— Posso saber o motivo de tudo isso?
Questionei, removendo um galho afiado do meu cabelo.
Estávamos caminhando por uma parte familiar da floresta de Elshire depois que Windsom nos teletransportou para perto. Levei apenas alguns momentos após a chegada para perceber que eu já tinha estado nessa parte da floresta com a família Eralith, estávamos indo para o esconderijo da Anciã Rinia.
— Você recebeu permissão para ficar em Epheotus, você iria descobrir mais cedo ou mais tarde. Enquanto memorizar as informações que eu lhe disse não seja necessário, é sempre benéfico conhecer a cultura, os modos e a política envolvidos em um território desconhecido. Especialmente se você tiver que interagir com as figuras importantes desse local.
Aconselhou Windsom, não se incomodando em se virar enquanto continuava empurrando galhos e trepadeiras para fora do caminho.
— Mas eu tenho um sentimento de que você já saiba a importância disso.
— Claro — eu sorri. —, mas o conhecimento sem entendimento é apenas uma espada presa na bainha. Agora, você me disse o quê, Windsom, mas ainda não contou o porquê.
— Verdade. — admitiu. — Não se preocupe, chegaremos a isso em breve.
Continuei.
— Tá bom, então existem sete… não, oito raças de asuras em Epheotus. Cada raça consiste em vários clãs, mas apenas um clã dentro de sua respectiva raça é intitulado como um dos oito?
— Os Oito Grandes. — o asura corrigiu imediatamente.
— Que tipo de raça era o clã Vritra? Tentei imaginar várias vezes no passado que tipo de criaturas o clã Vritra poderia ser, com seus chifres e pele cinza, mas nada veio à mente.
— A verdadeira forma do clã Vritra é a de uma terrível serpente asura chamada Basilisco. Será bom que você tome nota das raças e nomes dos clãs dos Oito Grandes.
— O que aconteceu com a raça Basilisco após a traição do clã Vritra e outros clãs de Basiliscos?
Continuei golpeando um inseto particularmente irritante que achava que meu ouvido seria um bom local para descansar.
— Excluindo o fato do clã Vritra ter sido substituído por um clã menor como parte dos Oito Grandes, algumas das raças mais radicais pressionaram para aniquilar os remanescentes da raça dos Basiliscos. Felizmente, os laços entre cada raça remontam à história; amigos dos clãs Basiliscos restantes os defenderam. No final, medidas drásticas como um genocídio nunca foram tomadas. Seria muita tolice uma raça inteira ser responsável pelos crimes de poucos, apesar de tudo.
Não conseguia entender o que Windsom estava pensando quando me contou tudo isso. A inflexão e o tom de sua voz não combinavam com o que estava dizendo, com suas palavras soando quase de maneira sarcástica.
— Entendo… — continuei andando, olhando para minhas botas sujas triturando folhas caídas e galhos quebrados. — Como foram selecionados os Oito Grandes?
— Os clãs dos Oito Grandes quase nunca mudaram. Por exemplo, mesmo que a raça Dragão possua o menor número de clãs, o clã Indrath, o clã do meu mestre e Lady Sylvia, tem sido parte dos Oito Grandes desde o início de nossa história. Contudo, até hoje, a força dos Grandes clãs é muito maior que a dos outros. Essa é a coisa mais próxima de uma resposta que posso lhe dar.
Continuamos a seguir em direção ao esconderijo da Anciã Rinia, Windsom me questionava sobre os nomes que eu precisava saber. Eu fui capaz de processar a maioria das informações rapidamente, mas meu estado de privação de sono e fome afetou minha capacidade de reter informações.
— De qualquer forma, não quero parecer um pirralho, mas você não poderia nos trazer mais perto? Se você nos teletransportou de um castelo aéreo no meio da Clareira das Bestas para a Floresta de Elshire, tenho certeza de que você poderia nos teletransportar alguns quilômetros mais perto…
— A casa da elfa adivinha em que sua família está se refugiando atualmente está cercada por uma barreira bastante grande que eu não desejava agitar. Teletransporte através dele pode causar uma ondulação na barreira, o que pode revelar a localização de todos os que estão dentro.
— Ah… minhas desculpas então. Estou um pouco tenso no meu estado atual. — respondi, coçando a cabeça.
Tínhamos acabado de atravessar a cachoeira que escondia a entrada da casa da Anciã Rinia quando falei.
— Então deixe-me ver se entendi. Agrona, atual chefe do clã Vritra, liderou a fuga de Epheotus para Alacrya, onde tem realizado experimentos nas raças menores e se declara Eterno Governante?
— Um título bastante insípido1Sem graça, monótono, sem interesse para dar a si mesmo, mas, em essência, sim. — confirmou o asura.
— Então esse tratado sobre o qual vocês conversaram antes, se o clã Vritra, juntamente com os outros clãs da raça Basilisco são asuras, não deveriam ser proibidos de agir diretamente nesta guerra iminente? — perguntei, tentando acompanhar quantas voltas fizemos neste labirinto dentro do túnel.
— Sim, mas esse nunca foi o problema. —Windsom parou de andar e voltou-se para mim. — Arthur, você nunca se perguntou por que os asuras não apenas mataram o clã Vritra e os seus seguidores? Afinal, existem outras sete raças.
— Claro que sim, mas você não disse algo sobre as consequências que afetariam as raças menores que viviam em Alacrya?
— Eu disse, mas o que eu não tinha informado era que o tratado não era nosso primeiro curso de ação. Após a fuga de Agrona e de seus seguidores, os Grandes clãs, excluindo a raça Basilisco, reuniram-se pela primeira vez, independentemente de facções, e formaram uma assembleia com líderes de cada Grande Clã. Os líderes decidiram enviar uma pequena divisão com nossos asuras de elite para eliminar rapidamente Agrona e seus seguidores. — Windsom fez uma pausa por um momento, e mesmo com sua expressão rígida, era óbvio que ele estava decidindo se deveria expressar o que estava em sua mente.
O asura finalmente soltou um pequeno suspiro e conjurou uma pequena barreira ao nosso redor.
— Arthur, o que estou prestes a revelar a você deve ficar apenas com você. Essa informação é conhecida apenas por alguns membros do clã Indrath.
Balancei a cabeça, encarando Windsom enquanto esperava que ele continuasse.
— Todos em Epheotus acreditam que Lady Sylvia foi de alguma forma capturada e mantida prisioneira em algum lugar, mas na verdade foi Lady Sylvia quem voluntariamente foi com a divisão de elite encarregada de matar Agrona Vritra e os clãs que o seguiram.
— O quê? — exclamei. Minha voz saindo muito mais alta do que eu pretendia. — Como assim? Ela foi em uma missão no território inimigo sem saber o que esperar? Essa missão foi basicamente suicida. De jeito nenhum seu mestre, o pai de Sylvia, a teria deixado ir.
— É claro que lorde Indrath não a deixou ir. — rosnou Windsom. — O que estou dizendo é que Lady Sylvia se escondeu e seguiu a divisão de elite. Quando souberam da presença de lady Sylvia, já era tarde demais para recuar.
Houve uma longa pausa antes de qualquer um de nós falar novamente.
— Então, o que acabou acontecendo com os asuras enviados pelos líderes de Epheotus?
— O que nenhum dos líderes esperava, o rosto de Windsom se contorceu de nojo quando suas mãos formaram um punho. — Agrona, aquela cobra astuta, estava esperando com um exército ainda maior de basiliscos e raças menores que tinham as mesmas habilidades mágicas inatas que eles.
Levou apenas um momento para eu perceber o que as palavras dele implicavam.
— O clã Vritra estava cruzando com as raças menores de Alacrya, sussurrei.
O asura apenas assentiu em troca, antes de continuar.
— Aparentemente, Agrona e seus seguidores estavam cruzando há algum tempo, vendo que havia bem mais de dezenas de milhares de vira-latas esperando pelo nosso batalhão.
— Então, o bando de asuras de elite que vocês enviaram estava em menor número…
— Tremendamente em menor número. — enfatizou. — E o elemento surpresa que pensávamos que nossos guerreiros tinham foi discutido.
— O que aconteceu com eles no final?
Murmurei, mais como uma pergunta retórica do que qualquer outra coisa.
O asura balançou a cabeça em resposta.
— A comunicação foi perdida logo após o início da batalha. Embora tenhamos certeza de que o lado deles sofreu uma perda considerável de números, podemos apenas especular que a brigada de nossos asuras de elite, o orgulho de seus respectivos clãs e raças, foram mortos ou capturados.
Fiquei em silêncio enquanto pensamentos sobre como Sylvia conseguiu escapar encheram minha mente.
As próximas palavras de Windsom me tiraram do meu transe.
— Lorde Indrath ficou furioso depois que o próprio Agrona lhe disse que sua única filha havia sido morta em batalha. Se dependesse dele, meu mestre certamente teria travado uma guerra, ignorando as consequências. No entanto, o resto dos Grandes Clãs foi contra e pressionou por um tratado.
Windsom se virou e voltou a andar.
— O tratado acabou sendo formado entre os dois lados, proibindo os asuras de agirem diretamente por causa dos danos colaterais que causariam se uma guerra em grande escala ocorresse entre as sete raças asura de Epheotus e o exército de basiliscos do clã Vritra e os seres menores, vira-latas mestiços.
Havia um óbvio ressentimento em sua voz, mas sua expressão voltou ao normal.
Quando comecei a pensar novamente, percebi a desvantagem que Dicathen tinha. Este tratado estava em vigor desde gerações anteriores, e mesmo que tenham proibido asuras e mestiços de participar diretamente das batalhas, quem sabe quantas das chamadas “raças menores” de Alacrya tinham sangue de asuras misturados com os deles.
Eu queria perguntar por que as outras raças asura não fizeram o mesmo e cruzaram com as raças menores, mas se levou séculos para o gênio louco Agrona aparecer com uma maneira de cruzar um asura com uma raça menor, então as outras raças provavelmente não haviam encontrado um caminho. Eu duvidava que, mesmo que pudessem, a maioria seria contra reproduzir com as raças menores por causa de sua própria moral e orgulho.
— Espere. Então os seis artefatos antigos que vocês deram ao povo de Dicathen…
— Sim. Era a nossa maneira de dar ao povo deste continente uma espada e um escudo. Sabíamos que os poderes e conhecimentos contidos nesses artefatos iriam acender uma revolução para o seu povo. Estávamos certos, mas só descobrimos através de eventos recentes que não havia sido suficiente. Era o desejo de Lorde Indrath e os outros líderes dos Grandes Clãs, que com a nossa intervenção direta, pudéssemos equipar os magos deste continente com força suficiente para defender este continente de Agrona. Tememos que se Agrona tiver acesso aos habitantes deste continente, o Clã Vritra ganhará poder de combate suficiente para derrubar Epheotus.
— E é aqui que eu entro. Uma peça de xadrez mais forte, que os Grandes Clãs podem utilizar para ganhar vantagem na próxima guerra. — zombei, cruzando os braços.
— Bem, eu pensaria nisso mais como treinar você para defender sua família e pátria. — Windsom rebateu, curvando seus lábios um pouco para cima.
— Hmm, eu prefiro o benefício mútuo, do que atos questionáveis de altruísmo, de qualquer maneira. — dei de ombros.
— Acho que você ainda não confia em nós completamente. — disse Windsom, estudando-me com um olhar curioso antes de perguntar: — Mudando de assunto, como você planeja informar sua família dos nossos… planos?
— Não se preocupe, Windsom. Pensei muito em como deveria contar aos meus pais enquanto estava na prisão. — pisquei, passando pelo asura e em direção à trêmula luz do fogo vinda do fim do túnel.
Ao nos aproximarmos do fim do túnel, pude ver as sombras de algumas pessoas ao redor do fogo. Não pude deixar de sorrir ao ver meu pai lavando a louça perto do riacho subterrâneo enquanto a anciã Rinia, minha irmã e minha mãe se concentravam em uma panela fervendo sobre o fogo.
— Algo está cheirando delicioso! Vocês fizeram o suficiente para mim? — gritei, fazendo com que todos olhassem em minha direção.
Cada um deles teve uma reação diferente ao perceber quem havia falado. Meu pai deixou cair a panela amassada que estava esfregando, minha mãe e irmã simultaneamente saltaram da cadeira improvisada em que estavam sentadas, enquanto a anciã Rinia simplesmente me deu um sorriso significativo enquanto continuava descascando a batata em sua mão. A única que não vi foi Tess, mas não tinha certeza se estava aqui ou não.
Em segundos, eu estava envolto nos abraços da minha família, enquanto minha mãe e meu pai examinavam meu corpo procurando por quaisquer sinais de ferimentos, minha irmã foi em direção a Sylvie adormecida em meus braços.
— Sylvie está bem? — perguntou, a preocupação entrelaçada em sua voz enquanto segurava meu vínculo em seus braços.
— Seu irmão acabou de escapar da prisão e você nem pergunta se eu estou bem? — resmunguei, fingindo estar magoado.
— Hmm… você sempre parece voltar vivo de qualquer maneira. — ela deu de ombros, voltando sua atenção para Sylvie novamente. Isso causou uma gargalhada de meu pai, porque minha mãe fez o possível para castigar minha irmã enquanto tentava esconder um sorriso.
Senti uma pontada aguda no peito com as palavras insensíveis da minha irmã. Onde estava a doce criança que grudava em mim como cola e derramava lágrimas sempre que não podia me ver? Ela já está na fase rebelde?
Parecia que alguém já havia informado minha família que eu os visitaria em breve e, pela expressão de cada um, apostaria que foi a anciã Rinia.
Meus pais começaram a me interrogar sobre todos os detalhes do que exatamente aconteceu, mas eles pararam de repente.
Os passos suaves que ecoavam pelo túnel pararam atrás de mim, e eu não hesitei em apresentar a pessoa.
— Pessoal, essa é a pessoa que me ajudou em tudo enquanto eu estava preso… e também meu futuro mestre.
Esperei por algum tipo de reação, mas meus pais e irmã ainda estavam em silêncio, congelados em seu lugar, seus olhos ainda estavam grudados na figura atrás de mim.
— Ahem, relaxem um pouco. Virei-me para trás e vi Windsom me olhando confuso antes que seus olhos se arregalassem um pouco de compreensão.
— Minhas desculpas, respondeu ele. — o ar ao nosso redor voltou ao normal. Me acostumei com a pressão que o asura normalmente liberava, mas para um mago normal, seria sufocante.
Minha mãe e minha irmã caíram de joelhos enquanto meu pai tropeçava, mal se mantendo de pé.
A anciã Rinia, que estava um pouco mais distante, levantou-se e fez uma profunda reverência em direção a Windsom. Eu não tinha certeza se ela sabia de sua identidade, mas ela, pelo menos, parecia entender que a pessoa desconhecida não era uma pessoa comum.
— Bem-vindo à minha humilde residência. Por favor, sinta-se à vontade.
A elfa idosa falou em um tom educado e respeitoso que eu nunca a ouvi usar antes.
Windsom simplesmente assentiu em resposta, enchendo o túnel com silêncio, exceto pelo som da queima da madeira.
Meu pai foi o primeiro a falar.
— Primeiro, obrigado por ajudar meu filho. Eu sei que ele pode ser complicado.
O asura realmente soltou um leve sorriso antes de falar.
— Parece que seu filho lhe causou muitas preocupações.
— E continuará a fazê-lo no futuro. — minha mãe terminou, enquanto meu pai ajudava ela e minha irmã a se levantarem.
— Mas Arthur, o que você quis dizer com futuro mestre?
— Alice, seu filho acabou de voltar de uma longa jornada. Há muito tempo para esse assunto depois que ele conseguir algo para colocar dentro de sua barriga.
Rinia a repreendeu, conduzindo todos de volta ao redor do fogo.
Grato pela chance de finalmente comer alguma coisa, sentei-me, impaciente, soprando o ensopado quente para esfriá-lo.
Windsom se recusou a comer, mas sentou-se conosco enquanto olhava preguiçosamente para o fogo. Depois que todos terminaram a refeição, meu pai começou a nos contar o que havia acontecido com eles.
Aparentemente, Virion havia levado Tess e Lilia para outro lugar para cuidar adequadamente de seus ferimentos. A família Helstea o seguiu para cuidar da filha, isso explicou por que apenas minha família estava aqui. A anciã Rinia brincou que eu poderia me encontrar com ela em alguns dias, o que fez com que todos sorrissem.
Eventualmente, todo mundo ficou sem coisas para conversar, deixando a caverna silenciosa mais uma vez. Poderia dizer que meus pais estavam agora esperando minha resposta à sua pergunta anterior.
Voltando meu olhar para Windsom, olhou para mim, esperando a mesma coisa. Coçando a cabeça em um movimento, que senti ter se tornado um hábito durante circunstâncias embaraçosas desde que vim a este mundo, falei.
— Anciã Rinia. Está tudo bem eu falar com meus pais em particular?
— É claro. — a adivinha me deu um sorriso caloroso.
— E eu? — Minha irmã gorjeou, ainda segurando meu vínculo em seus braços.
— Desculpe, Ellie. — Balancei minha cabeça enquanto entrava na tenda primeiro.
Meus pais vieram atrás de mim, parecendo um pouco confusos.
— Seu mestre não vai participar?
Meu pai perguntou, olhando para fora antes de fechar a aba.
— Há algo que vocês dois precisam saber primeiro.
O timbre da minha voz e a expressão no meu rosto os silenciou, impedindo-os de fazer mais perguntas enquanto se sentavam na minha frente.
— Antes de começarmos, há algo que tenho pensado em contar a vocês, desde que cheguei a este mundo.
Tradução: Reapers Scans
Revisão: Reapers Scans
QC: Bravo
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