Dark?

Super Minion – Cap. 11 – Difícil de Engolir

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Continuei explorando depois que me separei de Mikey, principalmente testando se eu poderia navegar de sua casa até o café de Maggie sem precisar voltar atrás. Felizmente, parece que mesmo nas áreas mais confusas, as ruas ainda seguiam um padrão definido. O mapa que o Sr. Kimber mostrou me ajudou. A cidade era quase perfeitamente redonda, com algumas ruas formando linhas retas do centro às bordas externas, e o resto das ruas formando anéis ao redor do centro. Usando essas informações, fui capaz de navegar facilmente de volta à entrada do túnel.

Passei o resto da tarde caçando ratos para testar minha nova máscara. Eu provavelmente teria que lutar enquanto a usava e queria ter certeza de que não me atrapalharia.

Coloquei a máscara e a ajustei ao tamanho da minha cabeça. Ela se ajustou perfeitamente, mesmo quando mudei o formato da minha cabeça enquanto a usava.

Uma vez ajustado, comecei a verificar meus sentidos. Visão, olfato, audição, nenhum deles foi severamente afetado, o que me surpreendeu. Exteriormente, não parecia que fazia muita diferença, mas para não atrapalhar o olfato e a audição enquanto se ajustava à formato, obviamente tinha que ser mais complicado por dentro. Gostaria de abri-lo e ver seu funcionamento interno, mas Sandra me avisou para não tentar modificá-lo. Além disso, eu tinha dúvidas se entendia o suficiente para montá-lo de volta. Minha especialidade eram componentes orgânicos, não inorgânicos.

Eu me certifiquei de que o capacete estava no lugar correto e então comecei a explorar os túneis à procura de ratos. Voltei para onde destruí o ninho da última vez e comecei de lá. Rapidamente encontrei uma nova trilha e a segui.

Procurando nos túneis por um tempo, acabei encontrando um novo grupo de ratos. Desta vez era um grupo de seis grandes sem nenhum dos pequenos. Eles estavam atualmente pulando de um cano no teto, a maioria com pequenos pacotes em suas bocas.

Quando estava na esquina, avancei usando a mesma estratégia da vez anterior. Contanto que eu não tivesse um desempenho pior do que da última vez, eu consideraria um teste de luta bem-sucedido com a máscara.

Alcançando o primeiro, o esfaqueei na nuca com minha faca. O segundo, cortei a artéria do pescoço e dei um bom chute para deixá-lo atordoado enquanto sangrava. Surpreendentemente, o resto não correu como da última vez e largou os pacotes para me atacar.

Mas no fim não fez diferença.

O terceiro rato me alcançou e eu bati em sua cabeça, usando minhas garras de tração para segurar com firmeza e esmagar sua cara no chão. Quando o quarto se aproximou, joguei o cadáver do terceiro rato nele, derrubando-o.

Desse ponto em diante, a luta se tornou um teste de esquiva. Eles pulavam ou atacavam, tentando me agarrar, enquanto eu me esquivava e usava minha vantagem de altura e peso para golpeá-los incessantemente. Eu tinha que admitir, embora a forma de drone não fosse muito especializada em combate, ser ereto e alto era uma grande vantagem contra inimigos rastejantes. Contanto que eu não tropeçasse, poderia colocar a maior parte do meu peso nos golpes.

Por fim, quatro ratos caíram mortos ou morrendo ao meu redor. Os dois sobreviventes tentaram um último recurso e um atacou meus pés enquanto o outro saltou. Eu chutei o que estava nos meus pés, mas o segundo caiu na parte superior do meu torso e tentou morder meu rosto. Mirou nos meus olhos, mas aparentemente era muito estúpido para perceber que eu estava usando uma carapaça e, em vez disso, seus dentes rasparam inutilmente a máscara. Eu o agarrei pelo meio e apertei, aumentando a pressão até que sua coluna finalmente quebrou.

Soltando-o no chão, me preparei para o último, mas nem precisava ter me incomodado. Ele estava fugindo pelo túnel e se escondeu atrás do próximo cruzamento enquanto eu observava.

Pois bem, a máscara definitivamente ajudou desta vez. Mas mesmo se o rato não tivesse atacado meu rosto, a máscara não havia impedido em nada meus métodos normais de luta . Eu diria que esse foi um teste, bem sucedido.

Depois de testar a máscara, decidi hibernar durante a noite. Tecnicamente, eu poderia continuar a explorar as áreas circundantes, mas estava preocupado com o que o drone da escola havia dito sobre sair à noite. Tinha que haver um motivo real para mencionar isso, e se o resto dos drones estivessem seguindo esse conselho, para não me destacar eu também precisaria segui-lo.

E suponho que também preciso descansar o Humano.exe. Eu sabia que poderia forçá-lo, mas não havia necessidade de fazer isso.

Eu examinei edifícios durante a maior parte da manhã, subindo passagens e escadas para ver como a área parecia do alto. Em um edifício, usei a escada de barras de metal para chegar ao telhado e, ao olhar para a cidade, vi edifícios que se espalhavam ao meu redor ao longe. Na área ao redor de Maggie, eles tinham apenas alguns níveis de altura, mas na direção da rua Ashwood eles criavam a ilusão de uma colina inclinada à medida que aumentavam gradualmente de tamanho. Olhando na direção da central, quase pude ver os topos das megaestruturas que dominavam aquela área. Um panorama gigantesco.

Eu tinha que estar errado sobre a formato deste lugar. O teto não era um teto. Mas eu não sabia o que mais poderia ser. Eu não tinha informações suficientes nem para dar um palpite.

Mas eu conhecia um lugar onde poderia descobrir mais.

Voltei para o Colégio Clemont. Se eu estivesse contando certo, teria cerca de meia hora antes do almoço, então usei uma passagem mais alta para observar a escola sem chamar a atenção dos seguranças. A entrada principal da escola era uma ponte larga que se conectava à passagem “estrada” de nível três que constituía a maior parte da rua Ashwood, no entanto, outras pontes menores se estendiam a outras passagens ao redor dos edifícios circundantes.

Avistei o segurança que me prendeu da última vez. Ser pego por ele de novo provavelmente não terminaria de forma tão inofensiva quanto da última vez. Era um “defensor” das regras, se Tim e Mikey estivessem certos.

Decidi entrar sorrateiramente depois que o sinal para o almoço tocou, caminhando até uma das passagens que ficava um nível acima de uma ponte lateral. Quando um guarda passou pela ponte, esperei até que estivesse a uma boa distância antes de pular na ponte atrás dele e entrar silenciosamente na única porta que dava para dentro.

Dentro havia um corredor, e os alunos estavam saindo das salas de aula para ir ao refeitório. Eu rapidamente me misturei com a multidão. Um ou dois jovens drones me viram entrar, mas como eu havia notado ontem, os estudantes drones basicamente ignoravam uns aos outros, a menos que fossem parte do mesmo grupo social, logo, eu continuei sem ser questionado por eles.

O padrão de ontem se manteve, e o refeitório era novamente uma massa de jovens drones esperando na fila por comida. Curiosamente, notei que havia um pouco menos drones hoje, o suficiente para ser notado. Suponho que muitos “pais” decidiram retirá-los logo após os anúncios de ontem. Enquanto esperava na fila, vi Mikey e Tim já em uma mesa. Felizmente, entre uma moeda de 25 centavos mantida por um dos ratos de ontem e procurando por moedas perdidas esta manhã, consegui juntar os dois dólares necessários.

O almoço de hoje era supostamente vegetais fritos com um copo de frutas e feijão como acompanhamento, mas eu não tinha certeza de quanto acreditava nisso. Eu tinha visto vegetais fritos na Maggie e não acho que eles deveriam vazar.

Pelo menos desta vez o gosto era bom.

Fui então até Tim e Mikey. Estranhamente, nenhum dos dois estava comendo e Mikey estava sentado com a cabeça entre as mãos.

— Olá, posso sentar com vocês de novo?

Tim olhou para mim:

— Oh! Ei, Tofu. Claro, vá em frente, cara.

— Obrigado.

Me sentei e comecei a comer, mas rapidamente percebi que algo estava errado com Mikey. Ele não estava falando nem comendo, enquanto ontem ele ficou conversando com Tim sem problemas. Algo também parecia estar incomodando Tim, embora ele parecesse mais preocupado com Mikey. Comi em silêncio por um tempo e, por fim, Tim tentou conversar com Mikey.

— Ei Mikey, nós vamos dar um jeito cara. Não se preocupe — disse Tim. Mesmo para mim, seu consolo parecia hesitante, e decidi perguntar.

— Aconteceu algo ruim?

Tim olhou para mim e estava prestes a dizer algo, mas hesitou, olhando primeiro para Mikey.

— O namorado imbecil da minha mãe aconteceu, isso sim — respondeu Mikey.

Namorado? Imbecil? Esses eram novos termos que não reconhecia. “Garoto” e “amigo” eu conhecia, e pensei que amigo fosse um bom termo, acho que “imbecil” invalidava a conotação positiva? Pelo menos “amigo” implicava que o problema era “quem” e não “o quê”. *

— O que ele fez? — perguntei.

 Tim esperou por Mikey, mas quando Mikey ficou em silêncio, ele respondeu:

— Ele roubou o dinheiro que Mikey estava guardando para a faculdade.

“Faculdade”. Pelo que ouvi ontem dos anúncios e de outros alunos, era o próximo nível de treinamento após o colégio. Então os alunos precisavam pagar para serem treinados neste nível?

— … todos os seis mil — sussurrou Mikey, tão baixo que quase não consegui ouvi-lo.

Seis. Mil.

Valor estimado = 600 ciclos de operação contínua, no mínimo.

Eu fiquei chocado com o que Mickey falou. Seis mil dólares! Poderia comprar tanta comida com isso! Eu nem tinha percebido que era possível conseguir tanto dinheiro.

— Como v-você conseguiu tanto?

— Ele trabalhou todos os verões desde o último Bizarro — respondeu Tim.

— E agora foi tudo pelo ralo. — disse Mikey.

Bem, pelo menos agora eu sabia que um trabalho pagava bem. Sandra disse que o trabalho de minion pagava por cada tarefa realizada, mas não deu uma quantia definida.

— Não há como conseguir o dinheiro de volta? — perguntei.

— Não, o imbecil já usou para pagar seu traficante. Minha mãe estava brigando com ele sobre isso ontem, mas… — nisso Mikey cerrou os dentes e os punhos antes de continuar — Eu até consideraria um dinheiro bem gasto se isso simplesmente o tirasse da minha vida. Mas ele é como um sanguessuga, sugando a vida da minha mãe, e agora a minha também.

E então o sinal tocou e Mikey se levantou para sair, deixando sua bandeja de comida para trás (ele estava muito perturbado para comer!).

— Vamos pensar em algo Mikey. De verdade!

— Obrigado Tim… — Mikey respondeu, mas não parecia muito entusiasmado. Enquanto ele se afastava, me virei para Tim.

— Quão prejudicial é isso para seus planos?

Tim olhou para mim e respondeu:

— Teria pago pelo menos o primeiro semestre. Suas notas são boas, mas ele não conseguiu nenhuma bolsa de estudos. Além disso, a faculdade mais próxima ainda fica a uma hora de distância, mesmo com de metrô. Ele esperava alugar algum lugar e talvez trabalhar meio período. Mas agora… de qualquer forma, vejo você mais tarde, Tofu, preciso ir para a aula.

Tim se afastou com os ombros caídos.

Eu ponderei a situação enquanto comia o resto do almoço de Mikey. Tecnicamente, isso tudo não era problema meu. Minha principal preocupação era garantir nutrição e recursos estáveis sem comprometer meu disfarce.

Mas isso realmente não parecia certo para mim.

Eu não era ninguém importante para Mikey, mas ele ainda assim me alimentou de graça (duas vezes agora). Se possível, gostaria de manter drones valiosos como esse. Quem sabe onde mais eu encontraria alguém disposto a me alimentar de sem nada em troca?

Mikey disse que o dinheiro provavelmente não seria recuperável. Mas ele também disse que se contentaria em se livrar do “namorado imbecil”.

Talvez eu possa ajudar com isso.

Passei os dois “períodos” seguintes na aula do Sr. Kimber, ouvindo uma fascinante palestra sobre as rotas de abastecimento pós-Verão Bizarro. Porém, eu estava um pouco distraído pela situação de Mikey. Em vez de fazer anotações lentamente, como ontem, hoje ele apenas olhou para sua mesa. Ignorando conhecimento e não se alimentando. Definitivamente perturbado.

Quando o sinal tocou, fui para o “banheiro” e mudei meu rosto no box para assistir à aula do Sr. Kimber novamente. Enquanto ouvia a palestra sobre a rota de suprimentos pela segunda vez (literalmente repetido palavra por palavra, obviamente o Sr. Kimber é um profissional experiente), calculei o risco de me livrar do namorado imbecil. Era um pouco mais arriscado do que os dois emboscadores, aqueles provavelmente trabalhavam apenas um com o outro. Mas o namorado imbecil era aparentemente subserviente a este “traficante”, e sua ausência poderia ser notada. Além disso, eu não sabia quanto tempo levaria para “policiais” ou super-heróis se envolverem.

Como plano back-up, talvez seja possível para Mikey obter o dinheiro de uma fonte alternativa. Pegar moedas do chão tinha funcionado para mim até agora, embora eu não tivesse certeza se Mikey poderia coletar tão eficientemente quanto eu. Dependia de quanto tempo durava o Verão Bizarro e de quanto tempo depois demoraria para as faculdades começarem a funcionar. Vou pensar em algo. Por enquanto, planejava seguir Mikey para casa novamente. Desta vez, eu anotaria a residência exata e voltaria enquanto Mikey estivesse na escola para me livrar do “sanguessuga”.

Eu só precisava ter certeza de que matei o “namorado imbecil” e não a “mãe”. Mas eu duvidava que isso fosse muito difícil de descobrir.

O sinal tocou e eu corri para o banheiro para mudar meu rosto de volta. Eu precisava alcançar Mikey e Tim antes que eles partissem.

Cheguei à ponte de entrada antes deles e os cumprimentei. Tim ficou um pouco surpreso por eu ter ficado após o almoço novamente, mas inventei uma desculpa de ter perdido minha I.D. e não valia a pena substituí-la, já que as aulas estavam quase acabando.

No caminho para casa, Tim fez o possível para tentar encontrar uma solução. Mikey tentou contribuir, mas era óbvio que ele realmente não acreditava que as sugestões oferecidas funcionariam. Quando Tim saiu para seguir seu próprio caminho de volta para casa, sua testa ainda estava franzida, tentando encontrar uma solução.

Mikey e eu caminhamos em silêncio depois disso. Blocos passaram enquanto Mikey apenas caminhava olhando para o chão. Quando chegamos às escadas que levavam a sua casa, Mikey hesitantemente se virou para mim.

 — Ei, Tofu, hmm, você acha que talvez, uh, que talvez o seu trabalho tenha mais vagas? E–eu me sinto mal por perguntar logo depois de te conhecer, mas, hmm… Não sei mais o que fazer.

Hmm, eu tinha considerado essa opção, mas ser um minion me pareceu bastante perigoso para um drone normal. Além disso, eu não tinha certeza se queria que Mikey soubesse o que eu estava fazendo.

— Não tenho certeza se eles têm vagas abertas, e devo avisar que o trabalho é um pouco arriscado. Quer que eu pergunte se eles estão contratando?

— S–Sério?! Sim! Sim, por favor! Eu faço qualquer coisa, cara. Eu realmente preciso ganhar dinheiro agora, e as pessoas quase nunca contratam durante o Verão Bizarro. Obriga–

— Ei, tampinha! Como foi a escola? — disse uma voz distorcida. O rosto de Mikey instantaneamente mudou de um sorriso para a carranca de antes, com sinais adicionais de raiva detectáveis. Cerrando os punhos e os dentes, ele se virou para o drone que havia falado. Era um drone mais velho com coberturas de perna compridas e uma “jaqueta” marrom em seu torso. Parecia cambalear enquanto caminhava e se aproximou de nós dois lentamente, parecendo colocar pensamento extra em cada passo. Em uma das mãos, segurava um saco de papel pardo com uma garrafa de vidro dentro.

Ameaça estimada: insignificante.

Quando chegou até nós, falou novamente:

— Vocês pirralhos aprenderam alguma coisa nova hoje? — e colocou a mão na cabeça de Mikey para bagunçar seu cabelo. Mikey imediatamente tirou a mão com um tapa.

— Aw, não seja assim, pirralho. Ainda está bravo por causa de ontem? Eu te disse, vou te pagar de volta. Sabe, eu até tive um bom dia hoje.

Com isso, o drone colocou a mão no bolso e tirou um único retângulo de papel amassado, com o símbolo “20” impresso. Ele ofereceu a Mikey, mas Mikey não se mexeu, apenas olhou para o chão com os punhos cerrados. Eventualmente, o drone desistiu e apenas jogou o papel no torso de Mikey.

Caramba pirralho, você é muito negativo. Não vai fazer nenhum amigo assim, cê sabe né? — disse o drone. Então ele se virou para ir embora.

Mikey não fez nenhum movimento, então me abaixei e agarrei o papel amassado, alisando-o ao fazer isso.

Yep, os símbolos no papel representavam apenas vinte dólares. Não dois mil nem mesmo duzentos. Apenas vinte. Nem perto dos seis mil que o drone devia a Mikey.

Mikey estava vermelho de raiva, seus membros tremendo, eu estava honestamente surpreso por ele ainda não ter atacado o drone. A repercussão do ataque ao drone mais velho era alto demais para um drone jovem agir?

Bem, eu devia a Mikey pelos almoços de qualquer maneira. Só precisava confirmar com ele.

— Ei Mikey, não tenho dúvidas de que seja, mas só para ter certeza de que não entendi errado, esse é o “namorado imbecil” de quem você estava falando, certo?

Mikey se mexeu com minhas palavras, seus olhos subindo para encontrar os meus em confusão.

— O que diabos ‘cê disse?! — perguntou o drone enquanto girava de volta para nós. Não tão instável quanto antes.

Ameaça estimada: mínima;

— Estou perguntando se você é o namorado imbecil que roubou dinheiro de Mikey. Eu não gostaria de estar errado.

 Mikey estava me olhando, incrédulo, seus olhos arregalados, e o rosto do drone mais velho estava rapidamente ficando com raiva e vermelho, assim como o de Mikey estava. Mas esse drone não teve a paciência de Mikey e me atacou com a garrafa. Suponho que era uma confirmação tão boa quanto qualquer outra.

Seu membro se moveu em um amplo arco. Embora pudesse ter tido alguma força por trás, ainda era um golpe muito desajeitado e eu o peguei com minha mão direita. Mal fez meu braço se mexer.

Ele piscou para mim estupidamente, obviamente não esperava que isso acontecesse, e eu aproveitei sua confusão para agarrar sua garganta com a outra mão e apertar. Ele deixou cair a garrafa quando se debatia e com as duas mãos tentou agarrar meu braço para movê-lo. Usei minha mão direita, agora livre, para pegar minha faca, o que fez o drone agir com mais urgência.

— T–T–Tofu! O que você está fazendo!? — disse Mikey.

 Não era óbvio?

 — Bem, você disse que ficaria bem com o dinheiro perdido se ele pelo menos desaparecesse. Estou fazendo isso.

— CARA! E–eu não quis dizer isso. Você não pode simplesmente esfaquear uma pessoa em plena luz do dia! — Mikey exclamou.

Ah, agora entendi. Eu examinei a área. Éramos os únicos drones por perto agora, mas Mikey tinha razão. O lugar era bastante aberto e poderia haver testemunhas despercebidas. Eu não estava com pressa dessa vez, então era melhor ser cauteloso e cuidar de todos os detalhes. Comecei a arrastar o namorado imbecil para o beco escuro ao lado do prédio de Mikey. Era o tipo que tinha um espaço para deixar você ver os andares abaixo, com uma cerca na altura dos ombros para evitar que os drones caíssem.

Eu tinha comido muito bem nos últimos dias, entre ratos e comida de drone, então no momento eu estava um pouco mais denso do que meu tamanho sugeria. Com o músculo e o peso extras por trás de meus movimentos, eu facilmente arrastei o drone para o beco, Mikey alguns passos atrás de mim. O drone que eu estava segurando redobrou seus esforços para fugir e começou a emitir sons estranhos.

— Ei. Tofu. Olha, eu agradeço, cara. Sério! Mas os Cs irão atrás de você se fizer isso. Tipo, é uma ideia muito ruim e uh… e…

Mikey parou e olhou para o drone. Segui seu olhar e descobri que o drone havia desistido de tentar se libertar. Em vez disso, estava segurando algo que havia tirado de um bolso. Um maço de papel enrolado.

Um maço de notas de dinheiro.

Ah, parece que não usou o dinheiro, afinal? Eu soltei sua garganta e o deixei cair no chão. Ele engasgou e chiou enquanto seu rosto lentamente recuperava sua cor normal. Estava adquirindo uma tonalidade azulada interessante.

Mikey se aproximou e pegou o maço de dinheiro. Verificando rapidamente.

— Três mil — disse ele por fim. — Você ainda tinha TRÊS MIL!?

De repente, ele atacou com o pé, chutando o drone na lateral. Iríamos matá-lo ou não?

— VOCÊ AO MENOS TINHA UMA DÍVIDA?! OU SÓ ESTAVA ROUBANDO MEU DINHEIRO?! SEU PREGUIÇOSO! — *chute* — SEU INÚTIL! — *chute* — BÊBADO! DROGADO! — *chute chute*.

Wow, eu não sabia que drones podiam ficar com tanta raiva. Mesmo que não fosse muito eficiente, pura raiva era intimidante.

Mikey finalmente parou de chutá-lo e recuou, tentando recuperar o fôlego enquanto se recompunha. Esperei até que ele parecesse calmo novamente antes de falar.

— Então, o que você quer fazer com ele?

Mikey engoliu um pouco mais de ar e respondeu:

— Eu só– Huff. Só quero ele fora da minha vida.

— Entendido.

Me inclinei sobre o drone e o peguei pela frente de sua camisa antes de começar a arrastá-lo até a cerca. Havia um buraco na malha de metal onde chegava à altura da minha cintura. O drone imediatamente começou a protestar.

— Espera, espera! Não! Não faça isso! Pirra– quero dizer, Michael! Michael não deixe ele fazer isso! Por favor! Eu posso te pagar de volta! De verdade, eu posso!

Eu olhei por cima da barreira para as camadas abaixo e então o puxei para cima, inclinando-o sobre a barreira. Ele continuou implorando, água começando a vazar de seus olhos.

— Por favor! Eu posso, eu posso–

— Seis mil.

— O–o quê?

— Seis mil dólares. Pague de volta ou da próxima vez que eu te ver, eu tiro do seu couro.

— S-seis? Mas eu, mas eu não usei–

Eu dei uma sacudida nele e ele se calou, choramingando.

— Você tem até o final do Verão Bizarro.

Então eu o soltei…

… bem na tampa de um recipiente gigante de lixo um nível abaixo. Eu testei o plástico de que as tampas eram feitas durante minhas explorações anteriores. Era flexível o suficiente para deixá-lo viver da queda. Provavelmente. Eu realmente não me importava, mas Mikey parecia, por algum motivo.

Voltei-me para Mikey, que estava olhando para o dinheiro em suas mãos, sem dizer uma palavra.

Então eu disse:

— É suficiente para a faculdade?

— … não. Antes era quase o suficiente, mas agora… os empregos diminuem durante o Verão Bizarro. Quase ninguém contrata e, mesmo se fizer, não vai pagar bem o suficiente.

Hmm.

— Bem, eu conheço alguém que está.

Entramos pela porta da frente, ainda aberta, apesar de já estar tarde. Nos aproximamos do drone com escamas sentado na única peça de mobília da sala. Ela olhou para cima depois de quase um minuto de toques em seu phone e suspirou de irritação quando nos viu.

 — Tch, mas que droga, SANDRA! ELES ESTÃO SE MULTIPLICANDO!

 


 

Tradução: Lodis

Revisão: Mori & Fran

 

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