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Como um Herói Realista Reconstruiu o Reino – Vol. 05 – Histórias Curtas: Bônus

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Conferência de Produção do Programa

No fim do 12º mês, 1.546º ano, Calendário Continental.

Neste dia, chamei Juna e Roroa na sala de conferências para fazermos uma reunião sobre o programa educacional para a educação do povo que estaríamos lançando no ano novo. Eu estava envolvido nesse programa de transmissão como planejador, Juna era a artista, e Roroa a patrocinadora.

— Agora, no seu aspecto mais essencial, este programa é centrado em torno de Juna e o Pequeno Musashibo ensinando matemática e outras disciplinas acadêmicas para as pessoas por meio da música. No entanto… — Entrelacei os dedos na frente do rosto e disse às duas: —Acho que isso, por si só, seria pouco demais. Se for chato as pessoas hesitam em estudar.

— Isso é verdade — concordou Roroa. — Gosto de aritmética porque é um bom jeito de fazer dinheiro, mas não sei nada quando se trata de literatura clássica e coisas do gênero. Não tem como algum terceiro realmente entender o que o autor quis dizer. — Ela abriu as mãos em uma derrota fingida.

Juna riu.

— Na verdade, por não houver uma resposta certa, se você puder simplesmente dizer algo que soe certo, assim estará. Acho isso mais fácil. Com a aritmética, até o menor erro em seus cálculos lhe dá uma resposta errada.

— Bem, algumas pessoas são melhores nas matérias exatas, enquanto outras se saem melhor nas humanas — falei. — Estive nas de humanas, então minha opinião é mais próxima da de Juna. Embora história fosse mais de meu interesse do que literatura.

— O que você acha que a Irmãzona Cia e a Irmãzona Ai são? — perguntou Roroa.

— Ambas são especializadas em esportes, eu diria.

Juna riu.

—Sem dúvidas.

No caso de Aisha nem era preciso dizer, mas, tendo Georg como mentor, Liscia às vezes também podia ter algumas ideias estúpidas. A primeira e segunda guerreira mais poderosas de nossa família já deviam estar espirrando.

— Bem, sendo esse o caso — falei —, estudar é um tanto chato, então para fazer as pessoas assistirem a um programa que as incentive a isso, acho que precisamos de algum tipo de atrativo. Se tudo o que temos é a Juna e o Pequeno Musashibo cantando canções engraçadas, acho que pode acabar sendo um pouco fraco.

— Mas a Irmãzona Juna não é popular em todo o país? — perguntou Roroa.

— Bem, sim, ela tem uma popularidade incrível como lorelei. Mas este é um programa educacional. É importante que o jeito que ela cante lá seja divertido, não profundamente emocional. Além disso, devido à sua natureza como um programa educacional, não posso ir e vesti-la com lindos vestidos.

— A Irmãzona Juna tem muitas coisas a contendo, é isso. — Roroa concordou satisfeita.

Bem, afinal, tendo em vista o anúncio a caminho do meu noivado com Juna, mudar sua imagem de “Juna, a lorelei”, para “Juna, a garota que canta músicas para crianças”, era parte da minha intenção.

— Acho que se tivermos Juna e o Pequeno Musashibo como um conjunto, as crianças assistirão — falei. — O problema são os adultos. Quando considero a taxa de alfabetização e o nível de desempenho acadêmico deste país, são realmente os adultos que mais quero ajudar. As crianças são flexíveis quando se trata de aprendizagem, mas os adultos já têm seus valores definidos.

— Você tem razão. — Juna acenou em concordância. — “Nunca precisei fazer isso, então por que deveria começar agora”… é o que provavelmente diriam. Principalmente aqueles que mais precisam estudar.

Sim, com certeza haveria pessoas como desse jeito.

— É por isso que, para chamar atenção desses adultos, acho que vamos lançar outro projeto em que também tenho trabalhado — continuei —, acabei encontrando o homem perfeito para o trabalho.

— Outro projeto? — perguntou Juna.

— Um programa de herói.

Recentemente, descobri um homem chamado Ivan Juniro que podia produzir efeitos especiais como explosões em forma de ilusão. Eu estava avançando na produção de um programa de herói centrado nele.

— Ser o herói legal que luta contra os caras maus é uma fantasia para muitos jovens e crianças, então deve haver demanda por um show onde as mulheres possam ver um cara muito legal. Ao combinar essas duas coisas com um programa educacional, quero que assistam isso enquanto sintonizam no programa do herói.

Esse foi meu argumento apaixonado, mas Roroa parecia duvidosa.

— Entendo o que você está dizendo, querido, mas simplesmente não entendo o que esse programa de herói deveria ser. Afinal, nunca vi um. Como é isso?

— Bem… Os primeiros programas de tokusatsu eram sobre um homem muito forte com uma identidade secreta facilmente derrotando os criminosos. Em ********* Zukin, ****** Kamen, e Kaiketsu *****, escondiam suas identidades com um pano enrolado em seus rostos, ou um par de óculos de sol.

— Não sei, para uma identidade secreta, não estavam escondendo muito bem — disse Roroa.

— Isso foi no começo, então, por favor, desconsidere esses detalhes serem um pouco inconsistentes.

A propósito, aprendi todas essas coisas com o Vovô. Ele era um grande fã desses tipos de heróis de tokusatsu e tinha uma coleção de pôsteres desbotados que eram importantes para ele.

— As coisas se desenvolveram a partir daí, e os heróis que se transformavam, andavam em veículos e formavam equipes de combate começaram a aparecer, mas… Não acho que possamos fazer nada muito elaborado com o atual nível de tecnologia deste país. Devíamos aprender com os primeiros programas de tokusatsu, para começar.

— Acho que parece interessante, mas… fazer o programa sairá caro — disse Roroa. — Se eu puder falar como uma patrocinadora, vou querer alguma forma de ganhar dinheiro com todo esse esforço.

O pedido de Roroa já era esperado.

— Quando se trata de programas de heróis, sempre há itens envolvidos — falei para ela. — As coisas que o herói usa quando se transforma e luta viram brinquedos que as crianças vão querer. Se sua empresa lidar com os produtos relacionados, acho que você terá um belo lucro, em caso de o programa for um sucesso.

— Entendo… É, acho que podemos fazer isso dar certo. — Roroa devia ter feito um cálculo mental rápido dos lucros, porque estava sorrindo de satisfação.

Enquanto isso, Juna tinha um olhar pensativo ao perguntar:

— Acho que vai chamar a atenção das pessoas, mas… o público que você mencionou são crianças, rapazes e mulheres, certo? Faltaram as pessoas mais velhas, não?

— Sim, esse seria o problema, não…? — Essa observação afiada me fez coçar a cabeça. — Seria bom se tivéssemos algo para atrair os homens de meia-idade que estão velhos demais para se empolgarem com heróis.

— Isso é fácil — disse Roroa com um olhar vazio. Huh? Fácil? Então Roroa de repente fez uma pose sexy e gemeu. — Se vamos atrair homens mais velhos com algo, tem que ser com apelo sexual.

— Sim, sim, fofinha — comentei.

— Ei, pare de fazer cafuné em mim. — Roroa estufou suas bochechas, indignada.

Quando ela tentou fazer uma pose sexy, pareceu uma criança tentando muito parecer adulta, mas apelo sexual, hmm… se eu fosse colocar um pouco disso em um show de heróis…

— Uma comandante feminina do mal, talvez. Algumas delas usavam roupas bastante sensuais.

— Gostei disso — disse Roroa. — Uma garota má e sensual cairia muito bem.

— Mas quem poderia interpretá-la?

Quando falei isso, a sala ficou em silêncio.

Se eu estivesse procurando alguém sensual entre as pessoas próximas a mim, Aisha e Juna se encaixavam nisso, mas a comandante sexy era um papel de vilã, não era algo que eu desejasse associar a uma futura rainha.

Pensei um pouco.

— Hm, se ao menos tivéssemos alguém com um bom corpo, que se dispusesse a usar roupas sensuais, e que faria o papel de vilã se eu pedisse… Ei, espera.

— Hm…? — perguntou Roroa.

— Hm, Vossa Majestade, isso não é… — disse Juna lentamente.

Parecia que nós três tínhamos chegado à mesma conclusão.

Ela seria perfeita!

 

 

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— Atchiim!

— Qual o problema, Carla? — perguntou Liscia. — Você pegou um resfriado?

— Ah, não, estou bem. Alguém deve estar falando sobre mim.

Olá, Senhorita Dran.

 

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Diário do Marinheiro Castor

Início do 2º mês, 1.547º ano, Calendário Continental – Cidade Lagoon

Era inverno, mas nesta manhã, o céu estava claro e a temperatura quente. A bordo de um único navio parado no porto militar da Cidade Lagoon, alguém cantava desafinado:

— Sou um dragão resistente ao mar. Em vez de voar, o mar é meu rumo. Mantenha-a no curso! Mantenha-a no curso! Lai-la-la-lai-lai-lai.

A voz pertencia ao antigo General da Força Aérea, Castor, que estava atualmente sob custódia da Excel Walter após ter participado da rebelião de Georg. Ele estava no meio da limpeza do convés enquanto cantava uma música que estava inventando enquanto continuava.

— D-Duque Vargas, o que você está fazendo? — Um humano de meia-idade correu até Castor. Ele era o segundo em comando neste navio.

—Huh? — Castor colocou o esfregão no ombro, e olhou de lado para o homem. — Não percebeu? Estou limpando o convés.

— Esse é um trabalho para os jovens marinheiros. Se um ex-duque como você fizer isso, deixará os oficiais inferiores tensos e os oficiais com maior patente ficarão envergonhados.

Castor respondeu com um sorriso traiçoeiro:

— Agora eu sou um novato. A Duquesa Walter também não disse para você me tratar como um?

Sob a custódia da Excel, Castor participava do treinamento como um marinheiro comum de dia, e recebia instruções sobre as operações da Marinha de Excel durante a noite.

No começo Castor ficou atordoado por subitamente ter que aprender sobre a Marinha, mas sem nada para fazer enquanto em custódia de outra casa, e também por causa de sua mentalidade militar profundamente enraizada, estava aproveitando a oportunidade de servir em uma força militar, mesmo que houvessem diferenças entre a Força Aérea e a Marinha.

— Além disso, não me chame de Duque Vargas — acrescentou. — Eu fui despojado do meu nome de família.

— Ah… Sir Castor, então. Não, mas ainda assim, você também é genro da Duquesa Walter…

Embora Castor tivesse aceitado sua nova posição, aqueles à sua volta não. Por ele ter sido um dos três duques, e também marido da filha de Excel, o alto escalão da Força de Defesa Nacional (embora ele e sua esposa estivessem oficialmente separados), as pessoas aqui não sabiam o que fazer com ele. Quanto mais alto na cadeia de comando alguém estava, mais aparente isso se tornava.

Castor notou a resposta do segundo em comando e disse, irritado:

— Não se preocupe com isso. Agora sou apenas Castor. Além disso, não desgosto de limpar o convés. Quando eu estava na Força Aérea, cuidava do meu próprio Wyvern. É algo que vou dirigir e confiar minha vida, então, nesse sentido, um navio e um wyvern não são muito diferentes. Ao limpar cada canto e fenda, terei uma ideia da forma do navio.

— Gostaria que alguns dos jovens marinheiros que reclamam de ter que limpar pudessem ouvir isso — disse o segundo em comando com um suspiro.

Ele já foi um recruta e odiava os dias em que esfregava o convés e se queimava com o sol. Apenas muito mais tarde é que isso lhe ensinou lições importantes, pouco a pouco. A capacidade de Castor de entender isso de imediato era impressionante, mas nada que não se poderia esperar do homem que comandou um exército inteiro por muitos anos.

Castor se apoiou na ponta do esfregão que estava pressionado contra o convés.

— Além disso, se eu não trabalhar, não posso ir beber.

—É por causa do dinheiro? Falando nisso, o que estamos fazendo com o seu salário…?

Eles receberam a ordem de tratar Castor como um novo recruta, mas estava tecnicamente sob a custódia da Excel, e não era formalmente um marinheiro. Naturalmente, significava que ele não receberia um salário da Força de Defesa Nacional.

Os ombros de Castor caíram.

— Estou vivendo apenas com o dinheiro da Duquesa Walter.

— Hm… Está faltando dinheiro? — perguntou o soldado.

— Não, ela me dá uma boa quantia para alguém que está sendo mantido sob custódia. Também não tenho nenhum custo vivendo na mansão Walter… Mas, mesmo assim.

— Há algo que não te agrada?

— É da Duquesa Walter que estamos falando — disse Castor. — Ela fica me provocando. Se eu não levar meu treinamento como marinheiro a sério, e não aprender como a Marinha funciona, não há como dizer o que ela me falará. Certamente iria começar a me criticar com um sorriso no rosto.

— Entendo…

O segundo em comando simpatizou com a situação de Castor.

Todos os marinheiros se referiam a Excel como uma mãe por respeito, mas também sabiam que ela tinha uma personalidade que ia longe demais para ser simplesmente referida como uma brincalhona maliciosa. Ela tinha um corpo bonito, bem proporcional, que a fazia parecer uma mulher em seus vinte anos, e era muito talentosa tanto em estratégia militar quanto política, mas apenas um recruta novo que não a conhecia de verdade poderia ficar feliz com ela o chamando.

Castor soltou um suspiro profundo.

— Eu gostaria de poder voltar e avisar meu eu mais jovem que estava suspirando pela Duquesa Walter: “Pare. Essa mulher é mais do que você pode lidar.”

— Então você também passou por isso, não é, Sir Castor? Todo homem na Marinha se apaixona pela linda Duquesa Walter em algum momento. Naturalmente, esse amor nunca dá certo, e apenas traz angústia quando se lembram sobre isso alguns anos depois.

— Sei como eles se sentem — disse Castor. — Mas, às vezes, algum maluco consegue acertar uma flecha no coração dela. Afinal, a Accela nasceu assim.

— Oh, agora que você mencionou isso… Não, não é nada. — O segundo em comando começou a dizer algo, e então parou.

Castor ficou desconfiado e perguntou:

— O quê? Se algo está te incomodando, então diga, por favor.

— Não, hm… Sua esposa é filha da Duquesa Excel, então houveram rumores de que você foi atrás da filha porque a Duquesa te rejeitou…

— Ah… Sim, ouvi esses rumores.

Castor encolheu os ombros, irritado. Era verdade, rumores assim já existiam há algum tempo. Embora quando se soube quão próximos ele e Accela eram… ou melhor, o quanto ela o tinha sob seu controle, os rumores desapareceram sozinhos.

— Bem, a verdade é um pouco diferente. O oposto, você poderia dizer…

— Huh? O que isso quer dizer?

— Significa, bem… Deixe-me manter isso em segredo.

— Ohhh, agora me deixou curioso.

Vendo a expressão de puro interesse do segundo em comando, Castor sorriu sarcasticamente e disse:

— Bem, que tal me oferecer algumas bebidas esta noite? Se fizer isso, contarei tudo sobre o que aconteceu.

— Vou te mostrar o melhor lugar por aqui.

E então, os dois saíram para beber naquela noite.

Aliás, o lugar que o segundo em comando apresentou a Castor era o tipo de lugar em que se divertiria conversando com mulheres bonitas enquanto bebia, e isso levou a alguns problemas depois, mas Castor não poderia imaginar algo assim naquele momento.

 

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As Técnicas de Proteção das Noivas

Do final do 1.546º ano ao início do 1.547º ano, Calendário Continental

Por volta dessa época, o Rei provisório da Friedônia, Souma Kazuya, estava recebendo convites de nobres do reino para participar de banquetes e outras questões sociais quase todas as noites.

Ficou decidido que a coroação de Souma e seu casamento com Liscia e as outras aconteceria no final do 1.547º ano, então os nobres estavam desesperados para apresentar mulheres de suas casas e tê-las também como noivas de Souma.

Ele poderia recusar os pedidos de casas menores, mas em relação às casas grandes, não poderia ignorar pois poderia afetar a política do reino. Souma tinha que ao menos aparecer nesses eventos, enquanto gentilmente desapontava os nobres que tentavam convencê-lo sobre suas filhas.

Ao fazer isso, era importante que tivesse uma parceira. Se uma de suas noivas estivesse sempre ao seu lado, ficaria mais difícil para os nobres recomendarem suas filhas. Suas três noivas oficiais, Liscia, Aisha e Roroa, assim como sua noiva ainda não anunciada, Juna, se revezaram ao seu lado.

— Souma é o rei, então precisamos aceitar que ele precisará tomar outras esposas por motivos políticos, sejam eles nacionais ou estrangeiras — avisou Licia às outras três noivas. — Ainda assim, não podemos deixar uma mulher com segundas intenções virar rainha. Precisamos proteger Souma corretamente e impedir que aqueles com ambições por poder consigam uma conexão matrimonial com a casa real.

Aisha, Juna e Roroa concordaram.

Nesse dia, Liscia estava participando de uma cerimônia social como parceira de Souma.

Embora houvessem muitas mulheres com vestidos chamativos, por algum motivo Liscia estava com seu uniforme de sempre.

— Por que está de uniforme, Liscia…? — perguntou Souma.

— Será mais fácil se mexer se alguma coisa acontecer, não acha? Além disso, meu uniforme foi criado só para mim. Posso usá-lo em qualquer festa sem me envergonhar.

— Hm… É como um uniforme de estudante conveniente que você pode usar em algumas cerimônias, huh?

— Bem, sim, mas… você não tem mais nada para dizer sobre isso? — Liscia inchou um pouco as bochechas, o que fez Souma sorrir ironicamente.

— Você está sempre me dizendo para agir mais como um rei, mas não age muito como uma princesa, sabia? Não me lembro nem de te ver em um vestido.

— Urgh, bem, isso é porque eu realmente os odeio…

— Mas eu gostaria de te ver bem vestida.

— Vou pensar no assunto…

Os dois estavam conversando agradavelmente. Enquanto isso, as mulheres que haviam aparecido esperando se casarem com o dinheiro assistiam de longe, mordendo seus lenços, frustradas.

O que há com esse clima?! Me faz ficar hesitante em conversar com ele! Todas pensaram a mesma coisa.

Técnica de Proteção de Liscia: Inconscientemente criar uma atmosfera onde ninguém mais poderia se intrometer.

Nesse dia, Roroa estava participando do aniversário de um nobre influente como parceira do Souma.

Mesmo sendo uma festa de aniversário, quase toda a nobreza a realizava como um banquete, então a única diferença era que os participantes precisavam dar presentes para a casa celebrando o aniversário.

Aliás, no caso de Souma, sua presença no evento já contava como um presente, e por isso não precisou oferecer nada. Em troca, tinha que conversar com o nobre que organizou a festa. Era uma oportunidade para aqueles que queriam enviar suas filhas para serem rainhas.

No entanto, a pequena Tanuki da Amidônia não aceitava nada disso.

Roroa parou no meio do salão, abriu seus braços e ergueu a voz.

— Pois bem, senhoras e senhores, estava me sentindo mal por vir aqui sem trazer qualquer presente. Sendo esse o caso, aqui está uma pequena surpresa preparada para todos.

— Hahh! — Uma pessoa de repente caiu do teto. Era um homem musculoso usando uma máscara prateada e um lenço vermelho. Era o herói que não saía da boca do povo, o Super Pratamem. — Carregar! Pratamem!

— Aqui está — disse Roroa com satisfação. — Trouxemos o super popular Pratamem conosco.

Os nobres aplaudiram. O Pratamem também era popular com os adultos, e todos tropeçaram em si mesmos correndo pela chance de apertar sua mão. Até o anfitrião da festa esqueceu o que estava fazendo e se juntou a eles.

Enquanto os observava, de braços dados com Roroa, os ombros de Souma se curvaram.

— Este país… ficará bem?

— Mwahaha, isso é muito divertido. — Ela não parava de gargalhar.

Técnica de Proteção de Roroa: Sua habilidade assustadora de preparar as coisas com antecedência.

Nesse dia, Juna estava participando de um baile de máscaras como parceira de Souma.

Era um banquete nobre, mas o anfitrião tinha algo bastante específico em mente. Ele estava com todos os participantes usando máscaras e participando de um baile. O plano era incentivar as pessoas a se conhecerem melhor sem se preocupar com o tamanho de suas casas ou com a existência de um parceiro ou noiva, mas a maioria das mulheres presentes visavam Souma.

Mesmo de máscara, a aparência dele era bem conhecida, então logo foi encontrado. Então as mulheres iriam avançar na direção de Souma… só que não podiam.

— …

Isso porque uma pessoa de beleza sobrenatural estava parada ao seu lado.

Desde a beleza de seu rosto, que podiam discernir mesmo através da máscara, seu lindo cabelo azul brilhante, sua silhueta incrível, e com seus movimentos graciosos, era como uma fonte de feminilidade, fazendo com que as outras mulheres presentes se sentissem tão inferiores que nem conseguiam se aproximar.

Enquanto isso, Souma falava com a mulher ao seu lado em um tom levemente preocupado:

— Acha que está tudo bem? Ainda não anunciamos nosso noivado.

Juna riu.

— Agora, somos apenas mais um homem e uma mulher usando máscaras, senhor.

Técnica de Proteção de Juna: Destruir a competição com sua graça transbordante.

Nesse dia, Aisha estava participando de um banquete como parceira de Souma.

Desta vez, também, os nobres observavam de perto as suas chances de construírem laços com Souma.

— Oh, Vossa Majestade, é um prazer… Eek ?! — gritou um nobre.

— Ora, Vossa Majestade, que bom vê-lo. O que me diz, se importaria de se juntar a mim… Whoa?!

Sempre que um nobre tentava se aproximar de Souma, a mulher ao seu lado projetava sua aura de guerreira para intimidá-los. Embora ela fosse uma linda elfa negra em um vestido prateado, fazia os nobres sentirem como se estivessem sendo encarados por um tigre espada, e não podiam se aproximar de Souma.

Aisha nem sabia o que estava fazendo; estava apenas em guarda contra qualquer um que se aproximasse de Souma, pois era seu dever como guarda-costas. Então…

— Olá, Vossa Majestade — disse uma mulher. — É uma honra conhecê-lo.

— Vossa Majestade, por favor, fale-me sobre a guerra na Amidônia — implorou outra mulher.

— Ah. Não, hm… — Souma gaguejou.

Graças a isso, Aisha não usou sua aura sufocante contra as jovens, que claramente não queriam o mal de Souma, então as mulheres tiveram um oportunidade surpreendentemente fácil ao se aproximarem dele.

As mulheres se aproximaram de Souma, convencidas de que essa era a chance de conquistá-lo.

— Vossa Majestade, depois disso, por que não encontramos um lugar onde possamos ficar sozinhos…?

— Senhor… — disse Aisha, puxando sua manga.

Quando ela olhou para ele parecendo um cachorrinho abandonado, Souma não pôde deixá-la sozinha e se desculpou com as mulheres, então puderam ir a algum lugar com menos gente.

— Você está bem, Aisha? Está se sentindo mal?

— Não, agora estou bem… Mas vamos ficar um pouco mais aqui.

Aisha se apoiou em Souma, implorando que ele fosse tolerante com ela. Ela finalmente conseguiu toda a atenção dele para si, então estava sorrindo de satisfação.

Técnica de Proteção de Aisha: A habilidade de parecer tanto uma guerreira capaz quanto um filhotinho perdido.

Esta era uma batalha que essas mulheres definitivamente não podiam perder.

 

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Fritura na grelha todos os dias

Tarde da noite no 2º mês, 1.547º ano, Calendário Continental

Nesse dia, o Ministro da Agricultura e Florestamento do Reino da Friedônia, Poncho, e a criada chefe, Serina, foram juntos ao Salão de Ishizuka no Castelo Parnam.

Era ali que se serviam as receitas da Terra que Souma e Poncho tinham recriado de forma experimental, e todos os que trabalhavam no castelo eram bem-vindos.

Porém, como o horário de funcionamento era do anoitecer até de madrugada, no fim das contas, apenas quem tinha turnos noturnos conseguia ir. O horário de expediente do dia já havia terminado, e Poncho e Serina estavam sozinhos dentro da loja.

Havia um motivo para os dois estarem ali: para cumprir a promessa feita naquele dia.

— Certo, vou fazer um sanduíche tostado para você, sim.

— Obrigada — disse Serina.

Era a promessa de fazer um sanduíche tostado para ela.

Poncho pegou um utensílio de cozinha que parecia duas frigideiras coladas.

— Porém, são fáceis de fazer, sim. Você coloca um pedaço de pão em um lado dessa sanduicheira, coloca o recheio por cima, depois coloca outro pedaço de pão por cima, e então é só fechar a sanduicheira e cozinhar dos dois lados. Para o recheio, usarei o presunto e o queijo de sempre, sim.

Poncho explicou enquanto habilmente preparava o sanduíche. Ele normalmente parecia um pouco estúpido, mas seu espírito aventureiro quando se tratava de comida e sua habilidade de prepará-la eram nada além de incrível. Ele virou a sanduicheira, deixando o pão crocante dos dois lados, tirou do fogo quando estava pronto, abriu o equipamento, tirou o sanduíche e cortou em dois. O queijo derretido vazou pelos lados enquanto ele o cortava.

Poncho então colocou em um prato e serviu para Serina.

— Aqui está, sim.

— Oh, esse cheiro maravilhoso realmente estimula o apetite, Poncho. — Serina olhou para o sanduíche encantada, de forma que ninguém nunca imaginaria pela sua atitude atrevida de costume. Então, pegando um pedaço, mordeu lentamente. — Quente…!

— V-Você está bem? Talvez devesse esperar esfriar mais…

— Não, estou bem… É quente, crocante e delicioso.

Serina mastigou o sanduíche tostado. Poncho, que ficou aliviado vendo que ela estava bem, explicou a Serina enquanto ela devorava avidamente o sanduíche:

— O sanduíche tostado é frito em uma prensa, então mesmo um pão meio velho fica delicioso servido desse jeito, sim. Se cortar as cascas e cozinhar bem, pode selar o recheio dentro, então fica fácil de carregar, sim.

— É um prato maravilhoso. Aproveitei até a última mordida. — Serina, que terminou de comer, limpou a boca com um guardanapo.

Poncho gostava de ver os outros aproveitando sua comida quanto ele próprio fazia, então a expressão de satisfação dela foi um deleite para ele.

Então Serina notou um cheiro doce. O cheiro parecia sair de uma panela que estava sobre o fogo.

— Está fervendo alguma coisa…?

— Ah, isso mesmo, sim. — Poncho correu, apressado, para a panela, abriu a tampa e mexeu o conteúdo com uma espátula. Isso fez com que ainda mais do cheiro doce enchesse o ar. Serina olhou para a panela ao lado dele. Dentro havia uma substância verde áspera que era encorpada e fervia.

— São… ervilhas?

— Sim, são, sim. Ervilhas fervidas com açúcar, sim.

— Com açúcar? Não é uma sopa?

— Não. De acordo com Sua Majestade, é chamado de anko, sim.

— Anko?

— Parece que, no mundo de Sua Majestade, usavam este anko para fazer doces. Atualmente estou tentando recriá-lo através de um processo de tentativa e erro sob as ordens de Sua Majestade, sim.

No anko, geralmente era usado feijão azuki, mas não estavam disponíveis neste país (embora pudesse estar em outros), então Poncho estava substituindo por ervilhas verdes em sua tentativa de criar anko.

Enquanto mexia na panela, Poncho acrescentou, como se tivesse acabado de lembrar:

— Pensando bem, um dos pratos mais famosos que usavam anko no mundo de Sua Majestade era um chamado taiyaki, sim.

Quando ela ouviu o nome, Serina pareceu duvidar.

— Taiyaki… Eles colocam anko em peixes fritos? Não parece tão gostoso.

— Ah, não, não é peixe, é um doce com formato de peixe, sim. É como um sanduíche tostado com recheio de anko, ou algo assim. Gostaria de experimen…

— Sem dúvidas! — respondeu Serina ansiosamente.

Poncho sorriu ironicamente enquanto colocava o pão na sanduicheira, igual antes, o anko de ervilha da panela, e então outro pedaço de pão por cima e cozinhava dos dois lados. Ele dividiu o sanduíche de anko tostado pronto em dois e, desta vez (porque estavam experimentado o sabor), cada um pegou uma metade.

— Ah… Isso também é delicioso — disse ela.

— Sim. Achei muito delicioso, sim.

Serina tinha uma expressão extasiada no rosto, enquanto Poncho mastigava satisfeito e sorria. Uma vez que esse equipamento foi criado, ficou fácil fazê-los. Se o fornecimento de adoçantes como o açúcar se tornasse maior, provavelmente poderiam ser vendidos na rua. Era o que Poncho estava pensando, mas então notou um olhar pensativo no rosto de Serina.

— Qual é o problema, Madame Serina?

— Ah, não é nada. O gosto desse era muito melhor do que o sanduíche tostado que comi antes, então fiquei um pouco confusa.

— Você é uma formiguinha, pelo que vejo, Madame Serina.

— Não, não necessariamente, é só que… era delicioso porque me deixou à vontade… ou algo assim. Isso é estranho. Mesmo eu achando ambos deliciosos.

— Hm… — Uma ideia passou pela cabeça de Poncho. — Acha que poderia ser porque compartilhamos isso? Com qualquer comida, o gosto fica melhor compartilhado com outra pessoa do que quando você come sozinho, sim.

— Entendo…

Isso fez sentido para Serina. Comer com outra pessoa deixava mais gostoso. Comer com Poncho era muito bom. Essa era a resposta.

— Estou convencida. Muito bem, para que eu possa continuar aproveitando uma comida deliciosa ao máximo possível, Sir Poncho, vamos continuar comendo juntos no futuro. Não, por favor, me alimente.

Dito isso, Serina deu-lhe um sorriso suave.

Observando a bela chefe das criadas que era conhecida por um sorriso totalmente sádico, Poncho não conseguiu deixar de encará-la fascinado por um momento.

 

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Em uma Esquina Durante o Festival de Anúncios da Primavera

Último dia do 3º mês, 1.547º ano, Calendário Continental

— Vovó, estou aqui para trazer a primavera! — gritou uma criança.

— Oh, que bom que você veio. Aqui, um docinho.

Nesse dia claro e ensolarado acontecia o Festival de Anúncios da Primavera.

As crianças se fantasiavam de fadas e distribuíam flores aos adultos, e os adultos lhes davam doces em troca. As vozes felizes das crianças podiam ser ouvidas em todos os lugares. Na cidade de Parnam, que estava comemorando o festival, o Bispo Ortodoxo Lunariano Souji Lester estava sentado em uma cadeira na varanda, bebendo uma taça de vinho.

— Certamente é pacífico — comentou alegremente. — O vinho fica melhor quando você pode bebê-lo no meio do dia, cercado pelas vozes das crianças brincando.

— Você gosta de beber a qualquer hora do dia, e sabe bem disso — disse a mulher sentada à sua frente, que usava um capuz cobrindo os olhos. Esta era a alta elfa, Merula Merlin, que acompanhou Souji até este país. — Você é um bispo, não é, Souji? Está tudo bem ficar bêbado em um dia de festival?

— Quando o bispo sai, as pessoas vão brincar. É melhor para os crentes deste país se eu não estiver motivado para agir sob as ordens da terra natal. Tenho que ser um bom preguiçoso.

— Você pode fazer qualquer coisa parecer inocente se fizer da maneira certa…

Enquanto Merula tomava um gole de seu vinho com uma expressão irritada no rosto, Souji ria vividamente.

— Por que você não vai participar do festival, então? Com seu corpo praticamente reto, aposto que conseguiria fazer com que lhe dessem doces.

— Quem você está dizendo que tem corpo de criança?! Eu sou muito alta, então obviamente não funcionaria!

— Bem, se você também tivesse a altura de uma criança, este lugar não te deixaria beber.

Enquanto acalmava a revoltada Merula, Souji olhou para a rua.

Talvez pela atmosfera festiva, as pessoas indo e vindo pareciam todas de alguma forma animadas. Era uma cena pacífica, mas quantos deles eram seguidores da Ortodoxia Lunariana? No Estado Papal Ortodoxo, onde eram restritos pelos ensinamentos da igreja e colocavam grande peso em manter as aparências, o Festival de Anúncio da Primavera nunca tinha sido um evento tão grande.

Sinceramente… isso me faz questionar qual dos nossos países é realmente aquele abençoado por Deus. Souji sorriu ironicamente enquanto voltava a beber.

Então notou um par que se destacou um pouco da multidão que se aproximava do outro lado da rua.

— Com certeza é animado — disse a garota. — Oh, Hal, para o que você acha que essa tenda serve?

— Whoa, Kaede, não puxe tanto!

O jovem oficial com um inconfundível cabelo ruivo estava sendo puxado pela mão por uma garota do povo-fera de óculos e orelhas de raposa. Eram Halbert e Kaede. Os dois estavam treinando a bordo do Hiryuu até outro dia, mas haviam retornado à capital real para suas primeiras férias prolongadas por um tempo.

Halbert coçou a cabeça e suspirou.

— Honestamente, é um raro um dia de folga, então gostaria que você me deixasse descansar. Estou exausto de dias e dias de treinamento duro, sabe?

— É porque este é um raro dia de folga que precisamos aproveitar ao máximo, sabe? — perguntou Kaede.

— Olha, isso pode ser bom para você, já que faz trabalho mental…

— Oh? Você não está se divertindo comigo, Hal?

Quando Kaede perguntou isso com os olhos revirados, Halbert desviou o olhar timidamente.

— E-Eu nunca disse isso…

— Bem, isso é bom, sabe. Estou sempre fazendo você seguir ordens severas, então queria ter certeza de que se divertisse bastante hoje.

Kaede se envolveu no braço de Hal. Quando sua adorável amiga de infância se pressionou perto o bastante para fazê-lo sentir seu calor corporal, Halbert não ficou totalmente descontente com a situação.

— Haaa… Se você ao menos pudesse ser fofa assim durante o treinamento.

— He he! Então quer que eu me agarre a você assim no treino também?

— Já chega. Os olhares de ciúme que recebo dos outros caras são ruins o bastante.

Halbert estava com Kaede, que havia se tornado uma estrela da Força de Defesa Nacional, então era diariamente confrontado com olhares de ciúme dos outros. Eles se conheciam porque suas famílias eram próximas, e Halbert e Kaede pensavam que estava na hora de ficarem noivos, mas ele sentia uma dor no estômago sempre que pensava em anunciar isso.

— Os soldadecos que servem sob meu comando também estão sempre me provocando sobre isso. É um problema sério.

— Hehe, só mostra que você é um cara de sorte, sabe — disse Kaede, brincando.

Halbert não conseguiu dizer nada em resposta.

Souji, que estava ouvindo a conversa, sorriu ironicamente. Ei, cara, do jeito que as coisas estão indo, ela vai te deixar na rédea curta no futuro.

Souji bebeu o resto do seu copo.

Mas, bem, até mesmo o Rei está tão endividado com suas noivas que precisa passar o dia de folga conquistando os favores delas. Talvez as mulheres terem a vantagem nos casamentos por aqui seja típico deste país. Cara, eu não gostaria que isso acontecesse comigo.

Enquanto Souji sentia pena de Halbert, Merula olhava para ele com desprezo.

— Por que está sorrindo?

— Hm? Ah, não é nada. Apenas pensando que a vida de solteiro é fácil e agradável, só isso.

Então Souji serviu outro copo.

 


 

Tradução: Bruno

Revisão: Master Shake

 

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