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Um Trabalho Misterioso Chamado Oda Nobunaga – Vol 03 – Cap. 08 – Yuca, a Concubina

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Esperei que Hasse desistisse e procurasse pela minha ajuda, mas isso foi mais difícil do que imaginei.

Evidentemente, minha personalidade não era adequada para ficar sentado esperando.

Mas havia um problema que precisava resolver antes de dar o próximo passo.

Resumindo, era um problema doméstico – algo que precisava resolver sozinho.

Naquele dia, visitei o quarto da minha concubina Yuca.

— Ah… Sir Regente… peço desculpas pela bagunça…

Como faço para formular? Yuca não estava acostumada com o seu quarto – ou melhor, não estava acostumada com a vida no Castelo Maust no geral.

Apesar de ser filha do clã Nistonia – cujo lorde é agora um conde – ainda havia algo de campestre nela. Sem dúvidas, era algo com que havia nascido. Havia um mundo de diferença entre ela e Seraphina, a filha de outro lorde.

Ainda assim, também podia ser por ela ainda não ser minha concubina há muito tempo. Nosso casamento era obviamente político, e eu não a visitava muito. Até o momento nosso casamento coincidia com um período de intensa movimentação militar.

Neste dia mesmo, apesar de ser dona do quarto, ela estava em um canto, tentando se fazer parecer pequena.

— Yuca, você não é uma serva. Pode relaxar um pouco mais. Meu rosto é tão assustador? Não acho que pareço com um orc ou um ogro.

— Não, não é isso…

Por alguma razão, observar o comportamento assustado dessa garota fez cócegas no meu sadismo, me fazendo querer provocá-la. Tentei o meu melhor para conter esse desejo.

— Ou você tem medo de ficar ao lado de alguém que já matou tanta gente?

— N-Não, de forma alguma… Não é nada disso… Só estou admirada… Ainda não consigo acreditar que poderia ser uma de suas consortes, mesmo sendo a menos importante…

Yuca apenas não tinha confiança em si mesma. Em um grau excessivo.

Claro, eu não necessariamente a culpava. A história estava sendo reescrita a uma velocidade acelerada. Não era de se surpreender que houvesse pessoas sem ideia do que precisavam fazer para sobreviver naquele ambiente. Se escolhessem o caminho errado, poderia resultar no fim para essas pessoas e toda a sua família. Deve ser muito mais estressante do que ser um lorde em uma era estável.

A grande maioria das pessoas fingia não estar com medo ou estava muito tensa para sentir medo.

Mesmo assim, ter uma concubina nessa situação era um problema para mim. Afinal, ainda haveria dias incertos a aguardando. Eu não ficaria como regente para sempre. Embora não fosse declarar meu reinado da noite para o dia, estaria no campo de batalha.

Mais uma razão para resolver isso quanto antes.

Claro, havia a questão política com o clã Nistonia, mas meu relacionamento com ela como minha concubina era mais importante.

Lentamente me aproximei de Yuca, que se levantou e se afastou em direção à parede, o que fez parecer que eu estava a perseguindo.

— Por que você está fugindo, Yuca…?

— Hm… Sinto muito…

Acabei empurrando-a contra a parede.

— Eep!

Isso só serviu para me fazer parecer um vilão…

— Yuca, sinto muito por te assustar, mas fugir quando seu marido se aproxima não é um pouco demais…?

— Sinto muito… Ainda não estou acostumada a lidar com homens… Não, não é só isso… Também me sinto bastante intimidada pelas suas outras consortes…

Yuca era tão sincera que acabou dando voz a tudo que a incomodava.

Mesmo depois de se tornar uma de minhas concubinas oficiais, ela continuou se trancando em seu quarto.

No início, algumas das outras consortes tentaram convidá-la a sair. Seraphina estava entre elas, mas de acordo com ela, “Yuca foi mais difícil de ser persuadida do que o imaginado. Ela é um desafio.” Evidentemente, as mulheres desistiram e, em algum momento, pararam de convidá-la para sair. Supus que Seraphina e Yuca tivessem personalidades opostas.

Para piorar as coisas, nosso casamento foi pouco antes de eu partir para minha campanha de conquista do norte, o que significava que não estive perto de Yuca desde o nosso noivado.

Graças a isso, Yuca se viu isolada nos salões de minhas consortes e de meus apoiadores. Não, essa não é a maneira certa de expressar isso. Ela queria ficar sozinha. E também não saía muito, mesmo quando ainda estava com o clã Nistonia.

— Intimidada… Entendi. Bem, estou aqui para resolver isso — falei enquanto olhava nos olhos dela. Também fui lentamente movendo meu rosto para mais perto.

— Resolver isso…?

— Yuca, somos só você e eu agora, então deixe-me ser franco. Quero fazer amor com você, Yuca.

Ela estremeceu.

Nós éramos casados, mas ainda não havíamos consumado o relacionamento.

Esta não era uma coisa rara. A maioria dos casamentos políticos era para o bem dos clãs envolvidos. Nos piores exemplos, cheguei a ouvir falar de lordes que aprisionaram a consorte em uma torre no dia seguinte ao casamento.

Mas isso não significa que seja certo.

Se eu não consumasse meu relacionamento com Yuca, isso significaria que eu simplesmente a usaria por conveniência política.

— Em minha defesa, estive extremamente ocupado. Mas você também estava muito tímida e havia uma parte sua que me temia. É por isso que fiquei adiando, dizendo a mim mesmo que, nesse caso, não deveria pressioná-la muito.

— Não, a culpa não é sua, Sir Regente… Não sou tão bela quanto suas outras consortes, por isso achei que fosse natural que não me visitasse. E descobri que isso é reconfortante.

Achei que seria esse o caso.

Comparada com a extrovertida Seraphina, havia algo nada enfeitado na introvertida Yuca.

Não era verdade que ela não era tão bonita. Seu tipo de beleza era simplesmente diferente.

— Se você me permitir… — Gentilmente peguei a mão dela entre as minhas. — Esta noite eu gostaria de fazer amor com você, como minha consorte.

Ela sem dúvidas não tinha experiência alguma. Os olhos preocupados dela me encararam de volta.

— Se isso te assusta, não vou insistir no assunto. Não quero te fazer sofrer. Mas acho que se simplesmente deixarmos o tempo passar, você ficará mais assustada. Porque provavelmente voltarei a travar guerras.

Calmamente esperei pela resposta de Yuca.

Não fui capaz de esperar muito para este momento. Minha personalidade era mais adequada para uma situação ofensiva, assim como durante a guerra, por isso não consegui resolver esse problema antes.

Agora esperaria – até que ela dissesse seus sentimentos com suas próprias palavras.

Se descobrisse que ela de fato estava com medo de mim, então não haveria nada a ser feito. Tudo que poderia fazer seria recuar.

Yuca demorou um pouco para falar.

Enquanto nossos olhos se encontravam, seu olhar começou a vacilar.

Imaginei se minha abordagem foi muito extrema… Suponho que tratá-la da mesma forma que tratei Seraphina ou Laviala iria acabar confundindo-a.

Senti que Yuca, mesmo com seu status à parte, era uma garota totalmente normal. Conheci algumas garotas como ela enquanto governava uma aldeia do interior. Quando me tornei um lorde, parei de ver essas garotas.

— Se você estiver com medo, podemos simplesmente passear pelo jardim de mãos dadas. Se até isso for demais… então não vejo problemas em apenas tomar um chá juntos. Vamos fazer algo que te deixará feliz.

Eu sentia quando estava insistindo na ideia.

Era como se estivesse tentando cortejar uma garota por quem me apaixonei.

Não, este era eu realmente apaixonado pela garota chamada Yuca.

Até agora, havia me comportado como um lorde. Embora pudesse amar, nunca tentei namorar alguém. Tinha sido praticamente certo que qualquer parceira desejada olharia em minha direção, então nunca tive motivos para tentar fazer alguém olhar para mim.

Mas estava agora tentando fazer essa garota, Yuca, olhar para mim. Isso era algo que eu nunca tinha feito antes.

Claro, os homens das cidades e aldeias tinham que fazer esse tipo de esforço para cortejar as mulheres pelas quais se apaixonavam. Então teriam que ganhar a confiança delas, ou acabariam sendo rejeitados. Imaginei que repetiam os mesmos movimentos de novo e de novo.

— Ba ha ha ha ha ha ha! O que você está fazendo, o homem que seria rei? Você tem quase trinta anos! Por que está desperdiçando tempo cortejando uma garota tão simples?! É como se você fosse uma criança de quatorze ou quinze anos!

Até a minha profissão estava rindo de mim. Supus que desesperadamente cortejar uma garota não seria o tipo de coisa que um homem que aspira ser rei deveria fazer.

Eu só queria fazer minhas consortes felizes.

E fiz essa garota minha concubina em nome, mas a negligenciei.

Só estava buscando consertar isso.

— Não há nada de errado com esse plano. Para fazer o clã Nistonia despachar tropas, o plano era ir para a Prefeitura Siala enquanto tinha a chance. Não foi um erro. Se você mostrasse a cara, Soltis Nistonia já formaria uma aliança. Siala também fica perto da capital. Ele serviria como um excelente cão de guarda.

Oda Nobunaga começou a fazer uma análise detalhada na minha cabeça.

— Mas você então começou a pensar na garota que tomou como concubina, que é filha do clã Nistonia. E então, antes que percebesse, encheu sua cabeça com essa mulher. Claro, não há nada melhor do que ser capaz de relatar ao pai que vocês têm um relacionamento amigável. Mas você é o regente, ele não espera muita coisa.

Olha, como sempre te digo, só quero fazer minha esposa feliz.

Eu não queria mais mulheres com uma vida trágica como minha irmã Altia. Mas alegar isso e não ser capaz de cuidar das minhas próprias concubinas fazia meu juramento parecer vazio.

Yuca então olhou para o meu rosto.

— Heh heh! Senhor Regente, isso é tão engraçado! — disse ela, e começou a rir. Mas havia lágrimas em seus olhos. — Sou só a filha chata de um lorde qualquer. Não chego nem perto da beleza de Lady Seraphina, Lady Lumie, Lady Laviala ou Lady Fleur. Mas ainda assim… apesar disso… você está me encarando com tanta seriedade…

Yuca pressionou seu peso contra meu peito.

— Peço desculpas pela minha inexperiência, mas peço que me ame esta noite… Não sei nada, mas gostaria de fazer tudo o que puder…

— Obrigado, Yuca.

Apertei o seu corpo. Ela parecia tão leve nos meus braços.

Depois disso, tivemos nossa primeira noite juntos. Demorou muito para isso.

Yuca parecia estar resistindo, mas no final segurou minha mão sob os lençóis.

— Isso pode soar um pouco presunçoso, mas acho que descobri o segredo da sua força.

— O segredo? — falei com um sorriso.

— Não haveria nenhum outro cavalheiro que seria tão intensamente sério em sua busca por alguém como eu. Já estamos além de simples ganhos ou perdas. Ir além dos ganhos e perdas para realizar algo, não é algo que a maioria das pessoas possa fazer.

— Ah, agora entendo o que quer dizer.

Talvez nunca houvesse existido um regente que se esforçou tanto para amar uma única mulher.

Mas havia uma coisa em sua declaração que me incomodou.

— Yuca, daqui em diante não use a expressão “alguém como eu”. Esta é uma ordem como regente — falei, endurecendo minha voz em um tom. — Você é perfeitamente bela. Não se rebaixe assim. Você é uma das concubinas do regente.

— Sim, gostaria de tentar não fazer isso de agora em diante… — Na cama, Yuca mais uma vez escondeu o rosto no meu peito. — Fico tão feliz por ser amada por você. Verdadeiramente, realmente feliz…

Levou algum tempo, mas no final concluí que podíamos nos amar de maneira adequada.

Se possível, queria manter esse relacionamento.

No dia seguinte, planejava visitar o clã Nistonia, mas tinha certeza de que poderia perder um pouco de sono.

Naquela noite, procurei Yuca pela segunda vez.

 

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Cheguei à capital do clã Nistonia, Porto Nistonia, na Prefeitura Siala, com Yuca ao meu lado.

Não era uma viagem particularmente longa se feita de navio, partindo de Maust e pegando o longo da costa. Pudemos aproveitar as marés e chegar ao destino naquela noite.

— Bem-vindo, Sir Regente. Deve ter sido uma longa viagem.

O conde, Soltis Nistonia, apareceu para me dar as boas-vindas. Era tarde da noite, mas supus que ele não poderia ignorar a chegada do regente. Eu devia ter causado algum problema para ele.

— Você pode simplesmente me chamar de seu genro.

Após minha piada, Soltis Nistonia acenou com as mãos e insistiu:

— Não, não, isso seria presunçoso demais…

— Ouvi dizer que as conquistas do oeste não estão correndo muito bem. Achei que você saberia mais — falei.

Essa era a desculpa, mas Soltis não era um tolo. Ele sem dúvidas adivinhou a verdadeira razão para a minha visita.

— Já está tarde, então talvez seja melhor que você descanse um pouco. Afinal, não se pensa bem quando se está cansado.

— Vou aceitar a sua oferta. Obrigado. Além disso, Lorde Soltis… — acrescentei com um sorriso. — Sua filha e eu ficamos bastante íntimos. Yuca é uma das minhas queridas consortes. Vou garantir que ela seja feliz.

Com isso, coloquei minha mão no ombro de Yuca.

Soltis pareceu momentaneamente surpreso, mas então respondeu:

— Obrigado, Sir Regente. Minha filha é uma mulher de sorte por ser amada por você.

Pude ver em sua expressão que ele estava aliviado.

Mesmo que ela tivesse sido usada como meio político, não existiam pais que não se importassem com a felicidade de suas crianças.

 

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No dia seguinte, pedi a Soltis que esvaziasse o quarto e discutimos o assunto em questão.

Ele era meu aliado desde antes de eu me tornar regente. E foi sempre leal à minha causa. Visto que fui traído por meu sogro e cunhado, não seria exagero dizer que ele era o parente no qual eu mais confiava.

— Sobre a conquista do oeste… não parece que não acontecerá sem a minha participação?

— Sim, parece ser esse o caso. De fato estava além dos limites das capacidades de Sua Majestade. Claro, isso não foi responsabilidade apenas de Sua Majestade. Os soldados eram fracos e os generais não tinham experiência… A situação toda tornou a vitória algo quase impossível…

Soltis descreveu uma compreensão idêntica à minha visão da situação. Isso mostrava o quão boas eram as minhas fontes de inteligência.

— O Visconde de Kark não é nenhum especialista em guerra de cerco defensiva — falei. — Não há generais particularmente habilidosos na Prefeitura Orba. Entretanto, se estão atacando para vencer, o problema então está nas forças da expedição ao oeste. Enquanto voltei ao meu castelo de residência para me livrar das suspeitas a mim dirigidas, tenho a intenção de marchar para ajudar Sua Majestade assim que minha ajuda for requisitada.

Soltis balançou a cabeça lentamente.

— Assim que você fizer seu movimento, Sir Regente, este inimigo não terá a menor chance. Podemos dizer que você facilmente conquistará as prefeituras de Orba e Bilgund. Duvido que você tenha intenção de lutar em qualquer um dos territórios antes do canal.

— Não. E eu gostaria que você também participasse desta campanha, Lorde Soltis.

O rosto de Soltis ficou tenso. Ainda assim, não parecia ser uma expressão de desagrado. Ele provavelmente já esperava que eu pedisse isso.

— É claro que ajudarei… No entanto, o campo de batalha desta vez será no interior, na Prefeitura Orba, então não haverá muito uso para a marinha. Não sei como as minhas forças serão úteis.

— Não estou pedindo que se comprometa com a linha de frente. Mas se você participar com uma grande força, tenho certeza de que os outros lordes também enviarão suas tropas pela causa.

A expressão de Soltis mudou. Ele parecia ter entendido a minha intenção.

Se os lordes que não se moveram quando Hasse saiu em sua expedição repentinamente agissem quando eu, o regente, liderasse, que tipo de impressão isso causaria aos outros?

Isso deixaria claro que eu era, de fato, o líder deste reino.

Porém, não havia sentido em testar a lealdade individual de cada lorde. A maioria dos lordes era cautelosa. Eles não tinham escolha, dado que um passo em falso os condenaria.

Dizendo de outra forma, se um grande lorde se apresentasse e liderasse o esforço, os outros confiantemente participariam.

— Entendo. Então você precisa de mim para servir de exemplo para atrair aqueles que estão em conflito a respeito do envio de tropas.

— Quanto aos desordeiros que não enviaram tropas para a expedição de Sua Majestade, imagino que ficarão mais cooperativos se você assumir a liderança no fornecimento de forças militares para os meus reforços. Usarei minhas próprias unidades de elite para lidar com a tarefa de derrubar o inimigo. Graças à duração da expedição para o oeste, obtivemos informações sobre o inimigo. Devemos ser capazes de derrotá-los.

Eu já tinha conseguido informações sobre o funcionamento interno do inimigo com Yadoriggy. Não pareciam ter muitos suprimentos, e se espalhássemos a confusão entre o último escalão deles, eu tinha certeza de que acabariam deixando uma brecha. Afinal, tinham um exército grande o bastante para manter uma defesa prolongada.

Embora o Visconde de Kark e suas forças provavelmente estivessem com a moral elevada após derrotar as forças da expedição, esse moral estava fadado a entrar em colapso assim que enfrentassem a realidade da fome.

— Também aconselharei Sua Majestade e pedir sua ajuda, Sir Regente. Acredito que Sua Majestade está procurando por uma oportunidade para poder recuar.

Não pude deixar de sorrir.

Isso seria muito bom. Seria no mínimo, muito mais fácil para Hasse acenar de forma afirmativa do que eu aparecer pessoalmente oferecendo as minhas tropas.

— Obrigado, mal posso esperar pela ajuda. Vamos fazer o nosso melhor para garantir o futuro do reino.

— De fato. Para isso, precisamos da sua ajuda, Sir Regente.

Soltis e eu levantamos de nossas cadeiras e trocamos um firme aperto de mãos.

Então calmamente acrescentei:

— Por favor, Lorde Soltis, não me traia como Ayles Caltis ou Brando Naaham.

Eu poderia dizer, mesmo sem ver, que o rosto de Soltis empalideceu. Pensei que eu estava sorrindo, mas esse sorriso talvez fosse ainda mais provocativo do que qualquer outra coisa.

— Posso jurar, até hoje não traí ninguém que me serviu com lealdade. Sempre recompensarei a lealdade à minha causa. Vou garantir que o clã Nistonia progrida ainda mais. Então, por favor, tome cuidado ao escolher o seu caminho.

— Sim… Isso nunca irá acontecer… Além disso, de qual lado deveria ficar, senão ao seu, Sir Regente…?

— Verdade, infelizmente me preocupei sem motivos.

Isso deveria ter eliminado qualquer hostilidade.

Apenas me sirva com lealdade. Isso seria benéfico para a sua família. Não tome uma decisão estúpida como a daqueles que acabaram destruídos.

— Fico ansioso para continuarmos nossa cooperação — falei com um sorriso calmo.

O clã Nistonia definitivamente continuaria me servindo com lealdade.

 

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Depois de confirmar a próxima etapa com o clã Nistonia, embarquei no navio para retornar ao Castelo Maust.

Era uma viagem de navio, e Yuca estava ao meu lado. Sentamos os dois na cama. Se o navio se movesse de forma irregular, só precisaríamos nos deitar para aliviar o enjôo.

Embora ela não tivesse viajado muito enquanto era mais jovem, por algum motivo não era muito afetada pelo enjôo. Talvez fosse o sangue dos lordes de uma cidade portuária.

— Hm… a razão para você me amar tanto é esta aliança?

Sua voz estava fraca e ela não encarou meu olhar, mas havia uma crítica implícita à sua pergunta.

— Eu estaria mentindo se dissesse que não tem nada a ver com isso. Yuca, você não é uma camponesa, afinal, mas filha de um conde — falei enquanto passava meu braço em volta do ombro dela. — Mas acho que você já sabe os meus sentimentos. Sim, sei que tenho várias consortes, mas isso não significa que não te amo, Yuca.

— Sim… eu sei disso… — Yuca se encostou em mim. — Aprecio o fato de você ter me dado a chance de me encontrar com meu pai. Afinal, se não tivéssemos sorte, talvez nunca mais nos víssemos.

— É nisso que você estava pensando, Yuca?

Era raro ela falar em coisas tão drásticas.

— Não, isso foi o que meu pai disse enquanto conversávamos a sós. Ele contou que haverão batalhas muito maiores do que as de antes, e houve muita coisa que não conseguiu mencionar ou explicar.

Soltis estava evidentemente preparado para o que estava por vir.

Claro, eu pretendia vencer. Estava me preparando para ter certeza de que conseguiria fazer isso. Mas não significava que o inimigo estaria despreparado, e era possível que o inesperado mudasse os resultados em um instante.

Existiam muitos exemplos de uma força menor milagrosamente derrotando uma maior nos livros de história.

Eu não sabia o que aconteceria a seguir. Era possível que meus aliados acabassem mortos no processo. Houve um entre os irmãos de Oda Nobunaga que foi morto pelo inimigo durante a campanha. Muitos dos seus vassalos também morreram. Não existia campanha de unificação sem perdas.

O máximo que eu poderia fazer era reduzir essas perdas ao mínimo.

— Oh, o que é isso? Hoje você está bastante sentimental e pessimista.

Oda Nobunaga, em assuntos como este, um pouco de pessimismo não é uma coisa tão ruim. Os grandes comandantes não devem apenas confiar que as coisas correrão conforme planejado, não é?

— Justo. No final, você não saberá até que realmente tome uma atitude. O caminho de um conquistador é solitário. Você começou a se acostumar com essa solidão. Essa é a prova de que você cresceu. A unificação logo estará ao seu alcance.

Vou aceitar isso como um elogio.

Oda Nobunaga, vou unificar o mundo da maneira que você não conseguiu.

Eu não sei onde você está, mas apenas observe.

 


 

Tradução: Taipan

Revisão: Gabs

 

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