comparecer.

Por favor, venha para o meu país algum dia. — Ela havia dito antes de encerrar a comunicação. Quando o fizer, vamos beber juntos.

Sim. Algum dia.

Considerando o quão longe o Império estava, porém, eu não sabia se esse dia chegaria ou não. Se a situação política no mundo se estabilizasse, eventualmente poderíamos viajar para os países uns dos outros para reuniões, mas não havia indicação de que isso aconteceria tão cedo.

Enquanto eu pensava…

Mano! Você tá se divertindo?! — Kuu apareceu.

Ele, que já estava bêbado, de repente colocou o braço em volta do meu pescoço. O impacto quase me fez derrubar minha bebida.

Uau! Isso é perigoso… Quer dizer, afaste-se de mim. Não gosto de receber toques de caras.

É que você parece tão triste, Mano. — resmungou. Você tem que se divertir enquanto bebe.

Kuu se afastou de mim com uma risada ruidosa.

Estou me divertindo… — falei, aliviado por ele ter se afastado. Pelo menos tanto quanto qualquer outra pessoa.

Hum? Bom, tudo bem então.

Já que tanto tempo se passou desde o início da festa, todo mundo estava fazendo suas próprias coisas. Juna estava servindo bebidas para Sir Gouran, que agora era nosso amigo jurado, enquanto Aisha e Hal estavam travando uma competição de bebedeira e Kaede os observava e os incitava.

Leporina cuidava de Tomoe, que havia sido nocauteada pelo cheiro de álcool, Roroa conversava com Taru, que havia sido convidada por Kuu.

Estava se tornando uma cena bastante caótica.

Você também parece estar de bom humor, Kuu. — falei.

— Droga. Quero dizer… Você sabe.  — Kuu levantou o polegar e indicou Taru, com quem Roroa estava falando.

Entendo. Ele está de bom humor por causa daquilo…

“Aquilo” ocorreu algumas horas antes.

Quando a reunião terminou, Kuu nos levou para visitar a oficina de Taru em uma colina perto de Noblebeppu. Era para dizer à sua amiga de infância que ficaria no Reino da Friedônia por um tempo.

Enquanto estávamos lá, também revelamos nossas identidades, mas ela não ficou especialmente surpresa. Para uma artesã como ela, talvez a posição de seus clientes não importasse tanto.

— … Assim sendo, está decidido que irei para o reino estudar com o Mano, e só vou levar Leporina comigo. — finalizou Kuu, apoiando o pé em um balde que estava por aí e adotando a postura de um marinheiro com o pé em um dos postes curtos usados ​​para atracar barcos.

Ele pode ter pensado que era uma maneira legal de dizer adeus, ou pode ter apenas tentando agir todo durão, mas de qualquer maneira, descansar o pé em um balde não iria servir para isso.

Enquanto todos olhávamos para ele com frieza, Kuu continuou seu discurso:

— Ah, não se preocupe, Senhorita Taru. Nossa despedida será breve. Ficarei com o Mano, aprenderei como ele governa e juro que um dia voltarei para você como um homem de verdade. Estou ansioso pelo dia em que retornarei em glória à minha antiga cidade natal.

Mesmo que Taru não estivesse dizendo nada, Kuu continuou fazendo seu discurso de despedida.

Enquanto isso, a artesã não prestava atenção às suas palavras e batia em metal quente.

Não sei… Foi o tipo de cena que me fez sentir pena de Kuu.

A falta de resposta de Taru fez ele parecer chateado.

— Ei! Ei, Senhorita Taru! Estou aqui, fazendo meu discurso de despedida, então me dê uma resposta, certo? Você ficará sozinha sem mim, né?

— Não particularmente… Não estou interessada em saber aonde você vai, patrão idiota.

— Não está interessada…? Isso não é meio duro? Mesmo que não esteja interessada, seu amigo de infância está aqui para se despedir, então seja um pouco mais legal comigo.

— Ter você reclamando para mim quando estou forjando não passa de um incômodo.

Não havia nada que ele pudesse dizer sobre isso, então Kuu deixou cair os ombros em desapontamento.

Bem, se a garota que ele gosta fosse tratá-lo dessa maneira, é claro que ficaria abatido.

Acho que vou ouvi-lo desabafar na festa hoje à noite… Pensei com um suspiro.

Mas então ouvi o som de Taru colocando na água o metal que estava golpeando. Ela colocou vários produtos de metal sobre a mesa, incluindo aquele em que estava trabalhando. Aquela forma com uma pequena lâmina na ponta não era nada além de um bisturi.

— Tentei fazer a coisa que você pediu com vários metais. — disse. — Ferro, cobre, prata e várias ligas. Sabe qual é o mais adequado para isso? — Taru inclinou a cabeça para o lado.

Ahh, então ela estava trabalhando em um bisturi para amostra.

Mesmo que me perguntasse qual era o melhor, eu não era médico, então não sabia. Existiam alergias a metais e coisas assim a serem consideradas também, então não poderia ser decidido apenas com base na força e no fio.

— Terei que voltar ao meu país e perguntar a alguém que saiba…

— Entendo… Bem, então também irei para o reino. — disse Taru casualmente.

Todos arregalaram os olhos. O mais surpreso de todos, porém, foi Kuu, que estava fazendo seu discurso de despedida até um momento atrás.

— Huh?! Você também vem, Taru?!

— Não porque eu queira estar com você, mestre burro. — disse Taru intencionalmente. — Só estou indo para o reino por minhas próprias razões. — Então olhou para mim e continuou. — Ouvi sobre o rei pedir que, caso seja necessário fazer equipamentos médicos para ele, quer que a república envie um artesão para oferecer orientação. Vou me voluntariar para ser esse artesão.

— Você vai ensinar? — Kuu ficou boquiaberto.

— Também estou interessada nas técnicas da Friedônia. — disse ela com olhos inabaláveis. — Não quero apenas ensinar; também quero aprender.

— Bom. Damos-lhe as boas-vindas, Senhora Taru. — estendi minha mão para ela. — Deixe-me preparar uma oficina dedicada para você na cidade castelo. Gostaria muito que você viesse ao nosso país como artesã.

— Estarei sob seus cuidados. — Taru segurou minha mão com firmeza.

Parecia que Kuu ficou pasmo com essa mudança repentina de eventos, mas rapidamente se recompôs e gargalhou.

— Ah, entendi! Afinal, você também vem! Não me importo com o motivo. Estou feliz por podermos ficar juntos! — E então acertou ela em cheio nas costas.

— … Ai. Não bata nas minhas costas. — Taru tinha um olhar incomodado em seu rosto.

Mas, bem, já que ela estava apenas sentada lá e aceitando, talvez não estivesse tão infeliz com isso? Talvez ela estivesse vindo para ficar com Kuu?

— Como devo dizer isso…? Ela tem uma personalidade complicada. — disse Juna com um sorriso irônico.

— Talvez seja por um motivo muito simples, sabe? — disse Roroa com um sorriso feliz, parada do meu lado oposto.

Em conclusão, parecia que o coração de uma mulher era algo misterioso, complicado, mas simples.

Então, com a decisão de que Taru se juntaria a nós, Kuu ficou animado.

Ele estava bebendo seu leite fermentado rapidamente desde o começo da festa.

Kuu foi até onde Taru estava e Roroa veio até mim.

— Nyahaha — gargalhou ela. — Desde que viemos para este país, só temos festas.

— Tem razão… Ei, espera!

Roroa havia se deitado e usava meu colo como travesseiro. Minha nossa.

Coloquei minha mão na cabeça dela e afaguei sua cabeça no meu colo.

— É impróprio deitar de repente assim.

— Não estou bêbada. Você precisa manter as coisas livres e descontraídas quando há bebida por aí. — disse com uma risada presunçosa enquanto eu afagava a cabeça dela. — Então, querido, o que vem depois? Mais viagens?

“O que vem depois”… hein?

— Agora temos que pensar, então acho que vamos voltar para o reino por um tempo. — falei. — Tenho certeza de que tenho um monte de trabalho que precisa da minha atenção e também estou preocupado com Liscia. Além do mais…

— Além do mais?

— Não, não é nada.

— ???

Havia pontos de interrogação flutuando sobre a cabeça de Roroa enquanto eu continuava a acariciá-la.

Por fim, ela sorriu de satisfação e, pouco tempo depois, estava roncando. Quando a geralmente turbulenta Roroa estava dormindo, parecia uma doce jovem donzela. Enquanto olhava para seu rosto adormecido, pensei no que quase havia dito antes.

Além do mais… O que Maria estava dizendo me incomoda.

Aconteceu depois da reunião, quando eu estava me despedindo de Maria. Sua expressão anteriormente relaxada de repente se tornou séria.

Enquanto eu imaginava o que estava acontecendo, ela me disse em voz baixa:

— Ultimamente, os monstros do norte têm se tornado mais ativos.

 


 

Tradução: Takeshi

Revisão: Pride

 

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