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Super Minion – Cap. 22 – Jailhouse Rock Candy

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Era gigante… relativamente. Era hexagonal, com a forma parecida com o de uma aranha com cinco “pernas” saindo dos cantos do hexágono e com uma série de hastes de sacarose saindo do sexto canto que formava o “abdômen”. Ao todo, a microunidade era grande o suficiente para envolver suas pernas em torno de uma célula de gordura, se necessário. Era um dos maiores modelos de micro unidades disponíveis.

Havia acabado de ser construída e, quando o último dos bastões de sacarose foi colocado, o complicado conjunto de moléculas agregadas que formavam seu centro recebeu um estímulo, ativando-a e colocando a microunidade em movimento. Desengatando-se de seu suporte, ela foi levada ao fluxo de saída de microunidades e para a corrente sanguínea, junto com milhares de outras unidades que haviam acabado de ser concluídas dentro da fábrica.

Ela desceu rapidamente pela corrente sanguínea. Esse modelo específico de microunidade tinha trinta segundos de operação autossustentada antes de se autodestruir, setenta segundos se consumisse a sacarose que carregava, mas isso provavelmente seria desnecessário. Em vez disso, saltou ao longo da corrente sanguínea, coletando alguns nutrientes errantes do sangue para si mesma, e então foi desviada para uma área de operação bem antes de terminar a metade de seu tempo mínimo.

Uma vez presa à parede de tecido mais próxima, a microunidade começou a receber o sinal do núcleo diretamente através das células nervosas, e seus mecanismos internos projetados por tinker foram capazes de retroceder, parando e reiniciando a contagem regressiva de sua autodestruição. Normalmente, neste ponto, ele iria começar a quebrar os bastões de sacarose com seu mecanismo interno e passar a energia resultante para outras microunidades que precisavam do impulso, ou começaria a desmontar as células do organismo que estivesse invadindo e queimaria os bastões para tempo de operação ou velocidade adicional. Neste caso particular, a missão era algo um pouco fora de seus protocolos normais de operação.

Ela rastejou ao longo da massa de tecido, as células sob seus “pés” ajudando a carregá-la e acelerar sua jornada até seu destino. Ao chegar, aproximou-se de uma reunião de milhares de outras microunidades de vários modelos, algumas muito menores do que ela, que trabalhavam ao lado de uma parede (relativamente) maciça de moléculas inorgânicas. Essa parede molecular era parte de um objeto externo que as microunidades estavam tentando reparar.

A unidade parou em frente a uma seção de parede e esperou enquanto uma unidade recicladora montava a próxima molécula a ser adicionada a partir de átomos básicos. Ela obtinha esses átomos de seu próprio suprimento interno ou fazia com que unidades portadoras passassem os materiais necessários, todos os quais foram adicionados ao grande container que constituía a maior parte de seu “corpo”. Completando a molécula, a recicladora então se desdobrou para permitir que a grande molécula saísse do container, e a molécula foi passada para várias unidades portadoras para colocá-la no local apropriado na parede.

Agora vinha a parte difícil. A grande molécula tinha que ser entrelaçada no padrão de outras moléculas na parede e, em seguida, ligada a uma segunda molécula para completar o padrão e solidificar sua colocação. Enquanto uma unidade recicladora realizava o processo de ligação, a grande unidade semelhante a uma aranha que acabou de chegar rompeu uma molécula de açúcar e usou a energia resultante para recarregar a recicladora que dirigia a ligação, pois executar uma função fora de seu projeto estava causando consistentemente o mecanismo interno da recicladora desacelerar muito rapidamente.

Era um processo difícil; as microunidades foram projetadas para reunir materiais e passá-los uns para os outros ou para células, colocando tais materiais em uma estrutura não afiliada que não recebia sinais do núcleo e estava fora de seu design apropriado e o fato de que a maior parte do trabalho era feita em um nível atômico significava que as microunidades tinham que ter cuidado para não se ligar acidentalmente à parede. No entanto, apesar do grande consumo de energia, as microunidades estavam fazendo um progresso lento, mas constante.

Talvez a energia adicionada à recicladora tenha sido cronometrada incorretamente. Talvez os módulos de operação não tenham espaçado as microunidades corretamente. Talvez a operação estivesse ocorrendo muito perto da camada de pele que separava as células e microunidades do mundo exterior.

Ou talvez a recicladora tenha colocado um átomo de carbono um po~uco demais à esquerda.

Seja qual for a causa, um enorme raio (na verdade, apenas um pequeno zap estático) atravessou a área de trabalho, matando células e destruindo micro unidades. Normalmente não teria sido tão ruim, acontecia o tempo todo, mas, neste caso, fez com que dezenas de milhares, senão centenas de milhares, de microunidades se ligassem acidentalmente à parede que estavam tentando consertar. Isso danificou a parede, e a danificou novamente quando as microunidades fundidas ficaram presas, não conseguiram receber um sinal através de qualquer tecido de conexão e então se autodestruíram, quebrando grandes pedaços da parede enquanto destruíam a si mesmas e qualquer coisa ligada a elas.

Ao todo, o minúsculo choque estático destruiu a maior parte, senão todo o trabalho feito para tentar consertar o traje que Socket havia me dado.

Tempo estimado para reparo completo: 16 dias;

Qual era o xingamento adequado para usar nesta situação? Dane-se? Porra? Parafusos do cacete? Máquina dos infernos? Todas essas e mais eram frases que Socket gritava quando estava frustrado com suas ferramentas, mas eu não tinha certeza se havia uma específica apenas para esta situação. Provavelmente… porra? É, parecia certo.

Porra.

Eu estava na van com os outros minions e Jasper. Enquanto Olson estava recontando nosso resgate de Jasper (com interrupções frequentes do próprio), eu estava tentando consertar meu traje, com pouco sucesso. As moléculas que o compunham eram muito complexas e organizadas em um padrão entrelaçado estranho que aumentava as propriedades de absorção de impacto do traje, mas tornava o reparo terrivelmente difícil para minhas microunidades. Construção em nível molecular é diferente do normal. Você não pode lidar com átomos e moléculas sem formar algum tipo de ligação com outros átomos e moléculas, e as microunidades estavam tendo dificuldade em “se soltar” dos materiais. Normalmente não é um problema quando estava apenas passando materiais entre minhas próprias partes.

E para ser honesto, mesmo se tivesse designs de micro unidades que fossem mais bem adaptados para esse tipo de trabalho, não tinha o suficiente dos elementos base necessários para consertar o buraco de qualquer maneira. O poder de Frankie não apenas cortou o traje, ele vaporizou um buraco através dele, o que significava que eu não poderia simplesmente religar um lado do rasgo ao outro. Eu teria que simplesmente torcer para que Socket estivesse disposto a reparar o dano.

E eu acabei de ganhar…

Pior ainda, a jaqueta que Frankie estava usando acabou se revelando inutilizável. Achei que era perfeita, pois era larga o suficiente para caber em cima do meu traje, mas Jasper me avisou contra isso, pois, aparentemente, vários dos símbolos embutidos ou impressos nela eram considerados “altamente ofensivos” para mutantes. Depois de descobrir isso, eu estava quase pronto para jogar Frankie para o lado do prédio quando Jasper me deu alguns conselhos valiosos.

— Tofu, estamos seguros agora, não se preocupe com ele. Deixe a polícia cuidar desse vagabundo.

— Ele não é uma ameaça? Eu poderia me livrar dele.

— Crianças não deveriam se preocupar com esse tipo de coisa. Além disso, mesmo que você o mate, sempre haverá outro idiota disposto a tomar seu lugar.

Absolutamente brilhante. Jasper estava certo, eu estive pensando em ameaças como oponentes singulares. Esta cidade era enorme, e tentar remover todas as ameaças, uma de cada vez, era um esforço tolo, se é que era possível. Mas Frankie era uma ameaça pequena. Eu poderia facilmente dar uma surra nele se precisasse, e se o deixasse viver, ele usaria recursos que outras ameaças poderiam usar para crescer. Especialmente da “polícia” e facções de heróis. Eles adoravam fazer prisioneiros por qualquer motivo, e isso devia ser um grande gasto de recursos. Deixe para Jasper pegar um conceito usado para controlar populações de organismos unicelulares e aplicá-lo em uma escala macro. Eu precisaria “elevar meu jogo”, como Tim e Mikey às vezes diziam.

Enquanto eu ponderava o conselho de Jasper e a eficiência das micro unidades, Olson concluiu nosso lado do evento para os outros minions.

— Ha. Bom trabalho cabeças duras; o que eu te disse, moleza — disse Pebbles quando Olson terminou.

— Moleza o caramba! Sanguine quase nos pegou! — respondeu Buzzer.

— Ah, Ifrit cuidou disso, não é mesmo prin– er, Ifrit. Ifrit, Apenas trabalhe na mira da próxima vez, você terá uma reputação de danos à propriedade como sua mãe se não o fizer, haha.

— Eu estava tentando não atingir civis… — murmurou Ifrit.

— Bem, pelo menos todos nós saímos vivos daquele show de merda — resmungou Buzzer.

— Exatamente! E isso é tudo que importa — disse Pebbles — vamos, não sei sobre vocês, mas trampar sempre me deixa com fome. Vamos dar um susto nos caras do drive-through. Que tal Mega-Burger? Eu pago.

Parecia ótimo para mim. Pelos próximos minutos, conversamos sobre diferentes coisas que aconteceram na missão, e Jasper contou uma história longa sobre como foi capturado. Por causa disso, foi quando ele estava parado no espaço um tanto aberto na parte de trás da van para “pantomimar” uma parte “importante” de sua história que a van balançou e Jasper foi jogado no chão.

— Oof, cuidado com os freios, por favor, Pebbles, já estou abalado o suficiente — disse Jasper enquanto recuperava o equilíbrio.

— Uh, é, então, um pouco de má notícia. Não foram os freios. Talvez tenhamos que adiar aqueles burgers.

Os outros minions e eu olhamos um para os outros antes de nos aglomerarmos na frente da van para que pudéssemos ver pelo para-brisa. Na frente da van havia vários humanos com máscaras e roupas coloridas. Um deles estava usando um tentáculo do que parecia ser água animada para impedir que a van se movesse.

Heróis.

— Qual é o plano? — perguntei.

— Bem — disse Buzzer enquanto apontava de uma figura para outra (ele parecia irritado) — considerando que esse é Hydrox, essa é Ferrosa, e esse é o maldito Suprex, vamos levantar nossas mãos, nos render, cooperar com qualquer coisa que digam que não seja “tire a máscara”, e esperar que Sandra mande alguém para pagar nossa fiança.

Eu não tinha certeza se gostava desse plano.

— Não se preocupem, cavalheiros, tenho certeza que tudo isso é apenas um mal-entendido — disse Jasper enquanto esfregava as mãos — Deixe o velho Jasper cuidar de tud–

O que quer que tenha dito em seguida foi abafado por um coro de “Não!”.

*

Delegacia de Polícia Departamento E12-M.

Seria um dia daqueles.

— Por favor, coloque todos os itens na caixa.

— Mas são minhas facas.

Sim. Eu sei disso. Coloque-as na caixa e elas serão devolvidas a você, quando você sair — disse o policial Barget pelo que pareceu a milionésima vez. Deus, ele odiava trabalhar com supers. O minion mascarado com quem estava falando era um dos infames Capangas de Hellion, e assim como todos os outros lunáticos que já colocaram uma máscara, parecia que seu propósito na vida era irritar Barget. Ele gostaria que fosse o trabalho dos heróis lidar com as consequências de suas aventuras, ou pelo menos lidar com parte da papelada.

— Não posso simplesmente ficar com elas?

— Tofu, coloque as malditas facas na caixa antes que leve um tiro — disse um dos outros minions mascarados esperando para serem processados. O minion que Barget estava lidando com colocou, mal-humorado, três facas na caixa, onde já havia depositado alguns trocados, um celular, vários pedaços do que poderia ter sido um revólver e dezessete malditas facas feitas de vários pedaços de metal. O que acontecia com os máscaras que usavam facas, que pareciam ainda mais loucos? O que, ele pensava que poderia usar todas de uma vez? Onde as estava guardando?

Depois que Barget finalmente terminou com “Tofu”, o próximo minion entrou na linha, usando luvas vermelhas de metal.

— Quaisquer itens que tenha consigo na caixa, luvas também.

— Não vou tirar as luvas, são por causa de uma condição médica — recitou ela imediatamente.

Barget lutou para manter a calma.

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Gregor

Gregor estava sentado em uma cadeira que era muito pequena para sua estrutura de 2,4 metros. Ele suspirou e teria acrescentado sua situação atual de assento à lista de coisas que o irritaram sobre sua mutação, exceto que “móveis minúsculos” já haviam sido adicionados há muito tempo. Ele cruzou os braços e tentou prestar atenção ao detetive sentado à sua frente na mesa.

— Então, presumo que você é o Sr. Gregory Dyson?

— Não, eu sou Gregor — ele respondeu.

— Então você não é o Gregory Dyson que foi esfaqueado durante um assalto no ano passado e sofreu uma mutação para 2,4 metros de altura com escamas verdes? — perguntou o detetive enquanto lia um arquivo.

— Nunca conheci esse Sr. Gregory Dyson de quem você fala. Meu nome é Gregor.

— Ok, chega de merda. Você é obviamente Gregory Dyson. Não há muitos mutantes que se encaixem nessa descrição em E13.

— Detetive, se você está baseando sua conclusão em minha aparência, devo protestar contra esse terrível caso de análise de perfil.

— Olhe aqui, sua cobra filha da pu–

— Detetive — interrompeu um homem que havia aberto a porta da sala de interrogatório. Ele gesticulou para o detetive ir com ele, e o detetive então o seguiu depois de olhar uma última vez para Gregor.

Gregor suspirou de novo, sem se preocupar em evitar que se transformasse em um silvo desta vez. Ele pensou que estava fazendo um bom trabalho em manter o silvo fora de sua voz, mas estava sempre lá, um tom estranho em suas palavras que as fazia soar como se ele estivesse imitando uma cobra, dentre todas as coisas estúpidas…

Ele o teria adicionado à lista, mas, novamente, já estava lá.

*

Buzzer

— Não vou dizer merda nenhuma até você me dizer por que estou sendo preso e me deixar ligar para o meu advogado!

— Sr… Buzzer, certo? Você não foi preso. Você foi detido como uma pessoa de interesse relacionado ao bombardeio que ocorreu mais cedo.

— Bem, nesse caso, eu não vou dizer merda nenhuma até que você me deixe ligar para o meu advogado!

— Senhor, duvido que isso seja necessário.

— Necessário minha bunda! Eu sei como isso funciona. Eu não fiz nada e você não tem nada.

— Eu não diria nada, uma van cheia de minions perto da cena de um crime é motivo de preocupação.

— Minions? Minions!? Quem disse qualquer coisa sobre minions? Saímos para almoçar!

— Você está usando uma máscara.

— E? Isso é um crime?

— Bem, me parece que a maioria das pessoas não se amontoa em uma van sem identificação usando máscaras para simplesmente “ir almoçar”.

— E me parece que ainda não consegui ligar para o meu maldito advogado!

— Não há necessidade de gritar, senhor.

— Vou gritar o quanto quiser! Essa é a América!

O detetive enviado para lidar com Buzzer esfregou as têmporas, obviamente desenvolvendo uma dor de cabeça, que era em parte devido à frustração de lidar com o indivíduo desagradável em sua frente, mas era principalmente devido às frequências subsônicas que Buzzer estava bombeando na sala. Se havia uma coisa que Buzzer sabia, era que um oponente distraído era um oponente fácil. Ele só esperava que os novatos fossem capazes de manter a boca fechada até que Sandra pudesse tirá-los dessa confusão para a qual Pebbles o arrastou.

 

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Tofu

— Meu nome é Tofu, minha comida favorita é tofu burger, eu definitivamente tenho dezoito anos de idade ou mais, não gosto de ratos, nem de animais de pelo amarelo que têm garras grandes, nem de armas apontadas para mim, e gosto de açúcar e objetos retangulares como todo mundo. Posso pegar os donuts agora?

— Uh, hmm, claro garoto. Um segundo — disse o detetive enquanto corria para rabiscar o que o garoto estava dizendo — Eu só tenho mais algumas perguntas e então você pode ficar com os donuts. Você tem um nome que posso chamá-lo?

— Meu nome é Tofu, eu disse isso.

— Quero dizer um nome real, não um apelido.

— É Tofu.

— … certo, hmm. Você tem pais para quem eu possa ligar? De onde você é?

— Meus pais não podem ser chamados, mas eu sou da Cidade Fortaleza.

— … garoto, não é hora de brincadeiras, é uma situação muito séria essa em que você está. Os Capangas de Hellion são pessoas más e, se você se associar a eles, terá uma vida difícil. Olha, se você trabalhar conosco, talvez possamos fazer um acordo. Você está usando uma de suas máscaras de poderes, provavelmente poderíamos colocá-lo no programa de ajudantes. Não é tarde demais para se juntar aos heróis, estar do lado certo da lei, o que você me diz?

— Por favor, posso ter os donuts agora?

 

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Ifrit

Ifrit se sentou com os braços cruzados, batendo as pontas dos dedos enluvados um de cada vez para produzir um ritmo calmo, mas constante, onde as pontas dos dedos revestidas de metal encontravam o material de seu traje.

— Não há razão para ficar nervosa, senhorita.

 Ela não respondeu, continuando a bater os dedos.

— Eu gostaria de fazer algumas perguntas, se você não se importa.

Mais uma vez, sem resposta.

— Você colocou seu nome como Ifrit, presumo que seja um apelido? Há quanto tempo você está associada aos Capangas de Hellion?

Tap. Tap. Tap.

— Parece uma vocação interessante para uma jovem entrar tão cedo na vida.

Tap. Tap. Tap.

— Não pode ser fácil, trabalhar com criminosos, mutantes e monstros tão perigosos.

As batidas pararam e foram substituídas pelo som de metal rangendo quando Ifrit fechou os dedos que ela estava batendo em um punho.

Cof. Certo, bem. Eu… já volto, esqueci um arquivo.

Ele não voltou. E Ifrit retornoua bater os dedos.

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Jasper

— … e então, quando minha situação parecia o mais terrível possível, eles apareceram e me resgataram em meu momento de necessidade. Me livrando das garras daqueles rufiões cruéis.

— Então, você está dizendo que foi resgatado dos Espada. Pelos Capangas de Hellion.

— Não sei quem foram meus salvadores, pois usavam máscaras, mas posso garantir que, pelo calibre de suas ações, eram todos heróis. Sem eles, eu certamente teria morrido.

— Eles estavam usando máscaras de Capangas da Hellion. Eles ainda estão usando as máscaras, se recusam a tirá-las.

— Como deveriam! Pelas leis da Cidade Fortaleza, usar uma máscara para proteger a identidade de alguém é legalmente permitido. Emenda cinco, subseção C, cláusula dois é a regra específica que você está procurando, acredito.

— Caramba Jasper, você está aqui semana sim, semana não, com um novo sotaque e um novo esquema. Tenho montanhas de papelada sem adicionar suas bagunças à pilha.

— Detetive Mullaney, lhe garanto que estou sendo honesto. Sua paranóia me parece estresse. Você está se sobrecarregando? Vamos, você pode contar ao velho Jasper. A propósito, como estão a esposa e os filhos? Você me disse que o pequeno Ricky estava na feira de ciências, se bem me lembro, como foi?

O detetive Mullaney enfiou o rosto nas mãos e reclamou da feira de ciências.

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Olson

— Então, o infame minion “Camisa Vermelha”. Nunca pensei que teria sorte o suficiente para te interrogar.

— Desculpe desapontar, mas meu nome é Olson. Erro comum, muita gente com camisas vermelhas por aí. Além disso, ouvi dizer que aquele cara morreu.

— Bem, ouvi dizer que ele se safou e saiu andando.

— Não saberia te dizer, senhor.

— Então você está me dizendo que se alguém atirasse em você agora, você não iria simplesmente se levantar, provando que é um dos Capangas de Hellion?

— Eu sinceramente duvido, mas não precisa acreditar em mim. Vá em frente e teste. Claro, se você estiver errado…

O detetive não podia ver o sorriso no rosto de Olson. Mas ele definitivamente podia ouvir em sua maldita voz presunçosa.

 

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Pebbles

— Você pode pelo menos confirmar se “Pebbles” é ou não seu nome real ou um pseudônimo?

Pebbles ficou sentado sem responder, com os braços cruzados, recostado na cadeira, e o detetive à sua frente estava começando a perder a paciência. Pebbles era uma entidade conhecida pelos departamentos de polícia de E12. E os departamentos de polícia de E13. E os departamentos de polícia de quase uma dúzia de outros setores. Normalmente isso teria sido o suficiente para prender ele e os outros minions com os quais foi pego, mas infelizmente desta vez ele não foi pego cometendo um crime. O que significa que, apesar de corresponder à descrição de um Seth “Pebbles” Kelmet, pelas leis da Cidade Fortaleza, a menos que eles admitissem que ele era Seth Kelmet ou o minion conhecido como Pebbles, eles não poderiam prendê-lo de verdade, apenas detê-lo temporariamente como uma pessoa de interesse. Antigamente, uma descrição física poderia ter sido suficiente, mas o Verão Bizarro arruinou essa realidade, e Cidade Fortaleza aceitou a nova realidade com leis acomodatícias e uma fanfarra da burocracia.

O detetive continuou tentando conseguir uma resposta, qualquer resposta, do minion frustrantemente mudo, mas não teve nenhuma sorte. Pebbles apenas ficou lá sentado, olhando por trás de sua máscara e deixando o detetive cada vez mais frustrado. Pebbles e seu grupo não estavam operando com um supervilão, e esta era a oportunidade perfeita de se livrar de alguns minions se ele conseguisse um pedaço de evidência de que eles eram realmente minions trabalhando com os Capangas de Hellion, e não apenas idiotas com máscaras indo almoçar como eles alegaram.

De repente, Pebbles murmurou algo. O detetive parou no meio de uma palavra e se inclinou para ouvir o que ele estava dizendo. Nesse momento ele aceitaria até insultos em vez de silêncio.

— Desculpe, não entendi, o que você disse?

Pebbles ficou em silêncio por um momento antes de falar novamente, mas novamente estava muito silencioso para o detetive ouvir.

— Desculpe, você poderia falar um pouco mais alto?

Pebbles continuou tentando falar, mas o detetive ainda não conseguiu entender as palavras. Havia algo de errado com a voz de Pebbles? Ele se levantou da cadeira e se inclinou, tentando entender o que quer que Pebbles estava tentando dizer.

— … zzz…

O quê?

— … zzz…

O filho da puta estava dormindo!

— ACORDA! — gritou o detetive enquanto batia com o punho na mesa. Pebbles ouviu pelo menos aquilo, e se desequilibrou um pouco na cadeira ao acordar, não caindo, felizmente.

— Uhh, o quê? Eles já pagaram a fiança?

O detetive cerrou os dentes e disse:

— Você nunca foi preso. Você está sendo detido como uma pessoa de interesse por recomendação de um herói credenciado.

— Ah, certo, certo — disse Pebbles enquanto se recostava na cadeira — Se importa de ficar quieto até a hora de ir embora?

O detetive estava prestes a perder a calma quando ouviu uma batida educada na porta. Uma mulher em um belo terno carregando uma pasta que o detetive não reconheceu entrou, mas Pebbles certamente a reconheceu. Parecia que Sandra havia aparecido pessoalmente para libertá-los.

— Olá detetive, meu nome é Sandra Baker, estou aqui para falar com meu cliente, você se importaria se tivéssemos um momento a sós?

— Hmm, não terminei exatamente com–

— Sem problema, só levará um minuto ou dois.

O detetive perturbado estava de alguma forma convencido de que desocupar a sala era o melhor para ele. E então Sandra se virou para Pebbles, que de repente estava sentado muito mais reto do que antes. Ela foi até a mesa e ocupou o assento abandonado do detetive.

— Bem, parece que você teve uma boa aventura — disse Sandra sem intonação, enquanto colocava sua pasta sobre a mesa. Dentro havia alguns documentos legais, mas a maior parte da pasta estava ocupada por equipamentos de interferência para evitar que a conversa fosse ouvida ou gravada.

— Hmm, heh, na verdade não? Parecia bastante normal.

— Ah, isso mesmo. Você se inscreveu para uma simples missão de treinamento. Uma patrulha fácil pela Zona Vermelha para mostrar a área a eles. Nada realmente empolgante nisso.

— Bem, veja, houve algumas complicações…

— Estou bem ciente. Honestamente, Pebbles, agindo sem um capuz? Os Espada não são heróis, são bandidos e assassinos nos melhores dias. No que estava pensando?

— A vida de Jasper estava em jogo!

— E embora eu me sinta mal pela situação em que ele se encontrava, colocar vários funcionários em risco, dois deles com 18 anos, não era a melhor maneira de lidar com a situação.

— Sandra, eles não são exatamente adolescentes indefesos… — O que quer que Pebbles fosse dizer morreu sob o olhar fulminante de Sandra. Ele tinha um argumento muito bom sobre como os riscos eram inerentes ao trabalho e como eles basearam sua decisão de agir na melhor informação que tinham disponível, mas aparentemente esse argumento nunca veria a luz do dia.

— Agora então, na maior parte eu tenho essa situação resolvida aqui, mas há algumas coisas que eu preciso resolver primeiro. Felizmente, os heróis cometeram alguns erros com jurisdição, o que deve ajudar a acelerar esse processo. Quanto a você, como gosta de passar tanto tempo na E12, pode ajudar os novatos em nosso próximo trabalho. O cliente ficou impressionado com a filmagem do último trabalho e fez um pedido especial para que os novatos viessem. Será neste sábado.

Pebbles hesitou. Ele não gostou do sorriso frio que Sandra de repente deu.

— Que tipo de trabalho?

— Ah, apenas um simples assalto a banco.

— … um assalto a banco? Quem é estúpido o suficiente para roubar um banco na Cidade Fortaleza… Não!

— Ele já pagou adiantado.

— Sandra, qualquer um menos ele!

—Ei, ei, calma, ele é um de nossos melhores clientes e ele mesmo paga por todos os extras. O que me lembra que o adicional de periculosidade por esta façanha em particular está saindo do seu salário.

— Mas, isso… okay. É justo. Mas Trebla, o Terrível? Sério!?

— Sim, sério. Agora, vou ver se não consigo devolver a coleção de facas de Tofu, e você vai ficar aqui e ouvir o resto das perguntas do bom detetive. Quero um relatório completo quando você voltar à base.

E com isso ela deixou Pebbles para contemplar suas escolhas de vida. Ele estava realmente esperando que pelo menos Buzzer não fosse puxado para o próximo trabalho, caso contrário, ele nunca o deixaria esquecer. Talvez literalmente. E merda, se Sandra estava tão irritada, então seria melhor evitar Hellion pelos próximos dias. Ele estremeceu ao pensar em sua chefe realmente com raiva.

— Então? Algo a dizer? — disse o detetive que havia entrado e retomado o interrogatório exatamente de onde havia parado.

— Sim, nunca irrite o departamento de RH.

 


 

Tradução: Lodis

Revisão: Mori & Fran

 

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