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A Eminência nas Sombras – Vol. 04 – Cap. 03.5 – Capítulo Extra: A Ascensão do Assassino de Bandidos Estiloso!

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Akane Nishino é uma estudante do segundo ano na Sakurazaka High School e odeia um de seus colegas com uma paixão ardente.

O colega em questão tem cabelos e olhos pretos, aparência esquecível e bolsas sob os olhos que sempre o fazem parecer cansado.

Seu nome é Minoru Kageno. Ela não apenas o odeia, mas para piorar as coisas, o assento dele é bem ao lado dela.

Kage é “sombra” em japonês, e fiel ao seu nome, Minoru Kageno é tão discreto quanto uma sombra.

Ele é um aluno C, não é notável em esportes, não está em nenhum clube da escola e, embora não tenha muitos amigos, tem muitas pessoas que conhece bem o suficiente para conversar de vez em quando.

Ele é o tipo de aluno mediano e normal que você poderia encontrar em qualquer escola do país.

Akane não o odiou no começo. Isso não quer dizer que gostasse dele, mas se dava tão bem com ele quanto com qualquer um de seus colegas de classe.

Quanto mais interagia com ele, porém, mais descobria que havia uma coisa nele que ela simplesmente não suportava.

Era a maneira como ele a cumprimentava.

Todas as manhãs, os dois chegam à escola no último minuto possível – logo antes do portão estar prestes a fechar.

E porque chegam sempre ao mesmo tempo, acabam sempre por cumprimentar-se.

Hoje, como sempre, ela encontra seu colega menos favorito no portão da escola.

— Bom dia, Kageno — disse Akane a ele.

— Bom dia, Nishimura. — Minoru responde no mesmo tom de voz de sempre.

É Nishino, não Nishimura! Akane grita internamente. Por fora, no entanto, continua sorrindo enquanto se dirige para a sapateira.

Eles estão na mesma classe há três meses e todas as manhãs desde então têm exatamente a mesma troca.

Akane não disse nada sobre isso no primeiro mês, supondo que ele eventualmente perceberia seu erro, mas quando a Semana Dourada1A Golden Week é a junção de quatro feriados nacionais no final de abril / início de maio, que ocorre no Japão. Combinada com alguns fins de semana, torna-se uma das datas preferidas das pessoas, o que causa uma grande aglomeração nas cidades chegou e ele ainda não havia acertado o nome dela, ela finalmente decidiu corrigi-lo.

Ela ainda podia se lembrar em detalhes vívidos de como isso aconteceu.

 

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— Sabe, Kageno, meu nome não é realmente Nishimura.

— Huh? — Minoru piscou repetidamente e olhou para o rosto dela com uma mistura de confusão e curiosidade. — Não é?

— Não, é…

— Espere, espere. Eu me lembro agora. Você é um Personagem Nomeado.

— Um o quê?

Akane inclinou a cabeça para o termo desconhecido.

— Deixa para lá. Eu me certifico de memorizar os nomes de todos os personagens importantes, mas acho que às vezes erro um.

— Não se preocupe com isso. Acontece com todo mundo.

Minoru se curva se desculpando, e Akane sorri.

No entanto, suas próximas palavras a fazem congelar.

— Desculpe por isso, Nishitani.

Akane cerra os punhos, impulsionada pelo desejo de dar um soco direto no rosto daquele idiota.

— É Nishino…

— Hã…?

— Meu nome é Nishino.

Os dois se encaram. O silêncio poderia ser cortado com uma faca.

Akane não diz outra palavra para ele pelo resto do dia.

Então, chega a manhã seguinte.

Os dois se esbarram no portão, como sempre.

A passagem da noite acalmou um pouco a raiva de Akane. Afinal, não é como se Minoru tivesse feito algum mal. Não fazia sentido ficar tão nervosa por causa de um nome mal lembrado.

Ela decide cumprimentá-lo normalmente e esquecer o que aconteceu ontem.

— Bom dia, Kageno.

— Bom dia, Nishimura.

E tudo continuou igual. Akane queria gritar, mas escondeu essa vontade por trás de um sorriso de aço.

A parte que ela acha mais desagradável é a maneira como Minoru está agindo como se a conversa que tiveram ontem nem tivesse acontecido.

Ele a está chamando de Nishimura como sempre faz, e como sempre, ele nem está olhando para ela.

Ele tecnicamente vira os olhos para ela sempre que se cumprimentam ou conversam, mas nunca parece estar realmente vendo ela. Seu olhar está distante, como se estivesse focado em algo distante.

Mais do que qualquer outra coisa, é isso que realmente a irrita.

A coisa do nome é irritante, mas não é grande coisa.

Mas o sentimento de que ele nunca a coloca em seu olhar? Ela não aguenta isso.

Uma vez que percebeu isso sobre Minoru, começou a odiá-lo.

A partir de então, Akane começou a se esforçar para evitar interagir com ele.

Ainda o cumprimenta todas as manhãs, mas isso é tudo. Ele continua errando o nome dela, mas ela não se incomoda mais em corrigi-lo.

Também evita falar com ele sempre que possível, apesar de sentarem lado a lado. Se ela absolutamente não tem escolha por causa do trabalho de classe ou algo assim, mantém as conversas curtas e diretas.

Ela preferiria apenas ignorá-lo 24 horas por dia, 7 dias por semana, mas devido às suas circunstâncias únicas, quer evitar fazer qualquer coisa que a faça se destacar mais do que já faz.

E cara, Akane Nishino se destaca.

Seu cabelo escuro é liso e elegante, e ela é tão atraente que atrai os olhares de meninos e meninas.

Além disso, não é apenas uma estudante normal do ensino médio. Ela também trabalha como atriz.

Seus colegas sabem tudo sobre seu trabalho, é claro. Se descobrissem que ela e Minoru estavam em más condições, isso poderia dar origem a todos os tipos de rumores infelizes. Melhor cortar essa possibilidade pela raiz.

Akane era uma atriz infantil bem-sucedida, mas na época em que começou o ensino médio, se envolveu em um escândalo e teve que suspender temporariamente sua carreira.

Desde então, Akane foi forçada a esconder seu verdadeiro eu.

Ela teve que desempenhar o papel de aluna de honra para evitar ser odiada por seus professores, bem como o papel de garota popular para evitar ser odiada pelos outros alunos. Viveu sua vida tentando não dar a ninguém uma razão para se ressentir dela.

E então fez o máximo para não deixar aquele idiota do Minoru a odiar também, nem para deixar ninguém perceber o quanto ela o odiava.

 

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Akane não era membro de nenhum clube escolar.

Ela normalmente vai direto para casa quando as aulas terminam, mas nesse dia ela tem aulas suplementares para assistir. Muitas vezes tem que faltar às aulas por causa de seu trabalho, então essas aulas complementares são a única maneira de compensar sua presença.

Akane tinha algumas outras coisas para cuidar também, então quando saiu, o sol já estava se pondo.

— E meu telefone também está sem bateria… — disse com um suspiro enquanto passava pelo portão da escola.

Normalmente chamaria seu motorista pessoal, mas com o telefone sem bateria, isso infelizmente não é uma opção.

No entanto, sua casa fica a apenas meia hora a pé. É certamente caminhável.

Além disso, é início de verão, então, mesmo com o sol se pondo, a temperatura ainda é surpreendentemente agradável. Akane decide esticar as pernas para variar.

Agora que parou para pensar sobre isso, já faz um tempo desde a última vez que caminhou por este trajeto. A última vez foi provavelmente o ônibus que sua turma costumava usar quando estava na escola primária.

Começando no ensino médio, sua família decidiu começar a enviar um carro para ela todos os dias.

Por causa disso, estava meio animada para ir para casa caminhando sozinha pela primeira vez. Ela caminha pelas ruas escuras sem nenhuma preocupação em sua mente.

No entanto, essa excitação fez com que baixasse a guarda.

De repente, uma van preta brilhante para ao lado dela e um homem musculoso desce.

Ela não o notou até que fosse  tarde demais.

— Huh…?

O homem envolve seu braço grosso em volta do pescoço dela.

— Ah…

Ele aperta com força. Em alguns segundos, ela perde os sentidos.

A última coisa que viu foi um jovem de cabelos pretos de aparência familiar correndo em direção a eles.

 

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— Urgh…

Quando Akane abre os olhos, se encontra em um armazém mal iluminado.

Seus pulsos e tornozelos estavam amarrados e havia uma mordaça enfiada em sua boca.

Ela ainda está um pouco desorientada. Se lembrava do carro preto; do homem a estrangulando, e… de ter visto alguém, talvez?

— Mmm! Mmmm!!

Ela tenta pedir ajuda, mas a mordaça a impede de formar qualquer palavra ou gerar qualquer som audível.

— Oh ei, você está acordada.

Ela ouve uma voz masculina rouca vindo de trás dela. Ela congela.

— Eu pararia de lutar se fosse você. Isso é, a menos que você queira se machucar.

O homem parece ter cerca de 1,90m, e não era apenas grande. Seus músculos são bem definidos, mesmo através de suas roupas.

Há outro homem atrás dele. Os dois devem estar trabalhando juntos.

— Não se preocupe, mocinha — disse o segundo homem. — Já enviamos um pedido de resgate para seus pais e, desde que eles paguem, você estará em casa sem um arranhão antes que perceba.

O grandalhão sorri maldosamente.

— Tenho que dizer, porém, que foi muito descuidada. Herdeira de Nishino Zaibatsu, caminhando sozinha para casa à noite assim? Alguns homens maus poderiam ter raptado você na hora.

Ele riu zombeteiramente e caminha até onde Akane está caída no chão.

— Mmmmm!

Fique longe!

Akane tentou gritar, mas as palavras não saíram.

Ela rasteja pelo chão para tentar colocar alguma distância entre eles.

— Whoop. Aonde você pensa que está indo, mocinha?

O grandalhão agarra suas pernas esbeltas e a puxa para ele.

Então, ergue o queixo dela e dá uma olhada mais de perto em seu rosto atraente.

— Droga, garota. Não é à toa que eles deixam você trabalhar como atriz.

— Mmm! Mmmm!!

Ela balança a cabeça para tentar resistir.

Quando o faz, o homem lhe dá um tapa na bochecha.

— …!

— Não resista.

Akane pôde sentir o gosto de sangue encher sua boca. As lágrimas que estavam brotando nos cantos de seus olhos finalmente começaram a cair.

— Sabe, ouvi dizer que esta não é sua primeira viagem no trem do sequestro.

Tique.

Akane congela.

— Foi bem quando você começou o ensino médio, certo? Embora da última vez, ouvi dizer que foi um stalker que fez isso.

As memórias que ela tentou tanto esquecer inundaram sua mente. Seu corpo inteiro começou a tremer.

— Sabe, eu entendo totalmente como o cara se sentiu. Agora, por que tanto medo, criança?

— Mmm! Mmmmmmmmmmm!!

— Desista. Ninguém está vindo para salvá-la.

Akane tentou se afastar, mas o homem usou seu braço musculoso para prendê-la no chão.

Socorro!

Então, assim que gritou internamente, aconteceu.

Kshhhh!

O som de vidro quebrando ecoa pelo armazém.

— Quem está aí?!

Uma das janelas estava quebrada.

O luar surgiu, iluminando o intruso em cima de uma pilha de cacos de vidro.

Ele está vestindo um moletom preto, calças de moletom preta e botas de trabalho pretas, e tinha uma máscara de esqui preta sobre o rosto.

Parecia assustador pra caralho vestido todo de preto assim. À primeira vista, parece claro que estava com os sequestradores.

Clop. Clop. Clop.

Suas botas estalaram contra o chão enquanto caminhava lentamente em direção a eles.

— Quem diabos é você?! — O grandalhão gritou.

— Quem, eu? Sou apenas… um velho e normal Assassino de Bandidos Estiloso.

O Assassino de Bandidos para e ajusta sua máscara de esqui. Os orifícios dos olhos estavam desalinhados.

— O que é isso, algum tipo de piada?!

Enquanto o grandalhão ruge, seu cúmplice se esgueira por trás do Assassino de Bandidos e balança um bastão para ele.

É o ataque surpresa perfeito, mas o Assassino de Bandidos se esquivou como se tivesse olhos na parte de trás da cabeça.

— Huh?!

— Você lança uma sombra na luz da lua. Você é de nível amador.

Com isso, o Assassino de Bandidos gira e bate o punho no segundo homem.

Entre suas roupas pretas e o armazém escuro, seu ataque é quase impossível de ver.

Ouve-se um som abafado e o cúmplice cai de joelhos. Ele não se move nem mais um centímetro.

— Aquele golpe na mandíbula… Esse cara sabe o que está fazendo. — O grandalhão solta Akane e se levanta. Estala o pescoço enquanto olha para o Assassino de Bandidos. — Que pena para você, eu sou ex-militar.

Ele saca uma faca e a segura, pronto para lutar.

O Assassino de Bandidos abaixa seu centro de gravidade e fica de prontidão também.

— Um militar, hein? Perfeito. Sempre quis tentar lutar contra um soldado.

Os dois homens se enfrentam na escuridão.

Eles fecham a lacuna pouco a pouco, e então…

— Morra!

O sequestrador faz o primeiro movimento.

Usando uma postura oblíqua, ele entra no raio de alcance e balança sua faca.

É fácil acreditar que ele costumava ser um soldado. Apesar de sua estrutura volumosa, seus movimentos são ágeis e eficientes.

O golpe de faca é direcionado à garganta de seu inimigo e o Assassino de Bandidos tenta bloqueá-lo levantando o braço direito.

Um tinido alto e metálico soa.

— O quê?!

A faca está presa na mão do Assassino de Bandidos.

Em uma inspeção mais próxima, o Assassino de Bandidos está segurando algo — um pé de cabra preto.

E além disso, estava empunhando como se fosse um cassetete.

— U-um pé de cabra?!

— Os pés-de-cabra são ótimos. São resistentes o suficiente para não quebrar, você pode comprá-los em qualquer lugar, são portáteis, você pode dar uma desculpa caso a polícia o questione… Pelo menos, você provavelmente pode. Mas o melhor de tudo, você pode usá-los como cassetetes.

— O quê?!

Num piscar de olhos, o Assassino de Bandidos gira seu braço sob o do sequestrador.

Seu pé-de-cabra desenha um arco no ar e bate no braço do outro homem.

A faca cai da mão do sequestrador.

— Merda…

Logo em seguida, o pé-de-cabra se dirige ao próprio sequestrador.

O grandalhão responde imediatamente levantando os punhos e contra-atacando.

O pé-de-cabra bate em seus músculos robustos e seu soco roça a máscara de esqui do Assassino de Bandidos.

Pé-de-cabra e punho colidem de novo e de novo no armazém iluminado pela lua.

No entanto, o Assassino de Bandidos estava gradualmente sendo empurrado para trás. Cada vez que bloqueava os golpes pesados ​​do sequestrador, tinha que retroceder um passo, depois outro.

— Ei. Você está em grande desvantagem aqui — disse o grandalhão enquanto mandava o Assassino de Bandidos mais um passo para trás. — Você é durão, com certeza. E posso dizer que esteve em algumas brigas. Mas você tem uma grande fraqueza. Você tem o quê, talvez sessenta quilos? Veja só, eu tenho quase cento e quinze quilos. Fisicamente, nem estamos na mesma liga. Pé-de-cabra ou não, tudo o que tenho que fazer é proteger minha cabeça. Mas e você? Um único dos meus socos em qualquer lugar te derrubaria.

A voz do homem soava com confiança. O Assassino de Bandidos calmamente fixou seu olhar nele.

— Você tem razão. A triste verdade é que, do jeito que estou agora, até um ex-soldado pode me dar problemas…

— Você quer jogar a toalha?

— Nah… Significa apenas que vou ter que levar a sério.

O Assassino de Bandidos ajustou sua postura.

— O quê?

— Do jeito que vi, pés-de-cabra tinham um futuro brilhante. A forma de tonfa, o peso, a robustez, a portabilidade… eles estavam cheios de potencial esperando para serem desbloqueados. Então saí, noite após noite, e enquanto batia em todos os tipos de caras desagradáveis, motoqueiros delinquentes, cheguei a uma conclusão…

— De jeito nenhum! Você é o Máscara de Esqui Furioso que está aterrorizando as gangues de motos locais com nada além de um pé-de-cabra?!

É praticamente uma lenda como todas as gangues de motos da região começaram a usar capacetes por conta do Máscara de Esqui Furioso. Usar um capacete é a única maneira de se manter seguro quando não se sabe quando um ataque pode acontecer.

— Veja bem, a conclusão que cheguei depois de bater naquelas gangues é que enquanto você puder usar pés-de-cabra como cassetetes… a melhor coisa a fazer com eles é apenas bater nas pessoas!

O Assassino de Bandidos trouxe seu pé-de-cabra caindo em direção ao rosto de seu oponente.

É um grande balanço, mas o movimento é rápido pra caralho e repleto de violência pura e desenfreada.

O sequestrador levanta o braço para proteger a cabeça, mas quando o faz, um ruído surdo soa.

— Rrgh! M-meu braço… — gemeu, segurando seu braço com dor.

— Provavelmente está quebrado. Veja, o truque para desbloquear o potencial de um pé-de-cabra é atacar com a parte externa da curva para o lado. Você pensaria que acertar com a ponta pontiaguda seria o melhor, mas isso é um erro de amador.

Ele mudou seu aperto enquanto explicava. Não assim, assim.

Então, atacou o sequestrador novamente.

Ele batia nele com movimentos fluidos, como se fosse a coisa mais natural do mundo. O sequestrador tem um breve vislumbre de quem ele realmente é — o homem que espancou centenas de motoqueiros.

— Ah! E-espere, espere…

Wham, wham.

— P-pare com isso, nós podemos…

Wham, wham, wham.

— Geh… Guhhh…

Wham, wham, wham, wham!

O ruído surdo ecoa pelo armazém repetidamente.

Violência é poder e o Assassino de Bandidos é a personificação desse ideal.

Ele continuou trazendo para baixo seu pé-de-cabra com determinação e, eventualmente, o sequestrador corpulento parou de se mover.

Gotas de sangue pingavam do pé-de-cabra. Pinga. Pinga.

— Não é bom. Como vou chegar lá se luto contra algum ex-soldado fraco? Preciso me tornar mais forte.

Ele olha para a lua suspensa no céu do lado de fora da janela…

— Preciso de mais poder

…e estende a mão melancolicamente.

É como se estivesse tentando agarrar a lua, mesmo que sua mão nunca a alcance.

Ele balança a cabeça em um ato de rebeldia contra essa verdade simples, então se vira e fixa seu olhar em Akane.

Pega a faca que o homem deixou cair e se aproxima dela.

— Mmm—MMMMM!

Akane sente que está em perigo e tenta fugir, mas não há para onde correr. A faca desce sobre ela com eficiência impiedosa.

— Mmm?

Ele corta as amarras em seus pulsos e tornozelos.

Agora que estava livre, olhou para o homem assustador de preto com a máscara de esqui e o pé-de-cabra.

Ele olhou para ela por sua vez…

— De agora em diante, tome mais cuidado ao voltar para casa.

…e oferece a ela um conselho antes de sair.

 

 

 

Akane o observa ir com espanto. Depois de um tempo, finalmente percebe que ele acabou de salvá-la.

— Matador de Bandidos Estiloso… Quem é você…?

Por alguma razão, sua voz soou estranhamente familiar.

 

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No dia seguinte, apesar das preocupações de seus pais, Akane vai para a escola como sempre.

Pensar no que aconteceu ontem ainda a enche de medo, mas por algum motivo, lembrar do Matador de Bandidos Estiloso a faz querer cair na gargalhada.

— Heh-heh… Ele era tão idiota.

Ela atravessa o portão e, como sempre, encontra seu colega menos favorito.

— Bom dia, Kageno.

— Bom dia, Nishino.

— Hã…?

Akane fica tão surpresa que se esquece de continuar andando.

Minoru acertou o nome dela. E mais, tem a sensação de que ele está realmente olhando para ela desta vez.

Mas isso não é tudo. Há algo na voz dele.

— Não pode ser…

Ela balança a cabeça para banir esse pensamento ridículo, então persegue Minoru.

— Kageno, espere!

Ela quer dar outra chance ao bate-papo com ele.

 


 

Tradução: Bucksius

Revisão: Bravo

 

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