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Um Trabalho Misterioso Chamado Oda Nobunaga – Vol 01 – Cap. 14 – Bônus – Festa de aniversário de Alsrod

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Tive a cerimônia de meu vigésimo aniversário em minha casa, o Castelo de Nayvil. No Reino de Therwil, era costume fazer uma cerimônia simples para homens e mulheres quando fazem 20 anos. Claro, na verdade não foi mais do que uma curta formalidade que terminou em trinta minutos no máximo, mas foi uma espécie de rito de passagem. Neste país, não havia uma idade estritamente definida para se tornar um adulto, portanto, diferentes ritos de passagem coexistiam, incluindo a cerimônia de outorgação de profissão e a cerimônia do vigésimo aniversário. Ou se eu fosse o filho legítimo mais velho e meu pai ainda estivesse vivo, a sucessão também teria ocorrido nessa época.

— Eu acho que provavelmente irei mudar minha capital para Maust, mas acho bom comemorar meu vigésimo aniversário na minha cidade natal. — Eu disse na frente dos meus vassalos presentes. Claro, não eram todos os meus vassalos reunidos. Eu ordenei que eles priorizassem qualquer outro trabalho que tivessem. Não estamos em tempos de paz. Cerimônias não significavam nada se você perdesse seu território nesse meio tempo.

Um sacerdote se aproximou e colocou um pouco de álcool em meu copo. Quando eu bebesse isso, significaria que a cerimônia havia chegado ao fim.

— É parecido com a nossa cerimônia de maioridade. Nós a chamamos de genpuku. (Nota sobre genpuku)

Então, o seu mundo também tinha algo semelhante.

— Mas, ao contrário do meu mundo, vocês não mudam seus nomes. Na verdade, os japoneses podem ter mudado demais de nome. Como aquele que me lembro como Kenshin, nem consigo me lembrar de quantas vezes ele mudou o dele.

Ainda bem que não tínhamos esse sistema. Pode ser bom para você, mas lembrar os nomes de seus vassalos seria tão problemático se eles ficassem mudando o tempo todo.

Bebi a bebida um pouco ruim, alguns vassalos deram os parabéns e o ritual terminou. Enquanto meus vassalos lentamente saíam da sala de cerimônia, Laviala permaneceu imóvel.

— O que é, Laviala? Algo diferente do seu vigésimo aniversário? — Laviala já havia feito sua cerimônia, pois era menos de um ano mais velha do que eu. Não havia tantos participantes no dela quanto no meu, já que eu era um conde agora, mas fora isso tudo era basicamente o mesmo.

— Lorde Alsrod, gostaria de um pouco do seu tempo depois do meio-dia de amanhã. Pode ser?

— Meio-dia? Bem, eu não tenho trabalho que não possa delegar, então não é impossível.

— Eu sei que não. — Laviala respondeu, sorrindo docemente. Ela sabia os horários dos meus trabalhos. Em outras palavras, eu não tinha o direito de recusar. — Por favor, vá para meus aposentos então. Obrigada! — Ela disse alegremente e saiu da sala de cerimônia. Mas o que ela queria, me chamando para ir a seus aposentos depois do meio-dia…? Se fosse sobre algo importante, ela também não teria dito com tanta alegria. Talvez fosse realmente algo… você sabe… dentro de quatro paredes? Ela não poderia esperar até de noite? Eu não poderia simplesmente perguntar se era isso também…

— Irmão. — Só Altia e eu estavam na sala. Ela quase nunca estava por perto durante minhas funções oficiais, mas como esta era uma cerimônia para parentes próximos, ela veio. Ela me olhou com um pouco de desdém. — Irmão, você estava pensando em algo indecente quando a Srta. Laviala o convidou para o quarto dela, não é?

Fiquei com vergonha de responder. Altia parecia ter bons sentidos aguçados para esse tipo de coisa ultimamente. O motivo era claro: Seraphina estava colocando ideias na sua cabeça.

— Como irmã de um conde, você realmente deveria pensar antes de falar.

— Ah, eu sei. É por isso que estou falando quando não há ninguém por perto.

— De qualquer maneira, isso não é da sua conta. Na verdade, não pensar nada no que ela disse seria estranho. Meus pensamentos estavam totalmente normais.

Sua expressão ainda não mudou, mesmo que isso não fosse incomum, já que ela não era realmente o tipo que sorria alegremente.

— Hmm, eu me pergunto se a Srta. Laviala ficaria feliz em saber disso. Bem, até mais.

Altia saiu da sala com uma dama de companhia. Percebi então que ela não havia dito uma palavra sobre meu aniversário, nem mesmo durante a cerimônia. Como seu irmão mais velho, isso me deixou um pouco triste. Tive tanto cuidado em criá-la como uma jovem educada também…

No dia seguinte, como prometi a Laviala, terminei meu trabalho no final da manhã e fui para seus aposentos. Disse a meus outros vassalos que tinha um trabalho importante a cumprir. Afinal, eu era conhecido como um governante trabalhador que quase nunca fazia pausas, então precisava de um motivo. Bom, mesmo que eu não estivesse fingindo ser um governante trabalhador. Naturalmente, eu tinha muito mais trabalho a fazer com todo o meu novo território. Bati na porta de Laviala.

— Entre. — Laviala disse de dentro.

Eu sou um conde, sabe…, pensei, mas ficar com raiva de Laviala, que sempre me tratou como um irmão mais novo, não adiantaria, então abri a porta. Assim como eu, senti a presença de vários outros. Eu reflexivamente comecei a recuar, pensando que poderia haver um assassino por ali. Era difícil pensar em um bom motivo pelo qual várias pessoas estariam no quarto de Laviala. Cometi um erro? Deveria ter sido mais cauteloso. Um governante tinha inúmeras pessoas que queriam matá-lo. Se eu fosse assassinado aqui, seria apenas um entre um zilhão de outros aspirantes a senhores da guerra nesta era caótica…

— Feliz aniversário, Lord Alsrod!

— Feliz aniversário, querido!

— Feliz aniversário, irmão.

Ouvi três vozes uma após a outra. Na minha frente estava Laviala, e à esquerda e à direita estavam Seraphina e Altia, respectivamente. E as três estavam segurando flores rosas brilhantes.

— Ah, então é disso que se tratava… — Assim que percebi o que estava acontecendo, relaxei instantaneamente. Elas realmente deveriam ter me parabenizado por não desmaiar ali.

— Aqui, Lorde Alsrod, essas flores são para você! — Laviala me entregou o buquê mais magnífico dos três. Se eu me recusasse a aceitar depois de tudo isso, não poderia reclamar se elas começassem uma revolta. Peguei firmemente com as duas mãos.

— Muito obrigado, Laviala.

Ela puxou o braço em que eu segurava as flores. — Tudo bem, não fique aí parado, por favor, venha até a mesa. Temos um chá e uma sobremesa deliciosos para você! — Agora eu não era nada mais do que um irmãozinho sendo arrastado pela irmã mais velha e me sentei. O quarto inteiro estava adornado com decorações de papel colorido, aparentemente apenas para este dia.

Olhando para minha consorte, perguntei: — Isso foi tudo ideia sua, não foi, Seraphina?

Ela fingiu estufar as bochechas. — Bem, com licença! Laviala foi quem trouxe isso à tona. Ela disse você nunca comemorou aniversário antes.

— Bom, eu perdi minha mãe quando era pequeno. Meu pai estava ocupado com o trabalho e ninguém se importava comigo. Minha família não era importante o suficiente.

Naquela época, ninguém esperava que eu tivesse autoridade. Nem eu, para ser sincero. Então, quem iria querer comemorar?

— Então eu disse à senhorita Laviala que deveríamos ter uma festinha legal. Quero dizer, vinte anos também é a ocasião perfeita.

— Então você fez parte disso, hein?

— Ah, fica quieto! Eu apenas dei a ela um pouco de inspiração. Eu sou como uma tocha. A tocha não queima sozinha. — ela disse, parecendo ainda mais travessa do que o normal.

— Lorde Alsrod, certamente você pode tirar pelo menos um dia de folga por ano para relaxar assim, certo? Vou pegar um pouco de chá para você. — Laviala despejou o chá do bule em uma xícara. Um aroma levemente amargo encheu meu nariz.

— Verdade. Pode ser bom ter um dia como este às vezes. Obrigado, Laviala. Quero dizer, obrigado a todas. — Eu me virei para Altia, que havia se sentado. — Então é por isso que você estava agindo tão fria ontem. — Há poucos momentos, ela me desejou um feliz aniversário. Como seu irmão mais velho, isso me deixou feliz de verdade. Altia era o único parente de sangue que eu tinha.

— Fiquei desapontada com você, pensando coisas sujas quando a Srta. Laviala pediu que você viesse para o quarto dela. — Ela respondeu friamente.

— Ah, esquece isso. Foi um erro!

— Por que você não dá um beijo na Srta. Laviala, querido? — Seraphina estava instigando novamente. Bem, se eu estivesse sozinho com Laviala aqui, eu já teria dado um beijo nela há muito tempo. Mas minha esposa e minha irmã estavam aqui, era mais natural ter autocontrole.

— Mas isso não vai incomodar você? Quero dizer, você é minha esposa.

— Vamos, não sou tão chata. É apenas um beijo, então vá em frente.

Eu não pude deixar de fazer isso depois de ouvir isso. “Beije-a”, Altia me incentivou. Ela queria que Laviala e eu fôssemos felizes juntos.

Levantei devagar e parei na frente de Laviala. — Laviala, posso beijar você?

— Sim, Lorde Alsrod.

Já tínhamos nos olhado nos olhos mais vezes do que eu poderia contar, mas o olhar que compartilhamos parecia algo muito especial. Envolvi meu braço em volta da cintura dela, e a puxei para perto e pressionei meus lábios nos dela. Eu estava com Laviala tinha vinte anos. Se possível, eu queria ainda morar com ela por dez ou até mais vinte anos. Sério, eu queria continuar beijando ela por mais tempo, mas…

Seraphina e Altia batiam palmas para fazer um ponto. — Querido, não está demorando demais? Mais um pouco e terei que voltar para a casa do meu pai.

Certo. Não posso negligenciar muito minha esposa. Mesmo com um sorriso no rosto, ela poderia estar tramando algo tortuoso. — Sim, eu deveria tornar as coisas justas. — Sem nem esperar por uma resposta, dei um beijo rápido em Seraphina.

— Ah, querido, você é tão mau… — Ela estava nervosa, mas não parecia se importar, e foi por isso que eu fiz isso.

— Irmão, quando você se tornou um mulherengo? — Com certeza, minha irmã estava olhando para mim de novo.

— Como se costuma dizer, grandes homens são românticos. É a prova de que estou me tornando um grande homem.

 


 

Tradução: Rlc

Revisão: Thun

 

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Vol 01 – Cap. 14