Hinata Sakaguchi estava entediada, sentada em seu quarto localizado no principal palácio do Império Sagrado de Lubelius. O mundo era tão entediante.
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Ela tinha apenas dezesseis anos quando foi parar neste mundo. Era o seu primeiro dia no ensino médio e a data da cerimônia de entrada oficial, e a única razão para ter ido é porque não queria ficar sozinha em casa. No caminho de volta, andando pelo templo por onde passava todos os dias da semana, um vendaval repentino soprou sobre seu corpo, foi tão forte que ela não conseguiu manter seus olhos abertos. Quando finalmente abriu suas pálpebras, viu um novo e estranho mundo à sua frente.
Hinata gostou disso.
Pensou que estaria livre de sua mãe, que se afundou na religião e desde então passou a negligenciar sua família. Seu pai havia desaparecido há anos, com certeza seria apenas questão de tempo até ele se envolver com corridas de cavalos, só para acabar extremamente endividado. Incapaz de suportar os inevitáveis episódios de violência que a seguiam, sua mãe achou seu escape através da fé.
Depois disso tudo, Hinata se esforçou para matar seu pai, para que sua mãe pudesse receber o seguro de vida. Apenas um pouco mais, e todo o dinheiro estaria na conta do banco da sua família. Ela garantiu que ninguém suspeitasse de nada. Tudo que precisava, era que o seu pai desaparecesse.
Porém, ao refletir melhor, chegou à conclusão de que para fazer isso da maneira certa precisaria cometer outros assassinatos. Teria que matar figuras religiosas relacionadas a sua mãe e, cedo ou tarde, teria que tirar a vida da sua própria mãe. Esse foi o resultado da análise consciente de Hinata, e isso, mais do que tudo, era a razão pela qual não queria voltar para casa.
Neste lugar, ao menos, não precisaria matar mais ninguém. Ou pelo menos foi o que pensou, até que um grupo de homens a cercasse.
— Ei, tem outra aqui!
— Uau! Outra garota? Que sorte!
— Ei, ninguém vai descobrir se nos divertirmos um pouco com ela antes de vendê-la, não é?
Oh… Então aqui é igual. Para Hinata, o mundo estava cheio de nada além de desespero. Um mundo repleto de coisas feias, repulsivas. Um mundo que apenas deveria ser destruído.
Eu que vou tomar deles. Não deixarei tomarem nada de mim.
Confirmado. Habilidade Única: Usurpador… obtida com sucesso.
Eu estou certa. Meus cálculos são perfeitos, pois o mundo nunca mudará.
Confirmado. Habilidade Única: Avaliador… obtida com sucesso.
De repente, todas as suas dúvidas desapareceram. A névoa dissipou-se de seu coração, afiando sua mente.
Se os homens na minha frente querem tomar algo de mim, tomarei deles primeiro.
Tomarei suas vidas.
Então o massacre começou. Hinata não precisou nem de cinco minutos para matar os três homens com as próprias mãos. Ela tinha acabado de despertar suas habilidades e não foi abençoada com força muscular, mas isso foi tudo que precisou.
Esse foi o primeiro assassinato que cometeu neste mundo.
Ela tinha pessoas próximas, mas nunca conseguiria confiar nelas. Eram fracos demais para isso. Ela sentiu que algum dia poderia matá-los. Então os deixou.
A matança continuou, e com isso veio o conhecimento e habilidades técnicas. Ela fez uso desses recém-descobertos talentos para se tornar forte, parte dos governantes do mundo.
Dias se passaram…
E então Hinata o encontrou.
O único deus que era verdadeiramente qualificado para servir.
Deuses existem de verdade neste mundo.
Ela não conseguiria se lembrar de quantos matou. Pessoas boas, pessoas ruins… Não se importava com isso, todos eram iguais perante seu deus. Então continuou a lutar, nunca questionando as ordens daqueles que servia. Monstros também. As ordens eram absolutas, e seu deus se negava a tolerar a existência de monstros.
Assim, com sua força incomparável, eliminou os inimigos de seu deus.
Aquela garotinha não existia mais. Agora, era a mão direita de seu deus. Ostentava o título de paladina – chefe dos cavaleiros da Guarda Imperial, respondendo diretamente ao Imperador Sagrado – e portava uma beleza digna do título.
O título que a fez inimiga de todos os monstros.
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Então recebeu notícias terríveis. Shizue Izawa, sua professora e mentora, estava morta. A única pessoa neste mundo que lhe mostrou alguma gentileza.
Não existiam memórias sentimentais, nem ódio. Nenhum nome para as emoções que entraram e saíram de sua alma.
Não posso perdoá-lo. Como um monstro pôde fazer isso…?
Seus entediantes dias no palácio terminaram. Um sorriso gelado apareceu em seu lindo rosto, quase santo, e ela entrou em ação.
Tradução: Another
Revisão: ZhX
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