POV ALDIR
Tudo, cada árvore, cada animal, cada ser menor, por centenas de quilômetros, se tornou em cinzas e poeira. Isso era o poder dos Asuras. Vasculhei a paisagem estéril procurando qualquer coisa, qualquer sinal de vida ou partícula de mana, que pode ter escapado do meu ataque.
Mas não havia nada.
Meus passos estralavam a superfície quebrada do chão enquanto vagava pela terra devastada que um dia havia sido Elenoir. Até o chão não era mais estável, ameaçando colapsar abaixo de mim a qualquer momento.
Eu era um soldado, cumprindo meu dever e seguindo as ordens de meu lorde. A floresta chamuscada deveria ter me enchido com uma sensação de orgulho, sabendo que eu tinha dado um golpe terrível em nossos inimigos. Orgulho, contudo, não era a emoção que eu senti com a visão dessa paisagem sinistra. Nem perto de ser.
Quando fui enviado para matar os Greysunders, assim fiz sem hesitar. Não havia orgulho, porque ninguém se sente orgulhoso em matar um mosquito, mas não havia nem pena ou remorso. Havia sido meramente um momento necessário na guerra, a eliminação de dois importantes agentes do inimigo.
Quando Lorde Indrath explicou o que ia acontecer com Elenoir, entretanto…
— Eu não posso mais me permitir a sentar preguiçosamente enquanto Agrona expande seu controle sobre os menores. Alacrya era um sacrifício que eu estava disposto a fazer, permitindo que ele se mantivesse ocupado com seus vira-latas e experimentos, mas sua expansão contínua para Dicathen não vai ser permitida, especialmente agora que ele, de alguma maneira, teve sucesso em criar uma arma de poder incalculável através da reencarnação.
— Dicathen é apenas um trampolim em direção a Ephetous, e eu me recuso a deixar aquela cobra traidora trazer essa guerra para cá. Por gerações, nós trabalhamos para ter certeza que Dicathen pudesse revidar contra Agrona, mas eles falharam. Nós não vamos nos sacrificar para mantê-los vivos.
— O que nós vamos fazer é mandar uma mensagem que Agrona não pode ignorar. Até agora, usou menores como um escudo, mantendo suas vidas como reféns para proteger a sua própria. Não mais. Se a escolha é entre dar a ele o poder para se mover contra nós ou destruir o mundo, então nós vamos ver isso tudo queimar.
Windsom foi o primeiro a dar um passo à frente, curvando-se tanto que poderia ter beijado os pés de Lorde Indrath.
— Eu me voluntario para essa honra, Meu Lorde. Darei o primeiro golpe.
Lorde Indrath não sorriu, mas havia uma luz vitoriosa em seus olhos.
— Você vai continuar a servir seu papel como guia e protetor, Windsom, mas você não vai balançar o machado que está para cair. Não, há apenas um entre nós que é capaz de usar a técnica Devoradora de Mundos.
A técnica secreta do clã Thyestes é o Passo da Miragem, uma habilidade que nos fazia combatentes sem rivais, mas tempos atrás, quando os Asuras frequentemente guerreavam entre si, nós tínhamos outra técnica, tão poderosa e devastadora que seu uso foi proibido quando os Oito Grandes se formaram, e não foi mais ensinada, exceto a um estudante em cada geração.
O que me tornou o único membro vivo do clã Thyestes com o conhecimento que Lorde Indrath precisava.
A técnica Devoradora de Mundos permitia ao conjurador canalizar uma quantidade incrível de mana, compactando-a até que as partículas individuais começassem a explodir, causando uma reação em cadeia que se espalharia para a mana atmosférica e continuaria até que não sobrasse nenhuma partícula da própria mana purificada do conjurador, causando destruição sem precedentes.
— Essa técnica é proibida, Lorde Indrath, um dos líderes do clã Thyestes insistiu com raiva. O conhecimento da Devoradora de Mundos é mantido vivo para que nosso clã nunca se esqueça dos horrores do poder sem limites—
— Esse momento é exatamente a razão pela qual a técnica foi ensinada a um membro jovem talentoso de seu clã desde o tempo imemorável, sendo que eu mesmo comandei isso, como vocês podem se lembrar.
Embora houvesse resmungos do meu clã, ninguém mais desafiou Lorde Indrath quando me convocou para ficar ao lado de Windsom.
— General Aldir, eu te convoco agora para provar sua lealdade. Você e Windsom vão viajar para Dicathen, para a terra florestada de Elenoir, e localizarão a Foice Alacryana Nico e a princesa elfa Tessia Eralith, ou seu corpo físico, e vão ativar a técnica Devoradora de Mundos. Deem minha mensagem para Agrona, e tirem dele sua nova arma no processo.
Naquele momento, senti algo dentro de mim quebrar, algo que eu pensei que tinha sido inabalável: a fundação na qual minha identidade completa como servo do clã Indrath foi construída.
Ajoelhando-me, corri meus dedos pelo vazio cinza e seco que eu havia criado quando segui o comando de meu lorde, um comando que eu sabia que era errado no momento que ele foi dado, mas recusar teria riscado o futuro de meu clã inteiro. Lorde Indrath não hesitaria em promover um dos outros, mais servis, clãs do panteão para os Oito Grandes, e rotularia o clã Thyestes como herege…
Mesmo assim, nossa falha em destruir os reencarnados havia atraído a ira dos Indrath. Nós não tínhamos antecipado que eles tinham qualquer método para se teleportarem tão rápido para longe, e Windson havia se deixado levar ao brincar com a criança raivosa de cabelos pretos. E ainda assim, a ira do lorde caiu sobre mim.
Não se lamente, Aldir, disse a mim mesmo. É inapropriado para um membro dos Thyestes.
Meus dedos continuaram a correr pela grossa camada de um cinza vazio, e eu me encontrei examinando os ressaltos e dobras da paisagem em busca de alguma lembrança do que esse lugar havia sido: uma árvore caída, a ruína de uma casa colapsada, até os ossos carbonizados de um dos milhões de vidas que eu extingui.
Contudo, a técnica Devoradora de Mundos não deixava nada, sem sinal de que esse lugar algum dia foi uma floresta linda habitada por milhões de elfos. A combustão de mana destruía absolutamente tudo.
Não, ainda há algo aqui, pensei, olhando para o ar nebuloso como se esperasse ver as partículas de ametista de éter suspensas nas nuvens de cinzas fumegantes. Embora não pudesse ver, sabia que estavam ali, ao meu redor, imperturbadas até mesmo pela técnica Devoradora de Mundos. O pensamento me deu um pouco de paz, que foi perturbada imediatamente de novo.
Duas figuras estavam se aproximando à distância, me tirando de meus pensamentos sem saída. Mesmo quando me alcançaram, não me levantei, não me virei para olhá-los. Em vez disso, peguei um punhado de cinzas e deixei correr pelos meus dedos para ser levada pelo vento.
— De volta novamente, Lorde Aldir? — a voz confiante e fria disse. — Você tem vindo aqui frequentemente desde… bem, você sabe.
Embora me irritasse saber que eu estava sendo vigiado, não estava surpreso. Meu ato havia resetado a balança de poder em Dicathen, enviando um tremor de terror através de cada Alacryano no continente.
É claro que alguém foi encarregado de vigiar a terra devastada, mas escolheram aparecer agora? Me perguntei, ainda de costas para eles.
— Dizem que dez mil Alacryanos morreram aqui. — ela continuou, seu tom impossível de ser lido. — Mas nós dois sabemos que é apenas uma fração das vítimas.
Os dois estavam de pé à uma certa distância atrás, só perto o suficiente para falar sem gritar. A mana deles se destacava como um oasis no deserto, já que a atmosfera aqui ainda estava sem.
— É com confiança ou ingenuidade que você ousa se revelar pra mim aqui, Foice? — Minhas palavras não continham ameaça, meramente uma observação. Eles sabiam que eu poderia me mover através deles sem mais esforço do que limpar uma teia de aranha; não havia necessidade de ameaças.
— Eu sei que o genocídio o deixa um pouco irritado, Lorde Aldir, mas não fui eu quem ordenou a morte de milhões de elfos inocentes. — respondeu, zombando gentilmente, desprovida de qualquer medo. — Você acha que ele considerou o que o ato faria com você, Asura? Talvez ele tenha feito isso, mas de qualquer forma, se uma espada quebrar, você simplesmente forja outra, você não lamenta a perda de aço.
Então, voltei meus olhos para ela. Para seu crédito, ela não vacilou, embora o mesmo não pudesse ser dito para seu retentor.
— O que você quer, Seris?
— Eu meramente quero conversar, Aldir. Compartilhar algumas palavras, na esperança de que você vá ouvi-las. — Ela sorriu, mas não era zombaria ou diversão, apenas… tristeza? — Se eu estou certa, nesse momento Kezess está bem ocupado girando sua rede de mentiras, convencendo os cidadãos de Dicathen que foram os Vritra que fizeram isso, ela acenou com uma mão para a desolação. — Fazendo com que os pobres tolos nem mesmo saibam quem está realmente os matando.
Estrategicamente seria o movimento certo, embora arriscasse quebrar a pouca força de vontade que os Dicatheanos restantes que haviam. Para prevenir isso, Windsom estaria trabalhando com seu Comandante Virion, um dos poucos menores que eu pensei que tinha qualquer habilidade de liderança de verdade, para ter certeza que isso não aconteceria.
— Mas quem você pensa que matou mais pessoas de Dicathen nessa guerra? — Seris continuou, inclinando a cabeça para o lado e tocando os lábios com um dedo. — As forças de Agrona mataram, o quê? vinte mil? cinquenta? Mas Kezess, bem…
— Mortes que se tornaram necessárias pela traição contínua de Agrona. — disse, repetindo as palavras de Windsom quando compartilhei esse mesmo pensamento em confiança após a destruição de Elenoir. Era irritante ter aquela vira-lata Vritra jogando as mesmas palavras em mim agora.
— E é Lorde Indrath para você.
— Você parece ele quando fala. — Seris disse quietamente, cravando a ponta da bota nas cinzas.
Levantei meu queixo e fiquei de pé, deixando minha forma se expandir até que tivesse quase o dobro da altura dela. O retentor tentou ficar na frente de sua Foice, mas ela o parou com uma mão em seu ombro.
— Eu fico orgulhoso de parecer como o grande Lorde Indrath, e eu não vou ser criticado por gente como você, mestiça.
Ela balançou sua cabeça.
— Eu não quis dizer Kezess. Você parece com Agrona.
Com desdém, convoquei Cintilação Prateada, que parecia um florete longo e fino brilhando com a luz da lua, apontei para o coração de Seris.
— Você exauriu minha paciência, Seris. Posso cortar vocês dois agora mesmo, e não há uma alma em centenas de quilômetros para arriscar danos colaterais.
Me arrependi de minha escolha de palavras imediatamente quando Seris me deu um olhar sarcástico.
— Você já deu um jeito nisso, não deu, Aldir? — perguntou ironicamente. O retentor deu a ela um olhar com medo, como se pensasse que ela estava forçando sua sorte. — Mas isso é tudo que vocês todos são agora, panteão? Um executor? Assassino? Um robô fiel, desprovido de empatia ou da habilidade de pensar por si mesmo?
Por que ela não teme você, Aldir? Me perguntei.
Porque ela sabe que você já está farto da morte, a resposta ressoou das profundezas da minha mente.
Cerrei meus dentes e liberei Cintilação Prateada.
— Se você espera que eu abandone Lorde Indrath por Agrona, você está—
— Indrath, Agrona. Agrona, Indrath. — Seris passou a mão ao longo do comprimento do chifre curvo.
— Você fala como se eles fossem os únicos dois seres no mundo, como se não houvesse escolha a não servir um ou o outro.
Zombei. Então esse era o plano da vira-lata? Estabelecer-se como algum tipo de rainha da oposição ao lorde Vritra?
— Essa é uma guerra de dois lados. Todos devem escolher um lado, até você, Seris.
— Será mesmo? — Uma tempestade assolou os olhos escuros da Foice enquanto retribuía meu olhar. — Se o mundo é uma moeda, Agrona está de um lado, Kezess no outro, então outra pessoa girou a moeda, e não importa como ela caia no chão, qualquer que seja a face que fica pra cima, vai ser aquela outra pessoa que estará olhando pra baixo.
— De quem você está falando com tamanha reverência? — perguntei, de alguma maneira irritado pelo seu comportamento. — Quem você acredita que poderia rivalizar esses dois, que são considerados grandiosos mesmo entre os Asuras?
A Vritra meio-sangue sorriu timidamente.
— Oh, você o conhece bem, Aldir, talvez até melhor do que eu. Um certo mago humano com uma tendência para morder mais do que pode mastigar.
Meus olhos se arregalaram “todos os três” conforme minha mente voltou aos momentos antes de eu finalizar a conjuração da Devoradora de Mundos, quando eu senti uma presença extraterrestre me observando, quase como se uma divindade maior “um deus verdadeiro” tivesse chegado para testemunhar meu momento mais miserável e me julgar por ele. Não sabia quem podia ter sido na hora, mas agora…
— Arthur Leywin…
POV SERIS VITRA
Estava cuidadosamente otimista enquanto devolvia o estranho olhar de três olhos do Asura. Cylrit estava de pé de forma protetora ao meu lado, se preparando com mais força do que uma mola, mais do que pronto para dar sua própria vida por mim se fôssemos atacados.
Embora a conversa tivesse ocorrido exatamente como eu esperava, ainda não estava pronta para virar as costas para Aldir. Em vez disso, ficamos assim por algum tempo, ele olhando para mim com uma expressão que eu esperava que fosse pensativa, eu olhando de volta tão placidamente quanto poderia, dada sua aura paralisante.
Sabia que era arriscado vir até Elenoir sem a aprovação do Alto Soberano e me revelar para o Asura, e até me senti um pouco mal por entregar a sobrevivência de Arthur aos Asuras também. Mas o garoto precisava de um empurrão. Agrona tinha seu novo bicho de estimação, e só seria uma questão de tempo até que decidisse usá-la. Se Arthur demorasse muito correndo pelas Relictombs brincando de casinha com a jovem Caera Denoir, ou se escondendo sob o disfarce de “Professor Grey” na Academia Central, o conflito crescente entre os Vritra e Epheotus arruinaria tudo.
Finalmente, Aldir soltou uma respiração pesada, metade zombaria irritada, metade suspiro cansado do mundo, e encolheu de volta às proporções normais. Sem palavras, ergueu a mão, conjurando um portal de opala negra, e desapareceu com uma onda repentina de mana.
Uma respiração aguda escapou dos meus pulmões enquanto esvaziavam. Olhei para minha mão trêmula, então fechei em um punho apertado em frustração. Recusei-me a tremer de medo, apesar da lacuna de poder entre o Asura e eu.
— Ele vai contar a Indrath sobre Leywin? — Cylrit perguntou enquanto estendia a mão para atrair as poucas partículas de mana remanescentes do feitiço de Aldir.
— De imediato, não. — respondi, analisando minhas palavras da mesma forma que analisava meu conhecimento sobre o Asura. — Ele vai refletir sobre o que dissemos, agonizando sobre o motivo de termos compartilhado essas informações, com medo de que possa ser um truque ou uma armadilha. Então, eventualmente, seu senso de dever vai superar sua preocupação, e ele vai contar a Indrath. Exatamente como nós queremos.
Um sorriso lento se espalhou pelo meu rosto enquanto considerava nossa situação atual. Meus planos continuavam avançando, mantendo-me um pouco à frente da guerra, mas o reaparecimento de Arthur Leywin como o misterioso Ascendente Grey foi um curinga bem-vindo. E com minha protegida tão convenientemente colocada ao seu lado, bem…
— Agrona vai nos matar se descobrir sobre esse encontro. — Cylrit disse quietamente.
— Agrona não consegue ver atualmente além das paredes do Taegrin Caelum, Cylrit. — respondi suavemente, dando uma cutucada no ombro do meu retentor. — Ele só tem olhos pra ela agora, pelo menos até que decida se toda essa aposta de reencarnação valeu a pena.
— E se ele decidir? — A voz de Cylrit carregava uma pitada de nervosismo que eu não estava acostumada do retentor robusto.
— Imagino que ele vai ficar significativamente menos cuidadoso com suas Foices e seus retentores. — respondi.
Houve um breve silêncio. Então, Cylrit xingou.
— Pelos chifres do Soberano. É assustador aqui, não é? Sem mana, sem barulho, sem uma pitada de vida…
— Isso. — disse, colocando meu braço entre o dele. — É como nosso mundo vai se parecer se Agrona e Kezess fizerem o que querem. Agrona ficará feliz em receber Epheotus em troca de Alacrya e Dicathen, e Kezess está disposto a reconstruir a vida aqui das cinzas, se for necessário.
Um arrepio percorreu meu retentor com minhas palavras enquanto olhava ao redor da devastação vazia.
— Agrona não deixaria isso acontecer de verdade com Alacrya, deixaria?
Bufei indelicadamente.
— Se, em troca, pudesse governar todos os outros clãs Asura, ou destruí-los e tomar Epheotus para os Vritra, então você sabe muito bem que ele faria. O que é um mundo mortal em troca da terra das próprias divindades?
— Mas há uma coisa que eu nunca entendi. — Cylrit admitiu, diminuindo um pouco para que eu tivesse que soltar seu braço. Virei para encontrar seu olhar estável e sério. — Por que o humano? Ele é forte, sim, mas ele apenas viveu tempo o suficiente para crescer em força por sua causa. O que é tão importante sobre ele?
Flutuei para o ar e me dirigi para o sudoeste, em direção a Darv.
— Mesmo agora, não consigo dizer qual vai ser a parte de Arthur Leywin em tudo isso. Ele é uma anomalia, uma força de mudança. Senti isso no momento que coloquei meus olhos nele. Em um mundo que divindades tem a força para varrer países inteiros do mapa, um humano não deveria importar. Até você e eu somos uma onda no mar de poder ao lado de seres como os Asuras.
— Foi a mana que me disse, Cylrit. A maneira que parecia ser atraída para ele, como se estivesse esperando seu comando, como se ele estivesse mudando a realidade sem mesmo tentar. Ele não apenas se moveu pelo mundo, o mundo mudou para acomodar sua passagem.
Tradução: Reapers Scans
Revisão: Reapers Scans
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