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Super Minion – Cap. 10 – Comida do Refeitório

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Sandra me mostrou como usar a máscara. Apesar de ser uma carapaça rígida, era ajustável com alguns controles na parte interna da placa frontal. Pressionar alguns botões em combinação permitia que ajustes fossem feitos, senão travava na forma escolhida. Tecnicamente, eu poderia apenas ajustar minha própria cabeça à máscara, mas apreciei o design bem feito. Depois de certificar-se de que eu poderia ajustar a máscara sozinho, Sandra me mostrou como a máscara pode se transformar em uma forma portátil fácil de carregar. Como um bônus, poderia até receber mensagens que me alertariam sobre quando e onde um trabalho que eu precisava ir iria acontecer (e recebia mensagens sem meio físico! Surpreendente!).

Sandra me disse que a máscara mostraria a hora e o local da orientação no sábado e me mandou embora. Coloquei a máscara sob a minha “camisa” e saí, passando por uma Lily distraída no caminho até a saída.

Agora eu só precisava mapear mais a área e talvez descobrir quando é sábado. Eu já tinha descoberto que eles tinham um conjunto de dias nomeados em uma programação rotativa (um sistema tão estranho, por que os nomes?), eu só não sabia qual era a ordem dos dias.

Por enquanto, decidi apenas mapear mais a área. Assim, quando enviassem o sinal para minha máscara, saberia para onde ir. Eu começaria com essa “escola” que ouvi tantos drones mencionar. Parecia importante.

Eu virei à direita ao sair do edifício, seguindo as instruções de Lily. Se estivesse mapeando corretamente meus arredores, eu estava atualmente indo para “oeste” ao longo da rua Ashwood. Ao “norte” da área próxima ao 512 ficava o café de Maggie e a entrada do túnel, e tudo estava localizado apenas na seção da cidade chamada de E13. Eu tinha que dar crédito aos drones, eles sabiam como construir grande escala.

Rua Ashwood continuou por um longo tempo. Os números nos edifícios foram gradualmente diminuindo (alguns estavam do outro lado da rua por algum motivo), e quando cheguei ao edifício 012 encontrei uma estrutura gigante, com a largura de dois “blocos” e dez níveis de altura, a coisa toda construída com reforços feitos para suportar estruturas. Eu poderia ter pensado que era algum tipo de estrutura de proteção de recursos, se não fosse pelos símbolos na entrada que rotulavam o edifício como “Escola Colegial Clement”.

Bacana. Então esse era o lugar de onde os jovens drones vinham? Ou talvez fosse apenas um centro de treinamento? Eu estava curioso para saber por quais tipos de testes os drones tinham que passar. Um lugar tão grande provavelmente continha milhares de jovens drones, obter pelos amarelos ou marrons para todos eles lutarem não parecia nada econômico. Embora talvez lutassem em grupos, os drones realmente valorizavam o trabalho em equipe, e lutar em grupo reduziria os custos substancialmente. Além disso, os drones que não são de combate provavelmente não precisaram participar dos testes de combate.

Eu vaguei até a entrada principal enquanto refletia sobre essas questões. Uma decisão que acabou sendo um erro.

— Ei garoto, o que você pensa que está fazendo aqui fora!?

Oops.

Me virei em direção ao som da voz e encontrei o que era obviamente um drone de segurança, embora eu não reconhecesse sua cobertura. Provavelmente pertencia especificamente à escola. Ele caminhou até mim e me encarou, sua boca se curvando em uma carranca profunda.

Nenhuma arma detectada.

Ameaça estimada: mínima.

— Tentando matar aula, né? Você não pode esperar nem mais alguns dias? A aulas estão quase acabando de qualquer maneira.

— Hmm, eu não fui designado para uma escola. Eu não venho aqui.

— Aham, claro. Bem, então é só me mostrar sua I.D. e você pode ir embora.

Claro, eu não tinha minha própria I.D. Provavelmente era o “cartão de identificação” que encontrei nos drones que comi. Tecnicamente, eu ainda tinha aquelas I.D.s, mas elas eram inúteis para mim no momento. Eu teria que pensar em como encontrar uma solução para isso mais tarde, se conseguisse sair dessa situação.

— Eu esqueci minha I.D.

— Bem, então eu não posso deixar você sair agora, não é? Vamos, você vai esperar no escritório por enquanto, e nada de conversa fiada. Não sei por que vocês, seniors, sempre tentam sair antes mesmo do almoço começar. Se você quiser sair do campus para almoçar, espere até que comece e depois apresente sua I.D. Não me importo se você vai se formar em mais alguns dias, mas até lá deve seguir as regras.

Espera… almoço?

Eu animadamente segui o segurança para dentro do edifício. Ele me levou por vários corredores e depois me deixou em uma área de espera na “secretaria”, avisando para eu não sair antes que o sinal tocasse antes de sair da sala, resmungando baixinho o tempo todo. Vários drones passaram, todos aparentemente muito ocupados com a “papelada”, embora a maioria parecesse estar usando telas planas em vez de papel. Um drone perguntou por que eu estava esperando na secretaria, mas dizer a ele que me foi dito para esperar o sinal pareceu acalmá-lo. Esperei pacientemente na secretaria, contando os segundos. Eu estava ansioso para provar a comida de “sênior”.

Por fim, soou um alarme que me surpreendeu, mas deve ter sido o sinal de que o guarda falou, porque nenhum dos drones reagiu mal. Decidi pedir informações a um drone, não queria me perder em uma estrutura tão grande. Aquele com quem conversei me deu um olhar estranho, mas me apontou na direção de uma “cafeteria”.

Enquanto eu caminhava, percebi rapidamente os jovem drones. Eles eram em sua maioria menores do que os drones adultos, e le~ntamente ajustei minha altura para ficar mais perto da média. Eu mudaria para algo mais confortável depois.

Com o fluxo da multidão, eu rapidamente me aproximei do refeitório. Aparentemente, era apenas uma sala muito grande com mesas suficientes para os drones se sentarem. Não é surpreendente, considerando a grande quantidade de drones. Eu tinha visto alguns jovens drones na cidade, mas normalmente eram muito pequenos e tinham alguém cuidando deles. Eu ainda não tinha visto onde eles faziam novos drones, embora provavelmente fosse improvável que eu descobrisse. Se houvesse um progenitor para os drones em algum lugar, obviamente estaria fortemente protegido.

Em uma das paredes do refeitório havia uma sala lateral onde uma fila estava se formando. Eu rapidamente entrei na fila, avançando lentamente com os outros. Enquanto esperava, observei os jovens drones nas mesas, foi muito útil ver tantas interações ao mesmo tempo. Uma peculiaridade que notei foi que os jovens drones tendiam a se agrupar com outros drones semelhantes. Principalmente no caso dos drones de combate. Esses se juntaram quase exclusivamente em grupos com outros drones modificados, e os drones regulares os evitavam. Isso era mais parecido com o comportamento na central, os drones ao redor de Ashwood e de Maggie realmente não pareciam se importar, mas os da central definitivamente se importavam. Resolvi ser extremamente cuidadoso com a hierarquia social que estava em jogo aqui. Eu só queria pegar minha comida e sair.

A fila avançou lenta, mas continuamente, e fui despertado de minhas observações pelo grande drone no terminal da linha que supervisionava as transações. Pegou a I.D. do drone na minha frente e a passou em um dispositivo que emitiu um bipe antes de devolvê-la. Então era a minha vez, e eu não tinha I.D.!

— Hmm, esqueci minha I.D. hoje.

— Então são dois dólares — respondeu ele, obviamente entediado.

Eu não tinha dois dólares. Eu tinha um dólar e dez “centavos”.

— Hum…

— Aqui, use a minha — disse uma voz atrás de mim.

Eu me virei para o jovem drone que havia falado. Ele era alto, com pele clara e cabelos pretos longos, de aparência um tanto oleosa. Em sua mão estava sua I.D., a qual estava me oferecendo.

— Posso mesmo usar a sua? — perguntei.

— Pode sim, as aulas terminam na sexta de qualquer maneira.

Com gratidão, peguei a I.D. do jovem drone e tentei entregá-la ao drone da cafeteria.

— Você não deveria compartilhá-la — disse o drone.

— Aw, qual é Sra. B. Eles já estão cortando duas semanas de aula. Eu tinha o passe mensal. — Respondeu o jovem drone.

O drone da cafeteria grunhiu e passou a I.D. duas vezes antes de devolvê-la ao jovem drone e acenar para que andássemos.

— Obrigado Sra. B, você é a melhor — disse o jovem drone.

Sra. B apenas revirou os olhos e grunhiu.

O jovem drone e eu andamos adiante, rapidamente retornando à fila, mas agora com o jovem drone na liderança. O copiei pegando uma bandeja e utensílios para comer, antes de pegar xícaras e pratos de comida para colocar na bandeja. A comida era… estranha. Era na maioria cortada em pequenos quadrados e retângulos que os drones apreciavam, vinha em cores neutras e parecia favorecer uma textura empapada. Um teste de sabor seria o fator decisivo. Falando nisso, eu precisava assegurar um dos assentos.

— Obrigado novamente por me ajudar.

— Não se preocupe, cara. A Sra. B é grosseira, mas raramente reclama disso. A propósito, meu nome é Mikey.

— O meu é Tofu.

— Tofu? Sério?

— Não. É assim que os outros me chamam.

— Ha, não se preocupe, já ouvi apelidos mais estranhos. Vamos, consigo ver meu amigo daqui. Você é novo aqui, né? Você pode sentar com a gente.

— Hmm, sou, como você sabe?

— Você ainda tem aquela cara de primeiro dia. Momento ruim cara, você acabou de chegar e eles estão fechando mais cedo.

Eu realmente não gostava da facilidade com que alguns drones percebiam esses pequenos detalhes. Pelo menos ser “novo” não era suspeito o suficiente para disparar alarmes neste caso.

Ele me levou a uma mesa onde alguns outros drones estavam sentados e colocou sua bandeja ao lado de um drone baixo com cabelo ruivo cacheado e óculos antes de interagir com ele.

— Ei Tim, como vai?

— Jennifer Heartly despertou — respondeu o drone baixo enquanto cutucava sua comida com um utensílio de plástico.

— É cara, eu sei. A escola inteira está falando disso, como poderia não saber?

— As chances de ganhar um superpoder são de uma em um milhão.

O que foi isso? Ganhar superpoderes?

— Ok, lá vamos nós de novo — disse Mikey. Ele capturou especificamente meu olhar e revirou os olhos.

— Uma em um milhão, mas esses números aumentam durante o verão bizarro. Alguns estudos mostram que pode chegar a uma em mil dependendo da situação — disse Tim.

— Essa é uma estimativa aproximada, de uma possível alta, em um único estudo feito por charlatães, Tim.

— Há cerca de cinco mil alunos nesta escola. Então, tecnicamente, no final do Verão Bizarro, pelo menos cinco pessoas nesta escola despertarão. E uma já foi.

— Tim, mesmo com essas probabilidades, há menos de ponto um por cento de chance de você conseguir poderes. Que qualquer um de nós ganhe poderes. Poxa, talvez alguma outra escola consiga nove e a gente não tenha nem mais um.

— Então por que tinha que ser a Jennifer?! Ela é uma babaca! — exclamou Tim.

— Ha, eu posso pensar em algumas palavras melhores do que essa para descrevê-la . Palavra A, palavra B, palavra C, provavelmente poderia usar a maior parte do alfabeto se realmente tentasse.

Isso resultou em um bufo de Tim, e os dois mudaram o rumo da conversa. Eu mesmo me voltei para a comida que havia parado de comer para ouvir as informações do pequeno drone. Foi bastante informativo.

Comecei a provar os diferentes itens em minha bandeja… e rapidamente fiquei desapontado. Era decentemente rico em nutrientes, mas não muito mais do que a velha pasta de nutrientes, e o sabor era inferior, no mínimo. Perguntei o que eram alguns dos itens e achei difícil de acreditar quando Mikey e Tim listaram nomes de alimentos também servidos no café de Maggie. Aparentemente, o mesmo item pode vir em várias qualidades diferentes.

— É, é bem ruim. Você deveria ver o que eles tentam passar por carne. Juro que a última vez que cutuquei um “bife” do refeitório, ele despertou e tentou voar para longe — disse Mikey.

Conversamos sobre diferentes assuntos por um tempo, quando finalmente o sinal tocou mais uma vez. O tempo do almoço havia acabado.

— Então, qual aula você tem a seguir? — perguntou Mikey.

— Oh, um, eu não tenho uma próxima aula.

— Dispensa no almoço? Você sabe que Bradly não vai deixar você ir mais cedo sem sua I.D. — disse Tim.

— É o segurança semi-careca?

— É, esse ai. Ele segue essas coisas à risca. Você poderia pedir na secretaria para ligar para seus pais, eu acho.

Hmm, isso não era uma opção. Eu não tenho “pais”, seja o que isso for. E informar aos supervisores que havia um drone não contabilizado não parecia sensato.

— Hmm, ligar para meus pais não é realmente uma opção.

— Eh, então parece que você está preso aqui, camarada — disse Mikey. — Vamos, você pode me seguir. Meu próximo professor, o Sr. Kimber, nunca faz chamada, e o último período será apenas de anúncios do Verão Bizarro de qualquer forma.

Tim e Mikey se separaram no meio do caminho do lado de fora do refeitório. Segui Mikey, que me levou alguns andares acima até uma sala cheia de uma combinação de móveis de uma pequena mesa/cadeira. Mikey me levou para o fundo da sala e se sentou em uma das cadeiras, e eu o segui e sentei ao seu lado. Drones lentamente preencheram as mesas, porém não parecia que eu estava deslocando ninguém, pois quando o sinal tocou, ainda havia algumas mesas vazias.

Depois que o sinal tocou, um drone grande e gordo usando óculos ergueu os olhos da tela que estava lendo. De seu assento, dirigiu-se à turma:

— Hoje será um pouco diferente. Estaremos repassando a história de várias cidades importantes em relação ao Verão Bizarro.

Ele então ligou uma grande tela plana na frente da sala. Na tela foi exibido um mapa que, quando comparei com o mapa do metrô, percebi que era da Cidade Fortaleza. Usando um pequeno dispositivo que emitia um feixe de luz vermelha, o drone girou sua cadeira para ficar de frente para a tela e começou a palestra pela próxima hora.

E que hora informativa ela foi.

A lição do “professor” cobriu uma breve menção de muitas cidades, mas focou em três em particular. Uma era a Área 52, uma cidade localizada em uma região conhecida como Vale da Morte. A única razão de sua existência era porque na área em que a cidade estava localizada havia tão pouca vida selvagem que se tornou mais fácil lidar com as anomalias resultantes que o Verão Bizarro causava.

Outra cidade era Cidade Colmeia (que nome redundante), que ficava na região de Cesta de Pão. Era governada por um animal mutado, que havia feito um acordo com o governo dos Estados Unidos da época. Em troca de manter o suprimento de alimentos para o resto dos Estados Unidos, o animal mutante foi protegido em vez de destruído pelo país.

A última era conhecida como Cidade de Nova York. Ao contrário das outras, ela foi fundada bem antes do primeiro Verão Bizarro (então por que era chamada de nova?), e a razão de sua sobrevivência contínua era que a cada Verão Bizarro ela ficava envolvida por uma espessa névoa que protegia a cidade. Cada vez que o evento acontecia, a cidade apenas se envolvia em névoa e no final emergia ilesa, seus cidadãos perdendo as memórias do tempo que se passou. Ninguém sabia de onde a névoa vinha, e Mikey sussurrou para mim que havia rumores de que a própria cidade havia despertado durante o primeiro Verão Bizarro.

Infelizmente, a cidade de que eu mais queria saber, Cidade Fortaleza, foi mencionada apenas brevemente no início. Fundada na costa da Califórnia pelo Arquiteto após o quinto Verão Bizarro. A única razão pela qual o professor a mencionou foi porque o Arquiteto aparentemente negociou o acordo com o governante da Cidade Colmeia. Acho que a história da Cidade Fortaleza deve ter sido abordada em palestras anteriores.

O sino tocou e eu segui Mikey mais uma vez, desta vez para uma sala muito grande com “arquibancadas” de metal para fornecer lugares ao público. Vimos Tim na multidão e caminhamos até onde ele estava sentado.

Mais uma vez, notei o mesmo aglomerado que havia testemunhado no refeitório, com os “alunos” se organizando em grupos. Além da segregação óbvia dos drones de combate, também notei uma divisão secundária, esta entre os drones que eram referidos por “ele” ou “o”, e os drones referidos por “ela” ou “a”. Não era uma divisão completa, mas foi o suficiente para finalmente identificar o fator que determinava qual era qual. Surpreendentemente, acabou sendo uma diferença no design de seu código orgânico. Finalmente reuni amostras de ambiente suficientes para vincular o padrão de código aos padrões de fala. Realmente não parecia ser uma diferença importante, especialmente não quando comparado a alguns dos códigos de design mais fortemente modificados que encontrei, mas anotei a distinção para futuras interações. Isso definitivamente ajudaria meu disfarce.

O sinal eventualmente tocou e os alunos se acomodaram, ficando em silêncio (com alguma persuasão) para deixar um drone em uma plataforma elevada falar. Depois de se apresentar, ele falou sobre o fato de que o Verão Bizarro estava começando (vários alunos ao meu redor sussurraram “ah vá”) e começou a recitar uma lista de dicas e anúncios de segurança.

Não saia depois de escurecer.

Evite qualquer pessoa que use máscara se você não o reconhecer como um herói.

Se precisar ir a algum lugar, faça-o em grupos.

Comunique qualquer coisa suspeita à central e NÃO obstrua as linhas com relatórios frívolos ou piadas.

Se você tiver modificações físicas, use suas braçadeiras (vários drones de combate resmungaram sobre isso, e drones regulares olharam para eles).

Se você observar algo anormal, primeiro corra e depois relate.

Se você despertar, deve reportar à central o mais rápido possível (“Aham, claro” murmurou Mikey em resposta).

A localização de vários abrigos e seus procedimentos de fechamento.

E como obter informações de graduação e “GPA” se seus pais decidiram retirá-lo da escola ainda mais cedo.

Fiquei um tanto confuso com os itens da lista. Vários pareciam completamente inúteis (por que a escuridão importaria? O perigo era constante, independente do nível de luz) e alguns eram tão óbvios que me perguntei por que sequer os mencionou. Pelo menos as informações dos abrigos foram úteis, e eles exibiram as fotos de três heróis que operavam em E13. Magenta, Brick e o drone super-rápido que eu havia visto e que era chamado pelo nome de Turbo. Fiz questão de memorizar suas aparências para o futuro.

Eu adorava saber com antecedência quem o inimigo era.

A palestra lentamente acabou e eles dispensaram os alunos quando o sinal tocou.

— Bem, mais um dia perdido. É ótimo saber que só tenho mais alguns assim — disse Mikey.

— Sei lá, acho que as escolas estão fechando muito cedo. Faz todas as coisas da graduação e faculdade serem um incômodo — respondeu Tim.

— Ei, pelo menos você não é o Tofu. Transferido pouco antes do fim das aulas, que sorte é essa? Você também vai se formar este ano, Tofu? Ou ainda tem mais um?

— Hmm, eu não voltarei. Eu tenho um trabalho para o qual me inscrevi.

— Já? Boa. Eu normalmente também pego um durante o verão — respondeu Mikey.

Saímos da escola e eu simplesmente segui Mikey e Tim sem rumo, deixando que eles falassem mais. Seguimos para o norte da escola e ficamos nas passagens do terceiro nível até que Tim finalmente se separou, indo para um dos níveis mais altos. Mikey se virou para mim.

— Então você mora mais longe, ou…?

— Sim, eu moro perto do Café Nascer do Sol da Maggie, na rua Mintholly.

— Ah, caramba, ainda é uma boa caminhada. Pelo menos você não terá que fazer isso muito mais.

Continuamos até que finalmente chegamos à casa de Mikey. Ele morava em um apartamento no quarto andar, com uma escada conveniente para subir até lá. Quando nos aproximamos, ouvi gritos vindos de cima. Normalmente eu ignorava esse tipo de grito, já que era bastante comum, no entanto Mikey olhou para cima, franziu a testa e murmurou um pouco antes de se virar para mim.

— Esta é a minha parada. Foi legal te conhecer Tofu.

— Foi um prazer te conhecer também. Obrigado novamente pelo empréstimo da sua I.D.

— Sem problema cara. Te vejo amanhã então?

Hmm, depende.

— Hmm, talvez. Talvez eu precise ir ao meu trabalho.

— Eles estão fazendo você começar imediatamente? Complicado. De qualquer forma, até mais, cara.

— Até.

Eu considerei o que aprendi hoje. Definitivamente valia a pena voltar para mais informações. Eu havia aprendido bastante em apenas algumas horas, e o risco parecia surpreendentemente pequeno. Se eu não receber o sinal para ir para a orientação, com certeza tentaria entrar escondido novamente.

Mas caramba, aquela comida era uma droga.

 

 


 

Tradução: Lodis

Revisão: Mori & Fran

 

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