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Bruxa Errante, a Jornada de Elaina – Vol. 07 – Cap. 10 – Jornada de Muitos Anos: Caros Amigos

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Depois de uma hora Linaria e Alte voltaram juntas do passado após lidarem com golem.

— ……

— ……

Elas estavam cobertas de poeira, mas ninguém abria a boca. Permaneceram em silêncio. Porém, não pareciam estar chateadas uma com a outra. O silêncio entre elas parecia ser confortável.

As expressões das duas eram tão brilhantes que era difícil imaginar que tinham acabado de completar uma missão extraordinária.

— Aconteceu alguma coisa boa lá?

Era natural que eu inclinasse minha cabeça e as questionasse, não acha?

— Nada demais. Por quê? — Alte imediatamente balançou a cabeça.

— Vamos ver… não temos nada para falar, sério. — Ao lado de Alte, Linaria assentiu afirmativamente.

Parece que aconteceu alguma coisa boa…

E que ambas são péssimas mentirosas.

Apesar de eu não ter vontade de perguntar mais.

Enfim…

— Parece que terminaram a missão sem muitos problemas, hein? Graças a deus.

Até eu pensei que dizer isso eu mesma era bastante sem vergonha. Afinal, quem derrotou o golem há sete anos fui eu.

Bem, acho que não importa desde que termine bem.

Derrotei o golem e devolvi a paz à cidade.

Ainda que isso significasse que todas as conveniências mágicas da universidade se tornaram inúteis. Isso incluía o retorno automático dos livros da biblioteca e o incinerador perpétuo.

Parece que a partir de agora, esta escola vai ser um pouco mais inconveniente.

— Professora?

Como quase todas haviam usado toda a energia mágica durante o ataque, o campus ainda era uma montanha de escombros. Enquanto olhava para a pilha, Linaria de repente falou atrás de mim.

Quando me virei, ela estava parada ao lado de Alte.

Estavam de mãos dadas.

Em suas mãos unidas estava um relógio de reversão do tempo.

Linaria ergueu para eu ver e disse:

— Professora, você disse que nossa última jornada deveria ser a última, mas… você poderia nos deixar voltar no tempo só mais uma vez? A última vez?

 

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Tudo começou quando peguei o relógio de reversão do tempo de Linaria. Seu poder tinha sido muito tentador, e na minha ganância, voltei no tempo de novo e de novo e causei mudanças no presente.

Um terrível desastre.

Sem querer, deixei o país em pedaços.

Precisava fazer alguma coisa. Eu tinha que ir.

Ao mesmo tempo, sabia que não deveria repetir o mesmo erro novamente.

Em última análise, enquanto tivesse o poder, tinha certeza que abusaria dele, e quanto mais mexesse na linha do tempo, mais Linaria e eu perderíamos nossa capacidade de nos conectar ao presente.

Então tivemos que voltar.

— Alte? — Olhando para o prédio da escola desabado, mexendo nos botões do relógio, Linaria perguntou:

— Você está pronta?

Nenhuma de nós sabia para quando nossa última viagem nos levaria. Escolheríamos uma hora aleatória e nos livraríamos do relógio. Foi o que decidimos.

— Fico imaginando em que era vamos parar? — Eu disse enquanto segurava o relógio de reversão do tempo junto com Linaria.

— Vai saber. — Ela sorriu. — Virei o botão sem olhar, para que pudéssemos viajar para o passado distante, pelo que eu saiba.

E então ela entrelaçou os dedos com os meus. O metal do relógio aqueceu entre nossas palmas.

Então Linaria e eu olhamos uma para a outra.

Ela apertou o botão lateral uma vez.

Não tínhamos ideia do que nos esperava.

Mas estava tudo bem.

Éramos mais felizes não conhecendo o futuro.

Estávamos perto da janela de uma sala de aula escura.

Do lado de fora da janela, podíamos ver a cidade, com edifícios altos em silêncio lado a lado. Olhando para baixo, pude ver as chamas do incinerador, piscando eternamente.

O cenário que meus olhos viram tinha algo nostálgico.

A única coisa que parecia diferente era que o prédio da escola onde estávamos, em nosso tempo, não passava de uma grande pilha de escombros.

Isso significava que não fomos tão longe assim no passado.

Tínhamos voltado apenas alguns dias, um período de tempo totalmente normal.

— Mas teria sido tão interessante se isso nos levasse quatrocentos anos atrás. — Ao meu lado, a nerd da história tinha as bochechas inchadas de desgosto. — Eu queria ver a antiga biblioteca novamente… — Ela ficou de mau humor.

— Bem, você quer usá-lo mais uma vez?

Mas se fizermos isso, teremos que agir como se nunca tivéssemos ficado sentimentais e prometêssemos que seria a última vez. E então teremos que rastejar de volta para nossa professora e implorar para que ela nos deixe usar o relógio novamente. E então ela provavelmente vai nos repreender, e definitivamente vai tirar sarro de nós também, e…

— Vamos fingir que nunca tivemos essa ideia.

Aparentemente, Linaria estava imaginando aproximadamente o mesmo cenário. Ela balançou a cabeça, parecendo enjoada.

— Concordo…

Eu balancei a cabeça.

— Porque esta é a última vez, né?

E então, eu apertei o relógio de reversão do tempo entre nossas palmas. Linaria apertou de volta.

Sem olhar uma para a outra, escondendo o fato de que estávamos relutantes em nos separar do relógio, estendemos a mão e abrimos a janela.

A brisa fresca de outono entrou.

O ar frio escovou minha garganta e resfriou meu corpo. Apenas meus dedos ainda tinham calor de sobra.

— Tudo bem, vamos fazer isso. — Eu olhei para Linaria.

— Sim. — Ela respondeu e sorriu.

E então, nós duas assentimos, e juntas, jogamos o relógio de reversão do tempo para o ar.

Vimos o gentil arco prateado enquanto caía na escuridão.

Esperava que caísse diretamente no incinerador.

Se não, bem, acho que podemos ir lá e pegá-lo e jogá-lo, eu disse a mim mesma enquanto olhava para ver onde caiu. Obviamente não pensamos muito nisso tudo.

Finalmente, o relógio de reversão do tempo pousou com um baque, emitindo um barulho terrível.

— Owwwwwwwww!

Caiu bem na cabeça de uma caipira que trabalhava na frente do incinerador.

 

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Depois que o incidente do golem terminou, voltei com os outros professores para o campus em ruínas.

Como todos nós estávamos totalmente exaustos, a reconstrução exigiria tempo, mas limpamos o prédio principal da escola e voltamos ao normal em cerca de três dias.

Depois de uma pequena pausa, começamos a dar aulas no campus novamente. E nesse dia, deixei de ser professora.

Na verdade…

Só tinha me infiltrado nesta universidade para poder lidar com este incidente. Porque sete anos atrás, assim que eu estava deixando esta cidade, encontrei uma garota que não conseguia mentir, e fiquei comovida com suas palavras sinceras.

Ela me chamou de professora e me disse que eu era a única que, sete anos depois, iria instruí-la a enviar o golem para o passado.

Continuei minhas viagens, e depois de sete anos, voltei aqui para fechar o loop temporal. Afinal, fui a única a derrotar o golem, então pensei que era importante para o meu eu do passado que eu ficasse por perto e me certificasse de que tudo acontecesse do jeito que deveria.

Então agora aqui estava eu, sete anos mais velha, e era hora de fechar o livro do meu tempo na universidade. Afinal, tinha feito tudo o que precisava, e no final do dia, eu era uma viajante de coração.

No entanto, mesmo que estivesse na escola há pouco tempo, aparentemente desempenhei o papel de professora muito bem, porque quando a notícia da minha demissão saiu, minhas alunas decidiram me dar uma festa de despedida.

Elas alugaram minha padaria habitual (aquela com a sala de jantar anexa), e as alunas cantaram músicas para mim e me deram cartas e presentes.

Rindo e chorando, as meninas me deram seus melhores votos para a minha partida.

— Mas Senhoritaaaaaaaa…por que você está saindooooooo…? — Uma das minhas alunas, uma caipira fofa chamada Alte, até se agarrou a mim, chorando.

— …………Sniffle. — Surpreendentemente, até Linaria fria e recolhida tinha lágrimas nos olhos. Ela provavelmente foi pega no momento pelo choro de sua amiga.

Quase senti as lágrimas surgindo várias vezes também, mas consegui segurá-las, dizendo a mim mesma repetidamente que não seria apropriado para uma professora chorar, e não queria dar um mau exemplo. Sabia que se eu começasse a chorar também, estragaria o clima da festa de despedida.

No final, nós festejamos, de modo que a única coisa que alguém se lembraria era o quanto se divertiram, até o fim.

Enquanto o tempo passava, no entanto, a padaria mais uma vez ficou quieta. A maioria das alunas tinha ido para casa à meia-noite e, nas primeiras horas da manhã, o resto sairia, pouco a pouco.

Eventualmente, restavam apenas duas alunas comigo, choramingando e reclamando.

Talvez porque ela tenha festejado muito, uma delas estava dormindo profundamente, usando meu colo como travesseiro.

— Heh-heh… o que cê está fazendo? Caramba… heh-heh…, — ela murmurou com seu sotaque do interior.

— Oh-hoh-hoh… então esta é uma pedra de quatrocentos anos de idade, hein? Eu amo isso… — Quanto à outra aluna, estava encostada no meu ombro, também sonhando alegremente.

— ……

Coloquei a mão na cabeça de cada uma das meninas adormecidas e as acariciei. Essas duas estavam fazendo o seu melhor na escola, e eu sabia que elas tinham um caminho emocionante para a idade adulta pela frente.

Suas vidas seriam mais difíceis do que antes agora que perderam a capacidade de voltar no tempo. Elas provavelmente sofreriam algumas dificuldades, passariam por alguns contratempos, enfrentariam provações e tribulações.

Porém…

Enquanto estas duas estivessem juntas, sabia que ficariam bem.

Elas se esforçavam e cresciam juntas.

— Sabe, se, um dia, eu tiver a chance de encontrar vocês duas de novo, acho que me faria muito feliz — sussurrei para as meninas adormecidas.

Então vamos adiar as lágrimas até lá.

 

 

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No dia seguinte.

Peguei minhas coisas e saí do campus.

Prossegui pela avenida principal, alinhada como sempre com edifícios altos, até que o portão da cidade apareceu.

— Bom dia, Madame Bruxa. Fazendo uma viagem?

— O guarda do portão se curvou uma vez.

Balancei a cabeça.

— Partida permanente.

O guarda assentiu.

— Decerto. — Ele rapidamente e eficientemente preencheu a papelada de partida e se afastou do portão. — Bem, então, desejamos-lhe boas viagens.

Então o portão se abriu lentamente, quase um suspense.

Um futuro desconhecido me esperava do outro lado.

E então, mais uma vez, comecei uma nova jornada.

 


 

Tradução: Rlc

Revisão: Nero

 

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