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A Saga do Cavaleiro Zumbi – V.01 – J.03 – Cap 29

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Adiante para ruína…

 

A criança provavelmente só está ocupada. — Colt desligou e coçou sua barba, olhando para o telefone de cima a baixo. Bah. Essa coisa nem tem mensagem de texto. Tenho que achar outro celular pra eu conseguir ligar para ele.

Quanto tempo isso vai levar.

Colt abruptamente notou a loja de celulares no fim da rua. Alguns minutos, imagino.

 

Separador Tsun

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Hector encostou a motocicleta em um canto e desligou o motor. Ao longe, ele conseguia ver holofotes revestindo a rua, tentando iluminar os previamente obscuros escombros. Times de resgate já estavam cercando o prédio caído.

Garovel procedeu enquanto Hector esperava fora da vista dos oficiais de polícia.

Talvez eu devia ir com você.— Hector disse. Até onde nós sabemos, Geoffrey pode estar aí dentro.

Ele não está. — Garovel falou. Se estivesse tão perto, eu conseguiria sentir sua presença.

Tem certeza?

Certo como dá. Mas seu eu gritar por socorro, venha me salvar.

Gah…

Relaxa. Vou tomar cuidado.

Porém, antes do silêncio retornar, ele percebeu que seu telefone estava bipando. Ele o pegou passando pelas crianças presas em seu torso e leu a mensagem.

<elas estão seguras?>

— Mas o que… ? — Ele apertou seus olhos dentro de seu elmo. O número do usuário era diferente do anterior. Hector perguntou o motivo e esperou uma resposta.

<telefone novo. elas estão seguras? vamos nos encontrar.>

O rosto de Hector se contorceu em dúvida. Ele conseguia compreender as perguntas repetidas como preocupação paternal, mas não conseguia entender o motivo de Colt de repente querer remarcar o encontro de novo. Entretanto, Garovel interrompeu seu trem de pensamento.

Hector, tem alguém preso aqui.

Merda. — Ele deixou de lado suas perguntas para Colt e simplesmente digitou o endereço da subestação no telefone.

E Garovel estava de repente lá na sua frente novamente, tocando em seu ombro. Me siga. Eu não acho que o time de resgate vai achar ele a tempo.

Ele começou a correr enquanto enviava o botão enviar. Tudo certo.

As crianças estavam firmemente presas no portador de bebê de ferro que elas nem se moviam conforme Hector ia em direção a linha policial. Os oficiais uniformizados viram ele correndo na escuridão e pulando no teto de um veículo. Ele conseguia ouvir eles enviando mensagens de rádio, mas não se incomodou com eles.

Além de algumas janelas estouradas, a parte da frente do prédio estava mais ou menos intacta, mas o interior era outra história. Um time de resgate com pás e picaretas avistou Hector imediatamente. Eles gritaram com ele, mas ele não parou para conversar. Ele seguiu Garovel por um quarto lateral e descendo um lance de escadas de concreto.

Porém, no meio do caminho para os fundos do prédio, ele encontrou as escadas estreitas bloqueadas.

É seguro abrir seu caminho a força. — Garovel falou do outro lado.

Hector fez uma bolha de ferro em seu torso, se certificando que as crianças estavam completamente envolvidas. Ele usou suas mãos revestidas com ferro para abrir um caminho para si. Madeira lascada, gesso esmagado e metal rasgado espalhados nos degraus abaixo e ele abriu seu caminho com chutes enquanto ele descia para os fundos. Ele abriu a bolha de ferro de novo para garantir que as crianças não sufocassem.

Por aqui.

Ele passou por um corredor e, então, mais dois quartos, vendo buracos no teto e rachaduras gigantes nas paredes. O chão tremeu e ele teve que parar de correr por um momento para não se desequilibrar.

Ele está aqui. — O ceifador apontou para o próximo quarto, onde Hector conseguia ver que o teto inteiro havia desabado.

— Socorro! — Veio um grito embaixo da pilha de concreto e madeira. — Alguém!

Uma rede de vigas pendia acima do homem, todas tortas e rasgadas, algumas até balançando como se estivessem prontas para cair em cima dele.

Ambos um braço e uma perna dele estão presos. — Garovel explicou. Se apresse e levante aqueles blocos ali.

Hector foi mover um bloco, mas todos os outros se moveram assim que ele o tocou. O homem prensado gemeu de dor. Hector deu um passo para trás.

Hmm. — Garovel flutuou ao redor do lugar. Está uma bagunça maior do que eu imaginava. Você vai ter que ir devagar. Siga minhas instruções com cuidado.

O ceifador apontou para cada bloco individual em sequência. Hector tentou ser ambos gentil e rápido, mas ainda levou mais de dez minutos até ele chegar no último bloco de concreto. Hector o tirou da perna do homem, permitindo ele rastejar para fora dali.

Porém, antes da vítima conseguir agradecê-lo, outro tremor abalou o local e todas as vigas de metal acima deles tremeram. Uma caiu na posição exata do homem. Hector pulou e a desviou com seu braço, mas sentiu que ele quebrou no processo.

— Você consegue andar? — Hector perguntou, ouvindo mais vigas se curvando e rangendo.

O homem correu para fora do lugar em vez de responder.

Mais duas vigas caíram de uma vez e Hector pegou ela com ambos seus ombros cobertos em ferro. O chão rachou sob seu peso.

E, por um momento, conforme lutava para não ser esmagado, ele conseguia ver o rosto dos gêmeos. — Não acredito que vocês não estão chorando. — Ele se livrou das vigas e correu para a saída. O resto do quarto desabou atrás dele. Ele protegeu as crianças de quaisqueres destroços voadores.

Através da poeira, ele os viu de novo. Ambos só encararam ele, mais curiosos do que chateados. Ele olhou ao redor em busca de Garovel, mas o ceifador já se foi em busca de de mais sobreviventes.

Hector não conseguiu não sorrir para as crianças. — Não se impressionam mais com coisas altas, perigosas mais, não é?

A garota começou a chorar e o menino logo se juntou a ela.

— … eu e minha boca.

Encontrei mais duas pessoas. — Garovel disse.

Me mostre onde. — Ele franziu o cenho para as crianças. — Só um pouco mais vocês dois. Eu sei que é assustador.

As próximas duas pessoas estavam presas em um armário de vassouras. Eles presumivelmente tentaram se abrigar lá, só para prateleiras enormes caírem e bloquearem a porta. Hector limpou o caminho facilmente. Um deles não conseguia andar, então Hector jogou o homem em seu ombro e o carregou para fora do prédio.

Oficiais de polícia estavam esperando ele na entrada e Hector ficou brevemente assustado que eles tentariam ficar no seu caminho. Em vez disso, eles pegaram o homem ferido de suas mãos, o levando até a ambulância.

Outro oficial ofereceu para levar os gêmeos também, fazendo Hector pensar por um momento antes de decidir fugir com eles. Ele pulou sobre a linha de oficiais e se escondeu em uma rua lateral estreita.

Escondido na escuridão, ele ficou atento para as próximas ordens de Garovel. Quando nenhuma veio, ele perguntou o óbvio. Viu mais alguém preso?

Estou checando de novo, mas acho que já foi todo mundo.

Sério? Achei que haveria mais…

Eu imagino que a subestação não tenha muitos funcionários a noite. E eu aposto que muito desse lugar é automatizado.

Então… todas as pessoas saíram em segurança?

Bom. Não, infelizmente não. Há um fogo do outro lado do prédio. Parece que algum pobre coitado morreu queimado.

Hector franziu o cenho e suspirou. Eu poderia… se eu tivesse…

Não acho que dê para salvar todos aqui, por mais merda que isso soe. Você precisaria ser ridiculamente poderoso e você já é mais poderoso que o normal, dado sua idade como servo.

Hector não tinha o que responder. Ele esperou Garovel terminar sua busca. O ceifador revirou o lugar três vezes para se certificar de que não perdeu ninguém.

Parece que só houve uma única causalidade. — Garovel disse. Bombeiros conseguiram salvar umas pessoas também.

Acho que… isso é alguma coisa…

Eu preciso de algumas horas para tomar conta dessa alma. — Garovel disse. Você devia voltar para casa. O sol vai nascer logo e você tem aula.

Tudo certo… — Mas antes de ligar a moto, ele se parou. Na verdade, acho que vou ver o Colt primeiro.

O ceifador não respondeu.

… Garovel? Tá bom. Te vejo mais tarde eu acho.

Depois de alguns minutos, ele decidiu dar a volta pelo bloco algumas vezes. Depois de uma hora, ele estava prestes a mandar mensagem para o Colt de novo quando uma voz familiar chamou sua atenção.

Encontrei ele.

Hector se virou e piscou quando viu o ceifador de rosto longo lá. — Bohwanox! O que você está fazendo aqui?

Ajudando alguém a te encontrar.

— O que?

Colt deu a volta na esquina. — Aí está você.

Hector olhou para os dois, lutando para fazer a pergunta necessária.

Bohwanox falou primeiro. Sim, Colt consegue me ver. Eu ressuscitei ele depois que Geoffrey o matou.

Colt levantou uma sobrancelha para Hector. — Mas que porra de portador de bebê é esse?

— Ah… uh… — Hector aniquilou o ferro ao redor das crianças, pegando ambas em seus braços. Ele imediatamente as entregou para o pai.

Colt parecia ainda mais confuso enquanto ele as pegava. — Para onde o metal foi?

— É, uh… — Hector coçou seu elmo como se fosse sua cabeça. Ele olhou para o ceifador em busca de ajuda.

Eu vou explicar mais tarde. — Bohwanox disse.

Hector assentiu grato e olhou para Colt de novo. — A propósito, por que você remarcou a visita? — Ele perguntou. — Achei que você estava se escondendo da polícia.

— Remarcar? Do que você está falando?

— Sua mensagem. Nós concordamos em nos encontrar amanhã a tarde, mas então, uh… você, uh…

Colt franziu o cenho. — Não entendo.

hector exalou brevemente e pegou seu telefone. Ele mostrou a conversa para os dois.

— … eu não mandei nenhuma dessas mensagens aqui. — Colt disse. — Não estou certo do que – — E, então, ele percebeu. Ficou boquiaberto por um momento, e só ficou encarando Hector, sem palavras.

— Qual o problema? — Hector disse.

— Quando Geoffrey me matou, eu perdi meu celular. — Colt disse. — E eu acho que ele deve ter pego ele e te enviado essas mensagens.

Hector apertou seus olhos, ainda confuso e olhando para Colt e Bohwanox um de cada vez. — O que você está… ? Mas então…

Colt leu mais uma vez as mensagens. — Geoffrey não te atacou?

— Nã… não, eu… — E, então, ele também entendeu. O pavor repentino o acertou como um raio. Ele só conseguiu sussurrar suas próximas palavras. — Ele me seguiu até minha casa… !

Hector correu para moto.

— Eu vou com você. — Colt disse.

— Não! — Hector gritou conforme o motor rugia. — Geoffrey mataria todos vocês!

— Eu posso ajudar…

— Não, não pode! — Hector não estava com paciência para o homem. — Só! Saia da cidade! Eu vou ligar quando as coisas estiverem seguras! — Ele pisou no acelerador e a moto voou pela rua com os pneus guinchando.

O sol já nasceu. O trânsito já estava crescendo, mas ele ainda tinha espaço o bastante para manobrar entre os carros sem grandes problemas.

Garovel, se você consegue me ouvir… eu acho que o Geoffrey sabe onde eu vivo. Eu acho que ele pode estar lá agora.

Ele chegou na casa. Ele deixou a moto caída no chão e correu até a porta da frente.

Seu pai ainda estava na cozinha, lavando suas mãos na pia. O homem estava encarando a janela, assobiando calmamente, como se nada estivesse errado.

 Hector olhou ao redor. Tudo parecia normal. Ele esperava o pior, sangue, destruição, reféns ou até cadáveres, mas não havia nada disso. Nenhum sinal de violência podia ser visto. Nenhum sinal de Geoffrey também.

Hesitante, incerto, ele lentamente se aproximou de seu pai. — … pai?

O homem se virou e viu ele. — Opa. Um. Hector? Você é… — Ele secou suas mãos com uma toalha. — Hmm. O que é isso na sua cabeça?

Ele decidiu ignorar a pergunta por agora. — Pai, está… está tudo bem?

— O que você quer dizer com isso?

Ele encarou o rosto de seu pai. Não estava sem vida e vazio como um dos fantoches de Geoffrey e Hector ficou silenciosamente aliviado. — Veio, uh… alguém veio aqui em casa?

— Só seu amigo.

Ele enrijeceu. — Qual amigo?

— Oh, você sabe qual. — Seu pai disse. — A criança que tem buscado você para ir para a escola de manhã.

— … ele te contou o nome dele?

— Não sei.

— Pai, isso é importante. Foi Nathan? Ou Geoffrey?

O homem sorriu ironicamente. — Filho, sinceramente não consigo te dizer.

Hector cerrou seus dentes.

— Eu acho que ele foi até seu quarto.

Ele olhou para as escadas além da porta da cozinha.

Seu pai andou ao seu redor. — Eu tenho que ir trabalhar agora, mas eu vou parar na sua escola hoje.

— O que?

— Você matou aulas, não matou? Sua escola ligou várias vezes e eu acho que preciso ir lá falar sobre issso.

— Uh, não é isso, ah… quero dizer –

— De qualquer jeito, te vejo mais tarde.

— Pai, espera… uh.

O homem parou e se virou.

— Por favor, fique. Só fica aí um minuto. — Ele foi em direção as escadas. — Eu só vou checar uma coisa no meu quarto primeiro, mas… só… me dê um minuto, tá bom? Nã… não vá a lugar algum.

Ele cruzou seus braços. — Tudo bem. Só não me deixe esperando muito tempo.

Hector subiu rapidamente as escadas, criando ferro em seus antebraços assim que saiu da vista de seu pai.

E lá estava a porta de seu quarto. Estava fechada. Ele não a deixou assim. Ele abriu a porta.

A primeira coisa que ele notou foi o fedor. E, então, ele viu o corpo. Era de um ser humano, imóvel e preso na parede. Ele foi eviscerado. Sangue e entranhas derramadas na cama de Hector.

E talvez fosse porque ele estava enojado e horrorizado demais, mas de primeira, ele não reconheceu quem era. Parecia só um cadáver mutilado. Mas, então, ele registrou de quem era aquele rosto.

Era de Geoffrey.

Ele não entendia. Geoffrey já estava morto? A cabeça de Hector começou a rodar, tentando entender como. Ou o motivo. Ou qualquer coisa na verdade. O que caralhos aconteceu aqui.

E, então, ele notou a mensagem rabiscada em sangue perto do corpo. Estava escrita:

<Para Hector>

<Eu finalmente consegui um corpo novo. Você pode ficar com o meu antigo.>

< Com amor, Papai.>

 

 


 

Tradução: Worst

Revisão: Errei

 

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