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Super Minion – Cap. 24.1 – Bom até a Última Mordida

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É uma pena que os Espada sejam tão anti-mutantes. Se eles tivessem alguns modelos de combate, poderiam até ter tido uma chance. O corpo humano não modificado é incrível em alguns aspectos, mas não tanto em uma luta com armas afiadas. Faça buracos demais e eles não conseguem nem parar de sangrar. Como Frankie, por exemplo: três facadas no estômago e um tendão cortado, e agora ele estava sangrando no meio da sala, enquanto a multidão de minions Espada tentava descobrir como passar por mim. Eles tinham facas, canos e alguns dos mais corajosos tentaram usar os punhos, mas não acho que seu treinamento de combate seja muito bom. Péssimo jogo de pernas, eles mal observavam seu posicionamento e, ao contrário dos ratos, não tinham senso de trabalho em equipe ou de como usar os números a seu favor. Uma tinha uma arma, mas hesitou demais para atirar enquanto eu estava ocupado com seus aliados. Um erro que me permitiu roubar a arma sem que ela desse um tiro significativo.

Se eu fosse julgar, o pior erro deles provavelmente foi me deixar ficar entre eles e a única porta.

Eu rasguei a garganta de um dos últimos minions na minha frente, e então havia apenas quatro. Frankie, um minion que desmaiou quando joguei a cabeça de um minion na multidão, e uma fêmea que estava tentando ajudar um macho a colocar suas tripas de volta. Agora tudo o que restava era a limpeza. Eu só esperava poder fazer isso rapidamente, antes que mais alguém aparecesse. Provavelmente havia mais Espadas como guardas de perímetro ou algo assim, mas eu só queria me livrar daqueles que tinham me visto.

Eu apunhalei o minion inconsciente e qualquer outro cadáver que parecesse relativamente intacto. Quanto a Frankie, eu não me incomodei em chegar perto, apenas joguei facas nele até que seu poder fosse desativado e ele parasse de se mover, e depois mais algumas por garantia. Então me aproximei do macho ferido. Surpreendentemente, ele estava muito bem considerando a extensão de seus ferimentos, ele estava quase sentado e conversando com a fêmea.

— Você precisa! Já posso sentir! Estou com tanta fome…

— NÃO! Isso é impossível! Sua reação é tão forte, não pode ser mutavus! Podemos dar um jeito ou, ou… — suas palavras foram sumindo, e ela se afastou de mim quando me aproximei.

Mutavus? Eu examinei o ferimento no abdômen do macho por um momento e fiquei agradavelmente surpreso. Os tecidos estavam se juntando de volta lentamente, e suas entranhas estavam sendo puxadas de volta para o lugar por dentro. Não era tão impressionante ou rápido quanto o pelo amarelo, mas estava muito acima do que um humano normal era capaz de fazer. Além disso, havia pequenos indicadores de outras mudanças começando a ocorrer. Crescimento ósseo e novas formações de tecido que estavam começando a fechar a ferida aberta em seu abdômen. Não era apenas regeneração, também era modificação.

Deve ser uma mutação em ação! Eu não havia visto nenhuma até agora e estava ansioso para obter boas amostras do vírus. Era surpreendentemente evasivo, considerando o quão infeccioso deveria ser.

Eu me aproximei do o macho mutante, quando a fêmea de repente gritou:

— NÃO TOQUE NELE, SUA ABERRAÇÃO! ISSO É TUDO CULPA SUA. Seu MONSTRO!

Eu ignorei a fêmea gritando e fui até o macho, quando de repente a fêmea me empurrou. Fiquei surpreso que ela tentasse uma manobra tão ineficaz e a empurrei imediatamente.

Eu percebi a queimação um segundo depois.

Danos na epiderme detectados.

Ameaça estimada: Alta.

Minha carne estava queimada onde ela me tocou, algum tipo de ácido. Eu rapidamente ejetei as áreas afetadas e recuei da ameaça inesperada; se o vetor fosse baseado em toque, eu precisava criar distância. Ela estava escondendo uma arma? Duvidoso. Não teria esperado até que todos os seus aliados estivessem mortos para usar uma arma tão eficaz.

Enquanto eu observava, um líquido claro começou a gotejar rapidamente e formar uma poça ao seu redor. Tudo o que tocava chiava e se dissolvia; móveis, o tapete fino, suas próprias roupas e os cadáveres ao seu redor. Ela mesma ignorou a substância e ficou de pé, ainda gritando obscenidades. Aparentemente, ela era imune à substância. Então ela olhou para mim e atacou.

Eu me esquivei da resultante chuva de gotas e me afastei para a porta, as gotas queimando buracos no tapete onde eu estava. Hmm, isso era uma mutação ou um poder? Biologicamente ela parecia inalterada, mas a quantidade de líquido que saía dela era fisicamente maior do que seu corpo podia manter… a menos que ela o estivesse convertendo do ar de alguma forma?

Ela moveu o braço em minha direção novamente, e desta vez um jato espesso do ácido claro saiu de seu braço, vindo em minha direção. Eu me esquivei de novo, mas notei que ela já estava juntando mais ácido para jogar, desta vez em uma massa estranhamente contorcida em torno de sua mão. Definitivamente um poder, ela deve ter despertado agora pouco. De qualquer forma o estava usando de forma eficaz, e seu controle estava crescendo a cada segundo. Isso estava rapidamente se tornando perigoso demais para continuar observando.

Peguei a arma que roubei no início da luta e atirei várias vezes em sua cabeça e torso, até ficar sem balas.

Ela caiu para frente e bateu no chão, imóvel e, com sorte, morta. Então, surpreendentemente, seu corpo começou a mudar de cor rapidamente, pouco antes de perder a coesão e se dissolver, tornando-se o próprio ácido que vinha produzindo. O volume adicional de ácido criou uma pequena onda que se estendeu, envolvendo o resto da sala (enquanto eu me retirei para fora da porta) e todos os objetos dentro dela.

Incluindo o macho mutante.

Ele gritou brevemente, mas a substância agressivamente corrosiva facilmente ultrapassou sua regeneração e o devorou completamente, junto com todos os outros corpos e móveis próximos.

Depois que o macho morreu, a sala ficou repentinamente em silêncio. O único som era o chiado do ácido enquanto lentamente se acomodava no chão da sala. Coloquei um dedo na substância, para tentar analisá-la, mas era tão corrosiva que destruiu as microunidades e não consegui fazer uma leitura da composição. Desapontado.

Examinei a sala uma última vez, notando como o ácido comia qualquer coisa que não fosse pedra ou metal (e esses ainda pareciam um pouco corroídos). No volume atual, provavelmente dissolveria quase tudo antes de ser finalmente neutralizado ou evaporado.

Ai ai. Pelo menos a limpeza foi fácil.

 

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Me sentei no banco de trás do táxi e ponderei sobre as últimas horas. Felizmente, a fêmea produtora de ácido permaneceu morta. A maneira como o corpo dela se desintegrou foi muito estranha, mas minhas buscas na internet por uma explicação não tiveram resultado. A coisa mais próxima que consegui encontrar foi uma referência a despertares ruins, mas duvido que isso se aplique neste caso. Seu poder estava funcionando bem até ela morrer. Atribuí a estranha desintegração apenas a uma peculiaridade de seu poder.

Uma coisa que isso trouxe à tona é que eu realmente precisava descobrir uma arma de longo alcance viável. Sandra argumentou contra o uso de armas devido aos riscos legais, mas eu estava um pouco mais preocupado com os riscos físicos de não ter uma opção de longo alcance. Felizmente, a que roubei estava em condições muito melhores do que a primeira que adquiri. Eu não tinha mais munição, mas desmontar a arma me deu uma imagem muito mais clara dos detalhes sutis envolvidos. Como as estrias do cano para fazer os projéteis girar. Eu não teria pensado nisso. Agora eu só precisava de um design que funcionasse com ossos e músculos. Se não pudesse usar armas mecânicas, então uma arma biológica teria que servir. Certamente não haveria argumentos se ela fosse produzida pelo meu “poder”.

Talvez eu tenha que confirmar isso com Sandra de qualquer maneira. Eu estava tendo problemas para esconder detalhes dela e não achava que poderia ganhar uma discussão. Não que discutir com ela não fosse uma ideia produtiva, ela estava certa sobre muitas coisas até agora. Como quando ela disse a Ifrit: “Tofu tem coisas nas quais é bom e você tem coisas em que é boa”. Ifrit era melhor em explodir coisas e causar danos a propriedade, e eu era bom em matar. Como éramos uma “equipe”, fazia sentido me livrar das ameaças que Ifrit não conseguia.

Embora eu estivesse um pouco preocupado que Sandra descobrisse que eu matei Sanguine, e depois que ela me disse para não chegar perto dele. Espero que, se ela descobrir, meu sucesso a acalme.

Rastrear Sanguine foi fácil (ele deixou um rastro de cheiro de sangue tão óbvio que poderia muito bem ter sinais apontando para ele), e felizmente minhas contramedidas funcionaram perfeitamente. Controle sobre o sangue era bastante poderoso quando seus oponentes tinham sangue, mas eu substituí temporariamente o meu por uma mistura de solução salina e micro unidades, para substituir as funções que o sangue normalmente desempenharia. Achei estranho que seu poder exigisse uma mistura específica de células e plasma, mas como estava percebendo rapidamente, os poderes raramente pareciam ter regras completamente lógicas.

Com o poder neutralizado, ele não resistiu muito. Mesmo com seu poder de sangue reforçando seu frágil corpo, ele não resistiu ao meu ataque. O que será que havia de errado com ele? Muitos de seus órgãos mostravam sinais de fadiga e a produção de células estava abaixo do padrão. Comê-lo não revelou uma causa direta…

… ou qualquer outra coisa importante. Nenhum mecanismo físico para mover o sangue, nenhuma anomalia cerebral, nada sobre a composição de seu sangue era incomum de forma alguma. Eu fiz uma análise completa, mas não havia nada para copiar ou roubar.

Desapontado.

Mas, no mínimo, confirmou minha teoria. Poderes não eram replicáveis. Consegui consumir um pouco do pelo amarelo, o vigilante e Sanguine inteiros, e alguns pedaços de Frankie. Nenhum ganho.

É verdade que o “especial de almoço” no RedFin havia me dado designs utilizáveis, mas suspeitei que isso fosse meramente um resultado de sua anatomia básica exótica, e não uma faceta de sua ativação de poder. Não, se eu fosse copiar códigos e designs mais úteis, precisaria mirar mutantes e animais.

Eu precisava aprender mais sobre mutavus.

Quanto a como fazer isso… caçar mutantes provavelmente era uma má ideia. Muitos riscos com essa opção, e os Capangas de Hellion pareciam ser muito amigáveis a mutantes. Eu não gostaria de entrar em conflito com minha própria facção.

Fazer buracos em humanos normais provavelmente seria ainda pior. Todos os mesmos riscos, mais a chance adicional de causar um despertar perigoso (como este incidente com a mulher ácida provou). Se eu decidisse tentar forçar mutações, definitivamente precisaria esperar até o fim do Verão Bizarro.

Portanto, por enquanto, a pesquisa eletrônica teria que servir.

Usei meu celular para abrir a página “wiki” do mutavus. Embora já a tivesse lido por inteiro, esperava que alguns dos “links” pudessem me levar a uma descrição mais detalhada das características físicas do mutavus. A wiki tinha principalmente informações históricas e informações sobre prevenção e tratamento, nenhuma das quais eu estava muito interessado.

Por que alguém iria querer prevenir uma mutação de qualquer maneira? Pelo que eu havia visto, mutações eram amplamente benéficas. Realmente, poderes pareciam ser muito mais eficazes, mas apesar do Verão Bizarro eles ainda eram raros. Eu considerava uma mutação uma excelente alternativa. Apenas mais uma peculiaridade dos humanos, eu acho.

— Ei, garoto? Desculpe, mas não vou dirigir mais longe do que isso.

Fui tirado de minhas reflexões pelo taxista. Ele era um homem baixo com um grande bigode, vestindo um colete à prova de balas e capacete contra explosões semelhante aos usados pelos Capangas de Hellion (exceto que o dele era amarelo, como seu táxi), e ele parecia muito ansioso. Ele se encolhia a cada movimento repentino, segurava o volante com as duas mãos e seus olhos percorriam as áreas além das janelas enquanto ele mastigava um “cigarro” apagado. Sempre que um pedestre aparecia, sua mão direita recuava em direção a uma “espingarda” que ele havia montado no banco do passageiro. Aparentemente, motoristas de táxi podiam portar armas.

— Qual é o problema? — perguntei.

— Mais à frente é bem no centro do território Hellion, não vou pra lá tão tarde assim. Tem certeza de que é aqui que precisa ir?

— Sim, eu moro a alguns quarteirões daqui.

— Jesus…

— Está tudo bem, eu posso andar a partir daqui.

— Seu funeral, garoto.

O táxi possuía uma barreira reforçada entre os bancos dianteiros e traseiros, com um dispositivo de pagamento montado nela. Inseri meu cartão, paguei ao homem e saí do veículo. O táxi saiu em disparada assim que a porta foi fechada. Eu entendi sua relutância em entrar no território de uma vilã. Originalmente, eu havia planejado pegar o ônibus, mas ele passou zunindo pelo ponto de ônibus enquanto pegava fogo (mas sem passageiros… ou motorista). No caminho de volta para rua Ashwood, também vi outros incidentes, como um pequeno enxame de ratos sendo contido pela polícia e um edifício que de alguma forma foi virado de cabeça para baixo enquanto permanecia perfeitamente conectado às pontes circundantes (doeu olhar aquilo). Parecia que o Verão Bizarro estava em pleno vigor.

Fui em direção ao prédio de apartamentos, e enquanto caminhava, rapidamente notei vários humanos e mutantes que estavam vagando por ali, me encarando ou zombando em minha direção. Suas atitudes mudaram totalmente quando peguei minha máscara e a coloquei. Grupos de vagabundos praticamente desapareceram do meu caminho e, em vez de olhares ameaçadores, eles evitaram o contato visual ou deram breves acenos de cabeça que eram um sinal humano de reconhecimento, e me disseram, respeito.

Pelo que me foi explicado, esses não eram membros oficiais dos Capangas de Hellion, mas, em vez disso, gangues locais sem poderes, “groupies” de capuzes ou mesmo civis que mantinham lealdade a Hellion ou simplesmente hostilizavam os inimigos de Hellion. Usar uma máscara de Capanga de Hellion nesta área era basicamente um passe livre.

E se Pebbles pudesse ser acreditado, minha disposição de vestir minha máscara de minion em público, e claramente à vista das pessoas, valia “reputação’. Espero que isso tenha algum valor. Meus fundos estavam baixos e o táxi foi caro.

Eu voltei para o prédio sem mais incidentes, e usei uma entrada lateral (com uma sala de entrada com tranca para tirar as máscaras) para entrar no prédio. Então subi alguns degraus e passei meu cartão de acesso na fechadura da porta, e então eu estava no meu apartamento.

— Meu apartamento.

Huh.

Na verdade eu gostei. Acho que realmente valia a pena, afinal. O túnel havia sido meu, mas apenas no sentido de que o usava para dormir, e nenhum outro ser humano o usou para navegar enquanto eu estava lá.

Entrei no “quarto” e me sentei na cama, vasculhando os websites que abri no meu celular. Eu estava tendo uma dificuldade frustrante para encontrar qualquer coisa sobre as propriedades físicas do vírus mutavus. Quase todos os dados concretos estavam concentrados nas taxas de mutação registradas, ou sintomas e tratamento, ou na história de sua disseminação. Mas havia apenas especulação e teoria sobre o vetor real da infecção, ou a composição física do vírus. Aparentemente, a única maneira de saber se você estava infectado era sofrer um ferimento mortal e começar a sofrer mutação. Caso contrário, o vírus estava completamente dormente e invisível para qualquer tentativa de localizá-lo. Assim que a mutação começava a ocorrer, amostras podiam ser coletadas do indivíduo afetado, mas também havia problemas com isso. Depois que o processo metamórfico era concluído, o vírus voltava a um estado de dormência, e as amostras que os cientistas e médicos coletaram durante o período eram frágeis e se desfaziam rapidamente. Além disso, parecia haver uma ampla gama de diferenças entre as amostras com base nos tipos de alterações físicas ocorrendo.

O artigo mais interessante que li era de amostras retiradas de uma mutação rara que concedeu extensas propriedades regenerativas ao receptor, mas deixou suas características externas praticamente inalteradas. Os cientistas pensavam que se eles pudessem cultivar aquela cadeia de mutavus e expor as pessoas a ela de propósito, poderiam dar às pessoas uma mutação benéfica que não alterava a aparência e, portanto, os tornava imunes a mutações menos desejáveis. As amostras foram injetadas em vários voluntários…

… que na maioria morreram de “câncer” vários meses depois. Dois escaparam sem que nada acontecesse. E um voluntário sofreu uma mutação tão grave que foram forçados a matá-lo, sua mutação o forçando a atacar e comer outros humanos, ou sofrer ainda mais mutações. Obviamente, o vírus era mais complicado do que os humanos pensavam.

Me pergunto se é por isso que minhas micro unidades se autodestroem sem um sinal do núcleo. Sem direcioná-las, eu poderia definitivamente as ver causando problemas.

Fiquei um pouco desapontado com a pouca informação que os humanos possuíam. No entanto, era um tanto compreensível. Mutavus começou a aparecer há cerca de sessenta anos de acordo com esses relatórios, mas só se tornou um “problema” mundial nas últimas duas décadas. Considerando que nem mesmo eu era capaz de detectar mutavus dormentes, era injusto esperar mais dos humanos em um período de tempo tão curto, (eles tinham que se concentrar em problemas reais como Verão Bizarro, afinal). Eu só teria que fazer a pesquisa eu mesmo, ou talvez Jasper saberia mais sobre o assunto. Mas isso pode esperar até amanhã.

Eu me acomodei para dormir. Era bom ter realizado tanto em um único período de vinte e quatro horas. A defesa de balas adquirida, fonte de informação assegurada, a maior ameaça à minha posição em uma facção forte eliminada e um local onde eu poderia praticar “cozinhar”. Sim, hoje foi um bom dia.

Eu descansei minha cabeça no travesseiro e me cobri com o cobertor. É hora de dar uma chance a essa coisa de cama.

Era muito macio… e meu peso me fez afundar bastante no colchão… e se eu tivesse que reagir rápido, o colchão e os lençóis forneceriam uma tração ruim. Isso não funcionaria. Saí da cama e a examinei novamente, antes de decidir rastejar para baixo dela.

Ahhh. Muito melhor.

 

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Acordei cedo na manhã seguinte e fui até o elevador escondido no prédio. Este exigia ambos um cartão de acesso e uma máscara para acessar. Ao chegar à base, fui direto para a grande câmara principal.

Para obter café da manhã.

Enquanto Sandra me dava um sermão sobre mantimentos e nutrição adequada, ela também deixou passar esse pequeno pedaço de informação: a lanchonete dos Capangas de Hellion servia um café da manhã de cortesia se você chegasse cedo.

Por que será que ninguém me contou sobre isso?

Peguei alguns muffins e um bule de café e me sentei à mesa para comer. Alguns minions passaram com seus próprios cafés da manhã e disseram bom dia, mas quando notei Mikey vindo do corredor do elevador, acenei para ele se juntar a mim. Eu não o via desde segunda-feira e tinha um monte de coisas para conversar. Ele se aproximou quando me notou acenando.

Waaaah

— ‘dia Tofu. Tem muffins suficientes aí?

— Não, mas me disseram que não deveria “monopolizá-los”. Aqui, pegue um.

Eu gentilmente entreguei um muffin de gotas de chocolate. Mas não o de limão com sementes de papoula. Esses eram meus.

Conversamos sobre coisas que aconteceram nos últimos dois dias. Eu disse a Mikey, em termos inequívocos, que perder o jantar da empresa tinha sido um erro (perder comida boa de graça era simplesmente irresponsável), e então eu dei a ele um relato de minhas atividades ontem (sem mencionar a eliminação de Sanguine). Mikey aparentemente estava trabalhando com outros minions de máscara preta ontem, configurando dispositivos de rede para Socket, e descobrimos que ambos estávamos programados para sair e configurar mais dispositivos de rede. Infelizmente, quando mencionei a tentativa de chegar ao nível cinco no Gribblin Tamer, Mikey revelou que não jogava aquele jogo e não sabia o segredo para avançar. Droga. Terminamos o café da manhã pouco depois e eu devolvi o bule vazio de café.

— Tofu, aonde você está indo? A garagem é por aqui — disse Mikey.

— Treinamento matinal com Adder. Perdi o de ontem.

— O trabalho começa em, tipo, uma hora.

— O que nos dá uma hora para treinar. Você não vem?

— Ehhhh…

— Vamos, Mikey. Você não pode perder comida e treinamento. Eles são importantes!

Sério mesmo. E Sandra reclamou que eu fazia coisas perigosas.

Persuadi Mikey em ir ao ginásio e, pelo resto da hora, treinamos com Adder e outros minions até a hora de o trabalho começar. Foi uma coisa boa, o treinamento de combate de Mikey definitivamente estava deficiente. O que exatamente aquelas escolas de humanos estavam fazendo?

Depois de terminar o treinamento, encontramos Rattleback na garagem para obter instruções. Aparentemente, meu trabalho principal seria simplesmente permanecer na van e agir como reserva no caso de uma situação que exigisse alguém com poderes. Os minions sem poderes cuidariam da configuração dos dispositivos de que Socket precisava para sua rede.

E então Mikey, Brilla e Fred da equipe três, Tedic (um dos novatos que não havia desistido) e eu, todos amontoados na van com uma pilha de dispositivos do Socket.

Então a coisa mais estranha aconteceu.

Tivemos um dia completamente relaxante e calmo.

Navegamos ao redor da Seção Norte de E13, onde estavam a maioria das alterações nos edifícios. De vez em quando, parávamos e os minions pegavam um dos dispositivos e o instalavam em algum lugar inócuo. Fora isso, encontramos uma das gangues locais, evitamos alguns policiais e conversamos com o super-herói Brick, o que foi legal.

Mas não houve nenhuma luta e nada tentou me matar. Foi estranho. Mas legal.

 

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Bing, Bong

As portas de vidro deslizantes se abriram e eu entrei no mercado.

Eu amei o ar aqui. Era fresco e puro e cheirava a muitos alimentos diferentes. Em toda parte havia prateleiras de comida, em caixas, sacolas e latas de metal. Tudo estava etiquetado com seus próprios símbolos e os preços eram claramente exibidos. Havia até sacos de açúcar bruto, se quisesse comprá-los. Comida, linguagem, números e carrinhos que você podia usar para transportar coisas. Era como se os humanos tivessem decidido pegar todas as coisas boas que haviam criado e colocá-las no mesmo lugar. A única maneira de ser melhor seria se eles incluíssem alguns simuladores de treinamento de fliperama.

Peguei um dos carrinhos e me dirigi para os corredores. Meu salário pelo trabalho no domingo havia chegado (uma surpresa feliz depois do trabalho de hoje), então eu tinha bastante dinheiro, mas planejava seguir o conselho de Sandra e visar apenas os alimentos específicos de que precisaria. Pães, burgers de tofu congelados, “ketchup”, açúcar, substituto do queijo, peguei esses e outros itens e os coloquei no carrinho, percorrendo lentamente uma lista de “ingredientes” que eu precisaria para fazer uma “receita” que havia baixado no celular. Eu estava planejando tentar fazer tofu burgers. Sem dúvida, não seria da mesma qualidade que os de Maggie, mas eu precisava praticar, e se eu fosse começar em algum lugar, tofu burgers eram minha opção preferida.

Terminei de reunir meus ingredientes e me dirigi para o caixa. Eu era o terceiro na fila, atrás de dois outros humanos, o que estava na minha frente tinha um casaco grande. Também uma coisa boa, eu tinha explorado o supermercado ontem, mas ainda não tinha usado o estranho balcão móvel onde você colocava a comida, então eu poderia ser o terceiro para ter certeza de que faria corretamente. Pegue um divisor de borracha, o coloque e comece a colocar os alimentos–

— Coloca o dinheiro na sacola e ninguém se machuca.

Ameaça estimada: baixa.

Fiquei atordoado. Depois que o primeiro cliente saiu com seus itens, o segundo humano na fila sacou uma arma e apontou para o caixa. Eu não conseguia acreditar o quão estúpido esse humano era, ele não sabia onde estávamos? Estávamos no coração do território de Hellion, até mesmo o caixa pareceu estupefato com a audácia.

Ai Ai. Será que… ligo para a polícia? Provavelmente não, certo? Ifrit disse que as lojas perto dos apartamentos pagam a Hellion. Isso significava que eu tinha que intervir? Mas, tecnicamente, eu era um “civil” no momento. Eu não queria fazer a escolha errada e causar novamente problemas para Sandra…

Enquanto eu pensava se precisava ou não usar a máscara, o caixa começou a abrir a caixa registradora e então, beep, apertou um botão. O chão embaixo do ladrão se abriu e ele caiu em um buraco negro, do qual não consegui ver o fundo.

— O que acha disso, seu filho da puta!? Você gosta disso!? Entra na minha loja e pensa que pode me roubar!? Onde diabos você pensa que estamos!?

O caixa gritou insultos e xingamentos pelo buraco do suposto ladrão, até que a abertura se fechou novamente. Eu não conseguia nem ver uma fenda por onde o ladrão havia caído.

— Desculpe por isso. Acontece de vez em quando. Aqui, pegue um chiclete pra compensar pelos problemas — então ele acrescentou um pequeno pacote rosa aos meus itens antes de passar o resto com um beep. Eu paguei e agradeci pelo “chiclete”. Então saí da loja (tomando cuidado para evitar o lugar no chão que havia se aberto) e corri de volta para o meu apartamento. Eu não estava com disposição para mais surpresas. Eu tinha um burguer para cozinhar.

Mas foi só depois de voltar para o apartamento e juntar meus ingredientes que percebi que havia esquecido algo bastante importante.

Droga.

 


 

Tradução: Lodis

Revisão: Mori & Fran

 

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