BANG! BANG!
O som estridente da batalha veio do outro lado das portas duplas. Estalando, ambas racharam quando se esforçaram contra uma força invisível, dobrando-se de dentro para fora por causa da pressão.
A cor foi drenada de seu rosto, e suor frio cobria suas mãos, mas o Lorde Ardiloso ainda não soltara a chave para o trono que ele segurava firmemente em sua mão direita — a mão da Princesa Lala Lilia, uma jovem de sete anos.
— Você está me machucando.
— Em breve. Muito em breve, quando a cerimônia de casamento terminar, será a hora da coroação.
A sala do trono, ocasionalmente chamada de câmara de audiência, era larga o suficiente para alocar um exército de gigantes posicionados em formação. Vitrais, pintados com paisagens das quatro estações, foram colocados em todas as paredes. A imagem de uma árvore gigantesca era a principal delas. As paisagens do verão decoravam a parte de trás do trono; à direita estava a colheita do outono; à esquerda estava a primavera florescendo. E, acima das rangentes portas duplas, estava uma paisagem de inverno, coberta por gelo e neve. Tudo estava organizado de uma forma que todos aqueles que entrassem na sala pelo inverno pudessem ficar de frente para o verão.
Sala do trono. Câmara de audiência. A forma com que é chamada muda com a subjetividade da pessoa. No fim, acaba sendo o que eles veem. Era uma sala para o trono do rei ou para o próprio Rei?
No caso do Lorde Ardiloso Siegfried, a cerimônia de casamento era muito mais do que um ato de abertura. Ele olhava do trono para a coroa dourada, então para o orbe colorido apoiado pelo fio prateado da aranha. Havia três no começo. Agora restava apenas um.
No instante em que o segundo orbe desapareceu, o Lorde Ardiloso segurou a própria garganta e gemeu de forma horripilante, como um sapo coaxando pela última vez na vida. Seus dedos apertavam o punho da Princesa. Cada vez mais forte. Ele cravou até que suas unhas afundassem na pele macia e jovem.
— Você está me machucando. — A Princesa cerrou os dentes contra a dor. Lágrimas cobriram seus olhos verdes, mas não apagaram a chama de sua vontade ardente.
BANG! BANG! As portas chacoalharam violentamente. Racha! Racha! Racha! Fiapos de madeira voavam delas enquanto continuavam a se dobrarem.
— Shhh! CALE A BOCA! Você está sendo muito barulhenta! Acabem logo com esse patife!
Perfura!
Uma lâmina de metal foi perfurada à força pela rachadura onde as duas portas se conectavam.
— Eeeek! — O Lorde Ardiloso cobriu o rosto e recuou.
— Pare! Me solte! — gritava a Princesa.
Corta!
Uma espada larga de dois gumes cortou a porta. Em um único golpe, seu peso e força atingiram a barra de vedação e abriu-a.
Para o Lorde Ardiloso, a barra era vital para sua defesa. Para a Princesa, era o cadeado de sua cela.
— Oooh. OOOOH NÃOOOO! Que loucura! Ele é louco. Este homem é LOUCO!
BANG!
Um homem vestido de preto chutou a porta e adentrou a sala.
— Tolo insolente! — gritou o Lorde Siegrfied. — Quem é você?!
— Cavaleiro Gideon. Vim buscar a Princesa Lala Lilia.
O rosto da Princesa se iluminou.
— Gideon!
— Desculpe pela demora, Princesa.
— Você está muuuuuito atrasado!
— Sinto muito…
Embora tenha estufado as bochechas, um brilho cintilava em seus olhos. Um sorriso misturou-se com a expressão soturna que mantinha em sua face jovem.
Enquanto isso, à sua direita, todo o rosto do Lorde Ardiloso se contorcia enquanto ele zombava.
— Então é isso? Eu estava me perguntando que tipo de guerreiro corajoso e destemido entraria pela porta da frente, mas… — Ao olhar para o homem que chamava a si mesmo de cavaleiro, ele começou a rir de forma zombeteira. — É apenas um inseto, um rato velho e senil que escapou da morte!
— Sem objeções quanto a isso. — O Cavaleiro Gideon riu, realçando ainda mais as linhas entre sua sobrancelha e nariz, conforme mostrava os dentes. Seus ombros moviam-se pesadamente para cima e para baixo enquanto ele arfava.
Quanta carnificina ele teve que enfrentar para chegar até ali? Não tinha mais flechas, a lâmina da sua espada estava lascada e suas roupas estavam cheias de rasgos e buracos. Contusões cobriam seu rosto. Inúmeros cortes foram feitos em seu escudo. Danos também cobriam sua armadura. O sangue que escorria sob seus pés pertencia a seus inimigos ou a ele mesmo?
— Não me faça rir. Morra, tolo ignorante! GUARDAS! Andem logo!
Ao seu comando, o exército pessoal de prontidão avançou dos corredores ocultos espalhados pela sala do trono. Usando sobretudos brancos e que combinavam, cota de malha que foi polida até brilhar e um capacete de metal, cada um deles usava a mesma arma; um tipo de alabarda que era boa para cortar e perfurar. Eram armas convenientes para cortar o inimigo de longe. Os lábios de Gideon torceram-se e ele estalou a língua.
— Que nojo. Todos vocês estão carregando algo nojento aí.
— Preparar!
Eles moveram-se em uníssono sem acabar com a formação e apontaram as lâminas segurando-as pela ponta do cabo. Formaram uma parede de lâminas brilhantes entre o Cavaleiro e a Princesa.
— ATAQUEM!
Mas este era o máximo que a formação faria. Embora tenham dado um grito de guerra unanimo, os ataques eram totalmente desordenados. Enquanto o equipamento que usavam eram uniformes, não eram nada além de pessoas com raiva vestidas de soldado. Ainda assim, estavam em maior número. Gideon não duraria muito se estivesse em sua melhor forma, e agora ele também não estava.
Mesmo assim, não ficou lamentando pelo destino e esperou para ser espetado. Gideon correu para bater de frente com o inimigo. Desviando a lâmina que vinha direto até ele com o escudo, aproximou-se e manejou sua espada com leveza, desferindo um golpe que tinha o intuito de cortar a linha caótica de lanças de uma só vez.
— O qu…
Quebrou.
Sua espada… Quebrou. A lâmina dividiu-se em duas e agora rolava no chão diante de seus olhos, ressoando com o som de seu fim. Seus olhos azuis-esverdeados encaravam o fragmento que permaneceu em sua mão.
Será que foi o fato de ter cortado a porta ao meio, juntamente da imprudência e loucura, que a quebrou?
— Ha! HAHAHA! Isso é o que você merece, Gideon alguma coisa! — Lorde Ardiloso Siegfried dobrou a cabeça para trás, rindo para os céus. — Suma com os restos do antigo Rei, seu lixo!
Ao perder sua arma, o Cavaleiro Gideon viu-se desesperado e sem saída. Por outro lado, os guardas ganhavam moral. Ele defendeu-se de uma lâmina após a outra com seu escudo, mas isso não adiantava muito, pois a próxima linha trocou de lugar. Soldados portando alabardas o atacaram em duplas e trios. Em um piscar de olhos, o Cavaleiro Negro estava enterrado sob o ataque de soldados de branco.
Eles não eram os soldados do reino. Eram o exército pessoal que se movia à vontade do Lorde Ardiloso. Talvez aquela vontade tenha se tornado sua única salvação?
— Gideon! Gideon, levante-se! — Os gritos da Princesa eram absorvidos pelos choques de armas e estalar de armaduras. Eles não o alcançavam. — POR FAVOR, GIDEON!
— HA! HAHAHAHA! HAHAHA! HAAAAH! MATEM-NO! Matem-no, meus soldados! Quem tomar a cabeça dele será recompensando com um pedido!
O regicida virou um tirano convulsando com risadas, ostentando sua alegria louca gerada a partir do pico de sua gratificação. Aquilo reascendeu a determinação da Princesa.
“Sou a única que pode salvar Gideon agora”. Ela inalou profundamente e parou de se debater. O Lorde Ardiloso ficou muito feliz com a falta de resistência dela.
— Ooh — murmurou —, você é uma boa menina, Princesa.
Mas foi apenas o começo da ação dela.
— Não vou deixar você…
— Hã?
A Princesa ergueu graciosamente seu joelho. Cerrou os dentes, mirou no alvo e pisou com toda a sua força. Ela esmagou o pé dele e torceu o salto fino e pontudo de seus sapatos de casamento! O salto ficou preso no topo do pé dele, justo quando ele estava prestes a atingir o clímax de sua arrogância e vaidade!
— GYAAAAH! OOOWW!
Os pés eram, sem dúvidas, um ponto fraco vital do corpo humano. Seus sapatos bonitos, que priorizavam a beleza acima do conforto, não foram uma grande defesa contra o salto sólido. Como resultado, ele gritou com tristeza e quase desmaiou de dor. Perdeu a força das mãos, e a Princesa conseguiu se soltar rapidamente. O infortúnio caiu sobre ele porque a subestimou, pensando que ela seria uma criança fraca e desamparada. Pego de surpresa, Lorde Siegfried foi tropeçando para trás, então, caiu com facilidade no chão.
— De onde veio toda aquela força…?!
Ele arfava no piso. Ainda tentou esticar a mão, mas nem sequer chegou perto de tocar sua saia flutuante — ela havia fugido.
Com seu cabelo ruivo balançando logo atrás, ela correu como naquela vez em que percorria entra as árvores densas do seu refúgio na floresta. Como nas vezes em que corria pelos galhos da Árvore Milenar que se espalhavam em todas as direções. Sua visão estava fixa em um orbe apoiado por uma teia de aranha. Ela não sabia o que era, mas tinha noção do tamanho da importância para seu sequestrador.
“Vou quebrar aquilo!”. A Princesa sempre via além da verdadeira natureza das coisas. “Vou quebrar aquilo e salvá-lo!”
— OOOOORRAAAAAHHHH” — gritou ela com toda a força, da mesma forma que o seu Cavaleiro Negro havia feito. Atrás dela, o rosto do Lorde Ardiloso se contorcia enquanto segurava seu pé em agonia.
— Esp… Princesa?
— URAAAH!
Ela saltou do chão no momento perfeito e girou o corpo no ar para dar uma voadora. Colocando todo o seu corpo nisso, fez o pedestal de fio prateado, bordado da forma mais delicada e intrigada, voar!
— PAREEEEEEEE!
Os barulhos de rachadura que vieram logo em seguida abafaram seus gritos. Como o som nítido e claro da música de uma harpa com fios de cristal sendo tocada por penas, a pureza tonal fez com que os ouvidos de todos fossem atraídos. Mas o nome da música era “Destruição”.
Pedaços dos fios quebrados se tornaram fragmentos. O último orbe caiu no chão e se abriu antes de desaparecer.
— Ah… Aaaahhhh…
A Princesa pousou no chão, firmando os pés.
O enxame de soldados parou de se mover. Ela levantou a cabeça e chamou o seu cavaleiro:
— Gideon!
Imediatamente depois, os soldados saíram voando, como o desabrochar de uma flor de lótus. De pé no centro dos soldados facilmente derrubados estava o Cavaleiro Negro. Apertando ambos os punhos ao redor do escudo e da espada quebrada, ele virou-se para eles, olhou abruptamente para o teto e gritou. O que rasgava sua garganta era o rugido imponente de um grande dragão. Rasgou o ar e fez vitrais vibrarem.
— Eep! Eek! Eeeeeek!
Todos os soldados de sobretudo branco e o empregador, Lorde Ardiloso, gritaram, tapando os ouvidos com as mãos enquanto contorciam-se de dor. Por outro lado, a Princesa abriu bem os braços e ouviu isso com um sorriso. Ela não estava com nem um pouco de medo do homem gritando ou do rugido.
Gideon abriu os olhos, lentamente levantando suas pálpebras enrugadas. Sob elas não havia dois olhos azuis-esverdeados, mas sim as pupilas finas da cor amarelo-escuro — os olhos do dragão. A Princesa sorriu; o Lorde Ardiloso gemia enquanto arfava.
— MONSTRO…
— É muito cedo para você ficar paralisado de medo, Senhor Siegfried.
Uma sombra gigante passou sobre sua cabeça. Tapando o luar, algo gigantesco formou uma sombra negra sobre o vitral.
— Viu, sou apenas o ato de abertura. — A sombra ergueu sua espada quebrada. Gideon apontava para a paisagem de outono à direita do trono. — Agora é a hora do ato principal começar no palco — anunciou.
Do nada, fogo adentrou, brilhando com um vermelho vívido! Um buraco enorme foi aberto na parede, aumentando-o à medida que queimava, até que nem sequer uma lasca sobrasse. Com o céu índigo às suas costas, o dragão entrou de forma grandiosa. Passando pela fumaça ondulante, seus membros flexíveis passaram pela parede e pousaram no chão, fazendo todo o salão tremer. Suas brilhantes escamas rubi eram como espinhos afiados; ondas de luz percorriam todo o seu corpo. Ele abriu os olhos dourados.
— Senhor Dragão!!! — A Princesa correu até ele, tropeçando.
Inclinando seu corpo com graciosidade, o dragão alcançou-a no meio do caminho, pegando o pequeno corpo que pulou em sua direção. Ele puxou-a suavemente com sua perna dianteira, abraçou-a com força e envolveu-a com suas asas. Onde ela o tocava, as escamas pontiagudas transformavam-se instantaneamente, ficando redondas e com uma superfície lisa, para que não machucasse a pele macia da Princesa.
— Princesa.
Ela e o dragão vermelho se abraçaram. Gideon aproximou-se deles, arrastando um pé para trás.
— Fico feliz em te ver novamente, parceiro.
— Eu também, meu amigo. Você completou sua missão de maneira admirável.
— Não exagere. — O Cavaleiro balançou a cabeça e olhou para a Princesa, banhando-a com orgulho. — Foi a Princesa que deu o golpe final.
— Eu não esperaria menos de nossa Princesa. — O Dragão dobrou o longo pescoço e beijou-a na testa. — Corajosa Lala Lilia, minha amada lady.
— Eu te amo, Senhor Dragão! — Ela agarrou-se a ele com os dois braços e encheu suas escamas de beijos.
— Ah… Pois é, sempre assim, né? Pois é. — O Cavaleiro Gideon pigarreou e ergueu o escudo mais uma vez. Ficando diante da Princesa e seu amigo. Ele tornou-se o escudo protetor dos dois.
Com força, sua voz ecoou com uma exigência.
— Anule este casamento, escória perversa! A governante de Reverfeat por direito é Lala Lilia, apenas ela! — Seus olhos dourados de dragão brilhavam com uma forte convicção em direção ao homem que abraçava o chão. — Não há espaço para você aqui, seu maldito.
Seguindo o mesmo, o dragão levantou o pescoço e olhou para o Lorde Ardiloso.
— Fim de jogo, Lorde Siegfried.
O Cavaleiro e o dragão rugiram ao mesmo tempo.
— NÃO COLOQUE SUAS MÃOS SUJAS NA NOSSA PRINCESA!
— VOCÊ NÃO CHEGARÁ PERTO DA MINHA LADY!
Atingido pelas duas vozes ensurdecedoras, o Lorde Ardiloso saltou como uma marionete na corda.
— Não permitirei ISSO. NÃO PERDOAREI vocês, INFELIZES! — ele reclamava e delirava. Suas mãos passaram pelos cabelos despenteados, amaldiçoando: — Cada um de vocês… Não passam de SERVOS inferiores e SUJOS!
— Você tem razão, não sou mais do que um mero servo — respondeu Gideon. — Um homem com nenhum outro talento a não ser agitar uma guerra. Mas quem diabos é você?
— Faço a mesma pergunta. Quem é você, Lorde? — perguntou o dragão, com zombaria.
— Eu sou…
O Cavaleiro e o dragão não se moveram. Mesmo assim, Lorde Siegfried recuou tremendo. Perdendo a batalha mental, ele recuou de medo. Suor encharcava sua pele. Sua visão ficou borrada.
— Eu sou…
Foi então que ele viu.
Viu pálidas figuras azuis ao lado do Cavaleiro e do dragão. O Rei e a Rainha ao lado da Princesa. Ao redor deles havia centenas de garotinhas. Suas duas esposas diante do grupo de rosto cinza. Cada um deles erguia a mão direita, apontando para ele; as pontas dos dedos pálidos eram como agulhas frias.
— AGH!
Sua ambição era modesta no começo. Usando sua aparência e habilidade com palavras, assegurou para si mesmo uma posição como marido de uma mulher nobre. Então, contando com o ouro, poder e exército pessoal que obteve, elevou-se cada vez mais no reino.
— Eu sou…
Sua ambição tomou conta dele no final, levando-o a um ritual em troca da alma de sua filha. Dependendo do poder do Diabo, desejou o reinado. Ao usar deste ato imoral, já não evitava mais qualquer método, não importava o quão desumano; tudo foi feito para que pudesse atingir seu objetivo.
Ele devia ter conseguido a coroa. O reinado seria seu. O reinado era seu!
“Eu nasci sem uma alma. Essa é a verdadeira eu”. Mas olhos safira encaravam-no diretamente; um dedo de porcelana apontava para ele. “Alegre-se, pois conseguiu tudo que sempre quis com seu próprio poder”.
Quem desejava o reinado? Ele mesmo? Sua filha? O que ele queria fazer quando se tornasse Rei? As mentiras que pintou sem parar com a tinta vermelha e densa daqueles que esmagou sob os pés agora estavam rachando e aparecendo. Na verdade, pode ser que já tivesse percebido isso há muito tempo.
“Eu não era nada mais do que uma marionete manipulada pela minha própria filha!?”
— Uff… Uff… URRGH! — Cerrando os dentes com tanta força que já estavam rachando, ele mordeu os lábios achatados, o suor pingava de seu corpo. — UURGGGGGGGGGGGGGGH! UGYAH!
Sua boca tapou o choro; sua garganta não se moveria para fazê-lo gritar. Com um rosto vermelho brilhante, recuava, tremendo, vacilando e agitado.
Seus olhos saltavam, abertos além do limite. Ao redor de suas pupilas contraídas, vasos sanguíneos vermelhos saltavam. O branco dos olhos parecia maior do que devia ser. Seu rosto distorceu-se porque todos os seus ossos estavam se contorcendo? Ou era porque ficaram soltos? Será que quebraram? Veias saltavam de suas têmporas e nariz, contraindo-se e contorcendo-se como minhocas.
O vitral atrás dele era muito irônico — a primavera da vida brotando e florescendo em uma cena imóvel.
Dedos, dedos, dedos, centenas de milhares de dedos. Ele não conseguia escapar deles. Não havia bode expiatório agora. Incapaz de aguentar mais, virou as costas para eles e, rapidamente…
… Foi engolido.
Dentro das presas da mandíbula gigantesca que atravessou direto pelo vidro da primavera, ele desapareceu sem um pio ou grito. Seu fim acabou sendo muito anticlimático.
— Ah.
O dragão e o Cavaleiro emitiram um som de reconhecimento.
— O quê?
— Você não deve olhar. — O dragão cobriu a visão da Princesa com a ponta de sua asa para poupá-la da visão horrível diante deles.
Tradução: Taiyo
Revisão: Taipan
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