Dark?

Super Minion – Cap. 21 – Sobras

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— Não acredito que você comeu o pedaço inteiro.

— Se você queria um pouco, deveria ter pego antes de sairmos.

— Não, eu não queria seu sushi nojento de chão!

Buzzer parecia ter um verdadeiro problema comigo comendo o pedaço de tentáculo. No início fiquei um pouco preocupado com isso, mas Pebbles apenas riu quando descobriu, e Ifrit não teve nenhuma reação que eu pudesse detectar. Ela ficou em silêncio como sempre e com seus traços faciais escondidos pela máscara era bastante difícil dizer o que poderia estar pensando.

Eu gostaria que humanos usassem feromônios, isso simplificaria as coisas. Eles produziam cheiros, claro, mas apenas dois ou três pareciam significar alguma coisa e tendiam a ser redundantes. Como transmitir medo enquanto morriam. Claro que morrer é assustador, mas de que adiantava transmitir isso para o organismo que está te matando? Faria sentido se outros humanos pudessem sentir o cheiro e evitar a área depois, mas até agora o único humano com o equipamento adequado tinha sido o rastreador humano. Tão estranho.

De qualquer forma, comer o tentáculo valeu as reclamações de Buzzer. Tanto o design quanto os códigos eram únicos em comparação aos outros organismos que comi, e já tinha várias ideias sobre como utilizar o que aprendi. Pena eu não poder comer o cadáver inteiro, mas pelo que pude perceber, o tamanho da criatura era devido a um despertar, não era um produto aleatório de mutavus, e eu deveria ser capaz de adquirir amostras frescas do organismo original depois.

Gregor e Olson se encontraram conosco, e Pebbles nos levou de volta para a van. Aparentemente, o contato de Buzzer havia dado a localização de um esconderijo Espada, e Pebbles queria “investigar o lugar”. Nós entramos na van e partimos.

Pebbles dirigiu alguns quarteirões ao sul da rua Ashwood, e depois a oeste novamente, no que meu mapa dizia ser E12.

— Só para saberem, se se perderem, suas máscaras não poderão ajudá-los aqui — disse Pebbles — Elas só têm funções de mapa em E13. Vocês terão que chegar pelo menos a três quarteirões da fronteira.

— Eu tinha a impressão de que não iríamos procurar por problemas — respondeu Gregor.

— Claro que não, mas nunca se sabe, certo? Vamos apenas dar uma olhada, e se acharmos algo interessante, chamaremos um capuz — respondeu Pebbles.

— Hmm, eu pensei que a função do mapa tinha que ser aprovada por um tenente? — Eu interrompi.

— Eh? O que te fez pensar isso?

— Imp que disse. Ele teve que me dar as instruções para o esconderijo no último trabalho.

— Garoto, isso é apenas para enviar informações importantes pela rede, você nunca sabe quando um tecnopata está ouvindo — disse Buzzer — Se quiser usar a função de mapa, basta fornecer o endereço à sua máscara e ela o levará até lá.

…Gostaria de saber disso antes.

— Então, ela usa GPS?

— Deus, não! — gritou Buzzer. — O mapa está embutido na máscara. Usa GPS! Dá pra imaginar? Mais fácil pintar um alvo nas suas costas e disparar sinalizadores para que qualquer herói que passasse pudesse te seguir.

Eu cliquei para desligar o GPS do meu celular.

— Ah, não ligue para ele, Tofu, não temos um tecnopata neste setor há anos, Buzzer é apenas paranóico — disse Pebbles.

— É meu trabalho ser paranóico! Vamos ver como você vai se sentir quando os heróis aparecerem na sua porta! — resmungou Buzzer.

Não fomos muito longe em E12. Buzzer direcionou Pebbles por alguns quarteirões, e então Pebbles entrou em um beco a cerca de um quarteirão do nosso destino; um prédio habitacional de sete andares. Buzzer abaixou uma janela antes de dizer:

— Tudo bem, idiotas, fiquem quietos por um segundo — e ele colocou a mão para fora da janela.

Esperamos em silêncio por alguns minutos, até que Pebbles perguntou:

— Alguma coisa?

— Estou ouvindo cerca de quinze batimentos cardíacos distintos no prédio — respondeu Buzzer — A maioria está concentrada no terceiro andar, falando qualquer merda, meio estranho para um dia de trabalho, mas… ah! Um deles engatilhou uma arma, parece que acertamos.

Isso era interessante, Buzzer podia ouvir isso tudo a um quarteirão de distância?

— Tudo bem. Vou mandar uma confirmação e ver como a chefia quer lidar com isso — disse Pebbles.

Pebbles usou sua máscara para enviar uma mensagem, então depois de um minuto se virou para nós e disse:

— Ok, parece que a maioria dos nossos capuzes estão ocupados por enquanto, então temos que esperar e observar até que um possa vir.

— Maravilhoso, exatamente como eu queria passar meu dia — disse Buzzer.

— Ah, fecha o bico e mantenha os ouvidos abertos.

Para passar o tempo, decidi tentar jogar Gribblin Tamer no meu celular com o som desligado. Eu mexi com as opções do começo e consegui levar meu Gribblin ao nível dois antes de ser interrompido.

— Ah, merda — disse Buzzer de repente.

— O que foi? — perguntou Pebbles.

— Um carro acabou de parar do lado de fora do apartamento e eu reconheço as vozes, uma é de Frankie, e parece que Jasper está no carro.

— O quê?! Tem certeza?

— Sim, o batimento cardíaco é mutante, e posso ouvir o sotaque estúpido e falso de Jasper, mesmo através do que quer que o esteja amordaçando.

— Merda, isso não é bom. Deixa eu enviar uma mensagem para a base.

— O que não é bom? Se importa de nos informar? — perguntou Gregor.

— É Jasper, um informante que trabalha em E13 — respondeu Buzzer. — Ele trabalha com a gente o tempo todo, ajudou a preparar o churrasco no domingo. Não sei como os Espada o pegaram, mas eles o odeiam. Vão fazê-lo falar e depois matá-lo independentemente do que diga.

Não, isso não poderia acontecer. As informações de Jasper eram muito valiosas e ele era meu plano B no caso de eu precisar desaparecer e arrumar um novo emprego.

— Então devemos ir ajudá-lo — eu disse.

— É mais fácil falar do que fazer — disse Buzzer — Pebbles, eles já responderam?

— Sim, parece que o capuz mais próximo está a cerca de uma hora.

Uma hora inteira? Pelo que me lembrava do encontro anterior de Jasper com Frankie, não tinha certeza se ele duraria uma hora inteira em boas condições. Frankie não parecia do tipo paciente.

— Eu não acho que Jasper vai durar uma hora inteira.

— … é, provavelmente não — disse Pebbles, e ele começou a tamborilar os dedos no volante.

— Pebbles … você não está realmente pensando em ir sem um capuz, né? — perguntou Buzzer.

— Beeem, pelo que vejo, estamos contra vinte ou mais capangas e Frankie. Qualquer dois de nós poderia lidar com a maioria dos capangas, o único problema é Frankie.

— Qual é o poder de Frankie? — perguntou Gregor.

Eu respondi:

— Ele faz lâminas aparecerem sobre os antebraços, e podem cortar metal facilmente.

— Oh? Você já o viu antes? — perguntou Pebbles.

— E lutei com ele, ajudei Jasper no metrô quando Frankie o encontrou. Ele não será um problema para mim.

— HA! Você com certeza anda por aí, Tofu. Tudo bem, isso significa que entre Tofu e Olson temos duas pessoas que podem enfrentá-lo sem perder um braço.

Buzzer falou:

— Pebbles, mesmo se nós pudermos invadir o lugar, eles vão apenas cortar a garganta de Jasper para nos provocar no momento em que nos virem. A menos que possamos chegar até Jasper silenciosamente, não adianta.

Com isso a van ficou em silêncio. Aparentemente nenhum deles era bom em ser furtivo?

— Acho que posso chegar até ele. Eu sou um metamorfo.

Cinco máscaras de minions se voltaram para mim. Ugh, eu realmente não gostava quando grupos olhavam para mim ao mesmo tempo assim.

— Qual é seu plano?

— Eu pulo do apartamento ao lado para o telhado e entro de cima. Se Buzzer puder me guiar, estou razoavelmente confiante de que posso chegar até Jasper.

— Beeeem, isso pode funcionar, mas se eu mandar você sozinho, Sandra vai me matar.

— Eu poderia trazer alguém. Não é um salto difícil.

Houve silêncio por um momento enquanto eles consideravam meu plano. Então Olson falou:

— Posso ir com ele, Pebbles. E se der merda, não é como se eu fosse morrer.

— Ha. Tudo bem então, que tal isto: Tofu e Olson vêm de cima, agarram Jasper, e nós faremos uma confusão para cobrir sua fuga?

— E se eles tiverem supers escondidos ou se os heróis aparecerem? — perguntou Gregor.

— E os civis no prédio… — disse Ifrit, quase sussurrando.

— Todos esses seriam problemas, mesmo com um capuz. No momento, o maior problema é quanto tempo Jasper pode durar com Frankie e um bando de gangers irritados — respondeu Pebbles.

Gregor e Ifrit levaram um momento para considerar, então Gregor deu de ombros.

— Contanto que cuidem de Frankie, ser pago para bater em um bando de mutante haters está bom para mim.

— Idem — disse Ifrit simplesmente.

— HA! Uma das vantagens do trabalho, com certeza. Tudo bem, parece que estamos indo.

Buzzer suspirou antes de dizer:

— Certifiquem-se de que suas máscaras estejam no canal três — e voltou a colocar a mão para fora da janela.

Olson e eu saímos da van e andamos pelo beco até chegarmos à “saída de incêndio”. Estendi a mão e puxei para baixo a escada para Olson, então subimos até o telhado. Nós nos movemos para a borda com cuidado, tentando ficar fora da linha de visão das janelas do apartamento em frente.

— Tem certeza de que pode nos levar para o outro lado? — perguntou Olson.

— Sim, eu já fiz isso antes. Não se preocupe, não vou deixar você cair.

— Não é comigo que estou preocupado. Se cairmos na rua, duvido que teremos uma segunda chance.

Eu travei minhas pernas na posição de salto, então o fiz subir nas minhas costas e me segurar. Assim que ele se acomodou, corri alguns passos e nos lancei pelo beco até o telhado vizinho.

Aterrissei facilmente, minha prática na noite anterior valendo a pena. Deixei Olson descer, coloquei minhas pernas de volta ao normal e caminhamos até a porta de manutenção que nos levaria para baixo.

— Vocês dois conseguem me ouvir? — veio a voz de Buzzer de repente. Esta deve ser a onda curta?

— Sim, podemos te ouvir Buzzer — disse Olson.

— Bom, não há ninguém no último andar por perto, pelo que posso dizer. Há algumas pessoas em apartamentos, mas acho que a maior parte dos Espada está no terceiro andar, foi para onde eles levaram Jasper.

A porta do telhado estava trancada, mas era frágil e fácil de perfurar ao redor da maçaneta.

— Belo truque — mencionou Olson.

Sim, realmente, mas seria melhor se eu pudesse arrombar as fechaduras sem danificá-las, outra razão pela qual eu gostaria de Jasper não danificado. Talvez se o salvássemos, ele me ensinasse como fazer isso.

— Diga, que espessura de parede você pode perfurar?

— Hmm, na verdade não testei. Por quê?

— Heh, se você conseguir atravessar pelo menos trinta centímetros, posso ter uma ideia.

Descemos alguns lances de escada, lenta e silenciosamente, mas paramos quando chegamos ao quarto andar. Então Olson “chamou” Buzzer “pelo rádio” pelo rádio novamente, e pediu para nos levar a um ponto acima da sala onde estavam mantendo Jasper. Depois de alguns corredores, chegamos ao apartamento especificado por Buzzer, um no quarto 4º andar. Buzzer confirmou que estava vazio e eu abri a porta perfurando ao redor da fechadura novamente.

Por dentro era muito parecido com o que eu havia visto quando saí correndo por apartamentos tentando fugir de Magenta, cheio de móveis e outras bugigangas que os humanos colecionavam, embora este fosse mais organizado do que os exemplos que havia visto até agora. Olson nos levou a uma sala onde uma peça de mobiliário dominava o espaço, uma engenhoca retangular com uma almofada retangular igualmente grande e coberta por lençóis retangulares, com uma almofada retangular perto da parede. Pela marca na almofada era óbvio que o dono do apartamento passava muito tempo aqui, provavelmente dormindo durante seu ciclo de descanso.

Agora é sério, eu sei que os humanos gostam de retângulos, mas isso estava indo longe demais.

— Estamos acima de Jasper, Buzzer? — perguntou Olson.

— Sim, quase. Há duas pessoas na sala com ele, Frankie está fora da sala reclamando e resmungando no momento.

Olson se virou para mim:

— E então, Tofu? Acha que pode cavar o chão aqui?

Me abaixei e coloquei minha mão no chão, e coloquei minhas micro unidades para fazer um teste. O chão era forrado de carpete, e abaixo era feito do mesmo concreto que compunha a maior parte da cidade, junto com alguns materiais diversos de apoio. O spike de microunidades que enviei para o chão desceu continuamente, até que irrompeu na sala abaixo. Tive o cuidado de não deixar cair poeira do pequeno buraco que fiz. Não podia fazer um olho de verdade, pois não queria que eles notassem, mas um detector de luz simples foi fácil, e o usei para obter um layout geral da sala. Com certeza, distingui a forma de um humanóide verde em uma cadeira que devia ser Jasper, e duas outras formas humanóides que deviam ser os gangers que Buzzer mencionou.

— Parece que consigo cavar pelo chão sem problema. Há um local onde você queira que eu abra o buraco? — perguntei a Olson.

— Perto da porta para que possamos tentar bloqueá-la. Pontos bônus se você conseguir acertar um dos guardas com os escombros.

Tampei o pequeno orifício que fiz e pedi que Olson me ajudasse a mover a “cama” silenciosamente para longe da parede, já que estava no caminho. Então comecei a cavar o buraco, estava indo mais devagar do que a parede de vidro na câmara de teste. Os materiais do piso não eram uniformes e o concreto em si era uma mistura de diferentes materiais, o que me forçou a usar uma variedade de diferentes microestruturas de unidades para lidar com ele. Sem mencionar que tinha que manter a integridade estrutural enquanto o fazia, seria desastroso se a seção do chão caísse antes de ser grande o suficiente para nos deixar passar. Perfurar materiais inorgânicos era bastante simples, mas reconstruí-los? Arduosamente difícil. As microunidades se anexavam a qualquer coisa que eu tentava fazer e se eu não as mantivesse conectadas ao meu núcleo elas se autodestruiriam. Acabei usando força bruta segurando partes da seção juntas com construções temporárias de carne.

Apesar das dificuldades, estava funcionando. Até que–

zap

Cortei um pedaço de metal que aparentemente era um fio carregado de eletricidade! A corrente elétrica carregou uma grande seção de microunidades e as fritou, aquelas que não foram destruídas instantaneamente se autodestruíram um segundo depois. Me apressei para reparar o dano antes que alguma coisa caísse.

— Uh, pessoal? — veio a voz de Buzzer pelo rádio. — Aconteceu alguma coisa, os Espada no quarto de Jasper estão reclamando que suas luzes se apagaram? Aconteceu alguma coisa?

— Eu acertei um fio — respondi.

— Bem, então se apresse. Por enquanto eles acham que é a lâmpada, mas nem todos são estúpidos.

Olson se virou para mim:

— Quão perto você está?

— Cerca de três quartos do caminho.

— Alguma maneira de acelerar isso?

— Açúcar. Se você puder encontrar.

Olson acenou com a cabeça e saiu da sala para encontrar mais combustível para mim, e eu acelerei minha perfuração do chão, não me preocupando mais em trocar as microunidades adequadamente e, em vez disso, apenas descartando-as junto com o material do chão. Queimei combustível para manter a produção e o transporte das microunidades no máximo.

Olson voltou então com vários itens alimentares, mas um deles acabou sendo um saco de açúcar puro! Com minha mão livre, o agarrei e comecei a despejar o conteúdo em minha boca.

— Jesus, cara, espero que você seja imune à diabetes.

… humanos têm muitos problemas com comida.

— Pessoal! Eu odeio interromper a festa, mas Frankie está enviando idiotas  para verificar o prédio e ele está falando sobre mover Jasper. É agora ou nunca — disse Buzzer.

Queimei combustível rápido e joguei um pouco de açúcar direto na fenda que abri apenas para levá-lo às microunidades mais rápido.

— Quase pronto, prepare-se para pular.

— Tudo bem, vou entrar primeiro para chamar a atenção deles, vá até Jasper e o desamarre.

Ah, gostaria que ele tivesse dito isso antes de eu ativar as microunidades.

As construções de carne que eu fiz se autodestruíram, e a seção circular do piso em que eu estava caiu para dentro da sala abaixo, comigo nela. Um humano foi esmagado sob os escombros e, quando fiquei estável no chão, estiquei o braço e enfiei uma faca no pescoço do outro guarda, me certificando de abrir uma artéria. Eu ouvi vários gritos de fora da sala quando eles ouviram o estrondo, e um rápido olhar para a porta mostrou que felizmente era do tipo que se fechava para dentro, o que significava que os escombros a estavam bloqueando. A única luz no quarto vinha de uma janela suja.

Olson pulou atrás de mim e começou a empilhar mais entulho e móveis perto da porta, onde vários Espadas estavam batendo. Me movi até Jasper para desamarrá-lo.

— Bem, poderia ter avisado antes, mas ei! Pelo menos você conseguiu os pontos bônus — disse Olson.

Eu me movi para onde Jasper estava. Eles colocaram uma venda e uma mordaça pesada nele, e eu as tirei.

— POR FAVOR, NÃO ME MATE! VOU TE CONTAR O QUE QUISER!  — gritou Jasper no momento em que tirei a mordaça.

— Fico feliz em ver que você não mudou, Jasper — disse Olson.

Jasper olhou ao redor com os olhos turvos antes de seus olhos se concentrarem em nós. Eu podia entender sua confusão, dois de seus olhos estavam fechados e pareciam um tanto inchados, com a quitina em torno de um terceiro rachada e vazando.

— Mas quê? É você Olson? Ouvi dizer que você voltou ao jogo. E os capangas de Hellion vieram me salvar, ora, eu sabia que podia contar com Hellion para cuidar de um amigo. Você sabia que eu e ela passamos bons bocados juntos, desde–

— Salve a lengalenga, Jasper. Também é bom te ver, mas este não é o local certo para relembrar histórias.

— Er, certo, certo. Ah! Obrigado meu bom homem — Jasper disse enquanto eu soltava a última das cordas que o prendia.

— Eu te conheci no metrô, meu nome é Tofu. Obrigado pelas informações do trabalho, deu bastante certo.

— No metrô… AH! O moleque! E aqui está você me salvando de novo! Que mundo pequeno.

— PESSOAL! Concentrem-se! Faça Jasper subir através do burac–

Olson não conseguiu terminar a frase, porque então uma lâmina verde brilhante perfurou a porta, os móveis e o peito de Olson, matando-o instantaneamente.

Então Olson agarrou uma cadeira próxima e tentou colocá-la sobre a porta, mas uma segunda lâmina verde cortou e arrancou sua cabeça, matando-o instantaneamente.

Depois que isso falhou, Olson recorreu apenas a lançar pedaços de entulho através da abertura que Frankie estava fazendo na barricada.

— Agora é uma boa hora para começar a correr pessoal! — disse Olson.

ERRO!

Processando…

ERRO!

Afastei meu olhar de Olson e comecei a ajudar Jasper com o buraco que tínhamos feito no teto. Cada vez que Olson fazia… o que quer que estivesse fazendo… bagunçava meus cálculos. Era muito confuso e eu realmente queria saber como ele estava fazendo isso!

Eu travei minhas pernas para pular, e em seguida as usei junto com meus braços para impulsionar Jasper para cima e para fora do buraco que havia feito. Então, assim que estava do outro lado, me abaixei para puxar Olson.

— Hum, Olson? Como é que você fez aquilo?

— É o meu poder. Fugir agora, explicar depois.

Bem pensado.

Saímos do apartamento e corremos pelo corredor em direção à escada, mas antes de chegarmos lá, um grande grupo de humanos dobrou a esquina, nos viu, e um imediatamente sacou uma arma e começou a atirar. Olson e eu ficamos na frente de Jasper para fornecer cobertura. Várias balas me atingiram, mas nenhuma penetrou o traje! Realmente funcionava!

— De volta ao corredor! Deve haver uma segunda escada! Ei, Buzzer, como anda essa confusão de distração? — gritou Olson.

Começamos a correr de volta pelo corredor e depois de alguns segundos Buzzer respondeu:

— Ééééé, sobre isso. Um segundo carro apareceu, você sabia que o Sanguine ainda está vivo? Eu não sabia.

— Buzzer, se você está brincando, eu juro por Deus–

— Não estou. Não sei como aquele fóssil sobreviveu ao churrasco, mas ele está fora do prédio. Ifrit está jogando bolas de fogo nele, mas logo vai ficar sem energia e o resto de nós não pode chegar perto.

— Quem é Sanguine? — perguntei.

— Ele é um dos líderes dos Espada e pode controlar sangue. Tudo o que ele precisa fazer é te cortar e, se você estiver ao alcance, ele te deixa seco — explicou Olson enquanto corríamos — Infelizmente, isso significa que agora sou um problema. Se eu for cortado, ele terá um suprimento infinito de sangue.

Bem, isso não era bom.

Viramos uma esquina e avistamos a segunda escada. Infelizmente também ouvimos mais humanos subindo por ela.

— O telhado. Contanto que você possa levar Jasper com segurança para o próximo prédio, estaremos bem — disse Olson.

Começamos a subir as escadas correndo, mas Jasper começou a ficar para trás por causa de seus ferimentos, e eu tive que carregá-lo “nas costas” como fiz com Olson, usando a configuração de salto das minhas pernas para tornar mais fácil subir as escadas com ele. Subimos mais rápido dessa maneira e chegamos ao sétimo andar quando Olson fez a próxima curva e uma lâmina verde brilhante o acertou no estômago.

Olson cambaleou e Frankie o chutou, jogando-o escada abaixo em minha direção. Peguei Olson e desci as escadas para que eu pudesse deixar Olson e Jasper no chão. Olson estava ofegando e sangrando muito, por que seu poder não estava funcionando?

— Bem, bem, parece que consegui pegar três baratas em vez de uma hoje — disse Frankie, sorrindo. Ele estava no topo da escada, com um pequeno grupo de Espada atrás. Felizmente, nenhum tinha arma.

— Como você chegou antes de nós?

Frankie riu e alguns dos capangas  riram junto. — Se chama elevador, idiota. Se você não vai usar seu cérebro, que tal eu me livrar dele para você? Apenas fique quieto e tente não sangrar na minha jaqueta.

Claro! Um prédio desse tamanho, sem dúvida, teria um elevador em algum lugar. Fiquei um pouco envergonhado por não ter pensado nisso.

Frankie começou a descer as escadas com as lâminas preparadas. Ele provavelmente deveria ter esperado até que os capangas atrás de nós nos alcançassem e nos cercassem. As escadas não são muito boas para uma luta.

Aumento da velocidade de reação para 200%, duração de 60 segundos.

Quando ele chegou perto o suficiente, eu estiquei um braço e agarrei seu pé, puxando-o debaixo dele. Ele xingou e tentou me atacar enquanto caía, mas com minha outra mão eu agarrei seu pulso longe da lâmina, e quando ele atacou com o outro braço eu soltei seu pé e agarrei aquele braço também. Então eu pressionei um pé em seu peito para tirar um pouco do ar dele e fazê-lo parar de lutar. Isso era muito mais fácil quando eu não estava quase morto de fome.

— Afastem-se ou ele morre — eu disse a seus capangas que se aproximavam, e com uma faca em meu pé cutuquei Frankie no pescoço.

Eles pararam e hesitaram, sem saber se valia a pena me atacar mesmo assim.

— Para trás – cof – para trás seus imbecis! — gritou Frankie, e desta vez eles o fizeram.

Agora, o que fazer sobre Olson? O que quer que Jasper estivesse fazendo, parecia que só estava piorando as coisas, e Olson estava lutando e tentando dizer algo sem sucesso com seu diafragma ferido. Eu cliquei no botão em minha máscara e chamei Buzzer.

— Ei, Buzzer? Você sabe por que o poder de Olson parou de funcionar?

— O QUÊ!? Ele está morto, morto?

— Não, mas ele está sangrando e não sei como ajudá-lo.

— Pelas tetas geladas de Satanás, é por isso que odeio missões de treino. Apenas o mate, ele não pode resetar se não morrer. E se apressem! O combustível de Ifrit acabou e precisamos ir embora.

Ah. Acho que fazia sentido com o que eu havia visto.

Arrastei Frankie até Olson e o esfaqueei com uma das lâminas que Frankie ainda não tinha dispersado. Instantaneamente, Olson estava de pé e completamente bem.

ERRO!

Droga, foi difícil de assistir, mesmo quando eu sabia que estava chegando.

— Ugh, finalmente! Mas que diabos Jasper? Você sabe como isso funciona — reclamou Olson.

— Eu estava tentando! Nem todo mundo é bom em violência. Sou um homem de negócios, não um bandido qualquer.

— Jesus, vamos logo. Precisamos nos apressar.

O resto dos Espada nos alcançou, mas usando Frankie como refém, fomos capazes de chegar ao último andar, Frankie resmungando palavrões durante todo o caminho enquanto eu o cutucava com a faca. Quando alcançamos o patamar final antes do acesso ao telhado, ouvimos um ding quase inócuo.

No corredor oposto à escada, um elevador que eu não havia notado quando passamos pela primeira vez se abriu. Dentro havia um humano, e ele estava… enrugado e seco. Estava curvado e usando um bastão para ajudar a se mover. Sua pele era enrugada e o pouco cabelo que tinha era grisalho e pegajoso. Talvez estivesse doente? Mas o olhar que nos deu estava bem vivo.

E a pequena nuvem flutuante de líquido vermelho ao redor significava que devia ser Sanguine.

Ameaça estimada: Alta.

— Afaste-se! Ou eu mato Frankie!

Sanguine apenas sorriu e avançou. Aparentemente, ele não valorizava Frankie tanto quanto seus subordinados.

— Ei, Tofu — disse Olson — já que Sanguine está aqui, vou pular do telhado, não quero correr o risco dele me pegar. Você vai ficar bem?

— Sim, eu posso jogar Frankie e depois pular com Jasper — respondi.

Infelizmente, eu não podia simplesmente matar Frankie e fugir, não queria dar mais munição a Sanguine, então tive que arrastar um Frankie repentinamente se debatendo comigo. Felizmente eu era mais forte do que ele, e Sanguine também era bastante lento, então fui capaz de subir no telhado com Jasper. Olson já havia pulado da beira do prédio.

Me inclinei para que Jasper subisse nas minhas costas novamente e ele subiu com esforço. Claro, Frankie escolheu o momento em que perdi o equilíbrio por causa de Jasper para me atacar com uma lâmina, fazendo um corte no meu braço (e no meu traje! Eu acabei de ganhá-lo!). Senti sangue drenar instantaneamente, um jato saindo do meu braço em direção a Sanguine, e de repente me vi lutando com Frankie e com a perda de sangue. Selei o ferimento e coloquei Frankie sob controle, mas Sanguine agora tinha uma nuvem de sangue muito maior ao seu redor.

O que funcionou a meu favor quando as microunidades no sangue se autodestruíram, banhando Sanguine em uma nuvem de poeira e fazendo-o ter um ataque de tosse. Hora de ir.

Corri para a beira do telhado e pulei. Jasper e Frankie gritaram quando lancei nós três pela borda e para o telhado oposto. Reconheço que o pouso foi um pouco desajeitado, considerando que eu estava carregando dois deles e sofrendo pela perda de sangue. Assim que pousamos, segurei Frankie e deixei Jasper descer, antes de verificar se Sanguine não estava de alguma forma nos seguindo. Não, ele parecia estar preso no telhado oposto, e como ouvi sirenes ao fundo, duvidei que ele se preocupasse conosco por muito mais tempo. Tivemos que nos apressar para encontrar Pebbles e os outros.

— Bem, isso foi bastante emocionante — disse Jasper quando finalmente parou de ofegar — Não que eu seja ingrato, veja bem, mas por que você arrastou Frankie conosco?

— Ele cortou meu traje, então eu queria que me pagasse de volta.

Jasper me lançou um olhar estranho antes de dizer:

— Er, não acho que Frankie esteja muito inclinado a fazer isso…

— Ah, eu sei, só não queria deixá-lo cair e sujar sua jaqueta de sangue.

Bem, minha jaqueta agora.

 


 

Tradução: Lodis

Revisão: Mori & Fran

 

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