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Bruxa Errante, a Jornada de Elaina – Vol. 6 – Cap. 02 – Um Ladrão e Sua Mãe

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Esperando por mim sob um céu claro, depois que passei pelo portão, havia uma ampla avenida ladeada por árvores uniformemente espaçadas. Os telhados das casas voltadas para a avenida estavam cobertos com folhas secas de outono. Quando uma brisa fria passou por eles, as folhas coloridas se ergueram e dançaram pelo ar enquanto caíam.

Quase não havia pessoas na rua.

Embora a paisagem fosse adorável, a cidade parecia solitária.

O vento que soprava por mim era frio, como se lamentasse em desolação.

— …

Quando se encontra uma cidade deserta como esta, sabe-se de uma destas duas coisas: ou a cidade é chata e não há motivo para sair, ou a cidade é perigosa e as pessoas têm medo de sair de casa.

Então, qual será o caso desta cidade, me pergunto…?

— Ei, mocinha, pare aí.

Hmm, acho que é o segundo.

O homem que apareceu de repente na minha frente para bloquear meu caminho parecia muito jovem. Ele estava brandindo uma faca bastante curta. Não pude ver bem sua boca porque ele estava com um lenço enrolado no rosto.

Enquanto balançava sua pequena faca para frente e para trás como a cabeça de uma cobra, o homem soltou uma gargalhada melodramática.

— He he he… Você entende o que é isso, certo? Se você resistir, sua cabeça pode dar um beijo de despedida de seu corpo, viu?

Era uma ameaça muito fraca, considerando tudo. E a lâmina que ele estava balançando parecia que poderia talvez cortar um pedaço de fruta, ou um pouco de carne barata, na melhor das hipóteses.

Me pergunto se ele está bem? Da cabeça, quero dizer.

De qualquer forma…

— Tá, bem, ignorando o que você estava dizendo por um segundo… você entende o que é isso?

Com a ponta do dedo, bati no broche que estava usando no meu peito.

Era meu broche de bruxa.

Eu sou uma bruxa, a posição mais alta entre os magos, sabe. Você não é páreo para bater de frente comigo. Você não viu isso? Disse a ele implicitamente.

A maioria dos ladrões implorava imediatamente por perdão assim que viam o broche ou davam uma olhada mais de perto e diziam: “Eh he he, só estava brincando, senhorita!” ou gritavam: “Ah! D-D-D-Desculpe, pessoa errada!” antes de fugirem.

Por isso, sempre que avisto um ladrão, procuro mostrar meu broche na hora. Contanto que não esteja perdida em algum lugar, ele provava ser bastante eficaz.

— Huh? O que é isso? Não faço ideia.

— …

Bem, não esperava que este lugar contasse como uma cidade do interior!

Suspirei e respondi a ele:

— Bem, sabe… sou uma bruxa… o que significa que posso usar magia. Para simplificar, sou muito poderosa.

— Hmm. Poderosa, hein? Tipo, quão poderosa?

— Incrivelmente poderosa.

Embora pareça um pouco vergonhoso dizer isso sobre mim mesma.

— Se você estava planejando me ameaçar e tirar todo o meu dinheiro — continuei —, é melhor parar agora. Senão vou te machucar.

— Entendo… — O garoto acenou com a cabeça, como se entendesse o que eu estava tentando dizer a ele. — Isso é ótimo! Originalmente, estava planejando que você só deixasse seu dinheiro e fosse embora, mas se você estiver interessada em me enfrentar, a história é diferente. Vou ter que pegar à força, não vou?

Ah, ele não entendeu.

— Não, hum… Por que você está apenas presumindo que vamos lutar…?

— Eu sou um bandido. E você é minha vítima. Então, sim. Faz sentido?

— De jeito nenhum.

— Oh, você é muito burra, hein?

— Essa fala não devia ser minha…?

— Olha, suas únicas opções são entregar tudo ou lutar! Deixe todo o seu dinheiro para trás e vá, ou terei que pegá-lo à força… Então, o que vai ser?

— Isso não é bem uma escolha, não é?

— Estou fazendo você escolher. He he he…

— Mas eu acabei de dizer que isso não é realmente uma escolha…

Acabei de chegar a esta cidade e não estou com vontade de lutar em um lugar como este. E mesmo que consiga afastá-lo, há uma possibilidade de atrair ainda mais atenção indesejada de alguns esquisitos ou algo assim. Gostaria de encerrar isso o mais silenciosamente possível…

—  Uff... Certo, certo. Pode cair dentro quando quiser.

Endireitei meus ombros. Não era que eu estava ansiosa para uma briga, mas se a única outra opção fosse entregar meu dinheiro…

— Heh… e eu estava ficando entediada nesta cidade atrasada. Vamos… faça o meu dia!

Dar tudo para esse garoto só traria mais problemas. Então não adiantaria nada… Vamos congelar os pés dele ou algo assim, como um aviso.

— Oh, antes de começarmos, só quero que você saiba, garotas de peito plano não são realmente o meu tipo, então… eu definitivamente não estou tentando… sabe… fazer esse tipo de coisa — disse o menino correndo a faca em sua boca enquanto brincava com ela.

Quer saber? Talvez eu pudesse machucá-lo um pouco…

Fervendo, peguei minha varinha e então…

No meio dessa situação desesperadora (desesperadora para o ladrão, digo), um salvador apareceu.

Quem poderia ser?

— Kou, querido! Você esqueceu sua lancheira!

Isso mesmo, a mãe dele.

Ela apareceu do nada. A mulher que se aproximava por trás do ladrão, vestida com um avental decorado com desenhos de coelhinhos fofos e com sandálias barulhentas em seus pés, era sem dúvida sua mãe. Em sua mão, carregando no alto como uma chama sagrada e envolta em uma cobertura tão adorável quanto seu avental, segurava uma lancheira.

E então a santa mãe apresentou o meio de salvação (a lancheira) ao aspirante a bandido.

— Aqui está! — Sua respiração estava pesada, provavelmente por causa da pressa, e suas bochechas estavam um pouco coradas. — Você é tão cabeça de vento!

O jovem bandido pareceu totalmente surpreso com este desenvolvimento repentino. Quando ela lhe deu um bom golpe na nuca, não foi seu corpo, mas seu espírito que pareceu sofrer o maior dano.

— M-Mamãããããeeee! O que você está fazendo aqui?! — O ladrão… também conhecido como “Kou, querido”… pareceu esquecer tudo sobre a pessoa durona que estava tentando fingir ser.

— Kou, querido, você esqueceu sua lancheira, então a Mamãe correu para trazê-la para você, viu? Não há necessidade de falar assim. Você vai deixar sua mãe com raiva! — A “mamãe” do menino estava com as bochechas estufadas de raiva.

— Eu n-não preciso dessa lancheira fedorenta!

— Mesmo se hoje eu tivesse preparado aqueles seus hambúrgueres favoritos? — Ela parecia por algum motivo triunfante.

— E-Eu não quero isso! Eu não gosto deles!

— Aqui vamos nós! Você não precisa ser tímido só porque está com sua amiga! — Sua mãe deu um tapa de brincadeira no ombro do bandido.

— Fique quieta e saia daqui, Mamãe! Estou no meio do trabalho, então fique fora do meu caminho!

A pessoa na minha frente não era mais um bandido assustador; apenas um filho rebelde discutindo com sua mãe amorosa.

O que é isso? Sinto que estou olhando para uma criança que está atrasada para a escola.

— Está bem, está bem. Trabalhe duro, querido! E não se atrase para o jantar! Estou fazendo o seu bife de Salisbury favorito.

— Tanto faz, apenas vá! Sério! Não aguento mais!

— Sim, docinho.

A “mamãe” do menino cambaleou para longe, deixando um silêncio constrangedor pairando entre nós.

 

 

Phew… desculpe por isso. Tudo bem então, vamos continuar de onde paramos, certo?

Depois de limpar a garganta ruidosamente, o bandido preparou a faca de novo.

Ele olhou para mim com os olhos de uma fera carnívora que encurralou sua presa. A faca cintilante (de aparar) parecia sanguinária enquanto a luz refletia na ponta da lâmina.

Engoli em seco. O suor na minha bochecha gelou.

A atmosfera na cidade fantasma estava incrivelmente tensa e cheia de apreensão.

Poderia dizer que a área estava prestes a se tornar um campo de batalha…

— Kou, querido, dê o seu melhor!

Ah, vamos lá…

Lá estava a mãe do bandido, sentada a uma curta distância atrás dele em um cobertor confortável. O cobertor, que ela devia ter trazido de casa, era uma coisa surrada com uma estampa bonitinha que parecia conter muitas lembranças queridas de família. Ela tinha uma cesta de piquenique com ela e estava adoravelmente mordiscando um sanduíche.

Um piquenique?

— O que você está fazendo, Mãe?!

— Oh, não se preocupe comigo! — Ela riu. — Continue trabalhando, querido!

— Como se eu pudesse! Apresse-se e saia daqui! Não fique no meu caminho!

— Táááá!

Mais um silêncio constrangedor.

 

 

Phew… desculpe novamente pela interrupção. Certo, vamos tentar mais uma vez.

O bandido preparou sua faca novamente.

Mas a viajante não estava mais diante dele.

— Oh, experimente um sanduíche de salada de ovo. Eles são muito bons! É a minha receita especial.

— Mmm, é delicioso.

— Sabia que você gostaria!

Sentadas graciosamente em um cobertor, duas mulheres faziam um piquenique – a mãe do bandido… e uma viajante.

Ainda era uma cena muito estranha, mas os sanduíches estavam deliciosos, então eu realmente não me importei.

— Espere. Espere só um segundo! O que você pensa que está fazendo?

— Almoçando.

— Mas deveríamos estar travados em uma batalha…

— Minha barriga estava roncando um pouco, então podemos fazer isso mais tarde?

— Não acho que uma batalha épica seja o tipo de coisa que podemos simplesmente reprogramar…

Em primeiro lugar, perdi todo o interesse no momento em que fui ameaçada com uma faca. Pelo menos venha até mim com algum tipo de lâmina lendária ou arma mística ou algo assim… quero dizer, fala sério!

— Diga, Srta. Viajante, qual é o seu nome?

— Elaina.

— Oh, que nome adorável. E que tipo de trabalho você faz normalmente?

Normalmente? Não tenho certeza de como responder a isso.

— Eu não faço nada que você normalmente chamaria de “trabalho”.

— Ora, ora… Então você está se preparando para a vida de casada?

— Quem disse isso?! Para que saiba, sou uma viajante.

Continuei mastigando meu sanduíche.

Sinto que estamos em sintonias completamente diferentes. Mas esses sanduíches de ovo são tão deliciosos, que honestamente não me importo.

— Huh? Mas esse é um papel que você está desempenhando, certo? Estou perguntando sobre o seu trabalho normal…

O quê…?

— Um papel? — Inclinei minha cabeça questionadoramente.

Gostaria que ela já dissesse o que quer dizer. Suas palavras precisam ser mais fáceis de digerir, como esses sanduíches.

Ela parecia ainda mais confusa do que eu e disse:

— Sim… Elaina, você é uma atriz, não é?

Como é que é?

— Eu não sou…

— Deuses! Ora, você até se recusa a sair do personagem! — Ela se maravilhou — Que criança precoce.

Você deve pesquisar o significado de “precoce”, senhora.

— Mas, sério, que tipo de trabalho você normalmente faz? — continuou ela. — Ou talvez você esteja tentando ganhar a vida apenas atuando? Você não acha que sua mãe se preocupa com você?

— Mas eu não sou uma atriz…

Entendo, em outras palavras, aqui está o que está acontecendo:

A mãe do bandido… também conhecido como “Kou, querido”… não tem a menor ideia de que seu filho é realmente um ladrão. Ela está convencida de que ele está fazendo coisas assim como parte de algum papel que está desempenhando. Entendo, entendo. Nesse caso, agora entendo como ela pode ser tão despreocupada e relaxada com tudo isso.

— Certo, ouça senhora… — continuei —, vou lhe dizer a verdade e isso também é verdade para mim, mas seu filho nunca foi ator.

— Meu garotinho… não é… ator? — A mãe do bandido ergueu as sobrancelhas em choque e inclinou a cabeça. — Mas o pequeno Kou está sempre praticando na frente do espelho, dizendo coisas como, “He he he… me dê todo o seu dinheiro!”, sabe? Você está dizendo que ele não está praticando para interpretar um cara mau?

— Ele está praticando para ser um ladrão.

— Mas um tempo atrás, ele disse que precisava da roupa certa para ser um bandido e eu fiz para ele a roupa que ele está usando agora! Você está dizendo que não era para um papel?

 

 

 

 — Isso era para que ele pudesse realmente parecer um bandido.

— Bem…!

Ela arregalou os olhos de espanto.

Então, muito rapidamente, levantou de um salto e começou a pressionar o Sr. Bandido para obter respostas.

— Kou, querido, o que está acontecendo? Mamãe não sabia nada sobre isso!

— C-Cale a boca! Não tem nada a ver com você, Mãe! — Ele estava fazendo o possível para parecer durão, mas era muito difícil levá-lo a sério.

— Waaah… Mamãe está tão triste…! Como meu filho ficou assim…? — A mãe do Sr. Bandido começou a soluçar.

Ah não, você fez ela chorar.

O bandido estava em pânico, mesmo sem eu lhe lançar um olhar de reprovação.

— …! A-Aah… m-mas isso é apenas uma daquelas coisas! Eu só estava fingindo ser um bandido, sério! Não estava pensando em me tornar um!

Se ela tivesse ouvido todas as coisas que ele disse quando estávamos nos enfrentando mais cedo…

— Você está bem? — Fui para o lado da mãe. Toquei seu ombro suavemente e ofereci meu lenço, dando a seu filho um olhar de reprovação o tempo todo. Eu estava agindo como uma ajudante de escola, repreendendo o garoto que machucou minha amiga. Foi minha forma de agradecer àqueles deliciosos sanduíches.

— Obrigada, Elaina… — A mãe do bandido aceitou meu lenço e imediatamente assoou o nariz, ruidosamente.

Aww, qual é, senhora!

— Ei, Elaina? Aqui, dê uma olhada nisso. Esta é uma foto do pequeno Kou quando ele era jovem. — Por alguma razão, ela de repente puxou uma fotografia do bandido quando ele era um bebê.

Você estava andando por aí com isso?

— Nessa idade, seu sonho era se tornar um doce de leite…

— Huh…?

Que tipo de sonho é esse?

— Sempre me lembrei porque parecia gostoso… acho que era… uma máfia?

— Senhora, esse é um nome comum para uma organização criminosa.

Tenho certeza que você confundiu com “muffin”.

— Oh… me pergunto quando ele começou a trilhar o caminho da delinquência…

— Ele provavelmente foi um delinquente o tempo todo.

Ele não evoluiu muito desde que era criança, não é…?

Ela não conseguiu conter as lágrimas pelo comportamento de seu filho bandido.

— O que você acha que eu deveria fazer?

— É difícil para mim saber responder isso…

Olhei rapidamente para o Sr. Bandido.

Ele estava parado a uma curta distância, remexendo-se nervosamente. Tinha certeza de que ele realmente não odiava sua própria mãe. Ele provavelmente estava envergonhado demais para ser honesto sobre seus sentimentos.

Eu já tinha lidado com pessoas teimosas antes, o suficiente para saber disso, na maioria das vezes, oferecer sua ajuda só faz com que elas fiquem ainda piores. Em vez de uma abordagem direta, geralmente é mais fácil obter resultados com algumas mentiras inocentes.

De qualquer forma.

Naquela época, tive a ideia de um plano secreto.

— Senhora, poderia me emprestar sua orelha por um momento?

E então eu disse a ela minha ideia.

Secretamente.

 

 

Phew… ok. Eu realmente sinto muito por todos os problemas. Tudo bem, vamos tentar mais uma vez… Mãos para o alto!

O jovem bandido gritou triunfante. Ele tinha um lenço preto enrolado na boca, então eu não conseguia ver a metade inferior de seu rosto. Ele brandiu uma faca em uma mão, e sua ponta brilhante apontou para mim com a clara intenção de matar.

— Sua sorte acabou no momento em que coloquei os olhos em você. Vamos, me dê seu dinheiro! Tudo que você tem! Se você não gostar, vou arrancar de você à força! — gritou o jovem.

Uma viajante chocada preparou-se para se render, com as mãos no ar. Ela estremeceu e tremeu de medo.

— He he he… agora não tenha nenhuma ideia engraçadinha! Se você não entregar, vou bater em você com esta concha!

Aparecendo de repente atrás do bandido estava outra pessoa – sua camarada. Uma mulher, que fora para casa vestir uma roupa que combinasse com a do bandido, vestiu o avental e as sandálias habituais sobre as roupas novas por hábito e voltou à cena carregando consigo uma concha como arma. Era ninguém menos que a mãe do bandido.

Ela havia se tornado sua parceira de crime.

— Espera…

— Certo, Kou, querido! Faça o seu trabalho! Vamos roubar todo o dinheiro dela! — Sua mãe estava muito animada.

— Espera aí. O que você está fazendo, Mãe?

— Hmm? Ah, desculpa. Acho que estava errado… É a primeira vez que a Mamãe é uma bandida…

— Não, não é isso.

— Talvez você esteja chateado porque eu secretamente fiz uma roupa combinando para mim? Desculpa! Na verdade, deu muito trabalho, então…

— Não, não é isso também. Hum, é só que… O que você está fazendo…?

— Estava preocupada com você, então voltei! — Sua mãe piscou tão adoravelmente que quase dava para ver pequenos corações de desenho animado flutuando no ar depois que ela falou. — De agora em diante, irei junto sempre que você estiver trabalhando, tá, querido?

— …

O bandido ficou completamente desanimado. Ele nem mesmo tinha força de vontade para gritar com ela. Sua faca caiu no chão e no mesmo local caiu de joelhos.

Por quanto tempo pretendesse continuar a ser um ladrão, a mãe do jovem estaria ao seu lado.

O bandido cobriu o rosto com as duas mãos, como se quisesse se esconder dessa nova realidade.

— Dá um tempo…

Que vergonha… Não só a mãe dele o acompanhou ao trabalho, como até se arrumou para a ocasião! A realidade rasgou sua mente em pedaços.

Coloquei a mão no ombro do jovem derrotado e falei francamente:

— Você sabe que sua mãe não vai seguir você por aí se você simplesmente parar de ser um bandido, certo?

Eu estava sorrindo.

Em outras palavras, se não é algo que você pode fazer com a sua mãe, não faça nada.

 

 

Fiquei na cidade por vários dias depois disso.

Após o encontro inicial, não fiz nenhum plano em particular de me encontrar com os dois, e dizem que esses encontros casuais são uma coisa única na vida, então não pensei que veria a dupla novamente.

Não que eu tivesse me importado. Só fiquei cativada pelo sabor daqueles sanduíches de ovo.

No dia em que me preparava para deixar a cidade, por mera coincidência, tornei a avistá-los.

Era de manhã cedo. Vi um jovem voar para fora de sua casa vestido com um terno de negócios. Não conseguia ver bem o seu rosto, mas tanto seu penteado quanto seu físico me lembravam do bandido que eu havia encontrado recentemente.

— Kou, querido! Você está esquecendo sua lancheira! Sua lancheira!

Uma mulher mais velha saiu correndo da casa alguns momentos depois do jovem. Embora eu só a visse por trás, tinha certeza de que ela era alguém que eu já conhecia.

Ah, é aquela dupla de mãe e filho.

Senti um pouco de emoção, como se tivesse avistado algo raro e fugaz.

— Certo, dê o seu melhor no trabalho! — A mãe entregou o almoço caseiro ao filho e acenou para ele quando ele saiu em disparada.

No final, parecia que Kou havia escolhido não continuar perseguindo a vida de bandido, caso isso significasse ter sua mãe a reboque. Aparentemente, ele decidiu procurar um emprego respeitável.

As pessoas que vi ali não eram mais dois ladrões.

Eram simplesmente uma mãe e seu filho.

Vivendo felizes para sempre.

— Estou preocupada com ele… Será que devo ir com ele para o novo emprego também? — A mãe suspirou e levou a mão ao rosto enquanto observava o jovem ir embora.

Certo, talvez não completamente felizes.

 


 

Tradução: Nero

Revisão: Flash

 

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