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Bruxa Errante, a Jornada de Elaina – Vol. 2 – Cap 07 – A Herança

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Um dia, quando eu estava passeando por uma certa cidade, um homem bem estranho se aproximou de mim.

— Ei! Você é uma bruxa, né? Então significa que você pode voar em vassouras?

Tem cada uma…

— Sim, sou uma bruxa e uma viajante, o que significa que obviamente posso voar em uma vassoura.

Se eu não pudesse voar em uma, não seria uma viajante.

O homem acenou com a cabeça, satisfeito.

— Perfeito! Ei, ei, quero te pedir uma coisa — disse vigorosamente. Ele puxou um mapa e continuou falando: — Quero que você me leve a esta área do mapa. Tem algo que preciso fazer lá.

— Hein?

O lugar para o qual o homem estava apontando parecia uma floresta comum para mim.

Você tem negócios em um lugar assim? O que está planejando fazer? Não que eu me importe.

Respondi:

— Eu realmente não me importo em levá-lo lá, mas… vou cobrar.

— Não precisa se preocupar com isso. Vou pagar, então fique tranquila!

— Então tá bom.

— Isso é ótimo, ah, mas vou pagar quando chegarmos lá. Tudo bem? Heh, heh.

— Ou… você pode pagar adiantado.

De alguma forma, acho que não posso confiar em você. Tenho a sensação de que você pode fugir depois que chegarmos lá. Quase posso ver que você quer me enganar. Está praticamente estampado na sua cara. A maneira como você está falando e agindo é óbvia.

— Ei, espera. Não precisa de tanta pressa! Se você me levar lá em segurança, eu pago. Estou indo até lá para pegar o dinheiro, entendeu?

— Ah. E fica no meio de uma floresta…? Você vai desenterrar um tesouro ou algo assim? — perguntei sarcasticamente.

Mas o homem acenou com entusiasmo diante das minhas palavras.

— Exatamente! Minha herança está enterrada neste local!

Tá, admito, eu não esperava por isso.

Olhando para a frente e para trás entre o mapa e a estrada, avancei em direção ao centro da floresta.

Uma corda foi amarrada ao cabo da minha vassoura, e o homem estava andando em um trenó preso à ponta da corda. Voei em direção ao local que ele indicou como sendo aquele em que o tesouro estava escondido.

— Aaaaaaaaaaaahhh!

Ouvi alguns gritos atrás de mim enquanto eu voava pela floresta, mas não liguei para isso. Uma hora havia se passado desde que partimos na vassoura. Logo depois de decolar, o homem reclamou:

— Por que tenho que ir no trenó? Me deixa ir com você na vassoura.

Mas eu havia respondi muito gentilmente:

— Se você ao menos pensar em tentar ficar atrás de mim, vou deixá-lo aqui mesmo e seguir o meu caminho.

Mas com o passar do tempo, ficou claro que até trazê-lo junto seria um saco. Infelizmente, descobri que o homem adorava conversar. Do trenó, falou sem parar sobre seus muitos feitos de heroísmo. De acordo com ele:

Era filho de um apostador lendário e vivia uma vida confortável como apostador. Seguindo os passos de seu falecido pai, vinha ganhando dinheiro fácil até alguns anos atrás.

Mas, recentemente, sua sorte se esgotou e sua fortuna diminuiu.

“Quando eu ganhar, vou te pagar de volta.”

“Eu prometo que vou te pagar de volta.”

Suas dívidas para com os amigos haviam se acumulado e ele continuou a apostar, mas como se o universo estivesse tirando uma com o homem perturbado, sua sorte e seu dinheiro evaporaram como o orvalho da manhã.

Para piorar as coisas, ele usou toda a boa vontade com seus amigos e conhecidos, e os amigos de seu pai acabaram falando por suas costas:

— Uma criança amaldiçoada nasceu de um pai abençoado.

Porém, não faz muito tempo, enquanto se preocupava em não morrer sem dinheiro e endividado, o homem encontrou um mapa na casa de sua família, mostrando onde o tesouro enterrado de seu pai estava escondido.

“Bem, parece que os deuses não me abandonaram!”

Ele dançou de alegria.

Então o homem me encontrou, uma viajante, e decidiu fazer de mim sua guia.

Ah, isso deve animar o apostador que há nele.

Eu realmente não entendi, mas essa parecia ser a essência de sua situação.

— Isso vai mostrar para aqueles babacas que me trataram como um idiota. Vou provar a eles que o velho ditado de que “a maçã nunca cai longe da árvore” é verdade!

Mas isso é um insulto dizendo que a criança vai herdar características ruins de seus pais, não importa o quanto eles tentem… Bem, tanto faz. Deixei passar.

Depois disso, ele continuou me contando sobre sua vida até aquele ponto, independentemente de eu querer ouvir ou não. O homem falou sobre seus maiores ganhos em um único dia, seus casos apaixonados com uma linda garota e todos os tipos de outras histórias.

No início, eu educadamente acompanhei a conversa, mas ficava cada vez mais irritante conforme ele falava.

Então, posso ter decidido começar a voar com menos cuidado.

— Aaaaaaaaaaaahhh!

Ah, bem melhor.

E assim chegamos ao nosso destino.

— Bleeeeeehhh.

O homem se encostou em um tronco grosso de uma árvore próxima e deixou escapar um longo jorro de vômito.

Nojento.

— Você está bem?

— Nunca estive melhor. Isso não é grande coisa em comparação com encontrar a herança do meu velho.

— A propósito, onde está essa herança?

         — Hmm… — Ele limpou a boca e olhou para o mapa. — Aqui, talvez? Ah, não… Bem, aqui? Não, não é aqui. Hmm…

Ele segurou o mapa em suas mãos e o girou.

Você não vai vomitar de novo se continuar fazendo isso?

Indiferente à minha apreensão, ele continuou girando, e então…

— Ah. É esta árvore. Tenho certeza que minha herança está enterrada sob esta árvore.

Ele apontou para uma árvore grossa.

— …

— …

Estava bem onde ele tinha vomitado.

— Bem, isso é lamentável…

— Ah, nah, isso não me incomoda…

Meu trabalho estava terminado, então obviamente não levantei um dedo para ajudá-lo a cavar. Isso seria um saco. Olhando vagamente para suas costas enquanto ele usava uma pá para cavar o solo ao redor das raízes da árvore, eu estava apenas esperando o tempo passar.

— Tesouro enterrado…! Tesouro enterrado…! Tesouro enterrado…!

Ele parecia um assaltante.

Fazia barulho a cada vez que enfiava a pá na terra e, depois de algum tempo, a pá tocou em algo fazendo um estrondo metálico e agudo, uma montanha de terra escavada se formou ao seu lado.

Me levantei com o som, e ele se virou e me deu um sinal de positivo.

— Encontrei! Ei, olha aqui! O tesouro enterrado!

Ele segurou a pá e a jogou na minha direção. Uma caixa de estanho rolou pelo chão.

— Ah-ha, está dentro do baú? — perguntei.

Uhuul! Vamos abrir!

Eu balancei a cabeça e ele abriu o baú.

O homem olhou para o que tinha dentro.

— Heh-heh-heh… Com isso, posso voltar a viver como um homem rico… Hein?

Em instantes, seu sorriso virou de cabeça para baixo e a cor sumiu de seu rosto.

— …? O que tem dentro?

De onde eu estava, vi o que tinha dentro.

O baú não continha uma única moeda. Em vez disso, estava cheio de pedaços de papel.

Artigos de amigos, parentes, pousadas, lojas de bebidas, açougues e mercearias. Detalhavam cada quantia de dinheiro que seu pai havia pedido emprestado, incluindo os prazos de reembolso e até os nomes dos fiadores, tudo meticulosamente registrado. Estava cheio deles, bem como um breve memorando.

Querido filho, cuide disso para mim, tá? — Papai

— De tudo… inacreditável…! Isso não pode estar acontecendo…! Velhoteeeeeeeeeeeee!

Depois disso, ele rasgou cada pedaço de papel do baú e jogou de lado. Pedaço após pedaço voou com a brisa.

            Entre eles estava uma única carta. O homem pareceu ter jogado fora sem perceber.

A carta dizia:

Desculpe. A coisa do “tesouro enterrado” era uma mentira. Na verdade, nunca fui um apostador lendário. Claro, no começo as coisas deram certo, mas eventualmente parei de ganhar. Sou apenas um pai terrível que se endividou demais. Por favor, encontre em seu coração o perdão para seu pai. E já que está nisso, seria ótimo se pudesse pagar as minhas dívidas. Expliquei tudo aos credores. Eles devem estar esperando que você junte o dinheiro. Conto contigo.

Realmente foi um planejamento incrível. O pai tinha sido um canalha que era quase revigorantemente honesto.

— Velhoteeeeeeeeeee!!

Ao olhar para o homem com pena, só pude pensar uma coisa:

Acho que a maçã realmente não cai longe da árvore.

 


 

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