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Como um Herói Realista Reconstruiu o Reino – Vol. 02 – Cap. 04 – O Lorde de Altomura

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– 32º dia, 9º Mês, 1.546º Ano, Calendário Continental –

A guerra do Rei Souma, que começou neste dia, passou a ser chamada de Guerra das Três Frentes, já que a batalha ocorria em três locais ao mesmo tempo, ou Guerra da Uma Semana devido à sua brevidade.

Graças a sua incrível importância tanto para o Reino de Elfrieden quanto para o Principado da Amidônia, muitas expressões históricas surgiram dessa guerra. A expressão “Lorde de Altomura” foi uma delas.

Aconteceu na cidade de Altomura, no sudoeste do Reino de Elfrieden.

Era uma cidade murada no meio de uma região produtora de grãos, mas Altomura estava agora sitiada por uma força de 30.000 soldados do Principado da Amidônia. O local possuía uma guarnição de apenas 5.000 homens, e a cidade com certeza cairia em questão de dias, caso as tropas inimigas decidissem continuar o ataque. Mesmo assim, o novo rei havia enviado suas forças para lutar contra o rebelde General do Exército, Georg, então não pôde enviar reforços.

Todos deviam acreditar que a queda de Altomura chegaria em uma questão de tempo. Entretanto, com a força Amidoniana sitiando a cidade e não fazendo movimento algum para atacar, um estranho silêncio pairou sobre a área.

Como essa situação surgiu?

Este era o trabalho de um homem. No exato instante, aquele homem de meia-idade estava no acampamento principal do exército do principado, curvando-se e prestando respeitos ao Príncipe Gaius VIII. O homem era magro e esquelético, com uma aparência que facilmente afastaria os outros.

Seu nome era Weist Garreau.

Era o lorde que governava Altomura e toda a área circundante.

Weist, que tinha um feudo em Altomura, deveria ser aquele que encabeçava os esforços de defesa da cidade, mas, no momento, dentre todas as coisas, estava se prostrando diante de Gaius VIII.

Gaius estava sentado em um banquinho do acampamento, o Príncipe Coroado Julius ao seu lado. Então, ainda sentado em seu banquinho e olhando feio para Weist, falou:

— Entendo… Então Altomura abrirá seus portões e não oferecerá resistência.

— I-isso! Não temos intenção de resistir às forças do Principado da Amidônia! — respondeu Weist, as palavras travando um pouco em sua garganta.

Gaius semicerrou os olhos.

— Deixe-nos ouvir o motivo…

— Não preciso de motivo. É impossível se defender contra uma força tão grande quanto a sua! Altomura é uma cidade construída nas planícies de uma região produtora de grãos, e não em um terreno que pode ser facilmente defendido. De qualquer forma, nossas únicas defesas são as muralhas do castelo, e só temos uma guarnição de alguns milhares de homens. Em uma situação onde não há esperanças de receber reforços da capital, se uma força tão grande atacar, a cidade cairá rápida e inevitavelmente!

Gaius olhou para Julius, o qual respondeu com um silencioso aceno de cabeça. Ele não conseguia ver nenhuma contradição entre as palavras de Weist e seu próprio entendimento da situação.

Tendo decidido que não havia mentiras em suas palavras…

— Hmm — grunhiu Gaius. — Então você diz que deseja se render?

— S-sim. Se é impossível nos defendermos, não temos escolha a não ser clamar por sua misericórdia.

Quando ouviu as palavras de Weist, Gaius sorriu maliciosamente.

Para ele, a rendição de Weist era uma dádiva divina. Já havia despachado tropas para tirar vantagem da discórdia dentro do reino, mas se o reino fosse unificado sob o comando de Georg ou Souma, o principado, mais fraco, acabaria em desvantagem. A fim de se preparar para uma situação como essa, o que Gaius mais queria era tomar a cidade sem sofrer a perda de qualquer tropa.

— Muito bem — disse. — Então abra logo os portões.

— P-por favor, espere um pouco.

Gaius franziu as sobrancelhas, desgostoso.

— Por quê?

— A-atualmente, o castelo está dividido entre uma facção que não quer lutar e outra que quer resistir até o fim — explicou Weist. — Alguns da facção de resistência dizem que “Os Amidônianos vão matar todos nós, mesmo se nos rendermos”, e alguns da facção que não quer lutar também suspeitam que seja esse o caso.

— Entendo… e você é um deles? — perguntou Gaius.

— N-não mesmo! Estou aqui para implorar por nossas vidas. Nunca devo duvidar do homem com quem negocio! — Weist se apressou a explicar, suando frio enquanto o fazia. — E-eu confio em você, mas é a opinião de alguns do castelo. É por isso que, primeiro, vim ao seu acampamento para ouvir seus pensamentos, Vossa Alteza Principesca.

Gaius pensou muito nas palavras de Weist. Embora não visse nada de errado nelas, ainda assim, seria sábio confiar neste homem?

Enquanto Gaius pensava, Julius, que estava ao seu lado, interrompeu.

— Mesmo sem persuadir os que estão no castelo, podemos tomar Altomura quando quisermos.

— Sim. Já estou bem ciente disso — respondeu Weist a Julius, mostrando-lhe a mesma prestabilidade. — Porém, são muitos os tolos que não entendem isso. Claro, Vossa Alteza Principesca não desejaria perder qualquer um de seus soldados devido à tolice dessas pessoas. Se nos garantir as nossas vidas, irei e levarei todos do castelo a ter o mesmo ponto de vista.

Enquanto Weist balançava a cabeça para cima e para baixo, igualzinho a um gafanhoto, Julius não sentiu nada além de nojo pelo homem.

Os nobres do reino são tão apegados à paz?, pensou. Deve ser porque não aconteceram grandes guerras durante o reinado do último rei. Talvez não seja de admirar que um general feroz como Georg possa desistir do país.

Enquanto Julius pensava nisso, Gaius deu um tapa no próprio joelho.

— Muito bem… Se você abrir os portões, garantirei a segurança de todos que estão no castelo. Volte para lá e convença o seu povo agora mesmo.

Ao ouvir essas palavras, Weist agradeceu enquanto esfregava a testa contra o chão.

— O-obrigado! Mais uma vez me desculpo!

Assim que essas palavras deixaram sua boca, Weist correu para deixar o acampamento principal. Enquanto observava o homem fugir igual a um rato, Julius fez uma pergunta a seu pai:

— Está tudo bem com isso? Ele não parecia ser alguém tão importante…

— Hmph. Assim que abrirem o portão, seremos nós que estaremos no controle. — Gaius tinha um sorriso maligno. — Não preciso de um ratinho que fica bajulando os inimigos. Assim que ele tiver prestado à sua utilidade, separarei sua cabeça de seu corpo e a usarei para decorar os portões.

— Entendo… — Julius recuou, aparentemente satisfeito com a resposta.

Quando seu pai levantou do banquinho de acampamento, enviou ordens a seus generais, dizendo: “Quando os portões de Altomura forem abertos, entrem no castelo e o ocupem na mesma hora.”

Entretanto, mesmo depois que o sol se pôs, os portões do castelo não deram sinais de que seriam abertos.

— Argh! Por que o Weist está demorando tanto?!

Tendo esperado tanto, Gaius estava começando a ficar irritado.

Seus generais se entreolharam, preocupados com a possibilidade de a raiva de seu furioso príncipe se voltar contra eles. Julius era o único presente que ainda analisava a situação com calma.

— Ele falhou em convencer todos no castelo…? — perguntou-se. — Ou então, talvez possamos ter sido enganados por Weist.

— Maldição! Que tal atacar com todas as nossas forças agora mesmo? — Gaius parecia pronto para lançar um ataque de força total no mesmo instante.

Vendo seu pai assim, Julius deu uma palavra de conselho enquanto usava o tom mais calmo que conseguia.

— Por favor, espere. Se o inimigo estiver tramando algo, pode haver alguma armadilha nos esperando. Se considerarmos a possibilidade de uma emboscada durante a noite, acredito que devemos firmar nossas defesas e esperar até o amanhecer, para então lançar o ataque à primeira luz do dia. Assim podemos tomar a cidade em meio dia.

Quando Julius apontou para isso tudo, Gaius baixou o punho erguido.

— Urgh… Parece que não tenho escolha.

Ele aceitou o conselho de seu filho, ordenando que seus generais atacassem ao amanhecer. Mesmo aliviado por seu pai ter parado o ataque, Julius tinha, de alguma forma, um mau pressentimento a respeito de Altomura.

A repulsa que sentia por Weist. Será que esse sentimento era proveniente da postura obsequiosa demonstrada pelo homem?

Quando ele estava esfregando a testa contra o chão e se prostrando diante de nós, qual era a expressão que fazia, aquela que não podíamos ver? Ficou aliviado por não atacarmos? Ou será que…

Havia… algo mais nisso?

Julius sentiu como se estivesse sendo puxado para mais e mais fundo. Como se alguém estivesse brincando com ele…

Sinto o cheiro de alguém diferente de Weist Garreau aqui…

Quando olhou para Altomura, percebeu que estava assustadoramente silenciosa.

– 1º Dia, 10º Mês, 1.546º Ano, Calendário Continental –

O alvorecer do dia seguinte chegou. O ataque noturno tão temido por Julius nunca ocorreu.

Gaius VIII ordenou que os exércitos atacassem, conforme planejado. Foi então que aconteceu.

— Wooooooooooooooooo!

Um estrondoso grito de batalha de repente soou de dentro do castelo de Altomura, onde estivera, até então, tudo quieto.

Foi um grito animado, suficiente para que Gaius hesitasse em dar a ordem de ataque. O que aconteceu em Altomura? Estiveram tão quietos até o dia anterior. Os reforços não poderiam ter chegado, poderiam? Passaram várias possibilidades pela mente de Gaius, mas ele não conseguia tomar uma decisão.

Enquanto isso, um único cavalo correu em direção ao acampamento Amidoniano em Altomura. No cavalo estava Weist Garreau. Quando ele desmontou, praticamente caindo do cavalo, foi saudado por um Gaius furioso, diante do qual se prostrou.

— Weist! Seu vira-lata, o que aconteceu com o nosso acordo de abrir o portão?! — rugiu Gaius.

Weist se encolheu ainda mais.

— N-não posso pedir suficientes desculpas! As pessoas no castelo cederam ao desespero. Está levando algum tempo para persuadi-las.

— Basta! Não quero ouvir desculpas! — Gaius puxou a espada de seu quadril, apontando a lâmina para o pescoço de Weist.

— Eek!

— Vou cortar a sua cabeça e enviar para aqueles que estão dentro do castelo, servirá como aviso!

— C-com todo o respeito, Vossa Alteza Principesca. Hesito em dizer isso, mas… não podemos tomar decisões racionais quando cercados por um exército tão grande quanto este… — Weist se atrapalhou ao explicar enquanto estava em um claro estado de pânico absoluto. — A-agora mesmo, o grito de guerra que você ouviu de Altomura foram as vozes daqueles que dizem que “Os Amidonianos jamais cumprirão com a sua palavra, então vamos levar tantos deles quanto for possível conosco.”

Visto que Gaius não tinha, de fato, nenhuma intenção de manter sua palavra, ele se viu momentaneamente sem palavras.

Se todos os soldados do castelo estivessem preparados para morrer, forçar um ataque seria muito arriscado. Soldados assim eram como máquinas: lutariam até o último suspiro, levando com eles o máximo de inimigos que conseguissem. Em uma batalha direta, seus aliados sofreriam perdas severas. A vitória da Amidônia continuaria inabalável, mas por ser tão inabalável, não queria desperdiçar poder neste local.

Incapaz de ficar só assistindo por ainda mais tempo, Julius falou:

— Pai, lutar contra soldados enlouquecidos causará grandes perdas. Devemos evitar isso. Por que não mostramos sua magnanimidade e pedimos a Weist para que volte a tentar uma persuasão?

Weist aceitou a sugestão de Julius, como se pensasse: Minha vida está salva!

— D-desta vez, não vou falhar! Eu juro, vou convencer as pessoas do castelo! — gritou o homem.

Gaius pensou por um momento, mas acabou decidindo deixar Weist cuidar disso.

— Muito bem. Considere esta a sua última chance.

— S-sim senhor! Deixe isso comigo.

— Hmph… Ainda assim, como vou mostrar a minha magnanimidade?

— Para isso, por que não quebrar o cerco assim que eu voltar para o castelo? — perguntou Weist.

A sugestão do homem enfureceu Gaius.

— Romper o cerco, você diz! Acha que sou idiota?!

— N-não mesmo! Claro, só precisa fazer isso por um curto período de tempo! Se pudesse quebrar o cerco pelo menos até o meio-dia, usarei isso como uma demonstração da magnanimidade de Vossa Alteza Principesca e persuadirei as pessoas no castelo.

— Hmph — bufou Gaius —, muito bem… De agora até o meio-dia, manteremos o cerco suspenso. Se os portões não forem abertos até lá, nós o tomaremos à força. Aceitável?

— S-sim! Eu juro, juro que vou convencer as pessoas do castelo!

Assim que Weist partiu, tão frenético quanto chegara, Gaius moveu suas tropas para quebrar o cerco a Altomura. Claro, ele tomou medidas para garantir que pudesse capturar qualquer unidade que tentasse escapar. Inclusive colocou uma unidade completamente móvel sob o comando de Julius e a posicionou à vanguarda.

Hmph, Altomura tem apenas meio dia de vida…

Gaius olhou para a cidade com um olhar repleto de raiva.

Enquanto isso, no limite extremo de seu olhar…

Na mansão de Weist Garreau em Altomura, sitiada pelas forças da Amidônia, havia uma mulher se sentindo em casa e relaxando.

Apesar de estar em uma cidade sitiada por uma força de 30.000 homens, a mulher estava elegantemente saboreando um chá. Tendo retornado do acampamento do principado, Weist explicou como correram as negociações.

Ele revelou um sorriso irônico diante da ousadia da mulher, que ninguém preveria quem era, dada a sua aparência. A expressão dele não mostrava qualquer indício da exibição patética que fizeram no campo de guerra ocupado pelos Amidonianos.

— Isso foi bom o suficiente, madame… não, Duquesa Excel? — perguntou.

— Sim. Bem feito — disse ela. — Você aprendeu a efetuar um bom ataque psicológico. Você é um garotinho tão bom, Weist.

A mulher que tomava o chá preto era a Almirante da Marinha de Elfrieden, Excel Walter. Mesmo parecendo ter vinte e poucos anos, era na verdade uma serpente marinha que viveu por mais de quinhentos anos. Weist, com seus cinquenta anos, para ela não passava de um garoto.

— Duquesa… pedir que finalmente pare de me tratar como uma criança seria demais? — perguntou ele.

— Do meu ponto de vista, todos os meus marinheiros são crianças — disse ela.

— Não estou mais ligado à Marinha, sabe?

— Hee hee! Não importa o quão longe você chegue em suas promoções, enquanto eu viver, continuará sendo meu subordinado e criança.

Ele suspirou.

— Parece que então serei tratado como criança pelo resto da minha vida.

Mesmo quando o humano Weist ficasse velho e grisalho, Excel provavelmente continuaria jovem e o tratando da mesma forma. O homem já podia enxergar esse provável futuro.

— Ainda assim… nosso novo rei deve ser aterrorizante, já que pode te enviar como uma garota de recados — disse ele.

— Sua Majestade realmente explora o seu povo — concordou ela. — Sei que desde o início deixei claro que estou a seu serviço, mas, ainda assim, ele de repente me disse: “Pegue uma joia de Transmissão de Voz da Joia e um receptor simples e arraste o seu traseiro para Altomura”, sabia?

Durante o ultimato de Souma, dois dias antes, Excel não estava acompanhando do Ducado Walter, mas de Altomura. A transmissão só podia mostrar a paisagem ao seu redor, então, enquanto estivesse em uma sala fechada, ninguém seria capaz de dizer exatamente onde estava.

Quando os espiões da Amidônia informaram que o ultimato havia sido emitido, deveriam ter presumido que Excel estava no Ducado Walter. Souma sugeriu que tirassem vantagem disso para secretamente colocá-la em Altomura.

Sua missão era atrasar os exércitos do principado.

Previa-se que os exércitos do principado primeiro ocupariam Altomura, a cidade central da região produtora de grãos, depois varreriam todos os inimigos da área circundante e consolidariam seu absoluto controle do território. Portanto, com o reino sem a liberdade para enviar reforços, a única maneira de evitar as perdas era resistir com tenacidade em Altomura e fazer isso de forma que evitasse as batalhas, tanto quanto possível. Em outras palavras, era um trabalho para a velha serpente astuta, Excel.

— Gaius nunca imaginaria que a Duquesa Excel está, dentre todos os lugares possíveis, aqui — disse Weist.

— Afinal, são três dias de viagem da Cidade Lagoon até aqui — concordou ela. — Mas estive aqui pelos últimos cinco dias… Honestamente, Sua Majestade e os outros estão fazendo esta pobre senhora trabalhar tanto.

— Por favor, não banque a velha só quando lhe for conveniente — reclamou Weist.

— Tudo bem que eu seja autodepreciativa — disse ela. — Mas não vou tolerar que ninguém me diga isso.

Só Vargas seria tão imprudente!, era o que ele queria gritar, mas conteve as palavras dentro de seu peito. Podia até ter mais de cinquenta anos, mas ainda não queria morrer.

— A propósito, Duquesa Excel — disse —, só ganhei tempo até o meio-dia. Isso é o suficiente? De acordo com o plano, não preciso ganhar um pouco mais de tempo?

— Tudo bem. Se quebrarem o cerco até o meio-dia, levará algum tempo para reestabelecerem a posição. Mesmo se começarem um ataque com força total, isso com certeza só acontecerá quase de noite.

— Entendo — disse ele. — Bem, então acho que meu trabalho aqui está feito.

— Sim. Muito bem, Weist. Por favor, relaxe e deixe o resto comigo. — Excel revelou ao homem um sorriso maternal.

Weist tinha sido explorado por Souma, Hakuya e Excel, mas só conseguia rir para si mesmo ao pensar no sorriso dela, o qual fazia que quisesse perdoar tudo.

 

Lições das Expressões Históricas de Elfrieden: Número 1

“Lorde de Altomura”

 

Tipo: Expressão Idiomática

Significado: Uma pessoa que faz promessas que não pode cumprir.

Origem: Durante a Guerra da Uma Semana, Weist Garreau, o Lorde de Altomura, que estava sendo atacado por Gaius VIII do Principado da Amidônia, fez uma promessa vazia de que “abriria os portões” para ganhar tempo.

Uso: Aquela pessoa é um Lorde de Altomura. Não confie nela.

 


 

Tradução: Taipan

 

Revisão: PcWolf

 


 

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