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O Caçador Imortal de Classe SSS – Vol. 02 – Cap. 26 – Os Escolhidos (2)

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— …Você quer conversar? — repetiu o Espada do Luar. Sua voz pingava descrença.

— Sim… estou realmente perplexo. 

Eu estava no centro da câmara de audiências, o cenário do décimo segundo andar inspirado no palácio de certo império. Minha voz era baixa, mas ecoava clara.

— Não entendo por que você me atacaria. Tenho certeza de que é a primeira vez que nos vemos, embora eu seja um grande admirador das suas sofisticadas artes com a espada. Estou perdido. Por que você quer me matar do nada?

O rosto da Espada do Luar ficou sério, embora eu estivesse apenas falando a verdade.

Sim, claro que ele está com raiva.

Eu entendia por que sua expressão estava tão tensa. Na noite em que conheci o Espada do Luar, embora ele não se lembre mais, ele rugiu para mim assim que me viu.

 “Sei que você é um dos assassinos de elite da Guilda do Dragão Negro.”

“Não sei se foi a Bruxa do Dragão Negro que te enviou ou outra pessoa, mas não vou me segurar nada!”

Ele tinha e ainda suspeitava que eu fosse um assassino — um assassino com as mãos encharcadas de sangue depois de matar inúmeras pessoas sob o comando da Guilda do Dragão Negro. Na verdade, as dúvidas dele podem ter ido ainda mais longe. 

Talvez ele ache que sou um super assassino secreto treinado por todas as Cinco Guildas.

— Bom, você realmente parece bem estranho pros outros. — O Guardião assentiu.

Isso é verdade.

Eu apareci do nada e virei um novo herói quando ninguém esperava. Apesar de ser um Caçador Classe E, completei um cenário que ninguém conseguiu. Agora estou num tratado com as Cinco Guildas e fui prometido igualdade com os líderes…

Sou suspeito demais.

— Exato. Pros olhos do vovô Marcus, você não chegou onde tá por conta própria. Você é um herói fake, criado pelas Cinco Guildas do começo ao fim. Tsc, tsc. Zumbi, você disse que sua contagem de mortes tá por volta de 4090, né?

Provavelmente agora está em 4093.

— Sim. Pros olhos do vovô, 4093 não é só o número de pessoas que você matou. Ele acha que você não trabalha sozinho, que foi criado pra ser o capacho das Cinco Guildas. Resumindo…

Ele acha que esse é o número de pessoas que as Cinco Guildas assassinaram usando a mim.

Todas as “evidências” apontavam para as grandes guildas, os governantes de fato da Torre, estarem todas juntas nisso. Embora fosse só um mal-entendido do Espada do Luar… ele ficaria enojado com a cena diante dele. Quatro mil e noventa e três vítimas.

Se o Espada do Luar fosse um pouco menos comprometido com a justiça, teria recuado. Mas ele não sabia ceder – embora, mesmo que soubesse, ainda assim recusaria.

— Ha. Babilônia não é melhor que o mundo lá fora. Todo dia desde que entrei na Torre, vocês tentaram me seduzir pra entrar nas suas guildas, mas sempre disse não. Sabem por quê? — Espada do Luar apertou o cabo da espada. Suas mãos eram velhas e rangiam, mas a força nos músculos não tinha envelhecido nadinha. A juba de um leão pode ficar fina com a idade, mas suas presas seguem afiadas. — Laços de sangue, nacionalidades… As pessoas no mundo lá fora são tão presas a isso que fede.

“Quero mostrar para Babilônia que, diferente do mundo lá fora, alguém pode chegar ao topo só com sua espada, suas habilidades e seu esforço.”

Ele encarou a multidão, seus olhos safira brilhando como a lâmina afiada de uma espada, e prosseguiu:

— Essa é a esperança que quero trazer, e é por isso que não entrei em nenhuma das suas gangues. Mas isso? — disse apontando a espada para os cinco líderes das guildas. — Vocês são podres até o caroço.

Ele estava basicamente declarando guerra às guildas. Os líderes reagiram cada um do seu jeito. O Inquisidor continuou sorrindo, como se isso não significasse nada para ele – mas a maioria dos líderes tinha o rosto manchado de raiva, humilhação ou fúria. 

— Espada do Luar, de todas as pessoas no mundo, você não pode…

— Ha! Você já está gagá, velho! Já esqueceu que foi o único que ficou de fora enquanto a gente conquistava o quinto andar?!

— Ele tem razão, Sr. Carlenbery. Se você usasse suas conexões do mundo lá fora para nos ajudar, nossa falta de comida seria menos grave, e minha AC…

Os líderes das guildas despejaram suas mágoas. Os Caçadores aqui se conheciam desde o começo da Torre, então talvez tivessem muitas rixas não resolvidas. Os surtos emocionais logo embolaram a situação, fazendo eles esquecerem por que estavam na câmara de audiências.

— Se você é o Caçador Rank 1, devia ter agido como tal, mas fica posando de superior. É por isso que sobreviveu. Sabe quantos Caçadores a gente poderia ter salvo se não fosse pelo seu ego? — cuspiu a Bruxa Negra.

— Não, não é só o quinto andar. Se você tivesse ajudado no sétimo e no nono andar, velho, podíamos ter reduzido as baixas pela metade! — Viper, da Seita ODP, irradiava palpavelmente sede de sangue. 

— Como você vinha de uma família nobre de prestígio no mundo lá fora, podia ter garantido ordem na Torre, diferente de como está agora. — A Condessa, da Associação dos Comerciantes, encarou Espada do Luar com um olhar fulminante. — Acha que a gente é podre? Tudo bem. Então você é só uma criança irresponsável.

Era um desastre. Mesmo enfrentando o rancor e a sede de sangue dos líderes sem filtro, o Espada do Luar só franziu a testa.

— Fiquem quietos — exigiu ele. — Todos vocês são adultos, mas ficam falando sem parar… Acham que sou avô de vocês ou o quê? Parem com isso. Se tem problema comigo, lutem.

A fala dele foi como jogar óleo numa fogueira já em chamas. O ar na câmara de audiências ficou irreversivelmente hostil. Só o Guardião estava impressionado. Ele não sabia ler o ambiente.

— Cara! Esse é o meu vovô Marcus. Meu único aluno. Não tem nada mais nojento que Caçadores falando sobre conexões sociais e política. Se têm tempo pra se preocupar com isso, deviam treinar mais a espada! 

Ele tinha um ponto, mas… a cena me deixava meio triste.

— Nós lutaremos, mesmo sendo só nove de nós.

Os Caçadores pararam bem na hora que estavam prestes a cruzar o ponto sem volta e olharam pra mim.

Suspirei. 

— Mesmo os NPCs no décimo primeiro andar se uniram para proteger o império deles. Mas olha só. Nós, Caçadores, estamos gritando e culpando uns aos outros. Não é meio vergonhoso ser pior que NPCs?

— …Sr. Kim — disse a Bruxa Negra —, essa questão não tem nada a ver com você, e é muito mais séria do que pos…

— Sim, eu sei. Eu sei, mas somos Caçadores. E temos um trabalho a fazer — olhei ao redor da câmara de audiências. — Vamos focar em completar o décimo segundo andar. É bom dar esperança para as pessoas. Também acho legal que vocês tentem minimizar as baixas enquanto completam a Torre, mas, por favor, foquem primeiro em completar o andar em que estamos.

Olhei diretamente para o Espada do Luar.

— Sim, são só NPCs… mas o império deles está em perigo. E eles estão pedindo nossa ajuda – os heróis –, mas estamos ocupados demais brigando entre nós para ligar minimamente para a segurança deles. O quão vergonhoso é isso?

— Você…

Eu falava sério. Além disso, Espada do Luar não podia continuar me ameaçando aqui por causa da clara diferença de poder. Então, minha prioridade agora era completar o décimo segundo andar. Só isso. Eu não ligava muito para os conflitos emocionais ou políticos complicados entre os Caçadores.

— Um herói não é nada especial. É só uma pessoa que resolve um problema que os outros não conseguem. Já completamos o décimo primeiro andar, então vamos cuidar dos outros andares também.

Por sorte, a Paladina, vice-líder da Liga dos Vigilantes, deu um passo à frente e ficou do meu lado. 

— O Sr. Kim está certo. Nos deixamos levar. Ainda não entendo por que Espada do Luar atacou o Sr. Kim, mas está claro que não é hora de brigarmos entre nós.

Embora a Paladina tentasse mediar, ninguém baixou a guarda. Espada do Luar, Viper, Condessa e o Inquisidor estavam todos prontos para atacar ao menor sinal. Palavras… não eram suficientes para convencer eles por causa da desconfiança acumulada ao longo dos anos.

Phew. — A Paladina suspirou. Parecia que ela tinha chegado à mesma conclusão que eu. — Tudo bem. Acho que não tem outro jeito. Vou fazer um pequeno sacrifício aqui.

Isso chamou a atenção de todos os Caçadores.

Ela disse calmamente: 

— Abrir minha Carta de Habilidade.

Uma luz fraca flutuou da mão da Paladina, revelando uma carta prateada. Outras pessoas não podiam ver a Carta de Habilidade de um Caçador sem permissão.

— …Paladina. — A Bruxa Negra soou preocupada.

Uma Habilidade era a arma secreta de um Caçador, então mostrar sua Carta de Habilidade para outros era como entregar uma arma carregada. Era por isso que Alto Rankers hesitavam em revelar suas Cartas de Habilidade. Mas a Paladina fez isso sem hesitar.

— Está tudo bem. Não importa. Todos, olhem.

Detector de Mentiras

Classe: A-

Efeitos: Você pode dizer se o alvo está mentindo ou não. Funciona não só em humanos, mas também em NPCs e monstros! Porém, o que o alvo considera verdade pode, na verdade, ser objetivamente uma mentira. Cabe a você confiar na outra parte. 

※Porém, não há garantia de que as pessoas vão confiar em você.

Detector de mentiras! Meus olhos se arregalaram. Era a Habilidade que o Imperador das Chamas tinha dito falsamente que possuía. No fim das contas, a Paladina tinha ela o tempo todo.

Essa Habilidade combina perfeitamente com a vice-líder da Liga dos Vigilantes!

A Liga dos Vigilantes era uma guilda que mantinha a ordem na Torre. Naturalmente, a Torre tinha muitos criminosos. Até o Imperador das Chamas e Espada do Luar – os antigos e atuais Caçadores Rank 1 – tinham me matado quando ninguém estava por perto. Era o tipo de mundo em que os Caçadores viviam, então um detector de mentiras seria incrivelmente útil para identificar criminosos.

— Como podem ver, eu tenho a Habilidade de dizer se uma pessoa está mentindo, Espada do Luar. — Ela balançou a carta. — Não é exagero dizer que ela me fez vice-líder da Liga dos Vigilantes.

— …O que você está querendo dizer?

— Se você escolher confiar em mim, pode fazer qualquer pergunta para o Sr. Kim aqui. Vou te dizer se ele está mentindo ou não. — A Paladina olhou calmamente de um lado para o outro, entre o Espada do Luar e eu. — O mesmo vale para você, Sr. Kim. Posso garantir suas respostas se você confiar em mim. A dúvida é um veneno traiçoeiro, e a verdade é o antídoto mais forte. Não vai ser suficiente para recuperar toda a confiança que perdemos, mas vamos conseguir cooperar no décimo segundo andar.

— Hmmm… — O Espada do Luar acariciou a barba, pensativo.

Whoa, isso não podia ter saído melhor nem se eu tentasse, pensei.

Uma oportunidade de ouro tinha praticamente caído do céu. Era realmente a resposta perfeita. O motivo por que Espada do Luar começou a suspeitar de mim era sua Habilidade, Olhos de Detetive. Era natural usar uma Habilidade para resolver as suspeitas criadas por outra Habilidade!

— Gostei da ideia — respondi na hora.

Era melhor aceitar esse tipo de oferta o quanto antes.

— …Srta. Paladina, você é a única pessoa aqui que não matou nenhum humano — refletiu Espada do Luar. — Tudo bem, vou confiar em você nisso também.

A Paladina assentiu. 

— Entendo isso como um sim de vocês dois. Então, Espada do Luar, pode começar a fazer perguntas para o Sr. Kim. Juro por minha honra e o da Liga dos Vigilantes que vou manter esse interrogatório justo e imparcial.

Espada do Luar me encarou com um olhar sombrio, como se o momento que ele estava esperando tivesse finalmente chegado. Ele parecia certo da vitória. Provavelmente já estava pensando que estava prestes a mostrar para o mundo o quão vil eu era.

— Não… Não… Vovô Marcus… Seu velho, é por isso que sempre digo pra você e pro Zumbi não dependerem tanto das Habilidades. Aqueles que confiam em suas Habilidades serão traídos por elas! Não… Não… — O Guardião lamentou.

Infelizmente, a voz dele não chegava ao Espada do Luar porque ele era meu fantasma.

Fique quieto.

— Caçador Kim Gong-Ja.

— Sim — respondi. 

— Você assassinou mais de quatro mil pessoas, não foi? — apontou o Espada do Luar para mim com a mão livre. De algum jeito, parecia uma cena de filme onde o herói lista os crimes do vilão.

Sorri. 

— Foi.

— Viu?! Seus miseráveis, vou usar qualquer meio e descobrir para que vocês estão usando esse assassino. Quando eu fizer isso, vou revelar para o mu…

— Ele está mentindo — disse a Paladina.

— O quê!?

— Ele está mentindo — repetiu ela calmamente. — O Sr. Kim respondeu sua pergunta com sim. Ele mentiu. Em outras palavras, ele não matou mais de quatro mil pessoas. Tem mais alguma pergunta?

O Espada do Luar ficou em silêncio. Enquanto isso, a Paladina inclinou a cabeça, pensativa.

— É uma pergunta estranha, no entanto. Uma pessoa pode matar mais de quatro mil pessoas? Pelo que sei, é impossível.

— É-é porque vocês treinaram esse jovem para ser um assassino de elite…

Eu sorri. 

— Sim, sou um assassino de elite.

— Ele está mentindo — disse a Paladina de novo.

A boca do Espada do Luar caiu até o chão. 

— S-srta. Paladina, devo ter julgado mal seu caráter! Pensei que você conduziria essa sessão com sinceridade.

— Cabe a você e aos outros confiar em mim — respondeu a Paladina, sem se abalar. — Faça o que quiser. Acredite em mim ou não. Foi por isso que perguntei no começo se vocês confiariam em mim.

— Se você está voltando atrás nas suas palavras agora, isso é meio… não, isso é totalmente covarde, Espada do Luar. Não combina com você.

— E-espera! — O Espada do Luar rapidamente se virou para olhar para mim. — Não tem como você não ter matado nenhum humano!

— Ah, sim, isso é verdade. Eu matei uma pessoa uma vez.

A Paladina assentiu. 

— É verdade.

— Viu?!

— Mas só matei uma pessoa — acrescentei. 

— …O quê?

A Paladina assentiu de novo. 

— É verdade.

— O número não muda o fato de que sou um assassino, claro. Mas, senhor, minhas mãos podem não estar limpas, mas posso te dizer uma coisa. O cara merecia morrer. Ele tentou me matar primeiro.

— É verdade.

— Eu não diria isso se ele tivesse tentado matar só a mim: ele era um açougueiro. Também vi ele cometendo um assassinato, e uau… Deus, aquele desgraçado nem piscou enquanto queimava uma pessoa até a morte!

— É verdade.

— Não posso afirmar com certeza, mas ele deve ter matado dezenas, centenas de pessoas. É mais que possível com ele. Esse é o tipo de homem que matei. Pode me chamar de assassino se quiser, mas sabe de uma coisa? Eu mataria ele de novo se voltasse no tempo. Seria a primeira coisa que eu faria. Sério, ninguém poderia ser tão maligno quanto ele.

A Paladina assentiu lentamente. 

— Tudo isso é verdade.

Espada do Luar olhou ao redor, confuso, esperando entender o que estava acontecendo. Todos os líderes das guildas estavam observando ele, silenciosamente se perguntando o que diabos ele estava fazendo.

— Hahahaha! Hahahaa! — O Inquisidor caiu na gargalhada, com lágrimas nos olhos. — O Sr. Kim Gong-Ja é o assassino de elite das Cinco Guildas? Essa é uma ideia interessante. Teria sido ótimo se fosse verdade, mas, infelizmente, ontem foi a primeira vez que o conhecemos, Espada do Luar!

— Isso também é verdade, aliás. — A Paladina apontou para o Inquisidor. 

O silêncio do Espada do Luar se estendeu.

O Guardião apenas estalou a língua.

— Tsc, tsc, tsc. Quem vive pela Habilidade, morre pela Habilidade.

— Bom, acho que você terminou suas perguntas — dei um sorriso brilhante. Tudo que Confúcio1Isso faz parte da piada do capítulo anterior. Dizem que Confúcio falava muito sobre o valor de conversar. disse estava certo. — Parece que nós dois estávamos num grave mal-entendido. Fico feliz que sejam só mal-entendidos, Espada do Luar. Mas, senhor, isso te levou a me atacar. Sem a proteção dos líderes das guildas, eu provavelmente teria morrido de uma forma muito injusta. Acho que mereço um pedido de desculpas agora. O que acha?

A Paladina assentiu. 

— Essa é uma conclusão perfeitamente válida. Peça desculpas ao Sr. Kim, Espada do Luar.

O senhor de idade empalideceu.

 


 

Tradução: Rlc

Revisão: Pride

 

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