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Outer Ragna Outer Ragna – Vol 02 – Capítulo 51 – A Sombra Ordena um Ataque Surpresa Mortal/O Comandante Ordena uma Investida Mortal

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Desejo a Deus. Rezo a Deus. Ofereço-me a Deus.

E, depois de receber Sua bênção, lutamos… pelo nosso próprio bem.

-Sombra Tamika II-

Que crime cometi para ser forçada a fazer isso?

— Lady Tamika, é perigoso aqui.

Isso foi feito pelo Deus Demônio? Talvez algum tipo de maldição… ou incorri Sua fúria? É por isso que meus soldados estão ignorando minhas ordens e o inimigo está atacando com tamanha imprudência?

— Lady Tamika, por favor, afaste-se um pouco…

— Cale a porra da boca! Eu já estava bem atrás e mesmo assim fui atacada! É por isso que vou ficar no centro!

Selecionei cem magos de terra para serem meus guardas pessoais. As ordens deles são para que usem Escudo de Pedra e Parede de Terra imediatamente, caso algo aconteça. É também importante que nenhum mago de trovão esteja perto de mim. Só preciso de sombras. Contato que as tenha, posso usar Submergir. A luz da magia de fogo dos humanos é um saco, entretanto, se o pior acontecer, posso me esconder nas sombras de uma armadura coberta de fuligem. Além disso, sempre tem a opção de se esconder na sombra do cadáver de um humano. Eu usaria um escudo; só precisaria de uma sombra para me esconder.

Não irei morrer. Não como peão do Deus Demônio. Nem ferrando!

— A cavalaria! Foquem na cavalaria! Eles estão vindo atrás de mim!

— Lady Tamika, a cavalaria já fugiu…

— É uma retirada temporária. Ainda voltarão! Posso vê-los se preparando atrás dos soldados de infantaria!

Aquele homem que lidera a cavalaria tem olhos tão frios e perfurantes. Pare! Não olhe para mim. Não sou aliada dos humanos, mas também não quer dizer que sou inimiga. Estou arriscando a minha vida pelo bem deste mundo também. Você não entenderia!

— Ugh… Você é forte, não é? — murmuro.

Não consigo acreditar que estão lutando de igual para igual contra vampiros. Seus vários escudos e lanças nem mesmo tremem diante da força monstruosa dos meus soldados. Isso é graças ao óleo em chamas que jogaram para todo lado. O que diabos são eles? Como podem lutar enquanto pegam fogo?! Os vampiros não só são fracos contra o fogo como isso também obstrui a minha magia. Que saco.

O problema real disso tudo, entretanto, são seus coelhos de combate familiares. Saltar para dentro do caos causado pelos lobos negros é uma estratégia forte para nós. Infelizmente, aqueles coelhos acabaram com essa opção. Como acrobatas, pulam, agacham-se e saltam com os chifres afiados. Não há dúvidas de que foram abençoados por uma divindade. Coelhos de combate são, normalmente, presas para os lobos negros, por isso o fato de estarem diferentes do normal está colocando os lobos em desvantagem. Nossos familiares estão à mercê da própria ignorância.

Para os vampiros, uma luta  entre os familiares atrapalha seus ataques, mas, para os humanos, acaba os ajudando. Se adicionar o uso selvagem e idiota de chamas… isso acontece.

Não faz sentido. Era para termos ganhado com facilidade. Esse é o poder do deus dos humanos… o Deus Diabólico? Que ódio. Os Deuses Demônio, Dragão e Diabólico deveriam morrer de uma vez. São invasores que não têm vergonha nem senso comum, infiltrando-se com seus tentáculos estrangeiros em nossas terras. Deveriam ser executados. O destino desse mundo tinha que ser decidido por seus habitantes, então por que tamanho egoísmo é permitido? Essa é a definição de ultrajante.

Justiça. Tenho a justiça ao meu lado — uma indignação justa para corrigir o empenamento deste mundo e o dever de restaurá-lo ao seu estado original. É por isso que fiz contrato com o espírito da escuridão, garantindo-me a magia verdadeira.

Terra, trovão, água, vento e fogo… Hei de libertar todos os espíritos que foram subjugados por esses falsos deuses. Um dia, farei com que tudo volte à ordem natural. Não posso morrer aqui.

— Huff… Nngh… guh!

Estou com medo. Medo. Até mesmo agora, posso sentir aquele cavaleiro vindo na minha direção. Matem-no de uma vez. Onde está a Presa Chefe Arco Curto? Onde ela está agora? Para a esquerda, onde estamos fazendo mais progresso? Mas ela é lenta demais; precisa pressionar mais. Nunca vai alcançar aquele homem se continuar assim.

Terei que usar meu ás na manga.

Estamos em tal impasse que nem mesmo Presa Chefe Arco Curto será capaz de reclamar se eu o fizer. Ela tem um bom olfato, então certamente irá seguir a minha estratégia. Então destruiremos todos. Venceremos.

— Ordeno que todos batam em retirada! De volta para onde não há cadáveres de goblins!

Não consigo respirar. Com minhas mãos trêmulas, aperto o peito. Cerro os dentes e tento me acalmar.

— Subterranianos, ergam-se! Preparam-se para um ataque surpresa! — ordeno.

Os quinhentos soldados debaixo da terra nos garantirão a vitória. Preparei essa armadilha na noite após a eliminação completa dos goblins. Eles não serão afetados pelo fogo, óleo e cadáveres na superfície sobre eles. Ficará tudo bem. O inimigo jamais irá descobrir.

Esses usurpadores estavam ocupados demais se achando para perceberem o perigo sob seus pés. Provem da derrota agora! E, se tiverem que morrer, que morram de uma vez.

-Comandante Jashan son Peine III-

— Empurrem! Empurrem eles para trás! — A voz de Zakkow reverbera firmemente em minha barriga. Isso faz com que eu queira gritar “Sim, senhor!”

Se todos nós investirmos agora, tenho certeza de que venceríamos.

— Comandante! Uma mensagem de Marius! Ele pede permissão para atacar a retaguarda do inimigo!

Maldição, Marius, você é esquentadinho demais para um homem refinado.

— Rejeitado!

Não permitirei. Se as bestas verem nossa cavalaria avançando pelos lados agora, irão se espalhar. Caso isso ocorra, nossos soldados de infantaria não serão capazes de alcançá-los. Se partirem para a Expansão Infernal como resultado, eu não seria capaz de suportar.

— A cavalaria deve manter sua posição e observar os movimentos do inimigo! — Não entrem em pânico. Conseguimos arrastá-los para nossas chamas, por isso não há necessidade de jogarmos fora a nossa vantagem. Chamas, quando reunidas, tornam-se um incêndio gigantesco. — Temperem seus espíritos e esperem pelas minhas ordens! Digam isso a eles!

Estamos enfrentando bestas sugadoras de sangue que possuem uma força monstruosa. Não tem como avançarmos através deles agora. Os Cavaleiros Bombardeiros só irão entrar na luta para dar o golpe final. Primeiro e mais importante, devemos criar a oportunidade perfeita para seus feitiços de Conflagração.

Hm? Pisei em algo. É o cadáver de um lobo negro, pelo que parece. As bestas não possuem a mesma bênção que nós, por isso estão tendo dificuldades para até mesmo respirar nesse campo de batalha em chamas. Seres menores, como os lobos negros, acabariam assim. Minha nossa, esses soldados à prova de fogo provaram ser uma belíssima invenção. Odysson tem ideias horripilantes. Eu já deveria esperar isso de um mestre do fogo.

No final, a arte da guerra se baseia em quem é melhor em provocar o outro. Isso sim é um perigo.

Dos nossos inimigos, a mais velha parece ser a mais problemática. Tudo o que ela faz é usar da pura barbárie. Aquele seu martelo joga órgãos e carne para todo o lado. Ela sabe mesmo como destruir a nossa moral… Oh! Bem, não é nada bom. Sua força é incrível. A este ritmo, pode até mesmo passar pelas nossas três camadas de soldados.

— Homens, puxem suas espadas! Estaremos entrando na luta agora! — comando meus soldados.

Se ela romper, nosso exército inteiro irá sentir as repercussões. Vagabunda desgraçada, sabe o que está fazendo. Uma guerreira astuta e de personalidade terrível ainda por cima… o exato oposto de uma alma de coração puro como eu… Hmm? O que é isso? Está recuando? Agora? Depois de ter pressionado tanto do nosso lado? Ela é idiota? Bem, não vamos deixar essa oportunidade escapar.

— Infantaria, em frente! Cerquem e queimem todos! Cavalaria… hã?

Espere, estão todos recuando? Isso não faz sentido. O que há de errado com eles? Se estivessem com medo do fogo, estariam correndo pelas suas vidas, e eu duvido muito que tenham medo dos humanos. Hm… o que Marius disse? Algo sobre a líder do inimigo estar se mijando de medo. É isso, então? É daí que está vindo essa tentativa de estratégia desajeitada?

— Soldados da infantaria do centro, ataquem! Para cima deles!

É uma armadilha. Nove a cada dez vezes é uma armadilha. Entretanto, é executada de maneira horrorosa. Pelo menos, não parece haver muita coordenação entre o líder deles e o grupo de vampiros. Essa é a abertura que buscamos. É lá que atacaremos.

— Pressionem, pressionem! Vejam como tropeçam nos próprios pés!

Ataquem! O impulso é importante aqui. Se aproveitarmos a falta de coordenação, podemos vencer. Não… se não o fizermos, jamais teremos uma chance. Nosso inimigo é incansável; a força explosiva e a estamina deles são muito maiores que as nossas. Temos que nos apressar e transformar essa oportunidade em uma ofensiva nossa.

Uou! No que pisei agora? Um cadáver de goblin? Que merda mesmo. Nem mesmo um lobo negro faminto comeria a carne de um monstro morto, eu acho.

Não… isso não é verdade. Vampiros não sabem nada sobre trens de suprimentos, mas não têm como deixar carne comestível de lado. Isso é suspeito… Isso é suspeito… pode haver armadilhas venenosas ou insetos carnívoros escondidos por aqui. Qualquer infecção seria fatal. A doença que é fonte do fedor não passa de más notícias.

O que eu deveria fazer? As alas de soldados de infantaria ainda estão a alguma distância dos cadáveres. Avançamos? Ou paramos e mantemos a contaminação no centro dos soldados?

— C-Comandante! Ali! Ali!

— Use sua espada, homem! Como eu deveria entender… Mas que merda é aquela?!

Do oeste, um único cavaleiro cavalga na nossa direção a uma velocidade ardente. Cabelo longo e negro voa ao vento… Hã? É a Lady Kuroi! O que ela está fazendo aqui? Por que está atacando de frente? Onde está o Comandante Willow e seus homens?

Oh! Ela invocou uma lança e agarrou-a armada. É a postura daquela noite. Ainda sobre o seu cavalo, sem muito mais do que oscilação, arremessa a lança, a qual rasga o ar como uma flecha e atinge a montanha de cadáveres de goblins. Logo em seguida, aquela montanha irrompe em chamas — as mesmas chamas mágicas que foram a ruína da Dourada.

E, das chamas… gritos. Braços saltam, então desaparecem, tornando-se cinzas.

Aha. Então era isso.

— Recuem! Tomem cuidado com os cadáveres dos goblins! — eu grito, reagindo à situação.

Um corpo se move, e algo explode debaixo. Meu Deus, é um vampiro. Quantos dias faz que está lá? Não sei quantos mais estão assim, mas para terem se coberto de sangue de monstros e terra… Isso é…

tão incrivelmente estúpido.

Oh, perdão, quero dizer adorável. Bestas bobinhas.

— Há inimigos sob os cadáveres! Queimem todos! Enxarquem com óleo e ateiem fogo neles!

Quem teve esse plano ainda é ingênuo demais. O que era para ser, uma pegadinha de criança? Não arrisque a vida dos seus soldados em um plano tão facilmente exposto!

— Soldados da infantaria das alas, reforcem a formação! Soldados da infantaria do centro, dividam-se em dois grupos e juntem-se às alas! E, por fim… — ordeno enquanto corro. Era isso que Marius estava morrendo para ouvir até agora. — Cavalaria, ataaaaaquem! Um caminho foi aberto para vocês! Então peguem eles antes que a Lady Kuroi chegue! Hahahahaaaa!


 

Tradução: Taiyo

Revisão: Midnight

 

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